Colégio Positivo promove semana de combate às fake news sobre Covid-19

 

 

 

Colégio Positivo promove semana de combate às fake news sobre Covid-19

Instituição de ensino convoca mais de 2,6 mil alunos para uma série de ações para discutir a proliferação de informações falsas em meio à pandemia

Com o objetivo de ajudar no combate às fake news, o Colégio Positivo promove uma semana inteira com diversas ações para alertar estudantes e familiares sobre a capacidade de proliferação das informações falsas em meio à pandemia do novo coronavírus. Na próxima segunda-feira (18), às 17h, a instituição realiza uma live nas redes sociais com o tema “Efeitos das fake news em época de pandemia”. A transmissão conta com a participação da assessora pedagógica de Redação do CIPP (Centro de Inovação Pedagógica, Pesquisa e Desenvolvimento), Candice de Almeida, do assessor de História do CIPP, André Marcos Silva, e do professor do curso de Jornalismo da Universidade Positivo, supervisor de Jornalismo da BandNews FM Curitiba e doutorando de Ciências da Informação, na Universidade Fernando Pessoa, em Porto, Portugal, Felipe Harmata. Aberta à comunidade, a live pode ser acessada pelo Facebook do Colégio Positivo (facebook.com/ColegioPositivo.Oficial/) ou Instagram (instagram.com/colegiopositivo/).

“A live vai abrir uma semana de debates com os alunos do Ensino Médio, nos quais discutiremos os efeitos da desinformação, principalmente em tempos apocalípticos como este que vivemos, pois muitas vezes, algumas mentiras compartilhadas vão da ameaça à democracia ao risco de morte”, explica Candice.

Outra ação que prevê o combate à desinformação é o lançamento da websérie “Mitos e verdades”, que traz a Covid-19 como seu primeiro tema. Com episódios de até cinco minutos, divulgados semanalmente, às terças e quintas, no YouTube do Colégio Positivo, a websérie conta com a participação de professores que vão esclarecer, nesta primeira temporada, dúvidas a respeito da pandemia. O tema será abordado também na redação avaliativa da 2a série do Ensino Médio de todas as unidades do Colégio Positivo, nos Estados do Paraná e Santa Catarina.

Desinfodemia

Com tantas informações falsas a respeito da pandemia, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) definiu o termo “desinfodemia” como "desinformação básica sobre a doença de Covid-19". Uma pesquisa realizada pela Avaaz aponta que cerca de 100 milhões de brasileiros - sete em cada dez internautas - acredita em ao menos uma notícia falsa a respeito da pandemia.

 

 

 

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Cinco links na internet para entreter crianças em tempo de isolamento

 

 

 

Cinco links na internet para entreter crianças em tempo de isolamento

Aliar o trabalho em casa e a atenção que as crianças exigem é uma das tarefas mais difíceis para os pais durante a pandemia do novo coronavírus. Apesar de muitas escolas e redes públicas de ensino realizarem aulas e enviarem tarefas on-line, o restante do tempo livre exige ainda muita atenção e criatividade dos adultos para passar um tempo de qualidade com as crianças, dentro de casa.
A internet, nesse caso, tem sido uma excelente aliada. Mas diante de tantas opções disponíveis, não é tão fácil encontrar materiais apropriados para crianças. Por isso, com o auxílio de psicólogos e pedagogos do Sistema de Ensino Aprende Brasil, listamos cinco links recomendados para entreter crianças de todas as idades:

1 - Desenhos para colorir

No link http://www.jogosdecolorir.com.br/, é possível encontrar centenas de desenhos para imprimir e colorir. As imagens são divididas por categorias, como carros, natureza, personagens e outros temas. Além de colorir, também são disponibilizadas atividades de ligar os pontos. Para imprimir, é necessário possuir o programa Adobe Flash Player e uma impressora simples.

