E agora, qual universidade escolher?
Após os principais processos seletivos, é hora de selecionar a instituição de ensino superior
Após um ano de muita dedicação, estudo e decisões difíceis, começam a sair os resultados dos principais processos seletivos de universidades públicas e privadas. Se o ano dos vestibulandos é recheado de tensão e escolhas, essa talvez seja mais uma das decisões cruciais a se tomar para que o esforço de todo o período não seja em vão. Grande parte dos vestibulandos presta mais de um concurso e, quando passa em mais de uma instituição, surge um novo dilema. Será que a Federal ou Estadual é sempre melhor que as particulares? E entre as privadas, deve-se optar pela mais barata ou a mais perto de casa? Existem faculdades para perfis diferentes de estudantes? Para facilitar a decisão dos calouros, o professor do Curso Positivo, Carlos Walter Kolb, formulou algumas dicas.
Em primeiro lugar, ele sugere consultar os conceitos do Ministério da Educação (MEC) a respeito de cada instituição. O Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Sinaes) estabelece notas de 1 a 5 para cursos ofertados em todo o Brasil e, com isso, é formado um parâmetro nacional de qualidade de ensino superior. "Com essa avaliação em mente, o estudante ganha mais opções para pesquisar e se aprofundar na hora de se matricular", explica Kolb. O que faz do conceito estabelecido pelo Sinaes tão importante para decidir qual faculdade escolher é que ele não avalia somente o corpo docente e as instalações da instituição, mas também os projetos de pesquisa e extensão e responsabilidade social, por exemplo. "Assim, é possível encontrar a universidade com maior qualidade nos quesitos mais importantes para cada pessoa", explica.
O professor recomenda também avaliar a tradição de cada instituição. "Embora seja um conceito subjetivo, a tradição influencia muito, pois a faculdade, em geral, conta com professores de referência em algumas das áreas estudadas", conta ele. Esse tipo de professor, explica Kolb, pode transformar a maneira de o estudante enxergar o horizonte e a sua própria profissão.
Ir além da graduação também é uma das recomendações. Para Kolb, "por mais que a cabeça de um vestibulando esteja completamente voltada para cursar a graduação, o número de cursos de pós-graduação, mestrados e doutorados representa, na prática, o compromisso com a qualidade do ensino". Além de investir em pesquisas acadêmicas, universidades que oferecem cursos de Pós-Graduação e MBA, por exemplo, precisam de professores com titulações maiores, o que influencia diretamente na qualidade de ensino.
Visitar o campus e conhecer o local das aulas pode ser outro fator determinante. Vários cursos, como Medicina, as engenharias e até Jornalismo, por exemplo, precisam de bons laboratórios e equipamentos atualizados. Isso fará uma grande diferença na hora de "pôr a mão na massa" durante as aulas práticas.
Segundo Kolb, com a divulgação de mais de um resultado positivo, é preciso analisar bem a estratégia para não perder nem tempo nem dinheiro. Se o seu sonho era uma universidade pública, mas não deu certo, é preciso pensar quais instituições privadas são as melhores opções. "Não adianta se matricular em todas as faculdades se não há intenção de cursar", recomenda Kolb. "Dessa forma, há um gasto desnecessário e a instituição terá que remanejar as vagas depois".