Prevenção e tratamento do câncer ganha um novo aliado: os exames genéticos
Ela chega muitas vezes sem dar aviso e pode ser causada por fatores genéticos e fisiológicos sobre os quais não temos controle. Uma das doenças mais temidas pela população mundial, o câncer é a segunda maior responsável por mortes no Brasil, ficando atrás apenas das patologias cerebrovasculares. Em 2015, estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) indicam que o Brasil teve cerca de 580 mil novos casos detectados. Há alguns anos que o diagnóstico deixou de ser uma sentença de morte, mas quem não gostaria de poder prevenir e até tratar o câncer antes mesmo dele se manifestar?
Pode parecer ficção cientifica, mas a medicina personalizada já é uma realidade. Por meio de uma simples coleta de células da mucosa bucal ou de sangue, os exames genéticos são capazes de revelar os riscos para o desenvolvimento de determinados tipos de câncer, como de tireóide, mama, útero, ovário, cólon e próstata. "Como muitos deles estão comprovadamente associados a alterações em um ou mais genes, estes testes não revelam se o paciente terá ou não a doença, mas se ele tem chances de desenvolvê-la em algum momento da vida. Assim, pessoas mais predispostas a determinadas patologias podem adotar medidas preventivas simples ou assumir procedimentos mais rígidos para a prevenção, de acordo com orientações do médico”, explica Marcos Kozlowski, bioquímico e responsável técnico do Lanac - Laboratório de Análises Clínicas.
Em muitos países, as avaliações deste tipo já foram incorporadas pela saúde pública, proporcionando redução de custos e de mortalidade significativos. Mas, de acordo com especialistas, a análise genética é recomendada apenas para pessoas que se enquadram no grupo de risco - ou seja, com histórico de incidência de câncer precoce na família, quando a doença surge antes dos 40 anos. "Comprovada a possibilidade, as medidas de prevenção são intensificadas e as chances de o paciente nunca vir a desenvolver a doença aumentam", conta o bioquímico. Devido à complexidade do laudo, para submeter-se ao exame é necessária uma requisição médica.
Câncer de mama
Em 2013, a atriz Angelina Jolie revelou - em artigo publicado no jornal New York Times - ter se submetido a uma dupla mastectomia preventiva após descobrir uma mutação genética que a torna propensa a desenvolver tumores nas mamas e nos ovários. Apenas 10% dos tumores têm origem genética, e só 0,2% da população carrega mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, relacionados a estes tumores. Por isso, antes de recorrer ao procedimento radical, quem se encontra nos grupos de risco deve realizar os testes de genética preventiva.
Para as mulheres que já foram diagnosticadas com a doença, a determinação do HER2 é uma ferramenta importante no tratamento adequado do câncer de mama. Em pacientes com câncer de mama HER2 positivo, as células apresentam um número muito alto da proteína HER2, o que as faz crescer e se multiplicar com mais rapidez. Por isso, este tipo de câncer é mais agressivo do que o câncer de mama HER2 negativo. “O teste é realizado através de um exame de sangue que detecta e verifica a quantidade da proteína presente na corrente sanguínea, avaliando se o HER2 se encontra acima do limite ou fora da normalidade”, explica Kozlowski. É importante que os testes sejam precisos, pois em casos de câncer de mama do tipo HER2 positivo, o tratamento deve ser diferente, já que o paciente pode ser medicado com uma substância que age especificamente no receptor HER2.
Sobre o LANAC
Há 25 anos, o LANAC - Laboratórios de Análises Clínicas se diferencia por se manter, com orgulho, como empresa 100% paranaense. Hoje, o laboratório oferece mais de dois mil tipos de exames, além de coleta domiciliar e assessoria científica para médicos e conta com mais de 280 colaboradores. Recebe exames de 25 laboratórios, atuando como laboratório de apoio. A sede central, com 1.200 m², é o maior centro de análises clínicas de Curitiba. Além da sede central, o LANAC mantém outros trinta postos de coleta na cidade. A empresa participa de testes de proficiência do Controle Nacional de Qualidade da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas, com nota excelente desde 1992 e mantêm a certificação ISO 9001/2008 atualizada desde 2004.