Especialista do HCSG fala sobre os novos tratamentos contra HIV

Especialista do HCSG fala sobre os novos tratamentos contra HIV

Atualmente, cerca de 920 mil pessoas vivem com HIV no Brasil. Dessas, 89% foram diagnosticadas, 77% fazem tratamento com antirretroviral. Estima-se que até 94% das pessoas em tratamento não transmitem o HIV por via sexual por terem atingido carga viral indetectável há mais de 6 meses.

Dezembro vermelho marca uma grande mobilização nacional na luta contra o vírus HIV, a Aids e outras IST (infecções sexualmente transmissíveis), chamando a atenção para a prevenção, a assistência e a proteção dos direitos das pessoas infectadas com o vírus. Dados do Módulos da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2021 apontam que 27,4 mil de pessoas tiveram acesso à terapia antirretroviral em 2020. Ao todo, 77,5 milhões de pessoas pelo mundo foram infectadas pelo HIV desde o início da epidemia (até o final de 2020). Um outro levantamento da UNAIDS indica que atualmente, cerca de 920 mil indivíduos vivem com HIV no Brasil. Desses, 89% foram diagnosticadas, 77% fazem tratamento com antirretroviral e até 94% deles em tratamento não transmitem o HIV por via sexual por terem atingido carga viral indetectável há mais de 6 meses, porém, o preservativo ainda é o melhor método de prevenção.

“O Brasil tem hoje uma das maiores coberturas de tratamento antirretroviral (TARV) entre os países de renda média e baixa. Apesar disso, a adesão ao tratamento disponível gratuitamente pelo SUS ainda é um desafio. Vale frisar que as novas terapias são mais eficazes e com menos efeitos colaterais, facilitando a sua aceitação”, explica Dr. André Cortez, infectologista do HCSG.

O especialista conta que atualmente, o tratamento preferencial para contra-atacar o HIV na fase inicial é composto por três medicamentos: Tenofovir, Lamivudina e Dolutegravir. Esse coquetel antirretroviral aumenta a sobrevida dos pacientes. “Para facilitar a vida dessas pessoas a Anvisa aprovou no dia 29/11 um novo medicamento contra a doença chamado Dovato, o que é um grande avanço no tratamento dos portadores do vírus que causa a Aids, já que reúne em uma dose diária dois antirretrovirais disponíveis em um só comprimido o que diminui efeitos adversos. Vale destacar que o uso irregular dos medicamentos aumenta o risco de o vírus criar resistência a eles, o que certamente abala a qualidade e a expectativa de vida”, alerta o infectologista.

A medicação é de uso diário e pode ser tomada em jejum, representando um regime completo para o tratamento da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1). Ela é destinada a adultos e adolescentes acima de 12 anos de idade, com peso mínimo de 40 kg e sem histórico de resistência ao Dolutegravir ou à Lamivudina. “O paciente poderá fazer a manutenção do seu tratamento de maneira eficaz com menor utilização de medicamentos e reduzindo o potencial de toxicidade”, comemora.

Em caso de suspeita de infecção por HIV devido à alguma exposição de risco, como ter relações sem preservativo, compartilhar agulhas e seringas ou acidente com material perfuro-cortante em ambiente profissional é importante seguir os seguintes passos:

· Procurar um médico;

· Fazer o teste do HIV;

· Fazer o teste complementar do HIV;

· Avaliar com um profissional de saúde imediatamente a indicação profilaxia, medicamento que consiste nas mesmas medicações utilizadas para o tratamento.

Como o vírus do HIV só pode ser detectado no sangue após cerca de 30 dias de possível contágio, há probabilidade que o especialista peça para repetir o exame após este período para checar se existe infecção ou não.

André reforça que é imprescindível que os pacientes iniciem o tratamento o quanto antes e usem os antirretrovirais corretamente, assegurando o controle da infecção e prevenindo a evolução para a AIDS. “A boa adesão à terapia antirretroviral traz grandes benefícios individuais, como a ampliação da expectativa de vida e o não desenvolvimento de doenças oportunistas como tuberculose, hepatite C, HPV, herpes genital, entre outras”, finaliza o médico.

Sobre o Hospital Casa de Saúde Guarujá

Instituição de saúde com foco na excelência do atendimento médico de qualidade, com moderna infraestrutura e tecnologia de ponta. É a primeira opção na região na área de pediatria infantil e oferece um novo conceito de prevenção à saúde dos moradores e turistas do Guarujá e arredores com o objetivo de se tornar referência na prestação de serviços de saúde na Baixada Santista.