Gucci é exemplo de como a falta de governança pode arruinar o legado de uma empresa familiar

Gucci é exemplo de como a falta de governança pode arruinar o legado de uma empresa familiar

Essencial para a mediação de conflitos e para criar um ambiente harmonioso dentro do próprio ambiente familiar, a governança cumpre o papel de equilibrar os interesses e evitar a contaminação das relações pessoais

Uma das marcas mais famosas e caras do mundo, a Gucci, serve como um case a não ser seguido pelas empresas familiares quando o assunto é governança e sucessão. A marca, que é sinônimo de qualidade, durabilidade e status, há tempos não está mais nas mãos da família.

A história da casa de moda de luxo começou com o fundador Guccio Gucci. O italiano foi morar em Londres ainda jovem para trabalhar no Hotel Savoy, onde observava os costumes e gostos dos ricos e famosos. Voltou para Florença, sua cidade natal, determinado a abrir seu próprio negócio.

Em 1906 fundou a Gucci, inicialmente como uma selaria e em 1921 concentrou a fabricação em artigos de couro artesanal como malas e valises luxuosas, tudo no mais alto padrão. Gucci rapidamente levantou uma reputação de qualidade e sofisticação e em um ano a elite italiana buscava seus produtos.

A década de 1930 foi decisiva para a marca, com clientes internacionais renomados e a expansão dos negócios. Em 10 anos a pequena loja familiar se tornou uma grife famosa e querida pelas celebridades mundo afora. Foi nesta época que a segunda geração entrou no negócio com os filhos do fundador: Aldo, Vasco e Rodolfo Gucci.

A grife cresceu, ganhou novos produtos, atravessou fronteiras e 1953 inaugurou a primeira boutique da Gucci em Nova York, no The Savoy Plaza Hotel, onde tudo começou com Guccio Gucci, que morreria poucos dias depois.

Terceira geração

Até os anos 1970 a marca caminhou bem sob o comando do filho Aldo. Aos 65 anos, ele achou necessário buscar o sucessor e disse ao jornal New York Times que o sobrinho Maurizio era o melhor candidato para preencher o papel. Então a terceira geração de Guccis entrou em cena.

Maurizio foi enviado a Nova York para trabalhar com seu tio Aldo e estabelecer a linha de sucessão, mas Paolo, filho de Aldo, foi demitido pelo pai. Foi a primeira rachadura pública na família que até então era vista como unida.

A partir daí, agressões, intrigas e conflitos familiares passaram a ser frequentes, assim como as brigas entre irmãos, sobrinhos e primos que colocaram a marca à beira da falência por diversas vezes. Ações judiciais, fraudes e ganância também marcaram a Gucci neste período.

Organização familiar x empresa

O relacionamento entre Maurizio e sua esposa Patrizia Reggiani, merece destaque na história da Gucci pela falta de limites na organização familiar dentro da empresa. Patrizia foi responsável por inúmeros atritos e situações de abuso de poder, principalmente por falta de definição de cargos e responsabilidades de cada membro familiar, o que gerou muita frustração, traições e ocasionou desastres não apenas dentro da organização como também nos vínculos familiares.

Maurizio conseguiu tirar os primos Paolo, Roberto e Giorgio dos negócios e derrubou o próprio tio Aldo da liderança da Gucci, a ponto de assumir toda a empresa em 1984, um ano após a morte do seu pai. Em 1993, ele vendeu sua parte do império para a Investcorp, que já era dona da outra metade, e encerrou toda a relação da família Gucci com a empresa homônima. Depois de dois anos da venda, Maurizio foi assassinado a mando da ex-esposa Patrizia, ressentida pelo divórcio conturbado.

A governança é a alma do negócio (longevo)

Os filhos de Guccio Gucci falharam quando não prepararam os herdeiros da terceira geração para a continuidade do negócio.

De acordo com Ademar Cardoso, diretor da GoNext Governança & Sucessão, se a Gucci tivesse estruturado a sua Governança Familiar com a formação de seus herdeiros e implantação de um Conselho de Administração e de Herdeiros, possivelmente a história contada seria outra e a família poderia estar no comando da empresa até os dias de hoje com a quarta geração.

“Muitas empresas familiares têm o desafio de estruturar o processo de sucessão para as novas gerações, mas negligenciam, em sua grande maioria, por não saber como fazê-lo e acabam distanciando seus herdeiros do negócio. Assim abrem espaços para conflitos e disputas familiares que poderiam ser minimizados com implementação de um processo de governança com diretrizes e regras claras”, explica Cardoso.

