Linguagens e Códigos no Enem: temas da atualidade que podem ser cobrados na prova
A preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), não deve se limitar apenas aos conteúdos presentes nos livros didáticos, pois a prova exige habilidades que vão além do conhecimento das disciplinas específicas. A Matriz de Referência do exame orienta o candidato quanto às competências necessárias para a prova. Entretanto, além da vasta quantidade de tópicos previstos na matriz, os assuntos que podem ser novidade na prova ainda não aparecem no documento, visto que uma das principais características do Enem é fazer com que os candidatos mostrem conhecimento em temas de importância social que permeiam os debates da atualidade.
A prova de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias é composta pelas disciplinas de Língua Portuguesa, Literatura, Artes, Educação Física, Língua Estrangeira e Tecnologias da Informação e Comunicação. Para a editora de conteúdo de Linguagens da Conquista Solução Educacional, Jéssica Gonçalves de Lima, o principal objetivo dessa área do exame é consolidar os conhecimentos dos candidatos acerca do uso das diferentes linguagens na sociedade. Para isso, é importante manter-se informado sobre as principais notícias relacionadas a esses temas. Ela elencou alguns assuntos atuais que podem ser cobrados nessa prova.
Inteligência artificial - ChatGPT e criação de imagens
O ChatGPT é um programa de inteligência artificial projetado para compreender e gerar textos, responder a perguntas e fornecer informações. “Apesar de muitas vezes não apresentar dados muito precisos, a plataforma tem sido amplamente utilizada ao redor do mundo para diferentes tipos de atividades”, aponta. Para entender melhor sobre o assunto, Jéssica indica reportagens jornalísticas sobre o tema e a leitura dos artigos “ChatGPT: o robô que mostra como a inteligência artificial pode revolucionar as nossas vidas”, publicado no Jornal da USP, e o “ChatGPT e o medo da Inteligência Artificial”, publicado pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz). Importante lembrar também que, apesar de ter sido usado como sinônimo de inteligência artificial, o ChatGPT é apenas uma das plataformas que utilizam inteligência artificial.
A especialista também aponta que existem programas que permitem a criação de imagens realistas e ilustrações com o uso de comandos por escrito ou palavras-chave, como as imagens que circularam pela internet há alguns meses, como a da Mona Lisa ganhando vida, por exemplo. “O artigo ‘A criação de imagens com inteligência artificial suscita polêmicas’, publicado no Jornal da USP, pode ajudar a aprender mais sobre o assunto”, finaliza.
Linguagem neutra
Um debate bastante presente na atualidade, a linguagem neutra tem o objetivo de representar as pessoas que não se identificam com os gêneros masculino ou feminino. “É possível aprender mais sobre o assunto acessando as notícias e reportagens que são veiculadas em jornais e revistas de grande circulação”, recomenda, lembrando que muitas publicações apresentam opiniões divergentes sobre o tema. Recentemente, o presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL) declarou que não é hora de alterar a Língua Portuguesa para incluir a linguagem neutra, o que amplifica o debate na sociedade.
Exposições imersivas
Jéssica revela que essas exposições estão ganhando cada vez mais espaço na atualidade. “As obras dos artistas expostos são recriadas a partir de recursos tecnológicos como a projeção, e permitem que as pessoas se sintam parte da obra”, explica, que sugere o acesso a notícias e reportagens para aprender mais sobre o tema, e, se possível, participar de alguma exposição desse tipo.
Algoritmos e assistentes virtuais
As tecnologias digitais estão em constante crescimento na vida dos usuários de aparelhos eletrônicos. É possível acender luzes e abrir cortinas com um único comando para os assistentes virtuais que, de certa forma, “aprendem” a rotina do usuário. “Esse ‘aprendizado’ se deve muitas vezes aos algoritmos, que utilizam informações captadas pelo histórico de buscas e acessos dos usuários na internet”, detalha Jéssica, que indica o artigo “Análise com assistentes virtuais inteligentes: Um estudo de caso com o Google Assistente”, publicado na Revista Novas Tecnologias na Educação, da UFRGS, para entender melhor sobre o assunto.