Prevenir já que não se pode mais remediar

Prevenir já que não se pode mais remediar

*Por André Ferretti

Nas grandes cidades a chuva está longe de ser um problema apenas climático. Como temos visto todos os anos, os assustadores alagamentos, enchentes e deslizamentos têm se tornado cada vez mais comuns.

Não é novidade nenhuma que a urbanização ocorreu de forma desenfreada, muitas vezes sem o planejamento necessário e cobrindo rios que, anteriormente, faziam parte dessas cidades. Avaliando desta forma, não precisamos ser especialistas para saber que a drenagem da chuva precisa ser mais eficiente nos centros urbanos já que, por conta das pavimentações, a água não consegue achar um local para ser absorvida. Os bueiros, que deveriam ser uma solução para o excesso de água, acabam bloqueados pelo lixo e não dão conta da vazão, resultando em transbordamento nos períodos de fortes chuvas.

Desde o início da história contemporânea, o ser humano sempre teve participação na degradação do meio ambiente. No entanto, antigamente a reposição natural desses recursos extraídos era feita de forma espontânea, orgânica. Atualmente, o que acontece são transformações no território e alterações nos ecossistemas e na biodiversidade de forma sistemática e em larga escala, o que tem colocado em risco a própria existência humana.

Por conta disso, é que nos últimos anos começaram a surgir as Soluções Baseadas na Natureza que, nada mais são do que intervenções humanas inspiradas em ecossistemas saudáveis, para solucionar desafios urgentes da sociedade e que usam a própria natureza a favor disso. Os problemas podem ser diversos, desde o avanço do nível do mar até a escassez hídrica, por exemplo. Nós dependemos e sempre vamos depender do patrimônio natural, por isso, por meio das SBNs, garantimos também a proteção da economia e sociedade.

O conceito ainda é novo aqui no Brasil, o que dificulta a aplicação à realidade brasileira. Mas isso não quer dizer que já não existam bons exemplos de SBN por aqui. Alguns deles, inclusive, foram selecionados em uma chamada de casos promovida pela Fundação Grupo Boticário, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e o GVces, e reconhecidos como alternativas viáveis em diversas cidades do Brasil. E para o caso das chuvas e inundações algumas das soluções são muito simples.

Vejamos um exemplo da cidade de Curitiba, no Paraná. O Parque Barigui, criado em 1972, foi construído com a intenção de conter as enchentes e preservar a mata nativa da bacia do Rio Barigui na região. Além dele, outros parques da cidade foram projetados com o mesmo intuito e são chamados de parques lineares, que integram a proteção da biodiversidade à criação de espaços de lazer e também a segurança da população. Essas áreas são essenciais para a infiltração da água das grandes tempestades, e, em caso de transbordamento dos rios, não causa grandes prejuízos ao patrimônio público e privado por serem áreas verdes sem a presença de casas, avenidas e outras construções.

No entanto, é importante ressaltar que, quanto mais ocupada é uma área da cidade, maior é o desafio de incluir uma área verde no local. O exemplo do Barigui deu certo justamente por ter sido construído em uma área que não estava ocupada. Telhados verdes, cisternas para captação de água da chuva, e recuperação de matas ciliares são outros exemplos de ações que podem ser implementadas em grandes cidades para diminuir os riscos das enchentes e dos alagamentos.

Está cada vez mais difícil conseguirmos reverter os impactos criados ao longo do tempo, mas ainda é possível juntarmos forças com a natureza para prevenirmos novos estragos. E a natureza é nossa maior aliada.

* André Ferretti é gerente de Economia da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza

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Solar do Rosário tem cursos de Arte Contemporânea e História do Pensamento Ocidental

Solar do Rosário tem cursos de Arte Contemporânea e História do Pensamento Ocidental 

Cursos de arte e história movimentam a programação do Solar do Rosário a partir de março. História do Pensamento Ocidental, com início em 1º de março, é comandado por Liana Zilber Vivekananda, com aulas às quintas-feiras das 10h às 12h. Da Grécia antiga, passando pelo Ocidente comparado ao Oriente até pensamentos do século XX, o curso faz um apanhado geral de como se forma o pensamento de determinadas épocas. 

Já Questões da Arte Contemporânea é ministrado por Fernando Bini, pesquisador, crítico de arte e professor. Encontros semanais acontecem às quartas-feiras das 17h às 19h, a partir do dia 7 de março. O professor explora diferentes aspectos da arte contemporânea, seu surgimento, influências e grandes nomes. 

Espaço mantido pela iniciativa privada, o Solar do Rosário funciona há 26 anos como um polo de arte e cultura na cidade. Entre janeiro e março, mais de 30 cursos iniciam no local, voltados a áreas que vão de jardinagem e música até filosofia, desenho e idiomas. Situado em um casarão histórico, o Solar do rosário agrega cursos, palestras, livraria, café, auditório, galeria de arte e jardim de esculturas, além de lançar livros de arte. 

