ESG: uma "moda" ou uma mudança sem volta no propósito das empresas?
Mercados mais maduros não têm aceitado negócios com empresas sem certificação ESG; consumidores também têm optado por compras mais conscientes. Assim, o ESG está entrando em todos os tamanhos e tipos de empresas
Meio ambiente, social e governança. Será que o ESG (Environmental, Social and Governance) é só mais uma sigla da moda? Empresas que adotam o ESG obtêm melhores ganhos financeiros? Ganham a curto ou médio prazo? Quem enxerga o ESG dessa forma já começa errado, pois o foco não é esse, de acordo com as professoras Fernanda Frankenberger e Danielle Denes dos Santos, da Universidade Positivo, que ministraram palestra sobre o tema no primeiro dia do Viasoft Connect, o maior evento de inovação em gestão empresarial do Brasil.
Tradicionalmente, as empresas têm foco em resultados financeiros, mas é necessário que sigam além do objetivo de lucro e busquem um propósito maior, que esteja alinhado com as necessidades sociais e ambientais e traga impacto duradouro. Doutora em Administração e professora da Universidade positivo nas áreas de inovação e sustentabilidade, Danielle Denes mostrou que o ESG está presente em todos os tipos e tamanhos de empresas. "As grandes correm atrás do ESG por entenderem que precisam ser responsáveis, até porque os mercados mais maduros não aceitam algo diferente disso. As pequenas e médias correm atrás do ESG porque, caso contrário, deixam de ser fornecedoras das grandes multinacionais. Assim, toda a cadeia de produção adota o ESG, impulsionado e acelerado também pelo consumidor consciente", explicou.
As professoras mostraram formas de como os negócios podem se comprometer com práticas sustentáveis, responsáveis e socialmente conscientes, deixando um legado positivo para as gerações futuras.