Projeto da Universidade Estadual de Maringá vence programa "Com Mc Mudamos o Mundo"

 

 

 

Projeto da Universidade Estadual de Maringá vence programa "Com Mc Mudamos o Mundo"

O Motirô participou da 2ª edição do projeto organizado pelo McDonald's e pela Enactus e receberá 10 mil reais para aplicar e expandir a ideia sustentável

Foi realizada em junho a final da 2ª edição do concurso #ComMcMudamosOMundo, um programa nacional da Arcos Dorados, maior franquia independente do McDonald’s no mundo, em parceria com a Enactus, criado para beneficiar diversas comunidades por todo o país e promover o empreendedorismo social. Um dos projetos vencedores é o Motirô, de alunos da Universidade Estadual de Maringá (UEM), que está sendo aplicado na comunidade Lar Nossa Senhora da Esperança, uma organização não-governamental em Sarandi, no interior do estado do Paraná, que atende 120 crianças de 5 a 11 anos no contraturno escolar.

O resultado foi divulgado via live e, na ocasião, seis projetos de diversos estados do Brasil estavam concorrendo em três diferentes categorias: educação para o desenvolvimento sustentável, gestão de resíduos e economia circular, e redução da perda de alimentos. O Motirô é focado em ensinar e criar soluções para a compostagem de alimentos. A partir dessa premissa, o projeto é baseado em confeccionar composteiras para, posteriormente, vender os adubos produzidos, angariar renda e fornecer recursos à entidade e à comunidade beneficiada.

“É muito gratificante ver o envolvimento dos pequenos do Lar com o Motirô. Nós, do projeto, acreditamos que a educação é o melhor caminho para desenvolver a consciência de um mundo sustentável, que é um pilar que tem se tornado cada dia mais essencial. Ensinar a importância de práticas sustentáveis às crianças é uma maneira eficaz de fortalecer essa ideia”, afirma Diniara Munhoz Dias, estudante de biomedicina da UEM e gerente do projeto.

“Essa parceria condiz com a estratégia de utilizar nossa escala e representatividade para promover o bem. Ao mesmo tempo que podemos trabalhar com jovens que estão nas universidades e com a educação, também transferimos um pouco do nosso conhecimento para eles em projetos que beneficiam a sociedade como um todo”, afirma Leonardo Lima, Diretor de Desenvolvimento Sustentável da Arcos Dorados.

Após o desenvolvimento da ação em Sarandi e a conquista do primeiro lugar na competição, o McDonald’s irá avaliar como incluir as práticas do Motirô dentro dos restaurantes da marca. A unidade Drive-thru de Maringá, que fica localizado na Zona 01, na Av. Duque de Caxias, foi parceira do projeto durante o programa.

“Esta é uma oportunidade incrível para os estudantes da nossa rede. Com a ajuda financeira e as orientações através de mentoria, além do trabalho com a equipe dos restaurantes, os projetos ganham mais maturidade e conseguem impactar mais pessoas. Ela é também um exemplo muito claro do que chamamos da filosofia “We All Win”, pois os estudantes ganham com a expertise da Arcos Dorados e os funcionários ganham com a energia e paixão dos nossos estudantes”, afirma Joana Rudiger, Presidente da Enactus Brasil.

A 2ª edição do #ComMcMudamosOMundo teve recorde de inscritos com 49 times e 72 projetos que promovem benefícios para comunidades brasileiras. A Enactus UEM surgiu em 2013 e é um projeto de extensão coordenado por Leila Pessôa Da Costa e Carlos Augusto de Melo Tamanini. Atualmente, o time da instituição tem três projetos em andamento e 29 membros, contando com estudantes de oito cursos de graduação.

 

 

 

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Instituto oferece curso de artesanato e customização gratuito para quem quer incrementar a renda familiar

 

 

 

Instituto oferece curso de artesanato e customização gratuito para quem quer incrementar a renda familiar

O projeto Fazendo Renda promovido pelo Grupo Uninter é voltado para mulheres em vulnerabilidade social de Curitiba e região. Inscrições estão abertas

Há anos, o projeto Fazendo Renda, criado pelo Instituto IBGPEX, braço de responsabilidade socioambiental do Grupo Uninter, capacita para a geração de renda alternativa e ajuda a mudar a realidade de mulheres em situação de vulnerabilidade social. Devido a pandemia, a equipe da instituição acaba de viabilizar o curso totalmente online e gratuito para quem já estava inscrito, e mais 60 vagas para novas alunas de Curitiba e região metropolitana, a partir de julho.

