Pesquisa brasileira será apresentada no maior congresso mundial de transplante de medula óssea com apoio do Instituto TMO

 

 

 

Pesquisa brasileira será apresentada no maior congresso mundial de transplante de medula óssea com apoio do Instituto TMO

Estudo de 11 autores, desenvolvido no Hospital de Clínicas da UFPR, contribui para evitar a rejeição da medula óssea após o transplante, favorecendo para que o resultado seja o melhor possível

O Instituto TMO é uma instituição que há 31 anos apoia o transplante de medula óssea (também conhecido pela sigla TMO) em várias frentes, inclusive dando suporte a pesquisas que beneficiam inúmeros pacientes. Recentemente, a instituição viabilizou a apresentação de um estudo desenvolvido no Hospital de Clínicas da UFPR (em Curitiba, Paraná), que será apresentado no maior congresso de TMO do mundo, em Madri, Espanha.

A última edição do Congresso Anual da Sociedade Europeia de Transplante de Medula Óssea (EBMT) contou com mais de 5500 participantes de 94 países. 1068 trabalhos foram selecionados. Destes, somente 182 (17%) foram escolhidos para apresentação oral. A data da 46ª edição deste congresso está agendada para agosto deste ano (originalmente seria em março, mas foi transferida devido à pandemia de coronavírus). Após a apresentação no congresso, os trabalhos serão publicados na revista Bone Marrow Transplantation, que pertence ao conceituado grupo Nature Research.

O Instituto TMO viabilizou a inscrição no congresso e também a viagem a Madri de um dos pesquisadores para a apresentação oral. O bioquímico Alberto Cardoso Martins Lima ficará encarregado de apresentar o trabalho, que faz parte de sua tese de doutorado. Entre os 11 autores, estão incluídos médicos que fizeram ou ainda fazem parte do Serviço de Transplante de Medula Óssea do Complexo Hospital de Clínicas (STMO/CHC): Ricardo Pasquini (médico que integrou a equipe que realizou o primeiro transplante de medula óssea no Brasil, no HC/UFPR e foi orientador do estudo), Carmem Bonfim (coorientadora), Samir Kanaan Nabhan, Vaneuza Araújo Moreira Funke, Gisele Loth e Samantha Nichele.

Os demais autores incluem os bioquímicos Noemi Farah Pereira (coorientadora), Luciana Nasser Dornelles, Margareth Kleina Feitosa e Geovana Borsato do Amaral, que fazem parte do Laboratório de Imunogenética do CHC/UFPR. Este laboratório foi o primeiro do Brasil credenciado pela Sociedade Americana de Imunogenética, o que lhe confere um dos maiores padrões de qualidade do mundo.

Importância da participação brasileira

A seleção do estudo para o maior congresso de transplante de medula óssea do mundo vem a confirmar a importância do Hospital de Clinicas da UFPR na área, há muitos anos conhecido como referência mundial em TMO.

A conquista conta com vários outros méritos, conforme cita o bioquímico Alberto Cardoso Martins Lima. “É muito difícil ser selecionado para os 17% que vão apresentar, entre tantos trabalhos inscritos mundo afora. O segundo ponto é que este congresso tem foco nos aspectos clínicos do TMO. Ter um trabalho de imunogenética aceito para apresentação oral é muito raro”, afirma.

Mesmo não sendo um trabalho 100% clínico, o estudo tem um grande impacto prático, pois contribui para evitar a rejeição da medula óssea após o transplante, favorecendo para que o resultado seja o melhor possível. Afinal, uma rejeição que é evitada contribui para: poupar tempo de recuperação do paciente, poupar mais trabalho da equipe médica e poupar recursos e insumos. Além disso, um paciente com rejeição tem maior probabilidade de ter complicações depois do transplante.

“É interessante citar que este é um trabalho feito na área de doenças não-malignas, que é muito carente de estudos sobre o HLA-DPB1 (há apenas um, com pacientes com doença Thalassemia) e feito com 106 pacientes com doenças não-malignas, atendidos no HC/UFPR entre 2008 a 2017”, cita Alberto. Mesmo sendo doenças não-malignas, o transplante é necessário.

Questões técnicas sobre o estudo

A pesquisa intitulada “A Alorreatividade contra HLA-DPB1 na direção HvG está associada com risco aumentado de falha de enxertia após transplante com doador não aparentado para doenças não-malignas" foi desenvolvida no Laboratório de Imunogenética em conjunto com o STMO/CHC.

