Consumo consciente deve ser incentivado desde a infância

Consumo consciente deve ser incentivado desde a infância

Especialistas indicam que família e escola trabalhem o tema com as crianças

Uma pesquisa publicada no fim de 2018 pelo Instituto Akatu aponta que 76% dos 1.090 entrevistados – homens e mulheres com mais de 16 anos – não praticam o consumo consciente. Além das vantagens para a sociedade, a prática também gera economia para o bolso, especialmente ao evitar comprar desenfreadamente e reduzir o desperdício de água, luz e alimentos.

O doutor em Educação, pós-doutor no departamento de Psicologia Social da Universidade de São Paulo (USP) e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, Marcos Sorrentino afirma que o consumo consciente passa pelo encantamento, desde criança, com o não consumo. “Brincar sozinho e em jogos colaborativos, observar a natureza, da textura do tronco das árvores e formas das suas folhas, observar as formigas e outros animais, tudo isso tira o valor do consumo por si só e mostra outras possibilidades de ação no dia a dia. Essa consciência passa pelo diálogo com os pais, com a natureza e consigo próprio, por meio do silêncio, da meditação, do contato com a natureza. Atividades que distanciam do consumir, consumir e consumir”, expõe. Esse tipo de rotina, além de dar outro peso ao consumismo, leva as crianças a valorizarem a natureza e o que ela oferece.

Altemir Farinhas, especialista em finanças pessoais e consultor da Conquista Solução Educacional, reforça que a criança segue os exemplos dos pais. “Se um pai está gastando exageradamente, a criança vai pedir coisas e insistir até conseguir porque ela entende que se seus pais podem gastar à vontade, elas também podem comprar o que desejam”, explica Farinhas. Segundo ele, a conversa sobre consumo deve ser clara: quanto os pais ganham e quanto gastam, quais despesas a família tem, qual o valor do que é consumido em casa, quais etapas cada alimento sofre para que chegue à mesa, etc.

Farinhas salienta que é importante se colocar no lugar da criança, não querer simplesmente impor o mundo adulto para ela. “É preciso usar exemplos que elas entendam para garantir que a mensagem foi compreendida e assimilada”, explica.

Na escola, o tema pode ser abordado em praticamente qualquer componente curricular. Segundo Farinhas, seja em Matemática, Ciências ou Geografia, por exemplo, é sempre possível transmitir para o aluno a necessidade de refletir sobre aquilo que se consome. “Pode ser falando sobre o processo de produção agrícola em uma aula de Ciências, ou sobre a ausência de certo produto em um determinado país, na aula de Geografia, ou, em Matemática, o cálculo da quantidade de impostos sobre a caneta que o aluno está usando na aula. Qualquer assunto pode ser gancho para criar a consciência de consumo dentro e fora de aula”, exemplifica.

O Instituto Akatu indica 12 princípios para o consumo consciente

1. Planeje suas compras

Não seja impulsivo nas compras. A impulsividade é inimiga do consumo consciente. Planeje antecipadamente e, com isso, compre menos e melhor.

2. Avalie os impactos de seu consumo

Leve em consideração o meio ambiente e a sociedade em suas escolhas de consumo.

3. Consuma apenas o necessário

Reflita sobre suas reais necessidades e procure viver com menos.

4. Reutilize produtos e embalagens

Não compre outra vez o que você pode consertar, transformar e reutilizar.

5. Separe seu lixo

Recicle e contribua para a economia de recursos naturais, a redução da degradação ambiental e a geração de empregos.

6. Use crédito conscientemente

Pense bem se o que você vai comprar a crédito não pode esperar e esteja certo de que poderá pagar as prestações.

7. Conheça e valorize as práticas de responsabilidade social das empresas

Em suas escolhas de consumo, não olhe apenas preço e qualidade do produto. Valorize as empresas em função de sua responsabilidade para com os funcionários, a sociedade e o meio ambiente.

8. Não compre produtos piratas ou contrabandeados

Compre sempre do comércio legalizado e, dessa forma, contribua para gerar empregos estáveis e para combater o crime organizado e a violência.

9. Contribua para a melhoria de produtos e serviços

Adote uma postura ativa. Envie às empresas sugestões e críticas construtivas sobre seus produtos e serviços.

10. Divulgue o consumo consciente

Sensibilize outros consumidores e dissemine informações, valores e práticas do consumo consciente. Monte grupos para mobilizar seus familiares, amigos e pessoas mais próximas.