Em uma organização familiar, alguns acordos são fundamentais para a conduta da família em relação aos negócios e a sua convivência. “Na governança, várias etapas deixam mais claros e acordados assuntos importantes como sucessão, partilha, regime de casamento, venda de quotas empresariais e outros que precisam ser bem planejados para evitar litígios caros e intermináveis, a exemplo da Gucci”, destaca Cardoso.

Essencial para a mediação de conflitos e para criar um ambiente harmonioso dentro do próprio ambiente familiar, "a governança cumpre o papel de equilibrar os interesses e evitar a contaminação das relações pessoais, preservando sentimentos e vínculos familiares ao mesmo tempo que define de forma inequívoca os papeis de todos os envolvidos, familiares ou não, evitando desfechos como o caso Gucci", completa o diretor.

Sobre a GoNext Governança & Sucessão: consultoria especializada na implantação do sistema de governança corporativa e sucessão em empresas familiares. Fundada em 2010, atua com metodologia exclusiva para a profissionalização, elaborada a partir da experiência adquirida em aproximadamente 200 projetos atendidos no Brasil e nos EUA. A equipe de consultores desenvolve planejamento personalizado, de forma integrada aos objetivos e necessidades de cada cliente. A GoNext foi fundada pelo CEO Eduardo José Valério, com mais de 25 anos de experiência como executivo, tendo atuado como C-Level de grandes companhias brasileiras. https://gonext.com.br/

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Glaucoma é uma das principais causas de cegueira em cães  

Glaucoma é uma das principais causas de cegueira em cães

Doença é mais frequente nos cães e sua evolução pode ser controlada por exames periódicos

O glaucoma é uma doença oftalmológica difícil de ser identificada, já que não é contagiosa e seus sinais são silenciosos.

A doença afeta os animais em geral, especialmente os cães. De acordo com a médica-veterinária Mariza Bortolini, do Hospital Veterinário Batel (HVB), o glaucoma tem como principal causa o aumento da pressão intraocular, que normalmente é ocasionada por alterações no humor aquoso.

De acordo com a especialista, o glaucoma também pode ocorrer por outros fatores, como lesões oculares (coceira/traumas) ou infecções presentes que também irão resultar nesse aumento da pressão intraocular.

Sinais da doença

Ela enumera alguns sinais que os tutores podem verificar. “Os sintomas presentes nos nossos pets são aumento de volume do olho, vermelhidão, córnea azulada, lacrimejamento excessivo e, consequentemente, mudança comportamental por quadro de dor local”, orienta.

Nesses casos, o diagnóstico precoce é fundamental para evitar os quadros de perda total da visão. Mariza ressalta que todos os animais podem apresentar glaucoma, porém entre eles a maior incidência é em cães e com raças específicas, como Chihuahua, Beagle, Cocker Spaniel, Poodle e Pug. Nos felinos, as raças mais afetadas são Persa e Siamês.

Tratamento

Segundo a médica-veterinária, em estágios iniciais o glaucoma pode ser controlado com uso de medicações e colírios específicos para a manutenção dessa alteração patológica. “Em casos muito drásticos, devem ser estabelecidos protocolos cirúrgicos que podem chegar até à remoção do globo ocular”, informa.

Ela recomenda que o pet passe por check up para verificação do seu estado clínico geral, incluindo os olhos. Além da experiência do médico-veterinário para observar o fundo do olho e verificar as consequências do glaucoma, o exame chamado tonometria mede a Pressão Intraocular (PIO). “Exames podem analisar o estágio do glaucoma e controlar sua evolução, que pode levar à cegueira do animal”, conclui ela.

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Inscrições abertas para certificação em cirurgia robótica no Pilar Hospital

Inscrições abertas para certificação em cirurgia robótica no Pilar Hospital

Treinamento será realizado a partir de 07 de novembro de 2022

Estão abertas as inscrições para mais uma edição de Certificação em Cirurgia Robótica para Cirurgiões, realizada pelo Pilar Hospital, de Curitiba (PR), em parceria com o Instituto Falke, com início previsto para o dia 07 de novembro de 2022. O curso é credenciado pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC) e pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO). O treinamento é voltado para cirurgiões de diversas áreas, entre elas, urologia, geral e oncológica, coloproctologia, ginecologia, torácica, pediátrica, de cabeça e pescoço, entre outras, e o especialistas farão a parte prática do cursp no Robô Da Vinci, tecnologia mais testada e com maior número de estudos científicos publicados, e que está à disposição dos cirurgiões participantes.

