1º Simpósio p/ pacientes com câncer ginecológico: autoestima e beleza, sexualidade, oncofertilidade, saúde mental, lei dos 30 e 60 dias e quimio oral
Na quarta, dia 15, das 17h às 21h, evento organizado pelo Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) terá 22 palestrantes e depoimentos de pacientes. Atividade, alusiva à campanha Setembro em Flor foi criada pelo EVA para alertar sobre câncer de colo do útero, ovário, corpo do útero (endométrio), vulva e vagina, que acometem mais de 30 mil brasileiras anualmente. Programação e inscrições: https://lp.rvmais.com.br/workshopeva
Um evento especialmente criado para as pacientes com tumores femininos e aberto ao público em geral e profissionais de saúde. Reunindo 22 palestrantes e depoimentos de pacientes, o I Workshop para Pacientes do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) - Perspectivas das Pacientes sobre Tumores Femininos, será realizado na quarta, dia 15, das 17h às 21h, de forma virtual e com necessidade de inscrição prévia. Programação e inscrição gratuita em https://lp.rvmais.com.br/workshopeva.
Com linguagem e programação voltada para as pacientes, o evento terá um painel especialmente dedicado à qualidade de vida e bem-estar durante e após tratamento dos tumores femininos. Os temas são autoestima e beleza, sexualidade, oncofertilidade, direitos das pacientes, cuidados com a unha, tratamentos estéticos, touca gelada, atividade física, controle de peso e saúde mental.
Na sequência, estarão em pauta as novidades no tratamento do câncer de ovário, com as seguintes abordagens:
- É possível prevenir? Como fazer o diagnóstico precoce?
- Qual é o fluxo ideal para paciente com suspeita ou diagnóstico de câncer de ovário?
- Papel da enfermagem no cuidado, navegação e pesquisa.
- Como falar de testes genéticos e medicina de precisão.
- Inclusão de testes genéticos e medidas redutoras de risco no SUS
- O que há de novo no tratamento e pesquisa no câncer de ovário?
- Terapia de manutenção: o que é e quais são os ganhos?
- Papel da incorporação de drogas orais no tratamento do câncer de ovário no SUS e saúde suplementar.
Haverá também uma mesa redonda sobre tumores uterinos, com abordagem centrada em o que difere o tumor do colo e do corpo uterino, incluindo a realidade sobre estas doenças no Brasil. Os temas deste painel são:
- Quais são os métodos disponíveis na prevenção do câncer de colo do útero e de endométrio? São eficazes?
- Como melhorar o acesso e adesão ao diagnóstico precoce?
- Adesão à vacinação do HPV no Brasil e desafios durante a pandemia de COVID-19
- Vacinação nas pacientes oncológicas
- Obesidade e câncer de endométrio, há relação?
- Diagnóstico genético e molecular e novos tratamentos em câncer de endométrio.
- Impacto financeiro do uso de novas drogas: imunoterapia e terapias combinadas.
Direitos das pacientes com câncer – Na última Mesa Redonda da programação as abordagens serão sobre como empoderar as pacientes nas buscas de seus direitos, o papel das associações de apoio ao paciente, a Lei dos 30 e dos 60 dias, projeto de lei da medicação oral e como ampliar o acesso à exames e tratamento.
A oncologista clínica Andréa Gadelha Guimarães, diretoria de Apoio do Paciente grupo EVA, explica que a proposta com Workshop, que será 100% virtual, é impactar positivamente a vida das pacientes com informação qualificada que responda às principais dúvidas associadas ao tratamento e à vida após diagnóstico de câncer ginecológico. “O desenho da programação é o reflexo das manifestações das pacientes nos consultórios”, explica.
O evento reúne profissionais de oncologia clínica, cirurgia oncológica, ginecologia, enfermagem, psiquiatria, nutrição, oncogenética, jornalismo, além de representantes do poder público e de organizações não governamentais, dentre elas o Instituto Oncoguia e a Associação de Combate ao Câncer de Ovário (ACCO). A coordenação geral é da oncologista clínica Andréa Paiva Gadêlha Guimarães. A coordenação científica é do oncologista clínico e presidente do grupo EVA, Fernando Cutait Maluf, da oncologista clínica Angélica Nogueira e do cirurgião oncológico Glauco Baiocchi Neto.
OS TUMORES GINECOLÓGICOS NO BRASIL - Juntos, os cânceres de colo do útero, ovário e corpo do útero (endométrio) – os três tipos ginecológicos mais comuns - somam 29,8 mil novos casos anuais, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Outros dois tipos, câncer de vulva e vagina, também entram nesse grupo, mas para eles não há dados nacionais oficiais de novos casos/ano. Portanto, ao menos 30 mil brasileiras recebem, anualmente, o diagnóstico de algum câncer ginecológico, sendo que os tumores de colo do útero representam a maioria deles (16.710 novos casos previstos para 2021).
O câncer de colo uterino é o terceiro mais comum nas mulheres, atrás apenas de câncer de mama e colorretal. Apesar da alta incidência, vale ressaltar que esta doença não só pode ser diagnosticada precocemente, como também é, principalmente, evitável. E a medida primordial para evitar a doença é a vacinação contra o papilomavírus humano (HPV). O acesso e adesão ao exame de Papanicolau e tanto o exame quanto a imunização contra o HPV estão disponíveis na rede pública.
SETEMBRO EM FLOR - Com o objetivo de alertar a população sobre os fatores de risco, sinais e sintomas precoces dos tumores ginecológicos, buscando minimizar tratamentos, reduzir sequelas e salvar vidas, o grupo EVA idealizou para 2021 a campanha Setembro em Flor.
Com inspiração no mês que marca o início da primavera, a flor é adotada na campanha com as suas pétalas tendo diferentes cores, cada uma representando um dos cinco tumores ginecológicos (colo uterino, corpo uterino, ovário, vulva e vagina) . A flor é também um símbolo de vida, pureza, feminilidade, fertilidade, o que representa bem a mulher.
Sobre o Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA)
O EVA é uma fundação sem fins lucrativos, composta em sua maioria por médicos, que tem como missão o combate ao câncer ginecológico. Seu time, multiprofissional, atua com foco na educação, pesquisa e prevenção, assim como promove apoio e acolhimento às pacientes e familiares.
A idealização e a organização do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos foram iniciadas pela oncologista clínica Angélica Nogueira Rodrigues, no Hospital do Câncer II do Instituto Nacional de Câncer (INCA). A primeira reunião ocorreu em 12 de março de 2010 e o nome Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos passou a ser utilizado a partir desta data.
A primeira reunião para nacionalização do grupo ocorreu no Congresso da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), em 2013, na cidade de Brasília. O nome EVA foi resultado de uma reunião neste evento e foi sugerido pela oncologista clínica e coordenadora do grupo, Andréa Paiva Gadelha Guimarães. O oncologista clínico Fernando Cotait Maluf é o diretor-presidente do EVA na gestão 2021-2022.