Antes de um transplante ser feito, é necessário encontrar um doador. O mais adequado seria um doador da mesma família do paciente (aparentado HLA idêntico), mas como nem sempre isso é possível, uma opção é a busca por um doador não-aparentado, que geralmente são localizados no Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea) ou em Registros Internacionais.

Para saber se há compatibilidade, é feito em laboratório um trabalho de tipagem para identificar os genes HLA compatíveis. Este estudo tem como objetivo avaliar o papel da resposta imunológica contra os antígenos HLA-DPB1 incompatíveis no contexto do transplante de medula óssea com doadores não aparentados para doenças não-malignas.

Uma peculiaridade que se observa é que nos transplantes com doadores não aparentados, a grande maioria (80% a 85%) dos voluntários apresentam incompatibilidades HLA-DPB1. Além disso, essas incompatibilidades podem ser classificadas em permissíveis (mais adequadas para transplante) e não permissíveis (menos adequadas e com maior risco).

Uso de algoritmos para encontrar doador compatível

Uma pesquisadora da Alemanha desenvolveu um estudo com uso de algoritmos na busca de doadores e criou um website para classificar o risco dos vários doadores não aparentados. Essa ferramenta, chamada IMGT/T-Cell-Epitope 3 (TCE3), classifica as incompatibilidade HLA-DPB1 em permissíveis e não permissíveis, e os médicos do STMO/CHC usam essa informação para selecionar o doador com menor probabilidade de ter complicação. Clinicamente, as incompatibilidades HLA-DPB1 permissíveis são melhor toleradas e conferem menor risco de complicações. Já as incompatibilidades HLA-DPB1 não permissíveis estão associadas a desfechos deletérios após o transplante. Este tipo de incompatibilidade DPB1 podem ser divididas em duas: não permissíveis na direção do paciente contra o enxerto (HvG) e não permissíveis na direção do enxerto contra o paciente (GvH).

Vários estudos com doenças malignas mostraram a utilidade da ferramenta IMGT/TCE3 para selecionar o melhor doador não aparentado. No entanto, quase não existem estudos avaliando o uso desta ferramenta no contexto das doenças não malignas. Os resultados desta pesquisa indicam que as incompatibilidades DPB1 não permissíveis na direção do paciente contra o enxerto (HvG) estão associadas com risco aumentado de rejeição do enxerto e diminuição de sobrevida-livre de eventos. Desta forma, tais incompatibilidades deveriam ser evitadas com o objetivo de otimizar o prognóstico do TMO não aparentado.

Por fim, os achados desta pesquisa validam a importância da tipagem HLA-DPB1 e a estratégia pioneira de seleção de doadores não aparentados atualmente utilizada pelo Serviço de Transplante de Medula Óssea do HC/UFPR em conjunto com o Laboratório de Imunogenética.

 

 

 

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Unimed PG investiga eficácia da esterilização de máscaras

 

 

 

 

Unimed PG investiga eficácia da esterilização de máscaras

Estudo verificou possíveis alterações sofridas em máscaras N95 e PFF2-S após esterilização. Testes foram feitos pela UTFPR de Medianeira.

A Unimed Ponta Grossa encomendou um estudo para avaliar se as máscaras N-95 e PFF2-S, após submetidas à esterilização, sofreram alterações na eficiência de proteção.

Os testes foram realizados pelo Grupo de Pesquisa Química de Produtos Naturais e Biodiversidade (QPNBIO), no Laboratório de Microbiologia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), do campus Medianeira.

Em iniciativa inédita entre as Unimeds do Paraná, segundo o presidente da cooperativa, Rafael Francisco dos Santos, a ação foi tomada a partir da dificuldade na aquisição dessas máscaras, principalmente agora em período de pandemia.

“É importante compartilhar essa possibilidade com a comunidade porque, em um cenário em que esse tipo de máscara já está escasso, a reesterilização passa a ser uma alternativa para momentos de emergência que venham a surgir. Essa prática já é necessária em países como os Estados Unidos, por exemplo, e é importante que se possa validar esse tipo de procedimento no Brasil com produtos nacionais”, analisa. O dirigente afirma ainda que no momento há EPI´s para todos os médicos e colaboradores do Hospital, mas é importante que se tome medidas que antecipem eventual colapso no fornecimento dos EPI´s como aconteceu em países como Itália e Espanha.

Foram submetidos à análise os equipamentos de proteção individual (EPIs) respiratórios utilizados no Hospital Geral Unimed (HGU), que passaram por dois tipos de esterilização: em autoclave e em peróxido de hidrogênio, formas de higienização já praticadas em instrumentais cirúrgicos do hospital.
De acordo com o relatório encaminhado pelos pesquisadores da universidade, os testes foram realizados em ambiente controlado, sem conflito com as Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho (NRs)”.