Para se inscrever, basta acessar o site https://cursoroboticapilar.4edu.com.br. Vagas antecipadas têm desconto. Informações: 41 98780-6963 ou email: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Sobre o Pilar Hospital

Localizado no bairro Bom Retiro, em Curitiba (PR), o Pilar é referência em procedimentos de alta complexidade com o seu moderno centro cirúrgico, que traz equipamentos de ponta. A infraestrutura inclui ainda uma Unidade de Atendimento 24 Horas para o acolhimento de qualquer tipo de urgência e emergência e um centro médico voltado para consultas. Um diferencial é o investimento constante em padrões rígidos de qualidade, que garantem o bom funcionamento de todos os processos hospitalares. A empresa possui o selo “Nível III – Acreditado com Excelência”, ponto máximo da certificação de qualidade hospitalar outorgada pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) por meio de avaliação do Instituto de Planejamento e Pesquisa para a Acreditação em Serviços de Saúde (IPASS). Mais informações no site https://www.hospitalpilar.com.br, ou pelas redes sociais do hospital, no Facebook, Instagram e Youtube.

Sobre a Hospital Care

A Hospital Care é uma holding administradora de serviços da saúde. Criada em 2017, é a primeira companhia no Brasil a trabalhar com o modelo de gestão baseado nas ACO´s (Accountable Care Organizations) dos Estados Unidos, organizações responsáveis pelo cuidado e compartilhamento de risco com as operadoras. Este modelo integrado de gestão da saúde tem o objetivo de promover o equilíbrio de interesses entre pacientes, médicos, fontes pagadoras, parceiros e acionistas. Pertencente à gestora Crescera e aos fundos Santa Maria e Abaporu, a Hospital Care tem como estratégia de atuação a presença em cidades que funcionam como polos regionais para a gestão de saúde populacional, como Campinas, Ribeirão Preto, Florianópolis e Curitiba, fortalecendo todo o sistema de saúde do país.

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Evoluções no tratamento e nas cirurgias plásticas melhoram a qualidade de vida de mulheres com câncer de mama

Evoluções no tratamento e nas cirurgias plásticas melhoram a qualidade de vida de mulheres com câncer de mama

Em 2022 estima-se mais de 65 mil novos casos da doença, sendo que na maioria deles a reconstrução parcial ou total da mama será necessária

O câncer de mama é o tipo de câncer mais incidente em mulheres de todas as regiões do Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2020-2022 a estimativa é de 66.280 novos casos de câncer de mama no país, sendo que o risco estimado é de 61,61 casos por 100 mil mulheres. O tipo histológico mais frequente é o carcinoma ductal, sendo que, na maioria dos casos, será necessário a cirurgia de remoção total ou parcial da mama para o tratamento do tumor.

Para o cirurgião plástico Bruno Legnani, o tratamento do câncer de mama evoluiu muito nos últimos 30 anos e, se antes receber o diagnóstico de um tumor no seio era sinônimo de mutilação das mamas, hoje a realidade é diferente, sendo que algumas mulheres com câncer de mama em estágio inicial podem escolher entre a cirurgia conservadora e a mastectomia, que consiste na retirada de toda a mama. “As decisões sobre tratamentos envolvem muitos fatores, indo desde intenções pessoais até a análise do tumor, porém hoje o tratamento cirúrgico está cada vez mais preciso e objetivo, buscando uma abordagem cirúrgica o menos invasiva possível”, conta o médico.

Bruno explica que o padrão atual para a maioria dos casos iniciais é a cirurgia conservadora, que é o nome dado à cirurgia que remove apenas o tumor e uma mínima margem de segurança ao redor e que tende a causar uma pequena ou nenhuma alteração estética. “Quanto mais cedo o câncer for detectado, maiores são as chances de cura e de cirurgias menos invasivas, ainda assim, em muitos casos, a mastectomia se faz necessária. Nesses casos as indicações são diversas a depender do tamanho do tumor, volume mamário, da presença de mutações genéticas de alto risco para câncer, da presença ou não de outros cânceres, entre outras questões que vão definir a necessidade de retirada completa da glândula mamária e da retirada ou não da pele e mamilo”, completa o médico.

Nesses casos, algumas técnicas podem ser usadas. Na mastectomia simples ou total, por exemplo, acontece a remoção de toda a mama, incluindo o mamilo, a aréola e a pele. Já na mastectomia poupadora também há a remoção dos itens citados, porém a maior parte da pele é preservada e usada para reconstrução imediata, geralmente com implantes de silicone ou próteses expansoras. “Quando se realiza uma mastectomia total, o ideal é que a paciente procure fazer a reconstrução mamária imediatamente, quando possível na mesma cirurgia, por meio de técnicas de cirurgia plástica, mas, quando não for possível, poderá ser feita meses depois”, explica o cirurgião.

