Procura por imóveis com varanda cresce 128%

 

 

 

Procura por imóveis com varanda cresce 128%

Mudança nas características dos imóveis procurados faz construtora paranaense adaptar projetos

De acordo com um levantamento da Imovelweb, empresa com atuação nas 27 unidades federativas do Brasil, a procura por imóveis com varanda cresceu 128% em maio deste ano, comparado ao mesmo período de 2019.

Uma pesquisa realizada pelo DadoZAP, do Grupo Zap, também aponta que a busca por imóveis aumentou 21% desde o início da pandemia no Brasil. No levantamento de dados, foi observado que 60% dos entrevistados buscam imóveis com vista livre e varandas, próximo a comércios e serviços.
Estes dados são reflexos da pandemia do novo coronavírus, que, diante da necessidade de passar mais tempo em casa para trabalhar, estudar, fazer exercícios e para momentos de lazer, a busca por imóveis maiores praticamente dobrou.

O Grupo A.Yoshii, construtora de alto padrão que está há mais de 55 anos no mercado, também tem observado mudanças nas características dos imóveis procurados. Com estratégias online para manter lançamentos de empreendimentos e as vendas em alta, o gerente de unidade da A.Yoshii em Curitiba, Erick Takada, ressalta que esse novo comportamento tem promovido reflexões quanto aos projetos.

“Apartamentos com ambientes integrados, principalmente com varandas, estão se mostrando indispensáveis na busca por imóveis - o que já era uma característica de nossos produtos. A vida dentro de casa será cada vez mais valorizada e, por isso, espaços iluminados e flexíveis serão cada vez mais desejados. Muitos projetos também já incluem coworkings nas áreas comuns dos condomínios, além de ambientes para home office”, destaca.

Durante o isolamento social, também houve um aumento significativo de entregas por delivery e e-commerce. Por isso, o Grupo A.Yoshii vai realizar mudanças nas portarias dos projetos futuros para oferecer um concierge refrigerado para conservar a comida e espaços maiores para armazenar produtos recebidos.

 

 

 

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Crescem alertas sobre necessidade de superar a Covid-19 sem descuidar de outras doenças

Crescem alertas sobre necessidade de superar a Covid-19 sem descuidar de outras doenças

Especialistas explicam como identificar sinais do corpo que não podem esperar a pandemia passar

Cinco meses da pandemia da Covid-19 no Brasil e talvez o tema saúde nunca tenha sido tão falado e, ao mesmo tempo, tão negligenciado como agora. Em um ano atípico por conta da pandemia, é importante esclarecer quando é o momento certo de procurar atendimento médico, quando outras partes do corpo dão sinais de que não estão funcionando bem. A queda de mais da metade do número de atendimentos em hospitais especializados em vários estados já acendeu a luz amarela sobre o risco de uma terceira onda da pandemia gerada pelo agravamento de doenças não diagnosticadas ou que tiveram o tratamento interrompido durante a quarentena.

O primeiro passo para evitar dores e complicações desnecessárias é entender os sinais. Dores no mesmo local por mais de três dias, falta de ar, dificuldade na fala, formigamento, sangue na urina, febre e vômitos são algumas características que não podem ser negligenciadas. Em alguns casos, o adiamento do atendimento médico pode ter consequências irreversíveis, como no caso de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) que a cada hora perdida de tratamento representa a morte de 120 milhões de neurônios.

Confira outros aspectos a serem observados em áreas importantes da saúde:

Neurologia - Perda de força, fraqueza ou formigamento de um lado do corpo podem ser sinais de AVC

