Quase 100 restaurantes fecham temporariamente as portas em Curitiba

Quase 100 restaurantes fecham temporariamente as portas em Curitiba

De acordo com informações da Abrasel – PR, entidade responsável pelo segmento da alimentação fora do lar, os fechamentos aconteceram devido à preocupação com a pandemia de coronavírus

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Paraná (Abrasel - PR) realizou um levantamento com seus empreendimentos associados na capital paranaense que optaram voluntariamente por cancelar as atividades a partir desta sexta-feira, dia 20 de março. São aproximadamente 100 estabelecimentos que encerraram integralmente o atendimento ao público ou vão operar apenas via delivery. A decisão visa reduzir os efeitos negativos para saúde pública e economia causados pela pandemia do novo coronavírus no Estado do Paraná.

Na tarde de quinta-feira (19), o Governo Estadual do Paraná emitiu um decreto que determina a suspensão das atividades comerciais em galerias, shoppings centers e similares com o objetivo de reduzir a circulação de pessoas e aglomerações em locais públicos e barrar o processo de transmissão do vírus. Embora medidas previstas no decreto permitam o funcionamento de bares, restaurantes e praças de alimentação com horário limitado, muitos empresários do setor optaram por interromper as operações devido ao baixo movimento e a preservação da saúde de clientes e colaboradores. “São mais de 90 mil colaboradores diretos no setor de alimentação fora do lar em Curitiba, e cerca de 300 mil em todo Paraná. Estamos preocupados com a exposição deles ao contágio e as condições físicas e mentais de trabalho em um situação dessa magnitude. Sendo assim, a solução encontrada pelos empresários do setor foi de oferecer férias parciais e coletivas para seus funcionários”, afirma o diretor executivo da Abrasel no Estado do Paraná, Luciano Bartolomeu.

Alguns estabelecimentos manterão suas cozinhas ativas e passarão a operar exclusivamente para entregas via delivery. “Um número grande de pessoas que costumava comer fora, agora migrou para os serviços de delivery, e os restaurantes que optaram por atuar dessa forma estão adotando práticas para não submeter os funcionários ao transporte público, disponibilizando carros e vans para a locomoção segura, além de reforçar ainda mais os procedimentos de higiene que já são extremamente rigorosos no setor”, explica Luciano Bartolomeu.

A lista de empreendimentos que estarão fechados ou funcionando somente via delivery nos próximos dias inclui: Velho Madalosso, Dom Antônio, Fornearia Copacabana, Spring, Comedy Club, Dona Helena, MAD, Famiglia Fadanelli, Fundição, Saanga Grill, Doppo Cucina, Sauté, Mexicano, Tartuferia, Triamicci, Divina Gula, Família Mercali, Ibérico, Flame, Dom Parma, Bistronomia Um, Piola, Vilabella, Le Réchaud, Degusto Café, Lagarto Batel, Janela Bar, A Casa de Antônia, Marbô, Babilônia Cabral, Babilônia Palladium, Mediterrâneo Barigui, Rause Café + Vinho, Mr. Hoppy Derosso, Lagundri, Izakaya Hyotan, Ginger Bar, Amarillo Craft Bar, Cosmos Gastrobar, Poá Cheseecake, Bubble Tea, La Rauxa Café, Sel et Sucre, Piatto, Sirène Trajano, Sirène Vicente, Sirène Pagu, Sirène Jockey, It’s Grill Barigui, It’s Grill Pátio Batel, Trovolli, Vila Sabor, Tartine, Bar do Alemão, Sushi Central, Velho Oriente, Damarate Confeitaria Artesanal, Boi and Beer Bistrô, Swadisht, MON Café, Anis Gastronomia, CantataCafé, Restaurante Suíssa, Quintana Gastronomia, Cantinho do Esbein, Bistrô da Bibi, 10 Pastéis Silva Jardim, New York Cafe (Palladium e Jockey), Buffet Nova Curitiba, Batel Grill, Devons, Baviera, Taischo, Espaço 37, Calabouço, Buffet Nuvem de Coco, Barraca do Cláudio, Wings (Mondri e Vila Urbana), Outback (Mueller, Curitiba e Barigui), Prediletto Café, Casa Bauducco Palladium, Bonna (Barigui, Jardim das Américas, Mercado Sal), Jack Pizza Pinhais, Pescara, Haiyo, Ksa Restaurante e Dedo de Moça.