Durante os ensaios de vedação, as máscaras esterilizadas foram ajustadas ao rosto e foi aplicado um teste de pressão positiva. “Depois de um processo de esterilização química e térmica, foi verificado se as tramas que constituem as máscaras não foram comprometidas”, explica Santos.

Além disso, foram também feitos exercícios, reproduzindo os movimentos comumente feitos pelos profissionais de saúde durante a rotina de trabalho.

Ainda segundo o relatório, após as avaliações, foi possível “afirmar que os processos de esterilização não configuram ataque aos materiais utilizados na confecção das máscaras”. Com relação às amostras de máscaras N-95 e PFF2-S, as esterilizações não comprometeram a capacidade de “impedir a passagem de agentes químicos, e por conseguintes agentes biológicos, mostrando que não houve danos em sua estrutura funcional”.

O diretor-presidente da Unimed Ponta Grossa ressalta que o estudo não garante a eficácia de todas as máscaras em circulação. “As análises foram feitas com amostras dos EPIs utilizados no HGU e processados nos nossos equipamentos, mas podemos inferir que materiais da mesma qualidade podem apresentar resultados semelhantes aos nossos.”

 

 

 

 

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Serenata Invertida

 

 

 

Serenata Invertida

Na calçada fria das cidades do nosso país, desde os primórdios do século passado, músicos se reuniam em frente a uma casa, um sobrado, um edifício ou sob uma janela em especial para tocar suas canções para que um cavalheiro declarasse seu amor por uma donzela.

A serenata sempre foi um gesto de amor. No princípio, um gesto de amor romântico, aquele chamado eros, interpretado por músicos de fora, para dentro de um lar.

Durante algum tempo, no início da minha jornada como profissional da música, trabalhei com serenatas. Foram diversas situações, das mais tradicionais às mais inusitadas. Testemunhei revelações das mais inesperadas e até um pedido de casamento rejeitado. Embora tivesse presenciado muitos gestos românticos, foi nesse trabalho que aprendi outras significações para serenata e que além do amor eros, ela também poderia ser uma manifestação genuína do amor filia e até o agape.

Neste momento atual, no início do outono de 2020, a vida de todos nós tomou um rumo inesperado. Tivemos que nos recolher em nossas casas para tentar evitar uma tragédia de proporções globais. Tivemos que reinventar o nosso modo de viver e conviver com entes queridos mesmo à distância.

E no meio de tantas novas formas de conviver que temos descoberto, eis que na janela de um edifício surge um músico tocando seu instrumento, rompendo a morbidez do silêncio do isolamento. Em outro canto, surge um canto, também da janela, da cantora de voz doce pedindo “paciência” a pessoas enclausuradas na vizinhança.

De repente, em toda a parte, as janelas se abrem, e as melodias que delas saem são declarações de amor ao próximo, que espalham um punhado de alegria nesse momento sombrio. São como serenatas invertidas, que nascem dentro dos apartamentos e abraçam o mundo lá fora, mas ainda são serenatas: irresistíveis declarações de todos os tipos de amor.

Obrigado a todos os antigos e novos seresteiros do outono de 2020.

Autor: Alysson Siqueira é professor mestre no curso de Licenciatura em Música do Centro Universitário Internacional Uninter

 

 

 

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Plataforma de Curitiba lança sistema de pedidos para bares e restaurantes com comissão zerada até setembro

 

 

 

Plataforma de Curitiba lança sistema de pedidos para bares e restaurantes com comissão zerada até setembro

Iniciativa é uma parceria com a Prefeitura de Curitiba e pretende auxiliar o setor de food service local

Uma parceria entre a plataforma ControleNaMão e a Prefeitura de Curitiba vai trazer um novo fôlego para o setor de bares e restaurantes em Curitiba. O lançamento da plataforma PedidosNaMão chega em meio à crise provocada pelo novo Coronavírus e vai possibilitar que estabelecimentos possam disponibilizar pedidos de forma quase gratuita, com comissão zerada. “Hoje são muitos os aplicativos em que o público pode fazer pedidos pelo celular ou computador. No entanto, a maioria dos mais conhecidos cobram uma taxa que gira em torno dos 12 a 15%, além de cobrar mensalidades e taxa de operação do cartão de crédito”, explica o CEO da plataforma, Marcelo Ferri.

