Seis dicas para evitar enxaqueca no dia a dia
Estilo de vida, uso excessivo de analgésicos e até o tipo certo de vinho estão entre as recomendações de neurologista da Unimed Curitiba
Condição comum desde a infância, bastante ligada a fatores genéticos e presente no dia a dia de muitas pessoas, a enxaqueca tem causas variadas – estresse, alimentos específicos, excesso ou falta de sono e alterações hormonais, entre outros – e provoca muito mal estar em suas crises. “Mesmo com esse quadro, podemos dizer que hoje em dia só sofre cronicamente com enxaqueca quem quer”, afirma o médico neurologista Antonio Carlos de Farias, médico cooperado da Unimed Curitiba.
Especializado em neurologia infantil, Farias aponta que 10% das crianças com idades entre 5 e 15 anos apresentam quadros de cefaleia, que podem causar transtornos no desenvolvimento infantil e no rendimento escolar. Mas em todas as fases da vida, segundo ele, é possível evitar as crises de enxaqueca, seguindo as dicas a seguir.
1 – Conheça os fatores
Em primeiro lugar, é preciso identificar os fatores que causam as crises de enxaqueca, que variam muito e só você – e seu médico – podem saber quais são para evitá-los.
2 – Evite o uso crônico de analgésicos
Recorrer a analgésicos é uma causa comum de cefaleia em pessoas de todas as idades. Surge um ciclo vicioso: dores de cabeça, uso de analgésicos, novas dores de cabeça (quando o efeito do remédio diminui), mais uso de analgésico. Isso muitas vezes transforma o quadro em uma enxaqueca diária.
3 – Não interrompa o tratamento
Quando o tratamento com medicamentos é indicado por seu médico, tenha em mente que deve ser contínuo. A interrupção brusca pode facilitar crises de forte intensidade.
4 – Procure ter uma vida mais saudável
Como regra geral, priorize uma vida relaxada, sadia, com moderação de exercícios e restrições alimentares que provocam as crises. Use também técnicas não medicamentosas que priorizem o relaxamento, como a natação.
5 – Faça um diário das crises
Tenha um diário para poder anotar os dias em que a crise ocorre, seu tempo de duração e resposta a terapia abortiva: isto é muito importante para avaliação da resposta ao tratamento profilático medicamentoso.
6 – Algumas bebidas podem ser consumidas (com moderação)
Uma pesquisa realizada pelo neurologista brasileiro Abouch Krymchantowski em 2012 revelou que certos tipos de vinho (entre outras bebidas) causam crises de enxaquecas em apenas 33% dos pacientes avaliados, em especial os tipos Cabernet Sauvignon e Merlot. Por outro lado, Tannat e Malbec foram as variedades que desencadearam a enxaqueca com maior frequência, passando de 45%. São os tipos mais escuros de vinho, que contêm tanino, radicais flavonoides responsáveis pela coloração – bons para o coração, por um lado, mas terríveis para as cefaleias.