Conheça os novos cursos do Instituto Tomie Ohtake no 1° semestre de 2025
Com temáticas que atravessam a arquitetura, comunicação e curadoria, as aulas acontecerão no formato online, com início entre março e abril de 2025.
Partindo de assuntos de relevância para os campos da arte, da cultura e da educação, o Instituto Tomie Ohtake promove ao longo do primeiro semestre de 2025 três diferentes cursos que buscam colaborar na formação de professores, artistas, profissionais da cultura, estudantes, pesquisadores e demais interessados em arte e nas suas transversalidades.
Em formato virtual, os cursos são pagos e abertos ao público em geralmediante a matrícula. Bolsas parciais e integrais de participação serão oferecidas para grupos prioritários. Os cursos buscam proporcionar uma experiência de aprendizado dinâmica e crítica, em que todos possam constituir seu repertório a partir de um olhar diverso e plural sobre os temas tratados. Conheça cada um deles.
Curso: Em casa: Investigações sobre espaços, corpos e narrativas
Professor: Sabrina Fontenele
Período: 12 de março a 02 de abril (4 encontros)
Horário: Quartas-feiras, das 19h às 20h30
Investimento: R$ 360,00 ou 02 parcelas de R$ 180,00.
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Orientações gerais ao interessados aqui
Sinopse: Este curso discute os papéis, representações e atuações das mulheres, profissionais ou usuárias, na produção e discussão dos espaços domésticos. Se para profissionais do campo da arquitetura a casa pode ser um lugar de experimentação de formas e técnicas, para as mulheres ela representa um espaço de vida, de memória e de construção de identidade. Ao longo das aulas, Fontenele convida a um mergulho em obras de artistas plásticas como Louise Bourgeois, Lygia Clark e Tomie Ohtake e convida os participantes a pensar as relações entre corpo e casa, em projetos que desafiam convenções e propõem novas formas de habitar. O curso aborda ainda um recorte da produção literária em que autoras estimulam uma reflexão sobre o espaço doméstico e o papel da mulher na sociedade. Confira abaixo a programação aula a aula:
Sobre Sabrina Fontenele
Arquiteta e urbanista pela Universidade Federal do Ceará, com mestrado e doutorado pela FAUUSP. Finalizou em 2019 sua pesquisa de pós-doutorado no IFCH-Unicamp sobre habitação, gênero e modernidade com apoio da Fapesp. Autora dos livros “Modos de morar nos apartamentos modernos: rastros de modernidade”, “Edifícios modernos e o traçado urbano no Centro de São Paulo” e do livro infantil “Jacaré Fujão no Triângulo”. Foi co-curadora da 13ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo - Travessias. Atualmente é professora de História da Arquitetura da Escola da Cidade. Faz parte da equipe de curadoria do Instituto Tomie Ohtake.
Curso: Curadoria, representação e política
Professor: Moacir dos Anjos
Período: 07 de abril a 05 de maio (5 encontros)
Horário: Segundas-feiras, das 19h às 20h30
Investimento: R$ 380,00 ou 02 parcelas de R$ 190,00.
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Sinopse: O curso busca situar as práticas curatoriais como práticas intrinsecamente políticas. Práticas que implicam, necessariamente, incluir e excluir aspectos da realidade para representá-la, dando visibilidade a algumas questões e gentes do mundo e deixando outras à parte. Práticas que requerem, de curadoras e curadores, a participação ativa em ambientes de disputa sobre o que importa e o que não importa socialmente para ser tomado como equivalente sensível da realidade. Neste curso, a associação do trabalho curatorial com a política será abordada menos em relação às temáticas das exposições, e mais ao fato de as curadorias poderem ser entendidas como práticas de representação do mundo. O curso abordará ainda aspectos teóricos do tema e os discutirá à luz de exposições realizadas. Confira abaixo a programação aula a aula:
Sobre Moacir dos Anjos
Moacir dos Anjos é Coordenador-Geral do Museu do Homem do Nordeste, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Foi curador da 29ª Bienal de São Paulo (2010) e das exposições Cães sem Plumas (MAMAM, Recife, 2014), A Queda do Céu (Paço das Artes, São Paulo, 2015), Emergência (Galpão Bela Maré, Rio de Janeiro, 2017), Quem não luta tá morto (Museu de Arte do Rio, 2018), Raça, classe e distribuição de corpos (2018), Educação pela pedra (2019), Necrobrasiliana (2022) – as três últimas na Fundação Joaquim Nabuco –, Língua Solta (Museu da Língua Portuguesa, São Paulo, 2021), Negros na Piscina (Pinacoteca do Ceará, Fortaleza, 2022) – as duas últimas com Fabiana Moraes –, Mutirão. MCP | Movimento de Cultura Popular 1960-1964, (Fundação Joaquim Nabuco, 2024) e Arte Subdesenvolvida (Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo, 2024). É autor dos livros Local/Global. Arte em Trânsito (Zahar, 2005), Arte Bra Crítica (Automática/Martins Fontes, 2010), Contraditório. Arte, Globalização e Pertencimento (Cobogó, 2017) e Ataque à Indiferença. Ensaios sobre arte e política (Cobogó, 2024, no prelo).
Curso: Comunicação como ação cultural
Professor: Adriana Ferreira Silva
Período: 01 de abril a 03 de junho, exceto dia 20 de maio (9 encontros)
Horário: Terças-feiras, das 19h às 20h30
Investimento: R$ 810,00 ou 03 parcelas de R$ 370,00.