A ideia do PedidosNaMão é isentar totalmente comissões e mensalidades, operando apenas com a taxa do cartão quando o pagamento for feito via aplicativo. Com isso, os estabelecimentos conseguirão arrecadar mais recursos e passar pela crise de uma maneira mais positiva. “Nosso objetivo é movimentar o setor e, assim, ajudar bares e restaurantes e restaurantes. Neste momento, importa muito mais estabelecermos uma rede de apoio que procurar lucrar”, diz Marcelo.

Até o final da semana, a expectativa é que cerca de 50 restaurantes estejam disponíveis, mas a ideia é chamar muitos mais estabelecimentos para participar. A adesão é totalmente gratuita também. A campanha que zerará as comissões vai até o dia 1º de setembro, e após esta data, os restaurantes que optarem por permanecer com o app pagarão uma taxa de R$ 1 por pedido, independentemente do valor. Além disso, é possível cancelar a ação a qualquer momento, sem nenhuma cobrança de taxas.

“Temos certeza que será uma ação bem positiva, e a parceria com a Prefeitura é uma forma de validar essa campanha. A única ressalva que precisamos fazer é com relação à entrega. O PedidosNaMão é um aplicativo destinado à realização de pedidos e não às entregas. O que acaba, de qualquer maneira sendo vantajoso, uma vez que os grandes aplicativos cobram uma taxa de mais de 20% quando inclui a entrega”, explica o CMO da plataforma, Juliano Haus.

Público engajado

Com isso, o ControleNaMão está lançando a campanha #apoirestauranteslocais em que estimula o público a utilizar o aplicativo e assim, auxiliar os estabelecimentos da área. “Todos temos que fazer a nossa parte. E o público é peça fundamental dessa corrente. O consumo consciente é muito importante, e saber quais são as taxas cobradas e o quanto os serviços impactam na economia é essencial, sobretudo em épocas de crise”, afirma Marcelo.

E, para acessar, não é necessário nem baixar aplicativo. Basta entrar no site (www.pedidosnamao.com.br) que terá as mesmas funcionalidades de um aplicativo, seja via computador ou celular e realizar o pedido. Com isso, não será necessário ocupar espaço no celular. “Muitos apps exigem que o público estabeleça a dinâmica de baixar aplicativos. Isso acaba sendo mais um obstáculo a mais para o processo. Nossa ideia é simplificar o processo para os clientes e aumentar o número de pedidos para os estabelecimentos”, finaliza Marcelo.

Serviço:

Para o cadastro dos restaurantes, basta acessar https://pedidosnamao.com.br/curitiba

Para fazer os pedidos, basta acessar https://pedidosnamao.com.br/ 

 

 

 

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LANAC realiza testes rápidos para COVID-19

 

 

 

LANAC realiza testes rápidos para COVID-19

O LANAC- Laboratório de Análises Clínicas realiza o teste rápido para o coronavirus, com análise feita por IgG/IgM para COVID-19, que detecta o anticorpo contra o vírus depois de 5 a 8 dias de contágio. O resultado sai no mesmo dia, em até 5 horas, e o valor é de R$300.

Segundo o bioquímico e especialista em bacteriologia do LANAC, Marcos Kozlowski, estudos sugerem uma chance de erro de 75% nos resultados negativos, e 14% nos positivos nos testes rápidos, por este motivo é que um médico avalie qual o teste deve ser solicitado. “Nem todo paciente formará anticorpos nos primeiros dias, acarretando um resultado falso negativo. Além disso, o paciente curado do coronavírus apresenta um resultado positivo nesse teste, e o objetivo não é isolar os IgM positivos e sim isolar os que têm carga viral positiva, ou seja, que podem transmitir o vírus”, explica.

O laboratório realiza também o teste por PCR, que detecta o vírus logo após a contaminação. “Logo nos primeiros dias de infecção pode se detectar o agente, basta existir cinco copias de vírus em 2 ml de material”, explica Kozlowski. Os resultados do teste por PCR saem em 24 a 72 horas, e o valor é de R$ 370,00.

O especialista lembra da importância de consultar um médico. “A solicitação deve vir do médico, que conhece o estado clínico do paciente e avalia qual teste será eficaz no caso avaliado”, alerta, lembrando que mais de 50% dos resultados positivos encontrados no laboratório se consideram assintomáticos. “Mesmo assintomáticos, essas pessoas são potenciais transmissores do vírus. Por isso é importante respeitar a ordem médica e fazer o uso de máscaras”, alerta.

 

 

 

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