A médica Lívia Figueiredo, neurologista e coordenadora do serviço de neurologia do Hospital Marcelino Champagnat, explica alguns sintomas que necessitam de atendimento imediato, em função de serem sinais indicativos de AVC, a segunda maior causa de morte no Brasil. Alteração da fala ou dificuldade em pronunciar as palavras, boca torta, alteração de visão podem ser sintomas de AVC e o serviço médico tem que ser procurado de forma imediata, de preferência em um local que tenha atendimento especializado em neurologia. Também não dá para ignorar características que surgem subitamente como: perda de força, fraqueza ou formigamento de um lado do corpo. “O AVC tem tratamento e quanto mais cedo for iniciado, maiores as chances de recuperação e menores as sequelas. A cada hora perdida de tratamento, 120 milhões de neurônios morrem. Então o AVC é uma emergência, não pode esperar”, ressalta. A médica confirma ainda que há estudos recentes que apontam algum aumento de incidência de AVC em pacientes que têm Covid-19. “O tempo frio aumenta a preocupação com o coronavírus e com o maior risco de AVC, por conta da constrição dos vasos sanguíneos. Também merece atenção a crise convulsiva, seja a primeira ou uma mudança no padrão de crise de quem já tem, precisa ser investigado porque pode haver alguma doença por trás que esteja causando essa alteração”, acrescenta.

Cardiologia - Falta de ar e dor no peito que irradia para os braços e o queixo exigem atendimento imediato

A médica cardiologista do hospital Marcelino Champagnat, Lidia Zytynski Moura, possui na ponta da língua as principais características de problemas cardíacos que precisam de um atendimento especializado. “A piora da falta de ar, dor no peito, em especial, as dores que irradiam para os braços e para o queixo e, principalmente, desmaios”, explica. “É importante que diante desses sintomas você procure seu médico quer seja por telefone ou via telemedicina, principalmente em caso de piora”, recomenda. Ela também defende que pacientes que já possuem doenças cardíacas ou doenças crônicas precisam redobrar os cuidados neste período. “É importante manter os seus tratamentos, manter-se atento à glicemia, se for diabético, manter-se atento aos níveis de pressão arterial se você for hipertenso e tomar a medicação exatamente conforme foi prescrita pelo médico”.

Cirurgia geral - Dor no lado direito da região abdominal pode ser caso cirúrgico

Para o médico Wagner H. Sobottka, cirurgião geral e coordenador do serviço de emergência do Hospital Marcelino Champagnat, qualquer pessoa com dor na região abdominal do lado direito deve procurar o pronto atendimento. “Quanto antes for feito o diagnóstico, antes será realizada a cirurgia, um tratamento cirúrgico mais eficiente e o paciente fica menos tempo internado, facilitando a recuperação no pós-operatório”, esclarece.

Segundo ele, uma infecção no cólon, uma colecistite aguda, diagnosticada precocemente possui um tratamento cirúrgico muito efetivo com baixo índice de complicação. “É preciso sempre prestar atenção aos seguintes sintomas abdominais: náuseas, vômitos, dores abdominais, febre, diarreia, mudanças no funcionamento do intestino”, destaca. No caso de dores na parte superior do abdômen, a dor pode estar relacionada às pedras nas vesículas (pancreatite aguda). Já na região inferior direita do abdômen, se associado à febre, falta de apetite e mal-estar, o quadro pode ser de apendicite. “Apendicite aguda pode trazer complicações e um quadro infeccioso grave, que apresenta um risco de mortalidade se não for tratado adequadamente”, alerta.

Urologia - Forte dor na região lombar e aumento na frequência urinária associados à febre podem ser sinais de cálculo urinário

O médico urologista Mark Neumaier explica que, além dos riscos para a saúde, negligenciar os sinais de problemas nessa região acarretam em um sofrimento desnecessário, em função da dor gerada. Alguns sinais de alerta para doenças do sistema urinário são: sangue na urina, incontinência urinária, forte dor na região lombar e febre. “Dor nas costas, na altura das costelas, de forte intensidade e muitas vezes associada ao aumento da frequência urinária. Esse sintoma é muito comum e relacionado ao cálculo urinário. Se não for reconhecido e tratado pode trazer consequências, inclusive, irreversíveis”, informa. O médico também faz um apelo sobre o aumento de pessoas trabalhando home office e o risco para a saúde. “Tenho notado que muitas pessoas deixam de se levantar, passam mais tempo sentadas, inclusive, deixam de se hidratar adequadamente, e isso favorece algumas doenças específicas como infecção urinária. A cada hora sentado, procure levantar, estipular metas de ingestão de líquidos. Pelo menos dois litros e meio de água por dia”, indica.