Subsídio público

Com cerca de 6 milhões de empregos diretos e indiretos em todo o país, o segmento de alimentação fora do lar é um dos mais prejudicados pela crise ocasionada pela disseminação do COVID-19. Para garantir o subsídio necessário em caso de cancelamento das atividades, a Abrasel - PR formulou e entregou uma petição com uma lista de solicitações as entidades governamentais responsáveis.

As reivindicações abrangem a criação de linhas de créditos para garantir o capital de giro, flexibilização das leis trabalhistas durante o período especialmente em relação a férias e suspensão temporária de contratos, isenção na cobrança de tributos obrigatórios, e paralisação da cobrança de contas públicas como energia elétrica e água. “Até podemos contornar a redução de faturamento no cenário atual, mas com a possível situação de colapso prevista, não há possibilidade dos empresários se manterem sozinhos de portas fechadas”, diz o presidente da Abrasel – PR, Nelson Goulart Junior. “Precisamos nos mobilizar e criar uma caixa de ferramentas com as soluções viáveis. Nosso presidente nacional, Paulo Solmucci, já conversou com o presidente Jair Bolsonaro e com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a necessidade do governo nos ajudar a pagar essa conta”, completa Goulart Junior.

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Negociar aluguel é o melhor remédio para os empresários

Negociar aluguel é o melhor remédio para os empresários

Especialista em direito imobiliário explica que o diálogo e a boa vontade devem pautar as relações comerciais em momento de pandemia

Em tempos de pandemia causada pelo Covid-19, as ruas vazias e o fechamento do comércio traz muita insegurança para empresários dos mais diversos segmentos. Além da preocupação com o pagamento dos colaboradores, a falta de caixa para a quitação dos aluguéis é outra situação que tem tirado o sono de muita gente.

De acordo com o Sindicato das Empresas de Gastronomia, Entretenimento e Similares de Curitiba, o Sindiabrabar, até sexta-feira (dia 20 de março), o movimento já havia caído 80% em Curitiba e Região Metropolitana, situação que fica ainda mais comprometida com o fechamento de grande parte dos estabelecimentos comerciais nesta semana. Varejistas de shopping e de rua também já sentem reflexo direto, inclusive com a dispensa de funcionários.

Conforme a especialista em direito imobiliário, Morgana Borssuk, sócia do escritório Borssuk & Marcos Advocacia, em Curitiba, a melhor estratégia para o momento é o diálogo. Isso porque “não há na legislação locatícia e sequer em qualquer lei vigente uma solução explícita à situação vivida. Trata-se de algo atípico, popularmente conhecido como força maior”.

Desta forma, de um lado temos o locador que, por vezes, sobrevive do aluguel. Do outro, tem-se o locatário que devido ao cenário atual - em sua grande maioria – terá a renda reduzida e o aumento com gastos.

Assim, explica Morgana, a grande e melhor solução para essa situação é, sem dúvida, a negociação amigável entre as partes. “Da mesma forma como a lei não prevê de maneira explícita o que fazer numa situação como essa, também não impede que as partes negociem e encontrem uma forma amigável de resolução”, enfatiza. E isso é extremamente importante para o momento.

Negociação e boa fé

A advogada Morgana Borssuk argumenta que na falta de uma negociação favorável, a opção judicial será uma revisão contratual - tendo como pauta o Código Civil Brasileiro e um dos mais importantes princípios das relações contratuais, a boa fé.

Também será necessário levar em conta a chamada teoria da imprevisão, visto que não se trata de algo previsto ou consequência de qualquer ato lesivo entre as partes, mas algo de força maior. “O diálogo é a pauta da vez na tentativa de equilibrar as relações contratuais nesse período de incerteza”, pondera.

Litígio

Em casos de litígios, como toda ação judicial, a situação exigirá uma série de provas. Não basta a alegação de pandemia. Embora o evento seja inesperado e a essência do motivo do ingresso judicial, o empresário locador do imóvel terá que comprovar sua real incapacidade financeira. Neste caso, será importante fazer um levantamento de dados financeiros mostrando como a empresa se comportava em “dias normais” e o impacto causado na receita devido a suspensão das atividades.