2 - Livros digitais para crianças

Uma série de livros infantis disponibilizada gratuitamente pelo Itaú que cabe na bolsa, no bolso e até na palma da mão: fica dentro do celular. Assim, dá para ler para uma criança em qualquer momento e em qualquer lugar. https://www.euleioparaumacrianca.com.br/livros/

3 - Aprende em casa Brasil - Descobertas em tempo de quarentena

E-book gratuito do Sistema de Ensino Aprende Brasil, com conteúdo inédito e foco pedagógico, indicado para crianças entre 6 e 10 anos de idade. Traz uma seleção de atividades lúdicas e pedagógicas, com ideias para manter crianças aprendendo e brincando no período de isolamento. Dentro do e-book é possível encontrar leituras, desafios, vídeos, receitas, atividades práticas, entre outros, todos priorizando o que se tem em casa. https://bit.ly/3bJARmC

4 - Senninha

O personagem Senninha, idealizado e lançado por Ayrton Senna em 1994, está cada vez mais forte nos meios digitais para se aproximar das novas gerações. Para fortalecer esse laço com o público infantil, o Instituto Ayrton Senna criou o site https://senninha.com.br/, com atividades para colorir, jogos e vídeos com histórias que divertem e ensinam ao mesmo tempo. Senninha é um menino de seis anos que sonha em ser piloto. Com o personagem, o tricampeão mundial de F-1 pretendia passar para as crianças alguns de seus valores. Além do carisma de Senninha, a marca é preferida por muitos pais por contribuir não somente com a educação dos seus pequenos, como também a de crianças de todo Brasil, uma vez que os royalties do personagem são revertidos para o Instituto Ayrton Senna. A instituição beneficia anualmente 1,8 milhão de alunos da rede pública no Brasil.

5 - Divertudo

Site infantil criado em 1999 por Evelyn Heine e Liliana Akstein, é um dos mais completos do país para a garotada, com conteúdo muito diversificado: jogos virtuais, brincadeiras, histórias, ilusões de ótica, quadrinhos, e-books, entrevistas com escritores, vídeos, adivinhas e charadas. A seção de jogos é a mais acessada. São mais de 80, dos mais diferentes estilos. Em segundo e terceiro lugar vêm as seções de ilusões de ótica (Será ilusão?) e brincadeiras (Baú de Brincadeiras). Além do site https://www.divertudo.com.br/, existe também o Blog Divertudo (http://blogdivertudo.blogspot.com), com dicas de redação, criação de cartazes e uma seção chamada “Como fazer”, com dicas variadas. 

 

 

 

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Projeto de Curitibanos agrega novas funções às bancas de jornal

 

 

 

Projeto de Curitibanos agrega novas funções às bancas de jornal

O arquiteto Zeh Pantarolli e o designer Diego Miranda Leite desenvolvem projeto para o Santander Brasil que agrega cinco novos serviços às unidades de negócios

Cinco bancas de jornal do centro de Curitiba foram selecionadas para dar o início ao projeto A Gente Banca, do Santander Brasil. A iniciativa tem o objetivo de, por meio do microcrédito, incrementar as atividades das bancas de jornal do País. E para realizar as transformações que agregam novas funções aos negócios dos espaços curitibanos foram escolhidos profissionais da cidade para a estreia do programa. Os projetos de identidade e interiores foram desenvolvidos pelo Estúdio Pantarolli Miranda, comandado pelo arquiteto Zeh Pantarolli e pelo designer Diego Miranda Leite.

“Foi um desafio criar os projetos de estreia que poderão ser replicados em qualquer capital brasileira. Além de atender as necessidades de um projeto comercial visualmente atraente, observamos a padronização de materiais e sua viabilização financeira”, conta Pantarolli.

Segundo o arquiteto, só foi possível a adaptação das bancas aqui em Curitiba porque já existe uma lei municipal aprovada que prevê a atuação ampliada desses negócios. Depois de estudos realizados e projetos aprovados, foram iniciadas as transformações das bancas para também oferecer os serviços de Floricultura, Manicure, Chaveiro, Costureira e Manutenção de Celular. Inicialmente os profissionais trabalharam com elementos que criassem unidade para os cinco projetos. Os tetos foram pintados de preto e a iluminação foi colocada em trilhos para criar a sensação de profundidade.

A paleta de cores foi um ponto importante para criar uma identidade que tivesse convergência com a marca do banco e colocasse em evidência as bancas na paisagem urbana. O vermelho e o branco são as cores principais que foram complementadas pelo cinza e o preto. Cada banca ainda recebeu uma cor complementar, como rosa na Manicure. O verde foi adicionado com o paisagismo natural na Floricultura e também proporcionou vitalidade para as demais unidades.