Solar do Rosário 

CURSO: História do Pensamento Ocidental

DATA E HORÁRIO:a partir de 1º de março - aulas às quintas-feiras das 10h às 12h

VALOR: mensalidade: R$ 250

 

CURSO: Questões da Arte Contemporânea

DATA E HORÁRIO: a partir de 7 de março - aulas às quartas-feiras das 17h às 19h

VALOR: mensalidade: R$ 250

MATRÍCULA: R$ 40

 

INSCRIÇÕES: Setor de Cursos: de segunda a sexta-feira das 11h às 20h e sábado das 9h às 13h

ENDEREÇO: Rua Duque de Caxias, 4 - Centro Histórico - Curitiba

INFORMAÇÕES: (41) 3225-6232 | www.solardorosario.com.br

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Petit Anis, o serviço da Anis Gastronomia voltado para festas infantis

Petit Anis, o serviço da Anis Gastronomia voltado para festas infantis 

O chef Flávio Frenkel, que comanda a empresa, destaca o crescimento nesse tipo de evento voltado para os pequenos; o cozinheiro dá dicas de como não errar na hora de realizar o buffet infantil 

A Anis Gastronomia – premiada empresa de catering para eventos comandada pelo chef Flávio Frenkel – possuí um segmento da empresa voltado exclusivamente para atender festas infantis, com serviço e cardápio pensado para agradar adultos e, claros, crianças: o Petit Anis. “Percebemos um crescimento nesse tipo de festa e por isso resolvemos lançar o Petit Anis, para conseguir atender esse público”, ressalta Frenkel. 

Segundo ele, existem detalhes importantes que diferenciam um buffet de casamento, formatura e 15 anos para uma festa infantil. “Quando estamos lidando com crianças, precisamos imaginar todo o nosso serviço de forma mais lúdica e colorida. Desde a escolha dos insumos que vão compor o cardápio até a apresentação, que faz muita diferença quando estamos falando do público infantil”, detalha o chef da Anis Gastronomia. 

Ele diz que para montar o cardápio, é necessário, primeiramente, entender o tipo de festa que será realizada. “A decoração, o local e até o horário influenciam o cardápio e a apresentação do serviço de alimentação. Mas levamos muito em consideração a vontade do cliente, sempre orientando dentro daquilo que acreditamos, a partir da nossa experiência em eventos, ser o mais viável”, afirma o cozinheiro. 

Frenkel, por fim, destaca que é muito importante levar em conta a qualidade dos produtos que serão servidos, saber se eles são frescos e de boa procedência. “Sempre temos essa preocupação aqui na Anis, mas quando servimos crianças, nós redobramos essa atenção, pois se trata de um público que está aprendendo a comer e nós, como profissionais da área, nos preocupamos em fazer com que eles comam coisas naturais e de boa procedência. Por exemplo, no nosso menu temos a coxinha. Por mais que se trate de algo frito, ela é feita manualmente, com frango caipira orgânico e massa de batata, sem adição de nenhum tipo de conservante ou aditivo químico. Isso é fundamental”, ressalta. 

Serviço:

Petit Anis – Anis Gastronomia

Endereço: Rua Sebastião Paraná, 195 – Vila Isabel, Curitiba-PR

Telefone: 3085-7938

Site: anisgastronomia.com.br

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Cor da urina pode indicar alterações na saúde

Cor da urina pode indicar alterações na saúde 

A cor da urina pode falar muito sobre a saúde. Por isso, é preciso estar atento para algumas alterações possíveis de serem reconhecidas apenas ao olhar para a urina. 

O nefrologista da Paraná Clínicas, Dr. Carlos Bornancin, explica que a urina humana costuma ser amarelada, podendo ter variações de tons conforme a quantidade de água presente nela. “A cor habitual é amarela, mas o tom pode variar do amarelo claro até mais alaranjada dependendo da quantidade de líquido ingerida”, cita. 

As cores da urina podem variar também pela alimentação. Alimentos como cenoura,  beterraba, amora e remédios, ricos em vitamina B, podem modificar a cor. Além de  suplementos vitamínicos e medicamentos com corantes. Bornancin reforça que prevenir é a melhor solução. “Ingerir uma boa quantidade de líquido é fundamental para um bom funcionamento do organismo. As pessoas devem ingerir por volta  de 30 ml/kg de peso de líquidos no dia. Assim diminui-se o risco de formação de cálculos renais e de queda na pressão arterial que é comum em dias muito quentes, além de evitar um desequilíbrio hidro-eletrolítico do organismo que pode ser grave para o indivíduo”,menciona. 

O significado da cor da urina

Clara: é um bom sinal e indica que o corpo está hidratado 

Amarela intensa: significa um baixo consumo de água e que os rins estão com trabalho extra. Hidrate-se. 

