Férias: redobre a atenção para evitar acidentes domésticos com crianças

Férias: redobre a atenção para evitar acidentes domésticos com crianças 

A maior parte dos acidentes infantis acontece dentro de casa 

Quando os filhos são pequenos, basta uma piscada de olho e pronto: vem um tombo, um galo na cabeça, um corte, um roxo ou até mesmo lesões mais graves, que necessitam de intervenção médica. 

Dados apontam que 2/3 dos incidentes envolvendo bebês e crianças acontecem quando eles estão sob supervisão de um adulto. Até os dois anos de idade, o domicílio é, geralmente, o cenário dos acidentes. Por isso, é preciso estar atento e tomar medidas simples que podem prevenir situações desagradáveis, especialmente nas férias. 

Fases 

Segundo o cirurgião pediátrico da Paraná Clínicas, Dr. Claudio Schulz, os tipos de acidentes que acometem os pequenos estão ligados à idade e ao estágio de desenvolvimento da criança. “Os recém-nascidos são completamente dependentes dos adultos”, explica. 

Aos quatro meses, os bebês já se viram de barriga para baixo, mantêm-se sentados e mudam de posições. “Eles também já conseguem segurar objetos e levá-los à boca, o que aumenta o risco de acidentes”, alerta. 

Na fase entre um e três anos as crianças adoram explorar os ambientes, mas ainda não têm coordenação motora suficiente e capacidade para reconhecer riscos. “A partir desta idade a criança deve ser orientada sobre os perigos que a cercam, numa linguagem acessível”, explica. 

Saiba quais são os principais riscos 

·         Asfixia (sufocação e engasgo por leite, chá, talco ou brinquedo);

·         Traumas e contusões (quedas do colo, do trocador, do berço, do bebê-conforto, da banheira, da cadeirinha do carro, sofá, cama, ou ao engatinhar e andar);

·         Queimaduras (banho, líquidos na mamadeira ou derramados sobre a criança, cigarros, fósforos, tampas de forno, fogão e panelas);

·         Intoxicações (medicamentos inadequados ou em doses erradas, produtos químicos e inseticidas, plantas);

·         Afogamentos (banho, banheira, baldes, piscina);

·         Aspirações ou sufocações de corpo estranho (leite, caroços, grãos, botões, brinquedos);

·         Choques elétricos (dedo na tomada, aparelhos elétricos ou fio descascado);

·         Picadas venenosas (aranhas, escorpiões, insetos);

·         Mordeduras (animais domésticos).

 

Cuidados

As quedas e as queimaduras são os acidentes mais comuns e podem ser evitados com alguns cuidados por parte dos pais. “As quedas de berços, sem proteção adequada, podem ser graves, causando traumatismo crânio-encefálico”, explica o médico. 

Para prevenir acidentes, o cirurgião pediátrico deu algumas dicas práticas e simples. Confira:

·         Os bebês não podem ser amamentados no berço e, após mamarem, não devem ser colocados imediatamente para dormir;

·         Berços e camas deve ter proteção adequada;

·         Evite o uso de beliches por crianças pequenas;

·         Janelas, sacadas e escadas precisa de telas de proteção e/ou cercas;

·         Materiais de limpeza e remédios devem ser guardados em armários altos e fechados, fora do alcance das crianças, assim como as plantas;

·         Mantenha o bebê longe do fogão/forno;

·         Utilize as bocas de trás do fogão;

·         Use protetores de tomadas;

·         Supervisione o contato com animais de estimação;

·         Prefira móveis com quinas arredondadas;

·         Tenha à mão os telefones de emergência, como o da polícia, bombeiros e resgate (ambulâncias) da sua região.