Ortopedia - Uma dor que dura mais de três dias e não melhora deve ser atendida por um especialista

O ortopedista, especialista em cirurgia de coluna, Antônio Krieger, também vê com preocupação as consequências do isolamento social e do home office para a integridade da coluna vertebral. “Nem toda casa tem a ergonomia e o escritório perfeito para que se possa trabalhar durante seis, oito horas sentado. O desktop que permitia uma visão na mesma altura do monitor foi trocado por um notebook que muitas vezes exige uma flexão do pescoço e com isso começaram a surgir sintomas de cervicalgia, dor no pescoço e dor lombar”, aponta.

Sobre a dúvida de quando ir ao hospital ele diz que os sintomas que o paciente precisa estar bastante atento são: uma dor que dura mais de três dias e não melhora. “Seja uma dor na cabeça ou nas costas, tomou um analgésico e melhorou, não é o caso de buscar o hospital. Agora uma dor que já durou três dias, uma semana, uma dor limitante, que não lhe permite ficar longos períodos em pé ou sentado, perda de força nos membros, precisa”, compara.

O ortopedista Thiago Fuchs, que atua nas áreas de cirurgia de joelho e quadril, diz que as mudanças na vida, nos hábitos e rotinas, nessa época de pandemia, vão impactar em aumento nos problemas ortopédicos. Nas articulações de carga, como o joelho e o quadril, é importante procurar o médico em caso de dores articulares relacionadas aos movimentos ou de ficar muito tempo sentados. “Aquela dor que lhe incomoda todos os dias, aquela dificuldade de calçar os sapatos ou realizar atividades simples do dia a dia são sintomas e sinais clínicos que não devem ser deixados de lado e que, algumas vezes, quando se passa muito tempo daquele sinal ou sintoma, o tratamento fica muito mais difícil, complicado e, muitas vezes, necessita de uma cirurgia”, afirma.

Sobre o Hospital Marcelino Champagnat

O Hospital Marcelino Champagnat faz parte do Grupo Marista e nasceu com o compromisso de atender seus pacientes de forma completa e com princípios médicos de qualidade e segurança. É referência em procedimentos cirúrgicos de média e alta complexidade. Nas especialidades destacam-se: cardiologia, neurocirurgia, ortopedia e cirurgia geral e bariátrica, além de serviços diferenciados de Check-up. Planejado para atender a todos os quesitos internacionais de qualidade assistencial, é o único do Paraná certificado pela Joint Commission International (JCI).

 

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Um novo normal essencial; um velho normal desejado

 

 

 

Um novo normal essencial; um velho normal desejado

*Por Cida Oliveira, diretora de marketing do Grupo Tacla Shopping

Ver sorrisos, estar dentro de abraços, realizar eventos e trazer alegria… Tudo isso fazia parte do dia a dia da maioria das pessoas. A pandemia nos trouxe uma máscara no rosto e o isolamento social temporário. Por preocupação com a saúde, estamos abrindo mão de networking, eventos sociais, viagens e encontros com família e amigos.

Os shopping centers fazem parte dos diversos segmentos impactados de forma severa pela crise. No Brasil inteiro, entre os meses de março e abril, 577 shoppings ficaram fechados. Da noite para o dia, foram determinadas medidas de higiene para que a reabertura destes comércios fosse realizada, com investimentos dos shoppings e lojistas para cuidados sanitários, aferição de temperatura e limpeza, que ajudam a evitar a disseminação do novo coronavírus.

Em Curitiba, por exemplo, a reabertura dos shoppings centers foi realizada com bastante cuidado e responsabilidade, seguindo as recomendações à risca. Observamos consumidores ávidos por este retorno e se sentindo seguros dentro do ambiente. Com o limite de público de no máximo 30% da ocupação total, na primeira semana de abertura foram registrados números próximos ao limite - o que é um respiro para a economia, lojistas e administradores.

A mudança do consumidor pós-pandemia já é vista, tanto pela digitalização, pelo e-commerce, quanto pela conversão de compra. Shopping é cultura, não é um local apenas para consumo, mas também para lazer, passeio e entretenimento. Há quem diga que shoppings não sobrevivem com a chegada do meio digital.