Amarelo escuro: o tom próximo ao marrom significa que a situação pode ficar  complexa rapidamente. Pode indicar um problema no fígado. Beba muita água e, se persistir, procure um especialista. 

Marrom: indica que há um problema renal. Trata-se de uma inflamação na urina e é possível identificar pequenos vestígios de sangue. Fique atento e procure um especialista. 

Laranja: talvez uma das mais incomuns. O tom alaranjado está relacionado com o excesso de vitamina C no corpo. Reduza o consumo – sem parar de consumir – de frutas e legumes com a vitamina durante aproximadamente cinco dias. 

Azul: geralmente ocasionada pelo excesso de cálcio ou infecção bacteriana. Costuma acontecer em pessoas com suplementação vitamínica. É hora de procurar um médico. 

Vermelha: pode ser algo grave ou apenas o consumo em excesso de frutas vermelhas, amora ou beterraba. Caso não seja o caso ou se repita ao longo de vários dias, procure imediatamente um médico.

Roxa: muita rara. Indica porfiria (doença genética).

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Conheça o Comércio Digital, pensado para a entrega de experiências sensacionais

Conheça o Comércio Digital, pensado para a entrega de experiências sensacionais

*Por Maurício Trezub

A certeza de que a experiência proporcionada ao consumidor irá reger os negócios hoje e nos próximos anos é algo latente, porém, fica o questionamento sobre como fazer essa entrega, do ponto de vista do empresário. O varejo e a indústria vão passar por uma transformação digital e, para que isso aconteça, as empresas vão precisar, necessariamente, da soma de diferentes tecnologias. A pessoa física se digitalizou, mas as empresas só passaram a olhar agora para este consumidor digital e a pergunta que deve ser feita antes de qualquer investimento é: qual experiência de compra o meu público quer ter?

A verdade é que o varejo vai precisar de uma combinação de soluções perfeitamente integradas para entregar aos seus clientes experiências sensacionais – afinal, não se busca nada menos do que isso! Não falo apenas de e-commerce, mobile ou ERP especializado, mas sim da fusão desses três agentes, integrando a loja física ao ambiente de vendas online e ao celular do consumidor. Assim, a sua empresa vai conseguir aplicar na prática o conceito de Comércio Digital. O resultado, sob a perspectiva dos negócios, é veracidade das informações, segurança de gestão e planejamento estratégico apurado, além de encantamento e fidelização dos clientes.

Essa capacidade de integrar o físico ao virtual, por meio de pacotes de soluções tecnológicas, para entregar a melhor experiência ao consumidor – o que chamamos de Comércio Digital – pode ser empregada de acordo com o que o público gostaria de ter no relacionamento com a sua marca. Lembra da minha pergunta inicial? Então, este é o ponto de partida para entender quais tecnologias melhor vão te atender.

Será que o seu cliente quer comprar via e-commerce, agendar um horário e apenas fazer a retirada do produto na loja física? Como isso funcionaria internamente na sua empresa? Imagine que você tem uma hamburgueria (pois é! Por que não uma lanchonete com e-commerce? A inovação está disponível para todos). O cliente entra no seu e-commerce e faz um pedido que, pela integração com o seu software de gestão, cai diretamente nas ordens de serviço da cozinha, de acordo com o horário escolhido para a retirada do lanche. O mesmo ERP, integrado ao hardware, envia a informação para a emissão automática do cupom fiscal. O cliente, então, passa na loja, pega o seu pacote e a sua nota – sem gastar tempo no atendimento do balcão e com uma experiência completamente diferente do que está acostumado.

O problema na implementação da estratégia digital é que não existe bala de prata. Cada segmento vai ter que pensar as experiências que fazem sentido para o seu segmento. Um armazém de vinhos vai construir experiências diferentes de uma loja de eletrônicos, que vai ser muito diferente de um supermercado que em quase nada se assemelharia a uma boutique de moda. Mas então por onde devo começar? Você deve começar redesenhando as experiências de forma a criar um fluxo de interação com o consumidor removendo todas as etapas que geram atrito (frictionless) e usando todos os canais por onde o consumidor deseja se relacionar com sua empresa: loja física, celular, televendas, chat-vendas ou um navegador web. Por atrito, entenda todas as experiências ruins que temos hoje como, por exemplo: filas, troco, papel, demoras, locomoção, formulários de cadastro, erros, lentidão e etc.

Se o futuro do consumidor é a experiência que uma marca lhe proporciona, o futuro das empresas é ter à disposição dos seus negócios soluções integradas, que orquestrem as novas necessidades de um público totalmente digitalizado, fazendo dessas experiências uma realidade acessível e duradoura. Isso é muito mais do que comércio eletrônico, é um novo Comércio Digital, pensado para o relacionamento constante e de qualidade com o consumidor.

*Maurício Trezub é diretor de e-commerce da TOTVS

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