11. Cobre dos políticos

Exija de partidos, candidatos e governantes propostas e ações que viabilizem e aprofundem a prática de consumo consciente.

12. Reflita sobre seus valores

Avalie constantemente os princípios que guiam suas escolhas e seus hábitos de consumo.

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Meeting Point da Morar Mais destaca o trabalho da artista Lu Mizkatze, de Foz do Iguaçu

Meeting Point da Morar Mais destaca o trabalho da artista Lu Mizkatze, de Foz do Iguaçu

Direto de Foz do Iguaçu, a artista Lu Mizkatze, trouxe um pouco da sua obra para o espaço Bilheteria – Meeting Point, da Morar Mais Curitiba. O ambiente, localizado no Piso L2, recebeu traços versáteis, que dão movimento e promovem um efeito relaxante.

Cumprindo a segunda etapa da proposta de mostrar a arte paranaense na Morar Mais Curitiba, a artista, que aposta no efeito de muitas camadas, aproveitou a optical art para promover maior vivência ao Meeting Point.

Mizkatze passeia nas mais diversas áreas da arte. Usando todos os tipos de materiais, ela busca promover o micro encantamento, fazendo uso de extremos, aproximando o clássico e o moderno. “Na minha trajetória eu me defino como curiosa. Não me restrinjo a uma determinada arte, eu gosto de sentir os mais diversos tipos de materiais e aproveitá-los das mais diversas formas, seja plástico, metal, fotografia, street art indo até o bordado. Passeando entre as áreas meu trabalho toma forma”, explica.

É possível vivenciar um pouco do que será a mostra Morar Mais visitando o espaço, que agora apresenta toda a ousadia da artista.

Sobre o Morar Mais Curitiba

O Morar Mais por Menos Curitiba será realizado de 1º de novembro a 8 de dezembro e o Shopping Crystal foi escolhido para abrigar a edição 2019 que vai oferecer, durante 38 dias, mais de 40 ambientes que representam espaços residenciais, corporativos, de eventos, entre outros, com a participação de cerca de 100 profissionais e fornecedores. Para saber mais sobre a mostra Morar Mais por Menos, em Curitiba, acesse: www.facebook.com/morarmaiscuritiba e www.instagram.com/morarmaiscuritiba

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Psicólogo tem papel de destaque nos ‘e-Sports’

Psicólogo tem papel de destaque nos ‘e-Sports’

Mercado de gamers cresce rapidamente e exige dos atletas cada vez mais foco e equilíbrio

Os esportes eletrônicos – os chamados e-Sports - devem crescer 15% este ano em relação a 2018, alcançando 450 milhões de potenciais atletas no mundo, prevê estudo feito pela agência de marketing esportivo Newzoo. A estimativa é de que o mercado de games movimente em torno de US$ 696 milhões (R$ 2,15 bilhões) em 2019.

Em busca da performance ideal, os atletas profissionais – chamados pro players – recorrem cada vez mais ao auxílio da Psicologia. E precisam mesmo de apoio. Eles chegam a ficar de 10 a 12 horas por dia em treinamento. Uma rotina cansativa que exige disciplina, pontuada por dois ou três grandes campeonatos durante o ano.

“As contribuições do psicólogo esportivo são diversas para esses esportistas e abrangem os campos emocionais e comportamentais dos atletas”, explica o professor Paulo Penha de Souza Filho, que ministra a disciplina “Dimensões Psicológicas do Esporte” no Centro Universitário Internacional Uninter.
No esforço para afastar a ansiedade – natural entre os praticantes de modalidades esportivas – são várias as ferramentas a que a Psicologia recorre nos períodos de preparação dos atletas para as disputas e durante as competições. “Antes de tudo, deve-se ter a compreensão da origem da emoção que gera a ansiedade. Para isso, é preciso analisar o perfil comportamental de cada atleta e encontrar as melhores ferramentas que permitirão superar essa situação”, afirma.

Equilíbrio é a chave para o controle emocional, lembra o professor. “É importante que haja uma periodização de treino e também preparação física adequada, alongamentos. Além disso, qualquer atleta precisa cuidar da alimentação para que o corpo conte com nutrientes suficientes para horas de concentração e foco. Atividades de socialização com amigos e família também são essenciais”, observa.
Todo esporte pode desencadear stress em seus atletas, nota o especialista. “Os e-Sports podem ter seu contexto em uma realidade virtual, mas seus jogadores possuem um desgaste emocional como em qualquer outra modalidade competitiva, além do desgaste físico. Dessa forma os e-Sports devem ser encarados com a mesma seriedade que se exige para a prática de qualquer modalidade”, afirma.

