Pandemia provoca aumento de 43% na venda de planos de assistência funeral
Preocupação com despesa inesperada também eleva renegociação de clientes inadimplentes
A pandemia e a preocupação que ela traz para as famílias de sofrerem uma perda inesperada resultaram num aumento de 43% na venda de planos de assistência funeral em maio, em relação à média mensal verificada entre janeiro e abril. O dado foi apurado pela Luto Curitiba, uma das líderes do mercado paranaense, com 30 anos de atividade. Também tem crescido na mesma proporção a procura espontânea dos clientes por renegociação de inadimplência, por jazigo em cemitério e por planos preventivos de cremação.
"As pessoas ficaram mais atentas à organização familiar e angustiadas com o impacto de despesas mais altas sobre o orçamento doméstico", comenta Luís Henrique Kuminek, diretor da empresa, que também administra três funerárias e um cemitério jardim em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba.
Um funeral custa entre R$ 5 mil e R$ 10 mil em Curitiba, e inclui uma série de despesas que são cobertas pelos planos de assistência, em modalidades de cobertura com pagamento mensal. O titular pode incluir nove familiares no mesmo plano, e o serviço prevê desde a comunicação do óbito no Serviço Funerário Municipal até o pagamento dos itens contratados, como aluguel de capela, ornamentação, tanatopraxia e sepultamento.
O associado recebe atendimento para cumprir os trâmites legais do funeral, procedimento que durante a pandemia ficou ainda mais complexo. Decreto municipal limita o tempo de velório e o número de pessoas presentes, além de exigir cuidados adicionais para evitar contaminação pela Covid-19, como uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) para os cuidados com o corpo.
“Lamentamos profundamente que a pandemia esteja pressionando as famílias, e de forma tão dramática. Prestamos um serviço relevante para a sociedade, que usa o plano de assistência funeral como instrumento do planejamento financeiro doméstico, de forma a evitar despesas altas em momentos de grande fragilidade. E nosso desejo é de que o país ultrapasse esse momento com a menor dor possível”, destaca Kuminek.