Na parte exterior, as bancas preservaram os padrões do mobiliário urbano de Curitiba. As fachadas foram recuperadas com limpeza e pintura e foi elaborada uma nova comunicação visual com o nome de cada Banca. Um painel eletrônico vertical para comunicação e publicidade foi instalado para conectar de forma mais eficiente a banca com os pedestres.

As mudanças substanciais aconteceram na parte interna. Cada uma das unidades ganhou um mobiliário exclusivo para abrigar as novas funções e os equipamentos necessários. Armários, cadeiras, provador e outros elementos foram agregados conforme a demanda de cada negócio.

Apesar de ocupar um espaço bem menor, as prateleiras para revistas e jornais receberam nichos de destaque reformulados. Um balcão para comércio de produtos tradicionais de bancas e uma nova iluminação decorativa foi instalada.

“Os espaços continuam sendo Banca de Jornal, é muito importante destacar isso. Trabalhamos ressaltando essa essência e também agregando novos serviços que irão trazer mais fôlego e dinamismo para os negócios”, afirma Miranda Leite.

Serviço:

Interessados em revitalizar bancas de jornal podem se cadastrar gratuitamente no site santander.com.br/agentebanca

Estúdio Pantarolli Miranda

estudiopantarollimiranda.com.br

Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

@estudiopantarollimiranda

Rua São Bento, 575, Sl 13, Hauer, Curitiba – PR

41 3376 7951

 

 

 

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Conhecer os hábitos dos clientes ajuda a vender mais

 

 

 

Conhecer os hábitos dos clientes ajuda a vender mais

O banco de dados de uma empresa pode ser uma ferramenta incrível para novos negócios

O distanciamento social e a permanência em casa em virtude do Coronavírus mexeram com alguns hábitos dos brasileiros. Seja pela falta de contato, pelo novo jeito de interagir com as pessoas ou a maneira de fazer compras online, todos precisaram se adaptar à nova realidade.

Enquanto a maior parte do comércio estava de portas fechadas e sem faturamento, alguns setores da economia continuam a registrar crescimento nas vendas.

Segundo pesquisa recente da consultoria Ebit - que mede a reputação das lojas virtuais por meio de pesquisas com consumidores reais e gera dados estratégicos – o consumo do varejo online nos itens de hortifrutigranjeiros cresceu 93%, contra 106% no de frios e incríveis 165% em produtos da cesta básica.

Gigantes de marketplace ou plataformas menores também registraram aumento nas vendas em diferentes categorias como higiene pessoal, alimentos e bebidas, farmácia e limpeza, artigos para casa e móveis.

“Já imaginou se essas companhias não tivessem boas ferramentas para vendas online, para gerir e controlar dados de compras e entregas? E se tivessem dados incorretos ou informações irrelevantes dos clientes, que não servem para nada? Seria um desastre”, explica Carlos Eduardo Colenetz, diretor da X-Bits Software – empresa que desenvolve programas de inteligência artificial e criador da plataforma Mentor BI. Segundo o especialista, “os dados são um tesouro incrível e, neste momento, sai na frente da concorrência quem saber fazer análise e administrar bem as informações que possui”.

Saber mais para vender mais

A análise de dados ganhou importância nos últimos anos, em especial para empresas que trabalham com marketing digital. O potencial dessa estratégia para reduzir custos, melhorar a qualidade do serviço ou produto, inovar e otimizar a performance das vendas é enorme.

De acordo com Colenetz - que também é especialista em sistemas de computação mobile e nuvem – poucas empresas no Brasil utilizam os dados de maneira correta. “Quando o empreendedor tem dificuldade para gerar dados, organizá-los e saber o que fazer com eles é porque ainda não entende os benefícios que isso pode trazer ao seu negocio”, explica.

Para desmistificar essa cultura, ele preparou cinco dicas que podem ajudar na mudança de pensamento.