Nós dizemos que a digitalização do varejo foi acelerada por conta do isolamento social - o que já estava sendo planejado para ser aplicado durante o ano, agora já faz parte do dia a dia da grande maioria dos shoppings. Alguns shoppings do Grupo Tacla adotaram uma estratégia de vendas por meio de transmissões ao vivo. Um dos shoppings teve a participação de 80 lojistas na primeira edição, com duração de seis horas. Durante o evento online, mais de 200 produtos foram anunciados e 60% das lojas participantes finalizaram as vendas. Foram vendidos desde máquina de lavar roupa e televisores, até sapatos e acessórios de moda. Esse comportamento reforça a saudade que o consumidor está do “velho normal”.

Esta estratégia incentivou as vendas e fez com que o shopping ficasse ainda mais parceiro dos lojistas. Shopping é um ecossistema que depende 100% das lojas operando para funcionar - sem isso há uma grande dificuldade de atuação de diversas áreas. Enquanto os empreendimentos estiveram fechados, o relacionamento com este público foi fortalecido, algo essencial para que muitas lojas conseguissem se manter abertas.

Quando isso passar, as relações familiares serão restabelecidas, os encontros e pequenos momentos serão mais valorizados. Nosso Grupo, que temos oito shoppings centers nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina não vemos a hora de, com saúde, ver os corredores cheios, os sorrisos, os abraços, os encontros em família para poder compartilhar momentos de alegrias com quem passa pelos nossos empreendimentos. Que saudades daquele “velho normal”.

 

 

 

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Curso de Desenvolvimento Sustentável do McDonald's chega ao seu terceiro ano com 6 mil inscritos

Curso de Desenvolvimento Sustentável do McDonald's chega ao seu terceiro ano com 6 mil inscritos

Maior programa corporativo de educação sobre o tema no país já reuniu participantes de todos os estados brasileiros e também do exterior

O curso Desenvolvimento Sustentável em Foco oferecido pela Arcos Dorados, que é a maior franquia independente do McDonald's no mundo, completa três anos no segundo semestre de 2020, somando cerca de 6 mil inscritos ao longo de 26 edições.

A iniciativa já reuniu participantes provenientes de 488 cidades de todos os estados brasileiros, consolidando-se como o maior programa corporativo de educação para o desenvolvimento sustentável no país. Com aulas ministradas em português, o curso também já recebeu inscrições de outros 19 países, incluindo Austrália, Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Moçambique, Portugal, Suíça e diversos locais da América Latina.

Desenvolvido pela área de Desenvolvimento Sustentável da Cia e a Hamburger University, centro de treinamento e capacitação da Arcos Dorados, as aulas oferecem conhecimento essencial e indispensável em uma agenda de três noites, onde palestrantes especialistas convidados abordam de forma dinâmica e interativa assuntos como Capitalismo Consciente, Compromisso Social, Desperdício de Alimentos, Economia Circular, Energia Renovável, Diversidade, Mudanças Climáticas e Valor Compartilhado, entre outros. Com o recente surto do novo Coronavírus, foi introduzido o módulo Gestão de Resíduos em tempos de COVID-19, trazendo um tópico de grande relevância dentro do contexto vivido atualmente em todo o mundo.

“A iniciativa faz parte da estratégia da companhia em compartilhar conhecimentos para promover o bem da sociedade. Estamos convencidos que será por meio do aumento da consciência para os assuntos complexos com os quais vivemos atualmente que encontraremos os caminhos para o desenvolvimento sustentável”, comenta Leonardo Lima, diretor corporativo de Desenvolvimento Sustentável da Arcos Dorados e coordenador do programa.

Com grande índice de satisfação do público, o curso tem média de avaliação de 9,6 pontos. Desde a primeira turma, em 2017, 100% dos participantes recomendariam o programa a alguém e em média 98% acredita que o conteúdo se aplica à sua realidade. “O curso foi totalmente relevante para aprimorar os conhecimentos na área ambiental, principalmente diante à realidade da COVID-19, o que foi muito interessante”, comenta a participante Tainá Domingues Quaresma, estudante de Ciências Econômicas da USP.

