Projeto promove primeiro emprego para jovens da Vila Torres

Projeto promove primeiro emprego para jovens da Vila Torres

Programa de Aprendizagem Profissional do Centro Educacional Marista Eunice Benato capacita estudantes de 15 a 18 anos que estão em situação de vulnerabilidade social

Cerca de 100 jovens da Vila Torres, área de vulnerabilidade social de Curitiba, estão empregados em vagas de Jovem Aprendiz atualmente. Eles participam do Programa de Aprendizagem Profissional do Centro Educacional Marista Eunice Benato, que aumenta as chances de conquistar o primeiro emprego e ainda receber conhecimentos teóricos diferenciais para o mercado de trabalho.
Os jovens da região, que têm entre 15 e 18 anos, participam de cursos e oficinas sobre educação financeira, práticas administrativas e noções de empreendedorismo, ferramentas que capacitam para a jornada de trabalho.

As informações sobre o Programa são divulgadas por meio do edital de vagas na região. Após fazerem a inscrição para os cursos, os jovens são preparados para as entrevistas e etapas do processo seletivo. Os critérios de inserção incluem estar cursando Ensino Fundamental ou Médio, residir preferencialmente na Vila Torres, ter renda per capita e fazer parte, preferencialmente, do público atendido pelas Políticas de Assistência Social. “O programa impacta diretamente a geração de renda das famílias da região e possibilita o fortalecimento e manutenção do jovem na escola”, afirma Alessandra Maia Rosas, Diretora de Ação Social das Escolas Sociais do Marista.

Estudantes durante as oficinas de capacitação do projeto

Sobre as vagas ofertadas

Regulamentada em 2005, a lei do Jovem Aprendiz determina que toda empresa de grande ou médio porte deve ter de 5% a 15% de aprendizes entre seus colaboradores. No Brasil a lei já beneficiou mais de 3,5 milhões de jovens e atualmente beneficia 450 mil jovens aprendizes, segundo dados do Ministério do Trabalho.

As vagas ofertadas no edital pertencem ao Grupo Marista, que conta com 15% a mais de aprendizes em seu quadro do que a quantidade estipulada pela lei. Eles são capacitados e exercem funções nas áreas de atuação do grupo, como solidariedade, educação e saúde. “O programa quer acolher o jovem em um momento de vida em que ele começa a experimentar relações formais de trabalho, em paralelo com o estudo”, afirma o superintendente do Grupo Marista, Paulo Serino.

A ideia é que esse jovem desenvolva habilidades durante o processo. “Preparamos eles para que possam ter uma experiência profissional nas nossas instituições. Aqueles que demonstram empenho e alinhamento com nossos valores são aproveitados em oportunidades internas, permitindo que desenvolvam suas carreiras”, aponta o diretor de DHO do Grupo Marista, Leandro Figueira Neto.

A jovem Danila Camila de Souza Silva, de 17 anos, participou duas vezes do processo e garantiu uma vaga no setor de infraestrutura. “Todas as atividades que eu exerço aqui vão ajudar no meu futuro profissional”, afirma. Durante a semana ela divide a rotina escolar e frequenta as oficinas ofertadas no Centro. Os temas passam por inclusão digital e comunicação e redação comercial e empresarial. “O Projeto é fundamental. Ele traz assuntos que eu levo para o dia a dia do meu setor”, conta ela, que tem o desejo de entrar na faculdade de Odontologia.

Escolas Sociais

As Escolas Sociais do Grupo Marista atendem mais de 7.400 crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social. Os espaços funcionam dentro de comunidades com índices de extrema pobreza em 18 municípios de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Os alunos atendidos nas Escolas Sociais têm acesso a uma educação de qualidade e gratuita que vai desde a educação infantil até o ensino médio, além de projetos educacionais e pedagógicos que acontecem no período contrário às aulas. As unidades são mantidas pela área social do Grupo Marista e os atendimentos são potencializados por meio de projetos de captação de recursos. Para apoiar as Escolas Sociais, acesse www.todomundosonha.org.br.