Transformações tecnológicas obrigam negócios na área da saúde repensarem a gestão
FDC e JValério Gestão e Desenvolvimento lançam pós-graduação no Paraná com foco na preparação dos profissionais para lidar com desafios e manter os negócios competitivos
A JValério Gestão e Desenvolvimento, em parceria com a Fundação Dom Cabral, lançam no Paraná a pós-graduação em Gestão de Negócios da Saúde (GSN). A especialização pretende desenvolver os profissionais que atuam no setor para capacitá-los para compreender e gerenciar os desafios que impactam na competitividade dos negócios relacionados à saúde. O início das aulas está previsto para agosto e as inscrições já estão abertas.
O conteúdo programático do curso abrange conceitos de Governança, Compliance, Planejamento Corporativo e Assistencial, Segurança e Experiência do Paciente, pensada em uma jornada completa para aprofundar nos temas mais relevantes e sensíveis no que diz respeito à gestão de toda a estrutura do setor de saúde.
Clodoaldo Oliveira, diretor geral da JValério Gestão e Desenvolvimento, pontua que a chegada das novas tecnologias impactou todos os setores e bateu nas portas até mesmo na porta das clínicas e de hospitais. Profissionais da área e pacientes descobrem como diagnosticar, tratar e, sobretudo, prevenir doenças tendo vários recursos, a exemplo da inteligência artificial, como aliados.
Diante dos novos hábitos do consumidor brasileiro que, segundo dados de uma pesquisa do site Electronics Hub, passa 9 horas e 32 minutos por dia olhando para a tela do smartphone, o cuidado à distância via aplicativos não é somente viável, como também preferível em determinadas circunstâncias. Além de otimizar toda a parte operacional, derrubando barreiras físicas e promovendo a equidade no acesso, trata-se de uma oportunidade de mão dupla: tanto para manter a lucratividade em um ambiente privado altamente competitivo, como um divisor de águas no enfrentamento dos desafios das instituições públicas.
“A transformação digital, que revolucionou a economia, também é uma realidade nas empresas cujo core business é a saúde. Desde a pandemia da Covid-19, os serviços médicos passaram por mudanças radicais capazes de tornar a digitalização mais que necessidade, mas sim exigência. Frente às novas demandas, esses negócios tiverem que se reestruturar em pouco tempo. Todas essas mudanças exigiram a adoção de uma nova cultura empresarial no setor da saúde”, diz.
Neste sentido, a pós-graduação tem como foco desenvolver profissionais da saúde como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e outros, assim como administradores e demais profissionais que atuem na gestão de empresas de saúde, quer sejam Hospitais, Clínicas, Laboratórios, Operadoras de Saúde, para superar os desafios desse novo cenário.
Números exponenciais e dados relevantes do setor de saúde ao redor do mundo
• Em 2021, os investimentos globais em saúde digital atingiram um recorde de US$ 26,5 bilhões, refletindo a confiança crescente dos investidores na inovação tecnológica voltada para a saúde;
• Projetado para atingir US$ 639,4 bilhões até 2026, o mercado global de saúde digital cresce a uma taxa anual composta de cerca de 17,8%, evidenciando a demanda pulsante por soluções digitais dessa ordem;
• Durante a crise sanitária provocada pelo coronavírus, a adoção da telemedicina explodiu em todo o mundo. Para se ter uma ideia, na China, as consultas nesse formato aumentaram 7.600% no início da pandemia, enquanto nos EUA, a Kaiser Permanente - um dos maiores planos de saúde sem fins lucrativos dos Estados Unidos - relatou um aumento de 1.000% nas consultas virtuais;
• De acordo com uma pesquisa da J.D. Power, a satisfação do paciente com a telemedicina atingiu 860 pontos em uma escala de 1.000, demonstrando a aceitação positiva dessa modalidade de atendimento;
• Além das consultas médicas, a telemedicina está sendo amplamente utilizada para serviços especializados, como telessaúde mental, teledermatologia e reabilitação virtual;
• Embora a telemedicina tenha avançado significativamente, ainda existem entraves relacionados ao acesso, como a necessidade de infraestrutura de internet confiável em áreas rurais e em países em desenvolvimento;
• Algoritmos de IA são capazes de analisar imagens médicas, como raios-x e exames de ressonância magnética, com alta precisão. Um estudo publicado na revista Nature mostrou que eles superaram radiologistas humanos na interpretação de mamografias;
• A IA é eficaz na detecção precoce de doenças e o sistema desenvolvido pela Google Health é prova disso ao ter sido capaz de identificar casos de diabete a partir de imagens de retina com uma precisão de 94,4%;
• Plataformas de IA estão sendo usadas para auxiliar médicos no processo de diagnóstico. A IBM Watson fornece assistência diagnóstica em oncologia, analisando vastas quantidades de dados médicos e literatura científica para recomendar tratamentos personalizados;
• A IA também está acelerando a pesquisa médica, identificando candidatos a medicamentos, modelando doenças complexas e analisando dados de ensaios clínicos em uma fração do tempo que levaria a métodos tradicionais;
• Embora a IA tenha um enorme potencial, há desafios significativos relacionados à interpretação e confiabilidade dos resultados. Garantir que os algoritmos sejam justos, éticos e transparentes é uma prioridade em constante evolução;
• O mercado global de dispositivos vestíveis de saúde deve ultrapassar US$ 100 bilhões até 2023, conforme a IDC, refletindo a crescente demanda por tecnologias que ajudem as pessoas a acompanhar sua saúde;
• Os dispositivos vestíveis, como smartwatches e pulseiras fitness, são usados para rastrear a atividade física diária. Um relatório da Statista mostrou que 33,8% dos usuários de wearables nos EUA usam esses dispositivos para monitorar seu nível de atividade;
• Alguns wearables estão equipados com sensores avançados que podem detectar sinais precoces de doenças, como a apneia do sono, ajudando na intervenção precoce e na prevenção de complicações;
• Além do físico, wearables estão começando a abordar o autocuidado mental, com aplicativos que oferecem técnicas de relaxamento e monitorização do estresse;
• Em 2020, as startups de saúde digital receberam mais de US$ 21 bilhões em investimentos, destacando a confiança dos investidores nessa área;
• Startups como a Teladoc e a Doctor on Demand simplificaram a telemedicina, tornando-a acessível a um público mais amplo;
• Empresas como a Livongo (agora parte da Teladoc) desenvolveram soluções inovadoras para o gerenciamento de doenças crônicas, como diabete.
Uma das propostas da pós-graduação em Gestão de Negócios da Saúde é preparar os profissionais do setor para analisar, lidar e superar todos os itens listados acima. Para saber mais, acesse: Gestão de Negócios da Saúde | JValério Fundação Dom Cabral (jvalerio.com.br).