Benefícios de ter e saber usar dados em qualquer negócio. Confira:

1) Decide melhor quem sabe mais. Pode até parecer redundante, mas a quantidade de decisões empresariais baseadas em intuições e situações cotidianas – sem dados e fatos concretos – é uma rotina. Para se certificar, pergunte ao dono da padaria ou do cabeleireiro que você frequenta regularmente se ele conhece os hábitos da maioria de seus clientes, inclusive o seu.

2) O bom não precisa de caro. O feito é melhor do que o perfeito. Por isso, comece com soluções de baixo custo. Inicie com planilhas do Google ou do Microsoft Excel de maneira que seja possível acompanhar o desempenho do negócio e armazená-las na nuvem.

3) Integre e qualifique sua equipe de vendas. Eles precisam de ferramentas e dados que otimizam o tempo. Assim, conseguem identificar rapidamente as oportunidades que o cliente está trazendo.

Um CRM já traz ótimos resultados, pois se integrado a uma automação de marketing, ele trará as informações num mesmo lugar. Como resultado, a venda se torna mais personalizada, rápida e melhora a experiência do usuário.

4) Faça previsões reais. Achou estranho? Saiba que um sistema de inteligência artificial possibilita gerenciar vendas e descobrir as necessidades e oportunidades para um cliente.

Imagine seu time comercial tendo essas informações disponíveis? Eles teriam informações preciosas para ampliar os negócios, minimizar erros e não sufocar o cliente com indicações desnecessárias só para bater as metas do mês.

5) Analise seus dados constantemente. Assim como nas datas de varejo – tais como Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças, Natal, Black Friday - é fundamental analisar o comportamento de seu cliente, dos hábitos de visita às lojas físicas ou virtuais ao longo de todo ano.

Se ele comprou um livro de romance, que tal interagir com ele daqui a três meses para ver se gostou da obra? Se prefere outra categoria para leitura? Se quer mais livros do mesmo autor?

Se ele compra pães, bolo, queijo e presunto em qualquer mercadinho ou padaria de seu bairro nas tardes de domingo, que tal reforçar seu estoque para vender mais e com o mínimo de sobras?

Imagina se você, que gosta de comer pastel nas feiras matutinas de sábado, chegar às 11h e não encontrar sua opção favorita? E pior: ainda ouvir a informação do atendente de que o movimento foi acima do esperado!

Brincadeiras à parte, o assunto exige atenção dos gestores. “Toda e qualquer empresa – seja micro, de pequeno, médio ou grande porte – deveria saber gerir seus dados com rapidez e flexibilidade. Os ganhos financeiros serão maiores e seus clientes ficarão mais felizes, pois terão a sensação de que a empresa realmente conhece seus gostos e desejos”, observa Colenetz.

De acordo com o especialista, as empresas também usam os dados para orientar suas tomadas de decisões e buscar sucesso de maneira mais assertiva, principalmente quando trabalhados em conjunto com o Marketing: o famoso “vendarketing”. “É preciso ter um propósito naquilo que se faz”, enfatiza Carlos Colenetz.

Sobre o especialista

Carlos Eduardo Colenetz é bacharel em Sistemas de Informação, atuou em diversas companhias de tecnologia como coordenador de projetos e gerente de contas. Possui especializações internacionais em sistemas de computação mobile e nuvem.

Idealizou e desenvolveu o Mentor BI, uma solução completa para inteligência de negócios que permite transformar dados em informações relevantes. Assim, os gestores de qualquer empresa ganham uma poderosa ferramenta de trabalho que fornece gráficos, relatórios e painéis dinâmicos que auxiliam nas tomadas de decisões estratégicas e na real geração de valor aos negócios.

É diretor geral da X-Bits Software, uma empresa especializada em desenvolvimento de software web e aplicativos. Conta com uma equipe de consultoria para desenvolvimento de projetos de Business Intelligence e Data Science. A X-Bits Software está no mercado há 10 anos, desenvolvendo soluções para pequenos, médios e grandes clientes. Já ajudou dezenas de clientes a melhorar seus processos de captação, tratamento e análise de dados. Informações acesse www.mentorbi.com.br e www.xbits.com.br.