“Diante dessa crise que enfrentamos, com o aumento significativo do desemprego e da necessidade de geração de renda essencial ou complementar, resolvemos estender este projeto como uma forma alternativa de fácil acesso da comunidade. Estamos utilizando ferramentas popularmente conhecidas para a entrega de conteúdo, o WhatsApp e o Youtube. Pensamos em tudo para facilitar e agilizar o processo de ensino e aprendizado”, explica Adenir Fonseca, diretora do IBGPEX.

A capacitação tem duração de um semestre, com 30 aulas liberadas semanalmente e divididas em quatro módulos. As participantes aprenderão sobre artesanato, moda, customização, conceitos, modelagem, precificação, além de oficinas práticas. Utilizando retalhos de tecidos e materiais sustentáveis, vão produzir máscaras de proteção facial, indispensáveis neste momento, roupas, bolsas, entre outros acessórios.

Ao final dos estudos, todos recebem certificado de qualificação. As inscrições estão abertas para mulheres a partir de 18 anos, no link https://forms.gle/xJTd38QoH8883UJb7.

Sobre o Fazendo Renda

O projeto visa capacitar e qualificar mulheres para a geração de renda por meio do artesanato. Utilizando retalhos de tecidos e materiais sustentáveis, as mulheres aprendem a confeccionar bolsas, roupas e acessórios, recebem dicas sobre gestão e empreendedorismo, cidadania e qualidade de vida.

 

 

 

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Quarentena restritiva: como bares e restaurantes podem sobreviver à crise?

 

 

 

Quarentena restritiva: como bares e restaurantes podem sobreviver à crise?

José Araújo Neto, fundador das redes Porks e Mr. Hoppy, dá dicas para enfrentar o período com o mínimo de danos possíveis para o negócio

As medidas mais restritivas de quarentena impostas para Curitiba e diversas outras regiões do Paraná, divulgadas pelo Governo do Estado na última terça-feira (30), lançaram um desafio extra para os empresários, principalmente àqueles do segmento da alimentação fora do lar. Como fazer com que o seu estabelecimento sobreviva a esses 14 dias de portas fechadas?

Já estamos entrando no quarto mês de isolamento e, em um panorama que prevê ainda mais dois meses com baixo – ou baixíssimo – faturamento para bares e restaurantes, a situação pode piorar ainda mais. Segundo o empresário José Araújo Netto, um dos grandes nomes do mercado nacional, fundador das redes Mr. Hoppy e Porks – Porco & Chope, que contam com mais de 50 unidades espalhadas pelo país, o momento pede que os empresários, antes de tudo, entendam seu local na economia para que possam traçar estratégias que beneficiem a si mesmo e a toda a comunidade.

José Araújo Neto aponta a existência de três níveis de empresas: as “verdes”, que possuem alto poder aquisitivo, ou seja, podem atuar sem grande fluxo de caixa e conseguem retomar ao mercado tranquilamente após a crise; as “amarelas”, que contam com um caixa razoável para manter as contas em dia, mas sem fluxo diário vão entrar no negativo e, consequentemente, ter dificuldade para se estabilizar novamente; e as “vermelhas”, que já estão com capital de giro zerado e não sabem nem como vão pagar o aluguel no final deste mês.

Empresas classificadas como “verdes”

“Empresas verdes podem e devem criar oportunidades neste momento de crise”, aponta o empresário. Ele explica que, como o foco desses empreendimentos não é sobreviver, é preciso continuar aparecendo na mídia de forma positiva. “Este é o momento de investir no próprio marketing e pensar no futuro da organização”, explica. “Além de criar ações que beneficiem os clientes e gerem engajamento à marca, é preciso observar os pequenos negócios ao redor, principalmente aqueles essenciais para o funcionamento futuro da sua empresa, como fornecedores, e ajudá-los”. Araújo Netto aponta que o momento não é de quebra de contratos, mas sim de auxílio e solidariedade com aqueles que tem risco de fechar as portas.

Empresas classificadas como “amarelas”

Para José Araújo Neto, o mais importante é cuidar dos funcionários e colaboradores. “Nenhuma empresa, seja um restaurante ou uma fábrica, funciona sem mão de abra, por isso o mais importante é manter os salários em dia, mesmo que seja necessário estabelecer uma redução de carga horária ou adiantar as férias coletivas”, diz.

