Municípios querem replicar ação de Curitiba no combate à violência contra as mulheres   

Municípios querem replicar ação de Curitiba no combate à violência contra as mulheres  

Municípios querem replicar ação de Curitiba no combate à violência contra as mulheres

Placas instaladas em condomínios reforçam a necessidade de denunciar violência doméstica e familiar

Uma atitude aparentemente simples está ajudando a coibir a violência doméstica nos condomínios em Curitiba. Uma placa informativa com os contatos que devem ser acionados em situações de violência foi desenvolvida pela Assessoria de Direitos Humanos e Políticas para as Mulheres e tem agradado síndicos e moradores. Agora a ação deve ser replicada em outros municípios do Estado.

O assunto entrou na pauta de discussão no Fórum Estadual de Gestoras de Políticas Públicas para Mulheres do Paraná, que aconteceu nesta quinta-feira (2/3) na sede da Assessoria de Direitos Humanos da Prefeitura, no Centro, e reuniu gestoras de diversos municípios.

“Nosso compromisso é reforçar as políticas de não-violência contra as mulheres e ampliar ações de sucesso em todo o estado só vai fortalecer esse trabalho”, comentou Renata Carneiro, representante de Curitiba no Fórum.

Para Terezinha Beraldo Pereira, secretária de Políticas Públicas para as Mulheres de Maringá, que presidiu o encontro, os condomínios apresentam um alto indicador de violência e parcerias, como a proposta pela Associação das Administradoras de Condomínios do Estado do Paraná, são oportunidade para avançar na proteção.

“Entre os 399 municípios do nosso estado, muitos não possuem um organismo, uma delegacia especializada ou uma política específica, então através dessas parcerias conseguimos levar conscientização, responsabilidade e chegamos onde os órgãos oficiais não chegam”, salienta Terezinha.

Modelo de sucesso

O presidente da Associação das Administradoras de Condomínios do Estado do Paraná (AACEP), Marcelo Baiak, é também proprietário de uma administradora de condomínios em Curitiba. Segundo ele, apenas a empresa que representa já instalou as placas informativas em mais de 100 condomínios da cidade. Ampliar a medida em todo o estado vai trazer um impacto muito positivo.

“Nosso resultado tem sido muito bom e queremos levar essa experiência para todo o estado. Além de instalar as placas, fazemos um treinamento de orientação junto aos síndicos”, explica Marcelo.

Articulação de políticas públicas

Rosângela Portella Teruel é assessora de Planejamento e Gestão na Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres de Londrina e salienta que quanto mais municípios estiverem alinhados melhor será o resultado.

“É preciso orientar, sensibilizar e capacitar os síndicos. Institucionalizar atitudes como essa só reforça o nosso trabalho de combate à violência contra as mulheres e incluímos também os mais vulneráveis, como crianças, adolescentes e idosos”, disse Rosângela.