Atualmente, o programa é aberto ao público em geral e oferecido gratuitamente, em uma versão 100% online. Para obter mais informações e se inscrever nas próximas edições, basta acessar o site https://recetadelfuturo.com/

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Educação requer diálogo para transformar a realidade

 

 

 

Educação requer diálogo para transformar a realidade

Antonio Artequilino da Silva Neto*

Quando falamos ou escrevemos, deixamos marcas de nossa subjetividade e compartilhamos com as pessoas a nossa forma de compreender a realidade da qual fazemos parte. Assim, nossas concepções de ser humano, de sociedade e de mundo são reveladas de maneira mais intensa quando atuamos como operadores do conhecimento. Por exemplo, quando um professor ministra uma aula ou mesmo quando um consultor pedagógico profere uma palestra, acontece não apenas uma manifestação física do seu potencial vocal, mas principalmente a manifestação de culturas, ideologias, subjetividades e intencionalidades provenientes do seu universo simbólico.

No entanto, como pode o enunciador, a partir do seu universo simbólico, envolver seus interlocutores e estabelecer um diálogo respeitoso, pleno e profícuo? O que é necessário considerar na inclusão daqueles que possuem uma visão diferente e que podem até mesmo assumir um posicionamento contrário ao que defendemos? Muitos partem de supostas “verdades” construídas no interior do seu círculo pessoal de vida e as defendem como sendo suas crenças e práticas.

Ora, como saber se o interlocutor gostaria de ouvir ou ler conteúdos que se distanciam ou não de sua vivência cotidiana para descobrir novas possibilidades de compreensão da vida tendo como propósito a busca incessante de mudanças para melhorar o seu núcleo familiar, sua formação acadêmica ou seu desempenho profissional?

A resposta é simples: precisamos dialogar permanentemente com todos os nossos interlocutores, sem exceção. A fala, a voz, o discurso, a palavra pronunciada ou escrita são elementos comunicacionais que aproximam as pessoas e as envolvem no rico processo da sociabilidade e da interação humana, favorecendo o processo de transformação da realidade.

Quando trabalhamos na formação de professores, realizamos trabalhos de consultoria ou nos dedicamos a qualquer outra atividade que requeira a interação com outros, podemos compreender que a fala de cada pessoa revela o seu modo de vida, as suas aspirações e os aspectos importantes de sua realidade social.

Portanto, vale lembrar o legado de Mikhail Bakhtin, que foi considerado por muitos como sendo o filósofo do diálogo, para quem a linguagem é vida, está no trabalho e na prática social, constituindo-se como interação, como efeito de sentidos entre interlocutores que se encontram e confrontam por meio do signo linguístico, no processo discursivo e no jogo das interações sociais. Ele defendia a linguagem como um constante processo de interação mediado pelo diálogo – e não apenas como um sistema autônomo.

Pois bem, aprendi com Bakhtin que, quando assumimos uma postura dialógica, os atos de ensinar, aprender e empregar a linguagem passam necessariamente pelo respeito às diferenças de cada ser humano, o qual utiliza o conhecimento de enunciados anteriores para formular suas falas e redigir seus textos. Além disso, um enunciado sempre é modulado pelo falante para o contexto social, histórico, cultural e ideológico.

Enfim, como pode o diálogo contribuir com a transformação da realidade, principalmente quando lidamos com processos educacionais? A partir do entendimento de que a história não é apenas uma série de fatos passados. Ela está em contínua construção e acontece num mundo que está em constante movimento, mediado pela essencialidade da Educação, que se dá pela construção dos saberes e práticas e que requer, sobretudo, o diálogo como instrumento vivo que medeia a ação das pessoas no presente, tendo como referência o passado e como propósito a constituição de melhores perspectivas para o futuro.

*Antonio Artequilino da Silva Neto, Historiador, Mestre em Educação, Doutor em Linguística Aplicada e Consultor Pedagógico da Solução Educacional Conquista

 

 

 

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