Ópera de Arame: Em seis meses, Vale da Música traz mais de 200 mil pessoas para um dos mais charmosos espaços de Curitiba
O projeto já recebeu cerca 600 shows de música instrumental ao vivo no palco flutuante
Na semana em que Curitiba completa 326 anos, um projeto que vem transformando o dia a dia de um dos espaços mais lembrados da cidade também tem bastante pra comemorar. Com apresentação do Bradesco e realização da Futura Fonte em parceria com a DC Set Eventos, são seis meses do Vale da Música, que trouxe ao público que vem até a Ópera de Arame uma nova experiência.
Mas, o que é o Vale da Música?
Imagina um projeto que traz música instrumental de terça a domingo, das 11h às 18h. Agora, junte a isso um deck delicioso onde você pode acompanhar todas essas apresentações e apreciar a bela vista do lago da Ópera. Calma, tem mais. As apresentações acontecem em um palco flutuante com uma arquitetura vanguardista, que fica bem ao meio do lago, com os melhores músicos de Curitiba e do mundo.
Pois esse é um resumo do que é o projeto Vale da Música, que estreou em setembro de 2018 e que já vem acumulando muitos números positivos. Para se ter uma ideia, uma média de 35 mil pessoas por mês têm visitado o espaço, que oferece uma média de 200 horas de shows mensais. “A Ópera de Arame sempre esteve muito associada exclusivamente a shows e espetáculos. O Vale trouxe a possibilidade de as pessoas aproveitarem o espaço durante o dia todo, em um lugar que inspira arte. É um projeto que explora todo esse potencial do local e propõe uma nova experiência ao público, que sem o evento apenas apreciavam a arquitetura do teatro, tiravam fotos e iam embora”, explica Helio Pimentel, vice-presidente de Operações do Parque das Pedreiras e sócio da DC Set Eventos – Curitiba.
Para entender melhor, basta visualizar o aumento na permanência do público no espaço em dias de Vale da Música. Sem a programação de shows, as pessoas costumam ficar no máximo 25 minutos. Com o evento, o tempo de permanência passa para 1h30. E os motivos são muitos para aproveitar o projeto. Além das apresentações no Palco Flutuante, o teatro mantém-se aberto, e não raro é possível encontrar gente lá dentro, contemplando a beleza de um dos teatros mais bonitos da cidade.
Revitalização completa
Junto à inauguração do projeto, muitas melhorias também chegaram ao espaço para agregar ainda mais à experiência do público. Nova pintura, sinalização, paisagismo e uma nova loja de souvenirs. Além disso, exposições de arte, revitalização do teatro, e um restaurante com um cardápio completo para qualquer hora do dia. “O projeto trouxe conteúdo cultural constante em um dos principais símbolos da cidade de Curitiba. O evento permite que o público vivencie o espaço todo de uma forma completamente diferente, tendo contato com a natureza e com a imponência arquitetônica do teatro, tudo isso ao som de músicos de padrão internacional. O Vale da Música é o grande responsável pela mudança de comportamento do público, que hoje pode apreciar a arte, ler um livro, tomar um refresco, e muito mais”, explica Helio.
Novo cenário musical para a cidade
Com tudo isso, Curitiba, que já é considerada um berço de talentos musicais e artísticos, também ganhou um novo fôlego. No Palco Flutuante – que nesse vai e volta levando e trazendo os grandes nomes da música para o centro do lago da Ópera de Arame já percorreu mais de 13 mil metros –, são cerca de quatro apresentações diárias, todas reservadas à cena instrumental e com repertório bem diversificado, que vai de MPB até música indiana, passando, claro, pelos clássicos rock, jazz e blues.
“Até hoje, 96% dos músicos envolvidos no projeto são de Curitiba. Isso trouxe um mercado permanente para o cenário instrumental da cidade, que antes era bem carente. Além, claro, de valorizar os inúmeros talentos que temos por aqui”, diz Victor Castro, curador musical do projeto. No início do projeto, havia a participação de 50 bandas, hoje, são 188 bandas participando do projeto e a previsão é que em um ano sejam gerados cerca de R$ 1 milhão em cachê, movimentando não só o cenário, mas a economia da cultura na cidade.
Mas, além dos músicos da cidade, o projeto também é palco para grandes nomes da música. Entre os grandes nomes que já entraram no vai-e-vem do palco móvel estão Aaron Liddard, saxofonista que tocava com Amy Winehouse, Amlak Tafari, consagrado baixista de reggae e que tem no seu currículo Steel Pulse, Jimmy Cliff e Ziggy Marley, entre outros grandes nomes da música instrumental mundial. “A ideia é trazer ainda mais atrações internacionais para que possa existir esse intercâmbio cultural”, conta Victor.
Para conhecer o projeto
Para poder conhecer tudo isso, a entrada é de R$ 10. Além da lei da meia-entrada, o benefício é oferecido aos clientes Bradesco e moradores da cidade, que têm que comprovar residência para garantir o desconto. “Queremos que não só os turistas aproveitem o local, mas que os curitibanos também passem a frequentar mais o espaço. E já tem dado certo. O número de curitibanos que vêm até a Ópera já é cerca de 50% maior que antes, sinal de que o projeto já entrou na rotina da cidade”, finaliza Helio.
Serviço:
Vale da Música
Apresentações musicais: terça a domingo
Horário: das 10h às 18h.
Valor: R$ 10,00 (meia entrada para clientes Bradesco e outras situações previstas em lei)
Local: Palco Flutuante – Ópera de Arame
Endereço: Rua João Gava, 970 – Abranches