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Sinopse: A comunicação cultural, atualmente, enfrenta alguns desafios como a descentralização dos meios de comunicação, o impacto das redes sociais e a necessidade de um olhar mais diverso e interseccional sobre a cultura. Quem trabalha com comunicação precisa não apenas entender as mudanças no ecossistema da mídia cultural, mas, também, desenvolver estratégias para produzir conteúdos relevantes, críticos e inovadores. Este curso busca oferecer ferramentas para a criação de conteúdo de qualidade, promovendo um debate sobre a relevância da comunicação cultural como uma ação de impacto social e artístico. A formatação do programa visa acolher jornalistas, artistas, criadoras/es de conteúdo, estudantes e demais pessoas interessadas em aprimorar suas habilidades na comunicação cultural, capacitando-as a desenvolver, estruturar e vender seus próprios projetos na área.
Sobre Adriana Ferreira Silva
Adriana Ferreira Silva é jornalista, escritora, mediadora e palestrante. Como entrevistadora, atuou em eventos nacionais e internacionais como Commission on the Status of Women 2024 (NYC), Rio2C, Festa Literária de Paraty - Flip, Women to Watch Summit, Feira do Livro, MMA Innovate, Women on Top, Congresso Abraji, entre outros, mediando conversas com artistas e intelectuais como Viola Davis, Angela Davis, Gilberto Gil, Djamila Ribeiro e Itamar Vieira Junior. Nos últimos 25 anos, foi correspondente internacional em Paris, editora nas revistas Marie Claire, Vogue Brasil e Veja São Paulo e colunista da rádio CBN. De 2000 a 2012, foi repórter e editora de cultura no jornal Folha de S. Paulo, nos cadernos Guia Folha, Ilustrada, Folhateen e extinta revista Serafina. Atualmente, assina uma coluna no Nexo Jornal, faz a curadoria de literatura da revista de arte e moda Numéro e colabora na revista literária Quatro Cinco Um. Adriana também é Head de Comunicação da Galápagos Newsmaking e curadora da Jornada Galápagos de Jornalismo.
Curso: Ética e estética das culturas populares brasileiras
Professor: Edmilson de Almeida
Período: 09 de maio a 13 de junho, exceto dias 16 de maio e 06 de junho
Horário: Sextas-feiras, das 19h às 20h30
Investimento: R$ 380,00 ou 02 parcelas de R$ 190,00.
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Sinopse: O que as benzeções, os ritos fúnebres, o Reinado de Nossa Senhora do Rosário e as narrativas orais revelam sobre as formas de viver, sentir e criar no Brasil? O curso pretende investigar as culturas populares brasileiras a partir do conceito de "mundo encaixado", um modelo cultural enraizado em comunidades tradicionais de áreas rurais do país. Ao longo dos encontros, o ministrante analisa como essas práticas culturais expressam visões de mundo, modos de organização social e relações com o sagrado. Este curso é um convite para quem deseja compreender a riqueza e a complexidade das culturas populares brasileiras, refletindo sobre suas manifestações artísticas e seus sentidos profundos no presente.
Edimilson de Almeida Pereira
Poeta, ensaísta, ficcionista, professor e pesquisador da cultura e da religiosidade afro-brasileiras, é autor, entre outros, dos livros Assim se benze em Minas Gerais: um estudo sobre a cura através da palavra (2018), Os tambores estão frios: herança cultural e sincretismo religioso no ritual de Candombe (2005), O ausente (2021), Front (2021), Um corpo à deriva (2021), O som vertebrado (2022), Melro(2022) e A morte também aprecia o jazz (2023).
Curso: Moderno para quem? Indígenas e populares na institucionalização da cultura
Professor: Fernanda Pitta
Período: 22 de maio a 12 de junho (04 encontros)
Horário: quintas-feiras, das 19h às 20h30
Investimento: R$ 380,00 ou 02 parcelas de R$ 190,00.
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Sinopse: O modernismo no Brasil foi marcado por um aparente desejo de abertura e valorização das expressões populares e indígenas. Mas até que ponto essa inclusão foi genuína? E quem realmente teve voz nesse processo? O curso pretende investigar como a arte moderna no Brasil incorporou manifestações populares e indígenas por meio de exposições, cursos e atividades em museus recém-criados. A partir de estudos de caso, o curso visa refletir sobre esse processo de inserção que, se tem um caráter progressista ao instar o reconhecimento a valorização dessas manifestações artísticas, o faz sem o protagonismo de seus agentes. Inspirados pelo conceito de "universalismo estratégico", formulado por Kaira Cabañas, os participantes vão refletir sobre como essa apropriação serviu à construção de uma noção de arte nacional e da "originalidade brasileira", muitas vezes promovendo invisibilizações e violências epistêmicas. Hoje, mais do que nunca, discutir esse passado é essencial para que a reparação e o protagonismo indígena se afirmem como direitos incontornáveis.
Sobre Fernanda Pitta
Professora doutora na Divisão de Pesquisa em Arte, Teoria e Crítica do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. É pesquisadora principal no Projeto de Pesquisa Decay Without Mourning, Future Thinking Heritage Practices (Riksbankens Jubileumsfond), dedicado a refletir sobre as relações entre museus e a arte indígena.
Dúvidas sobre os cursos: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Instituto Tomie Ohtake
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