Ações e movimentos reconhecem mulheres em março
Dia Internacional da Mulher ainda traz à tona debates sobre o desafio de atingir a equidade de gênero
Março será repleto de ações, notícias e homenagens às mulheres. A comemoração pelo Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8, acontecerá em diversas cidades do Brasil, com atividades que vão desde a promoção de corridas, como acontece em Curitiba (PR), com a Corrida da Mulher CWB 2018, a programações culturais exclusivas, como o 6º Sesc Mulher, promovido em março e abril em Porto Alegre (RS).
As empresas também colocam a data em evidência: a Rede de Hotéis Deville, por exemplo, firmou parceria com a Onodera, rede especializada em estética, e distribuirá 200 vouchers de massagem para as hóspedes que fizerem check-in no dia 8 de março. Segundo a gerente de marketing da Deville, Nathalia Bart Tonet, a ação é uma forma de valorizar as mulheres, proporcionando um momento de descanso em meio à rotina "corrida" do dia a dia. “Recebemos hóspedes que se desdobram para serem excelentes no campo pessoal e profissional. As mulheres vivem em pressão constante e merecem ser valorizadas”, complementa.
Sobre a parceria, o gerente de marketing da Onodera Estética, Willian Rodrigo, comenta: “Março é um mês especial e nada melhor que comemorar ao lado de uma das maiores redes de hotéis do País. Estamos extremamente felizes com a parceria e por contribuir com momentos tão importantes para deixá-las ainda mais belas, radiantes e de bem com a vida”.
Ao longo das décadas, as diferenças entre gêneros já foram reduzidas, com ampliação dos direitos das mulheres e maior participação na sociedade. Entretanto, a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres ainda está muito longe de ser alcançada: segundo um estudo do World Economic Forum, publicado em 2017, serão necessários ainda 100 anos para que essa meta seja atingida. Quando visualizamos as diferenças salariais tendo como base o Equal Pay Day (data de cada ano que marca quando as mulheres começariam a trabalhar sem receber, levando em consideração os salários recebidos pelos homens), podemos dizer que as mulheres trabalham dez semanas de graça anualmente.
Uma desigualdade que chama ainda mais a atenção é quando se coloca a escolaridade na equação: segundo o “Síntese de Indicadores Sociais” do IBGE, as profissionais com 12 anos ou mais de escolaridade ganham apenas 66% da renda dos colegas do sexo masculino - quanto mais tempo de estudo, maior a desigualdade. Sobre o assunto, Nathalia Bart Tonet que foi promovida à posição de gerente de marketing da Rede Deville no ano passado, comenta: “Ainda vemos muitos desafios para as mulheres no mercado de trabalho, como a promoção para posições de destaque. As empresas que valorizam seus colaboradores por sua competência, independente do gênero, devem ser parabenizadas e reconhecidas”.