Aliada do atleta

A psicóloga Alessandra Dutra, que atua no Comitê Olímpico Brasileiro (COB), considera a Psicologia uma grande aliada do atleta, especialmente no e-Sport. “Trata-se de uma atividade que requer muito das funções cognitivas do jogador. É essencial adequar horário para o sono, descanso, alimentação equilibrada, atividade física e exercícios que estimulem a memória operacional bem como a concentração, atenção e tomada de decisão. A Psicologia auxilia no desenvolvimento de uma rotina dirigida ao equilíbrio de todos esses aspectos”, afirma.

Profissional da equipe RED Canids Kalunga, ela observa que o objetivo do profissional no esporte é obter a melhor performance com menos prejuízo possível da saúde mental e física. No caso do e-Sport, os atletas constituem um público jovem. “Eles têm, em geral, idades entre 15 a 26 anos e estão em pleno desenvolvimento de personalidade. A orientação psicológica é importante no sentido de dar conta das questões existenciais e típicas desta fase de desenvolvimento, com foco na formação ética, moral, educacional e emocional dos ciberatletas”, avalia.

Temas como liderança, motivação, convivência, time, família, namoro e concentração estão presentes no desenvolvimento das atividades diárias dos jogadores, acrescenta Alessandra. “A maioria dos jogadores mora em GHouses (gaming houses) e está fora de casa. Assim o trabalho da Psicologia nesta área vai desde estabelecer técnicas e ferramentas para desenvolver ou fortalecer habilidades mentais e emocionais para as competições bem como auxiliá-los no desenvolvimento de rotinas, condutas, mindset de crescimento. O psicólogo esportivo trabalha com duas grandes bases ao mesmo tempo: a performance e o desenvolvimento integral dos jogadores”, resume.

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Cozinha vermelha rouba a cena em projeto de interiores

Cozinha vermelha rouba a cena em projeto de interiores
Arquiteta mostra que é possível construir um cômodo colorido sem perder a sofisticação

Você já imaginou como seria ter um cômodo da sua casa planejado em uma cor totalmente diferente? Essa foi a proposta desafiadora na criação de um projeto de interiores para um apartamento localizado no bairro Vila Izabel, em Curitiba, que conta com uma cozinha inteira vermelha. Assinado pela arquiteta Ana Johns, o espaço integrado à sala equilibra personalidade e aconchego com o uso de revestimentos neutros e elementos em tons de madeira, contrapondo a vibração da cor.

A escolha da cor foi uma exigência dos proprietários do imóvel, que desde o início solicitaram uma cozinha vermelha. Para atendê-los sem deixar o ambiente carregado, a profissional optou por móveis com linhas retas e design bem moderno, além do revestimento na cor preta para a bancada. “A escolha da pedra preta foi proposital, para não colocar mais um elemento com cor no espaço. Além disso, ela combina com os eletros e não briga com o vermelho.”, explica Ana.

Pensando em criar uma unidade entre a cozinha e a sala, a arquiteta apostou na integração dos ambientes utilizando a madeira, que traz leveza e neutralidade para o espaço. “Finalizamos a bancada da cozinha com uma mesa vazada em madeira e banquetas altas que seguem a mesma linha. Um friso do mesmo material acompanha a parte de trás dos armários, que é vista da sala, dando uma sensação de continuidade”, comenta.

Para manter a circulação na cozinha, sem perder espaço de armazenamento, Ana Johns projetou um armário em “L”, que abriga a geladeira e o micro-ondas e ainda garante bastante espaço para guardar louças, panelas e condimentos. “Utilizamos um espelho na lateral deste armário para o fundo do móvel não ficar tão aparente, além de ajudar a integrar ainda mais a sala com a cozinha”, revela a profissional.

A dica da arquiteta para quem quer ousar e ter um cômodo colorido dentro de casa é escolher bem a forma de usar a cor escolhida. “Evite misturar duas cores fortes. O vermelho neste projeto foi trabalhado com tons de madeira e preto. Mas se partirmos para o uso de azul ou amarelo, por exemplo, podemos compor com cinza, para que fique uma combinação harmônica. Além disso, é preciso gostar bastante da cor! Na dúvida, use somente em alguns itens que podem ser mudados depois”, finaliza.

