Falta de sol pode causar deficiência de vitamina D
Tempo frio, nublado e chuvoso. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Curitiba registrou apenas quatro dias de sol durante todo o mês de novembro. Além de deixar a cidade mais cinza, a falta de sol ainda pode ser prejudicial para a saúde. Isso porque a carência de vitamina D - produzida pela pele em resposta à exposição aos raios ultravioleta - já é considerada uma epidemia e atinge mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. “Aliado aos poucos dias de sol, alguns hábitos modernos - como dirigir sempre com os vidros fechados, evitar a exposição solar ao máximo e até mesmo passar protetor solar em excesso - dificultam a síntese da vitamina D”, explica o bioquímico Marcos Kozlowski, responsável técnico do LANAC – Laboratório e Análises Clínicas.
Os benefícios do pré-hormônio na prevenção de doenças ligadas aos ossos, como raquitismo infantil e a osteoporose, já são conhecidos e comprovados, mas agora, novas pesquisas relacionam os baixos níveis de vitamina D com o aumento dos casos de câncer, depressão, diabetes e outros distúrbios. “O exame que mede a concentração da vitamina D no organismo, antes deixado de lado por muitos, já teve aumento de 50% nas solicitações no último ano”, revela Kozlowski.
Alguns alimentos podem fornecer a vitamina D, como peixes oleosos (salmão, atum, sardinha), cogumelos, gema de ovo, sucos e cereais enriquecidos artificialmente. Mas a exposição ao sol continua sendo a melhor forma de se obter vitamina D. “É claro que não podemos esquecer que as radiações solares provocam manchas e apressam o envelhecimento, além de constituir a principal causa do câncer de pele. Mas ficar exposto ao sol, sem protetor solar, durante 15 minutos, já é capaz de garantir uma boa dose de vitamina D”, recomenda o bioquímico.