Shopping centers

Para os lojistas de shopping centers, a orientação da especialista em direito imobiliário também é o diálogo e o acordo para equilibrar amigavelmente a relação comercial. Mas caso o entendimento não seja possível, a orientação é um pouco diferente.

Caso o shopping tenha fechado suas portas, seja por uma medida do poder público ou por decisão da direção do empreendimento, o lojista deverá ingressar com uma medida judicial para tentativa de suspensão dos valores e obrigações contratuais, visto que a interrupção foi um evento de força maior. Isso quer dizer que - mesmo que o lojista quisesse continuar aberto - não seria possível, uma vez que a direção do estabelecimento maior o proíbe.

“Mas na situação do shopping continuar aberto – e não ocorrer uma negociação amigável – o lojista deve entrar com medida judicial com pedido de suspensão temporária ou interrupção dos pagamentos locatícios, mantendo taxas acessórias como as despesas especificas da loja referentes a condomínio, fundo de promoção entre outros”, visto que - em alguns contratos deste tipo - os alugueis são variáveis de acordo com o faturamento do lojista, finaliza Morgana.

Para saber mais:

Morgana Borssuk é advogada, administradora e pós-graduada em Direito Empresarial pelo ISAE/FGV. Sócia proprietária do escritório www.borssukemarcos.com.br, é especialista em direito imobiliário - área em que atua há mais de oito anos - gestão patrimonial imobiliária e empresarial. Especializou-se em procedimentos extrajudiciais personalizados de modo a evitar o ingresso no judiciário para a resolução de questões cotidianas.

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Pátio Batel com horários diferenciados

O Pátio Batel, comprometido com as recomendações das autoridades de saúde, Associação Brasileira de Shopping Centers (ABRASCE) e para preservar o bem estar de seus colaboradores, clientes e parceiros em meio à pandemia do novo coronavírus (COVID-19) informa que à partir desta quarta-feira, 18/03/2020, irá funcionar temporariamente em horário reduzido:

Segunda-feira à sábado:

Das 12h às 20h – Lojas, praça de alimentação, restaurantes e serviços

Domingo:

Das 12h às 20h - Praça de alimentação e restaurantes

Das 14 às 20h - lojas e serviços

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Shopping São José reduz horário de funcionamento e adota medidas preventivas ao novo coronavírus

Shopping São José reduz horário de funcionamento e adota medidas preventivas ao novo coronavírus

O Shopping São José informa que está acompanhando a evolução da pandemia do COVID-19, infecção causada pelo novo coronavírus, e seguindo as determinações das autoridades governamentais, de saúde e entidades do setor. Por isso e por prezar pela segurança dos colaboradores, lojistas, clientes, fornecedores e parceiros, o empreendimento adotou a orientação das autoridades de reduzir seu horário de funcionamento. A partir do dia 18 de março (quarta-feira), as lojas funcionarão de segunda a sábado das 12h às 20h e no domingo, das 14h às 20h. Já os serviços de alimentação e lazer, todos os dias das 12h às 20h. Além disso, medidas preventivas foram implementadas como campanhas de reforço da higienização pessoal, higienização dos ambientes, novos pontos de álcool gel em todas as dependências com prioridade para corredores, banheiros e praça de alimentação, maior distância entre as mesas da praça de alimentação, cancelamento de eventos que gerem aglomeração e desativação do bebedouro coletivo.

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Polloshop adota novo horário de funcionamento e intensifica medidas de prevenção ao novo coronavírus

Polloshop adota novo horário de funcionamento e intensifica medidas de prevenção ao novo coronavírus

Atendendo as recomendações dos órgãos de saúde e da Associação Brasileira de Shopping Center (Abrasce) para prevenção ao novo coronavirus (COVID-19), o Polloshop altera seu horário de funcionamento a partir desta quinta-feira, que será das 12h às 20h.

O empreendimento está acompanhando a evolução da pandemia do novo vírus e cancelou os eventos programados para os finais de semana de março e abril. Além disso, foram intensificadas as rotinas de limpeza, reforço nas informações a lojistas e clientes sobre higiene pessoal, colocados novos pontos de álcool gel nas dependências e corredores e a manutenção de todas as portas abertas garantindo a ventilação recomendada.

O Polloshop preza pelo bem-estar de seus funcionários, lojistas e clientes e por isso optou por tomar as atitudes necessárias o quanto antes.

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