Mas como manter os pagamentos em dia sem o faturamento que já estava planejado? Antecipar os recebíveis, como valores de cartão de crédito ou de aplicativos de delivery, é a primeira opção. “Mesmo que signifique perder um pouco, devido às taxas de adiantamento, esse dinheiro em mãos pode salvar a receita do estabelecimento”, diz. E nada impede que sejam feitas negociações! O empresário indica conversar com os aplicativos para propor um adiantamento facilitado e se beneficiar das reduções de taxas que vários bancos já se propuseram a fazer.

Como nem sempre apenas adiantar valores é suficiente, economizar também se faz necessário. “Este é o momento de rever sua cadeia de suprimentos, procurar preços mais acessíveis e negociar com fornecedores, principalmente com aqueles de produtos perecíveis”, conta. “Se você conseguir subsídios mais baratos, também poderá diminuir os preços do seu cardápio e fazer promoções para atrair mais clientes. Desta forma, todos saem ganhando”, complementa ele.

Por fim, a dica é procurar se manter ativo nas redes sociais, gerando conteúdo relevante para manter seus clientes entrosados e falando sobre o seu negócio. “Para as próximas semanas, minha equipe já estabeleceu uma rotina de vídeos que ensinam nossas principais receitas, desde como montar o hambúrguer x até preparar o molho y”. O empresário reforça a ideia de que não precisa ter medo de abrir a cozinha do seu estabelecimento para o cliente. “Isso vai aproximar as relações e criar um sentimento positivo do cliente em relação a sua empresa, fazendo com que ele volte a consumir seus produtos após a crise”.

Empresas classificadas como “vermelhas”

Para as empresas vermelhas que já iniciaram a crise com pouco fluxo de caixa, as dicas vão além de antecipar receitas, renegociar prazos e manter as redes sociais ativas. Estes pequenos comerciantes devem buscar apoio profissional em amigos e, principalmente, consultores. “Neste momento existem diversos profissionais oferecendo apoio gratuito ou no modelo ‘pague mediante bons resultados’”, conta. “Também é possível pedir ajudar ao contador ou advogado da empresa, assim como para outros donos de restaurantes”, complementa ele. Para Araújo Neto, o importante é não ter vergonha de procurar ajuda!

Aproveitando que a taxa básica de juros está reduzida no momento, consultar linhas de crédito pode ser também uma excelente saída. “Emprestar R$ 50 mil do banco e dividir em 48 vezes pode dar um fôlego ao negócio, sem pesar tanto no bolso do empresário”, afirma. Além disso, Araújo Netto aconselha que bares e restaurantes com pouco caixa foquem apenas em seus carros-chefes. “Não gaste dinheiro com suprimentos que não são vendidos com facilidade, invista apenas nos produtos que mais saem da sua loja”, explica.

Se nada disso der certo, é preciso entrar em um processo de congelamento de gastos. Barganhar o não pagamento do imóvel com o proprietário do seu ponto comercial - neste caso, é possível pedir um parcelamento da dívida quando o bar ou restaurante voltar a atuar normalmente; negociar o pagamento dos fornecedores conforme a venda dos produtos ou, caso o estabelecimento feche, propor um pagamento mínimo apenas para que o outro não se prejudique; e estabelecer uma conversa franca com seus funcionários – se houver a necessidade de demissões, é imprescindível abrir as contas da empresa para os colaboradores e, se possível, prometer uma recontratação assim que o mercado se estabilizar. “Neste momento, precisamos ser solidários uns com os outros”, afirma. “Não adianta falar pros funcionários que está sem dinheiro e continuar aparecendo com carro novo e vivendo uma vida de abundância”, complementa o empresário.

 

 

 

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Nota Oficial Comida Di Buteco: Adiamento Concurso

 

 

 

Nota Oficial Comida Di Buteco: Adiamento Concurso

Desde o início da pandemia foi criado um comitê de crise, com inputs tanto do poder público como de infectologistas ligados aos patrocinadores e também parceiros do Comida di Buteco, para análise da disseminação do COVID 19 no país.

Após esse período de 90 (noventa) dias de acompanhamento da mencionada situação pandêmica e após consulta aos patrocinadores, parceiros, butecos do Comida di Buteco, pode-se dizer que o consenso é adiarmos o concurso edição 2020 para 10 de abril de 2021.

Como medidas mais relevantes a se destacar: todos os colaboradores do Comida di Buteco retomarão os trabalhos presenciais em 2021, honramos todos os nossos compromissos com os funcionários, fornecedores e parceiros e vamos continuar seguindo nesse caminho.

