Rede que conecta cuidadores e famílias chega a Ponta Grossa

Rede que conecta cuidadores e famílias chega a Ponta Grossa

A plataforma Quem Cuida fomenta o setor de cuidados em domicílio e facilita a rotina de quem busca cuidadores para crianças, idosos ou pessoas com necessidades especiais

O mercado de cuidados em domicílio ganhou um grande incentivador a partir da iniciativa de uma empreendedora curitibana. A plataforma Quem Cuida , uma rede online na qual profissionais que atuam na área de cuidados de pessoas podem oferecer seus serviços, entrou no ar no final de fevereiro. “O objetivo é conectar profissionais qualificados com famílias que procuram cuidadores para crianças, idosos ou pessoas com necessidades especiais. Queremos apoiar a criação de laços de confiança entre esses dois grupos de forma prática e inteligente”, explica Karina Foroutan Acras, fundadora do Quem Cuida.

Atendendo inicialmente o público de Curitiba e região metropolitana e mais recentemente também a cidade Ponta Grossa, o site oferece a cuidadores e profissionais de enfermagem a oportunidade de preencher um perfil personalizado para divulgar os serviços. As famílias interessadas em contratar cuidadores, por sua vez, acessam os perfis e fazem contato direto com o profissional mais adequado para o atendimento. “A ideia é que uma pessoa consiga fazer contato com um cuidador em até cinco minutos. Assim, estamos tornando mais simples o processo de contratação e facilitando a vida de quem busca o serviço”, destaca Karina, mencionando que o Quem Cuida em breve deverá chegar a outras cidades e diversos estados do Brasil.

Como funciona

O contato entre as duas partes (cuidadores e clientes) é feita por meio da plataforma e não há cobrança por isso. “Não somos uma agência, portanto, não há nenhum tipo de intermédio na contratação, que é toda acertada entre os interessados. O pagamento é feito ao cuidador pelo cliente na ocasião da prestação do serviço”, detalha Karina.

No perfil dos cuidadores podem ser verificadas informações como o valor por hora do serviço, a disponibilidade de dias e horários e as referências de contratantes anteriores. “Quanto mais detalhado for o perfil, maiores são as chances dos cuidadores na hora de serem selecionados pelos clientes”, aponta a fundadora.

Em breve, os contratantes terão a opção de avaliar o serviço prestado pelo cuidador, apontando o nível de satisfação de acordo com critérios como pontualidade e gentileza, por exemplo. “Queremos que as famílias se sintam tranquilas para buscar desde um cuidador para contratos mais longos quanto para cuidados esporádicos, como quando os pais querem sair no final de semana e não têm com quem deixar as crianças”, descreve a empreendedora.

Demanda por cuidadores

Segundo Karina, a criação do Quem Cuida foi apoiada na observação do mercado de cuidados em domicílio, que vem crescendo de forma substancial. No Brasil, mais de um milhão de pessoas recebem atenção domiciliar atualmente. Nesta categoria estão inclusos atendimento (cuidado ambulatorial residencial) ou internação (hospitalização em casa). O Núcleo Nacional das Empresas de Serviços de Atenção Domiciliar (NEAD) aponta que este mercado, que está em expansão, fatura cerca de R$ 3 bilhões anualmente, empregando cerca de 230 mil pessoas. “O Quem Cuida tem um grande potencial de expansão pois atende um setor que abrange desde os cuidados mais simples, como o de um acompanhante de idosos, até demandas por atenção mais especializada, que é o caso de um profissional de enfermagem”, pontua.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga que atualmente no Brasil há cerca de 16 milhões de idosos, sendo que 6,8% deles apresentam algum tipo de limitação e não conseguem realizar atividades básicas sem apoio de terceiros. Entre elas, 17,3% acham um problema fazer compras e cuidar da rotina dos medicamentos.

Outra população que se enquadra no grupo que precisa de cuidadores é a que apresenta necessidades especiais, ou seja, qualquer tipo de limitação física, auditiva, visual, mental ou ainda várias destas limitações associadas. De acordo com dados de 2010 do IBGE, há mais de 45 milhões de brasileiros nesta situação – ou 23% da população do País.

Serviço:

Site: www.quemcuida.com.br

Facebook: https://www.facebook.com/paraquemcuida