Dia do Médico Intensivista: equipe multiprofissional ganha mais relevância na pandemia

Dia do Médico Intensivista: equipe multiprofissional ganha mais relevância na pandemia

Com UTIs lotadas por mais de um ano, medicina intensiva e profissionais da saúde com múltiplas especialidades ganham destaque

A data que celebra o Dia do Médico Intensivista no país, dia 10 de novembro, ganha novo significado frente à pandemia mundial do coronavírus. Após mais de um ano de desafios, rotinas exaustivas e colapso do sistema de saúde, os profissionais que cuidam e promovem a saúde de toda a população, ainda enfrentam a árdua batalha contra a covid-19. Ainda que o avanço da vacinação esteja acontecendo no país e as taxas de infecção diminuindo, as Unidades de Tratamento Intensivas (UTIs) permanecem cheias e sobrecarregadas. É nesse cenário que o profissional de Medicina Intensiva ganha relevância e destaque na pandemia.

Segundo o médico e diretor técnico da Medicina Intensiva de Curitiba - empresa que conta com 134 médicos que coordenam e fazem atendimento nas UTIs de hospitais na cidade - Jarbas da Silva Motta Júnior, uma equipe de profissionais com especialidades diferentes que trabalhem de maneira integrada, é um diferencial no momento de assumir a dinâmica e enfrentar as dificuldades em uma UTI. “A MIC surge com o propósito de oferecer uma equipe de multiprofissionais que realizam atendimento em pacientes em estado crítico, como é o caso dos que chegam por meio de infecção grave de covid-19”, afirma.

Considerado recente no país, um médico para se tornar intensivista precisa realizar duas residências além dos seis anos de graduação em Medicina. Dessa forma, se especializa e passa a utilizar procedimentos multidisciplinares. Como, por exemplo, a prática da intubação, comum no tratamento de casos com insuficiência respiratória em quadros mais graves de coronavírus. Para a médica e CEO da Medicina Intensiva de Curitiba, Viviane Bernardes de Oliveira, o treinamento de um médico intensivista é focado na assertividade. “Existem etapas no processo de atendimento ao paciente, é importante que o médico intensivista tenha pensamento e, principalmente, tomada de decisões rápidas. Ou seja, esse profissional determina o quadro de saúde do paciente, realiza a identificação precoce e aplica um tratamento agressivo se necessário”, explica.