Sobre Ana Johns Arquitetura

Ana Johns é arquiteta e urbanista formada pela Universidade Positivo e mestre em Sustentabilidade e Arquitetura Nórdica pela Universidade de Aalborg, na Dinamarca. Com experiência no ramo desde 2008, a profissional já desenvolveu trabalhos internacionais - no escritório Carvalho Araújo, em Portugal - além de atuar em diversos escritórios renomados em Curitiba, como o Maganhoto e Casagrande onde exerceu a função de gerente de projetos na área de arquitetura de interiores. Com essa visão diferenciada e ampliada da arquitetura, no início de 2016 fundou o escritório Ana Johns Arquitetura, com o objetivo de desenvolver de forma consciente projetos em todas as escalas.

Serviço:

Ana Johns Arquitetura

Rua João Kososki, 357, Ecoville, Curitiba – PR

www.anajohnsarquitetura.com.br

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Cinco dicas para evitar o estresse no trânsito

Cinco dicas para evitar o estresse no trânsito

Nem sempre o trânsito pode ser um ambiente agradável, mas é possível deixar a irritação de lado tomando algumas atitudes simples

A Semana Nacional de Trânsito é um momento de reflexão e conscientização sobre os cuidados e atitudes que todo motorista e pedestre devem ter. Logo, uma vez no engarrafamento, há apenas duas opções: chegar ao destino tranquilo ou chegar ao destino estressado. Jaime Soares, diretor do Porto Seguro Auto, ressalta a importância de o motorista pensar de forma coletiva. “Boas condutas contribuem para um trânsito mais pacífico e menos desgastante tanto para o motorista, quanto para o pedestre, ciclistas e motociclistas. Nossa intenção é inspirar os condutores a serem corteses com o próximo não apenas nesta data, mas diariamente”, comenta.

Atento à importância da causa, o Porto Seguro Auto promove o Trânsito+gentil – criada em 2010, a campanha incentiva a cortesia entre todos que compõem o tráfego no dia a dia. “Quando criamos a campanha nosso propósito sempre foi promover o respeito entre os motoristas. E para engajar ainda mais a causa, desenvolvemos o app T+g, que auxilia na dirigibilidade e incentiva o usuário a ser um motorista mais consciente. O app já conta com mais de um milhão de downloads e reflete a intenção do que os cidadãos querem no trânsito: um ambiente mais saudável e pacífico”, completa o diretor.

Estudos da psicologia já apontaram que uma das causas que compromete a qualidade de vida das pessoas, principalmente em grandes capitais, é o trânsito intenso. Mas há maneiras de minimizar e até erradicar um sentimento e comportamentos não sadios. Para reforçar a importância da data, o Porto Seguro Auto apresenta cinco atitudes que ajudam a tornar o dia a dia no trânsito mais gentil e cordial.

1- Procure dirigir em ambientes mais calmos

Embora o trânsito seja intenso na maioria das vezes, busque, se possível, caminhos que estejam mais vazios, mesmo que o trajeto seja um pouco mais longo. Isso vai fazer com que o motorista tenha uma sensação mais tranquila.

2- Tente sair mais cedo

Para que a primeira dica funcione melhor é importante uma boa administração do tempo. Logo, se o motorista já sabe que terá de desviar a rota para uma que gastará mais tempo, precisará sair mais cedo. E mesmo que não faça isso, sair mais cedo dá margem para algum trânsito não previsto pelo caminho. Dirigir sem pressa é essencial para uma condução responsável.

3- Tente ficar relaxado

Coloque uma música que acalme ou traga um pensamento bom. Pode ser também algum podcast com informações curiosas, de preferência com assuntos que trazem satisfação. Observe o modo como segura o volante e note o quanto está relaxado. Se perceber que está começando a apertar as mãos, suavize os dedos para aliviar a tensão.

4- Deixe os vidros limpos

Andar com o carro sujo pode contribuir para o estresse. Observe, principalmente, os vidros da frente e retrovisores. Ter uma visão limpa das vias, sem distrações, também é importante.

5- Procure manter a calma com as atitudes alheias

Tente não perder a cabeça com pessoas irritadas ou que praticam atos irresponsáveis. Siga dirigindo normalmente, de forma educada e segura. Faça sempre a reflexão de que o momento do outro motorista não tem a ver com o seu. Outra dica é não descontar o estresse em buzinadas sem propósito. Reserve a buzina para ocasiões apropriadas.

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