 

 

 

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Currículo

 

 

 

Currículo

Daniel Medeiros*

Nasci com o cordão umbilical amarrado no pescoço. A parteira murmurava: “vai morrer, coitadinho, vai morrer”. Não morri. E ganhei um mote para começar a contar minha história: "já nasci com a corda no pescoço". E também para afirmar uma qualidade insuspeita: não tem desafio que eu não saiba dar conta. Sou filho caçula e fui muito tímido na infância e na adolescência. Sempre fui gordinho e desajeitado para os esportes. Aos olhos dos outros era um menino sem graça e, por isso sofri todo o tipo de bullying.

Depois de lamentar em vão, aos poucos aprendi a rir de mim mesmo antes dos outros e assim tornei o bullying dos outros em piada velha para mim. Eu não me deixava em paz, não me cobrando, mas me conhecendo; não lamentando quem eu era, mas aprendendo sobre quem eu era. Não preocupado com o que os outros iam achar, mas procurando saber o que eu gostava em mim e o que eu não queria que fosse chamado de eu. O que faz sobreviver é autocrítica, que é uma espécie de estética do erro. Os outros sempre vão atacar esses nossos erros e, de certa maneira, aprendi que isso é muito útil, exceto se somos muito negligentes e desatentos de não prestar atenção.

Quando ficou claro que eu tinha mesmo muitos defeitos, foi uma libertação. Estava pronto para o mundo, um mundo que é como um gigantesco Lego. Faltava agora apenas achar os encaixes que só os meus defeitos permitiam que ocorressem e só os defeitos dos outros também possibilitariam. A união nunca é de partes perfeitas, lisinhas, sem ranhuras ou quebradinhos na ponta. Não segui em frente apesar dos meus detratores, mas graças a eles. Minha família era pobre, o que me ensinou a diferença entre o essencial e o supérfluo e de como é preciso apreciar o essencial com rigor e o supérfluo com leveza. Mamãe podava as árvores do quintal e dizia: "se eu tiro o que não precisa terei sempre o que necessito.” Nunca esqueci.

Cresci com pessoas que não queriam me educar e, graças a isso, aprendi muito. O lema de meu mundo juvenil era: “ninguém liga”. Cabia a mim fazer o calçamento e definir as esquinas e aprender que, se o beco não tem saída, ele não me ensina para onde devo ir, apenas onde não devo voltar. Tornei-me adulto muito cedo. Saí de casa aos dezoito anos e, desde então, sempre fui eu quem pagou as contas. Aprendi a não fazer dívidas e juntar primeiro e comprar à vista depois. E gastar prodigamente o desconto que consigo nessas transações. Aprendi também a não guardar os recursos como quem esconde, mas como quem vela: dinheiro não pode provocar medo, mas é amigo da atenção.

Casei e descasei e tive um filho que tornou minha relação para sempre, para além de mim e dela. Casei de novo e ganhei duas novas filhas que vieram com a mudança. Papai e mamãe já estão perto dos 60 anos de casados e defendem a família tradicional, torcendo os narizes para essas modernidades. Sorrio feliz de não ter aprendido isso com eles. E abraço todos os meus amores como a criança que abre o presente de Natal tão desejado. Pensei que nunca viveria tanto e já passei bastante dos cinquenta e olho-me no espelho e só me enxergo bem quando apago a luz. O que não reflete sou eu, pulando amarelinha.

Trabalho com jovens e todos os anos eles têm a mesma idade e, por isso, vou me ajustando, rejuvenescendo também, na linguagem, nos gestos, na atenção. Olho para eles e dirijo-me a eles não como aquele que sabe e que agora vai mostrar como é, mas como aquele que se desculpa por tudo o que há e que busca parceria pra tentar melhorar um pouco do que sobrou. O jovem é muito receptivo quando percebe que os mais velhos são apenas uns desamparados, como a criança que quebrou, sem querer, o brinquedo que tanto ama. Desse apoio em comum, muitas vezes nasce uma história nova que irriga caminhos. E, dessa forma, vou apostando na eternidade.

Apresento esse currículo aos que quiserem empregar um pouco de seu tempo no trabalho de me ler e compartilhar comigo suas histórias de vida, como os vidrinhos coloridos do caleidoscópio. Candidatos a uma imagem bonita, comum, passageira.

Atenciosamente,

Eu.

*Daniel Medeiros é doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo

 

 

 

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