Temos ciência do que representa este adiamento em termos de custos para o CDB, para os butecos participantes, para as marcas patrocinadoras e parceiros, mas, agora, o mais importante é garantir a segurança do público e a longevidade do concurso, pois tempos melhores virão.
Estamos acompanhando periodicamente a situação dos butecos participantes e nos preparando para realizar com segurança, estrutura e entusiasmo o concurso Comida di Buteco em todo o Brasil.

Se cuidem, nos vemos em breve!

Equipe Comida di Buteco

 

 

 

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Jornal Nacional: história, memória e pandemia

 

 

 

Jornal Nacional: história, memória e pandemia

Viralizaram nas redes sociais as falas de abertura do Jornal Nacional de 20 de junho de 2020. Em críticas dirigidas ao presidente da nação, Jair Bolsonaro, o apresentador William Bonner afirmou: “a História vai registrar aqueles que se omitiram, os que foram negligentes, os que foram desrespeitosos. A História atribui glória e atribui desonra", referindo-se à condução desastrosa da atual pandemia por parte do governo federal, em um momento em que o país chegou a cinquenta mil mortos por COVID-19 e a mais de um milhão de casos da doença. A apresentadora Renata Vasconcelos também comentou na mesma edição: “Tudo isso vai passar. Quando passar, é a História, com “H” maiúsculo, que vai contar para as gerações futuras o que de fato aconteceu. A História vai registrar o trabalho valoroso de todos aqueles que fizeram de tudo para combater a pandemia. Os profissionais de saúde em primeiro lugar”.

Embora aclamado por muitos, o discurso dos apresentadores leva a questionamentos sobre as formas como as narrativas históricas são produzidas. Sozinha, a “História” não atribui glória ou desonra a ninguém. Essa substantivação da História, além de perigosa, é também ingênua, uma vez que admite que, naturalmente, os responsáveis pela tragédia que vivemos necessariamente culpabilizados e lembrados como tais. A História é representada pela musa grega Clio, filha de Mnemosine, que é justamente a memória. Embora a História, como filha da memória, esteja por isso ligada a ela, o que o discurso dos apresentadores do Jornal Nacional desconsidera é que a História, por si, não é um sujeito capaz de produzir narrativas, já que é uma categoria abstrata. Os historiadores, estes sim, precisam ser constantemente lembrados. É do seu engajamento na construção e defesa de suas narrativas, pautadas em pesquisas amparadas em uma ética própria de seu ofício, que se põe em evidência a complexidade das relações sociais, colocando cada coisa em seu devido lugar. Muito mais que juízes, condenando alguns e glorificando outros, o historiador é quem, ao desvelar a teia por trás dos processos históricos, atribui um dado significado a eles e, com isso, ao presente do qual participa.

A teleologia de Bonner desconsidera que junto ao fazer historiográfico se imiscuem diversas outras condicionantes externas a ele, que são de natureza múltipla, como interesses econômicos, políticos e até mesmo sociais, as quais influenciam na aceitação e produção das narrativas sobre o passado. O papel da História não é o de senhora onisciente, mas ela mesma, enquanto narrativa, encontra-se permanentemente em disputa e são os historiadores profissionais que, engajando-se nessa luta, contribuem para que venha à tona uma visão equilibrada dos fatos, fruto de seus trabalhos de pesquisa. A História, em si, não deixa registrados automaticamente os negligentes, atirando-os à lata do lixo, premiando os heróis. Ela é um misto de condicionantes externas com a agência do historiador, atento às questões que envolvem o seu próprio tempo. A aceitação desse discurso também está sujeita a forças maiores que a própria academia, onde esses saberes são produzidos. Em um contexto de negacionismo científico e ataques às ciências humanas como saberes de segunda linha, bem como da profusão de fake news e rejeição dos profissionais da História (vide o veto presidencial ao PLS n. 368 de 2009, que regulamentaria a profissão de historiador), é de se questionar se o discurso hegemônico que existirá em nosso futuro será, realmente, o de relegar a Jair Bolsonaro o papel do carrasco que conduziu a população à morte, como tão categoricamente afirmou William Bonner, e de rememorar gloriosamente os profissionais de saúde, como afirmou Renata Vasconcelos. A ver.

Maria Thereza David João é doutora em História Social e professora da área de Linguagens e Sociedade do Centro Universitário Internacional Uninter

Mariana Bonat Trevisan é doutora em História Social e professora da área de Linguagens e Sociedade do Centro Universitário Internacional Uninter

 

 

 

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