Há também a mastectomia poupadora de pele e mamilo, que é uma opção disponível para mulheres com tumores que estão distantes da pele e do mamilo. Essa é uma opção preferível, caso seja tecnicamente possível e oncologicamente seguro, pois ela garante a reconstrução imediata da mama com prótese e na maioria dos casos garante uma aparência mais anatómica à mama, com aréola e mamilo. “O conceito de beleza está muito ligado à simetria, sendo o mamilo uma identidade da mama, por isso é tão importante a conservação, caso seja possível”, afirma Bruno.

Na maioria dos casos a cirurgia faz uma reconstrução relativamente natural e o resultado final pode ser muito satisfatório, minimizando o impacto físico e psicológico da paciente. “É possível comparar o resultado com o de uma redução de mamas. O tamanho da cicatriz depende, basicamente, da cirurgia que foi feita para retirar o câncer”, explica. A reconstrução da mama é um procedimento físico e emocionalmente gratificante para a mulher que sofreu um câncer. “Uma nova mama pode melhorar radicalmente a autoestima, a autoconfiança e a qualidade de vida”, finaliza o especialista.

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Cantu e Wine abraçam a campanha Outubro Rosa

Cantu e Wine abraçam a campanha Outubro Rosa

Em parceria com a Unaccam, empresas promovem ações com o objetivo de ampliar a conscientização pelo diagnóstico precoce do câncer de mama

O mês de outubro é marcado pela campanha internacional Outubro Rosa, iniciativa criada para promover a conscientização sobre a importância do controle do câncer de mama. A doença atinge três a cada dez pessoas no Brasil, sendo que o diagnóstico precoce aumenta em 95% as chances de cura.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa é que ocorram 66.280 novos casos de câncer de mama no país a cada triênio. Apesar da maior probabilidade de que a doença atinja mulheres acima dos 50 anos, um dado da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) chama a atenção para o aumento de sua incidência entre mulheres mais jovens (antes dos 35 anos).

Para incentivar ações de prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama, a Cantu, principal importadora de vinho do Brasil, e a Wine, maior clube de assinatura de vinhos do mundo, abraçam a campanha Outubro Rosa.

Pelo 6º ano consecutivo, a Cantu apoia a Unaccam (União e Apoio no Combate ao Câncer de Mama), entidade que capacita, treina e valoriza a ação do voluntário e profissionais da saúde como agente do diagnóstico precoce do câncer de mama. Este ano, a ação consiste em colaborar com o projeto “Mamografia para todas”, através da distribuição de mamografias gratuitas.

“As vinícolas Ventisquero e Susana Balbo são clientes parceiros e estão conosco na campanha Outubro Rosa deste ano. Durante todo o mês, parte da verba arrecadada com a venda dos vinhos Crios Rosé Malbec e Ventisquero Reserva Carménère será doada para a Unaccam. Nosso intuito é ampliar essa corrente do bem para que mais pessoas sejam beneficiadas”, explica Emil Lecamp, Gerente de Marketing da Cantu.

A importadora fará ainda ações de conscientização com vendedores e promotores em PDVs e com funcionários e funcionárias; publicação de conteúdo em redes sociais com a hashtag #cantuoutubrorosa e ações com influenciadores digitais para que possam ampliar o número de pessoas impactadas pela conscientização pelo diagnóstico precoce do câncer de mama.

A Wine também está apoiando a Unaccam neste Outubro Rosa e, durante todo o mês, todas as WineBox (caixas de vinhos) comercializadas pelo Clube Wine, e-commerce e lojas terão alças rosas. A cada alça devolvida pelos clientes nos pontos de coleta nas lojas Wine, a empresa doará R$1,00 para a Unaccam para ampliar a distribuição de mamografias gratuitas. Além disso, todas as quartas-feiras do mês, a Wine fará uma seleção especial de vinhos, entre eles tintos, brancos, rosés e espumantes. A cada garrafa vendida, a empresa fará uma doação no valor de R$ 1,00 para a Unaccam.

“Queremos incentivar o diagnóstico precoce e o acolhimento a pacientes da doença, por isso, no dia 19/10, as nossas sommelières Cibele Siqueira e Marina Bufarah de Souza receberão uma especialista no tema para uma live educativa com orientações de ações preventivas ao câncer de mama. Em breve, vamos divulgar todos os detalhes em nossas redes sociais. Internamente, faremos ainda palestras e workshops de conscientização”, diz Laura Barros, Diretora de Marketing da Wine.

A empresa vai ampliar a campanha para o segmento B2B e na venda para restaurantes, hotéis, bares e supermercados, parte da verba arrecadada será doada para a entidade. Além disso, a Wine fará uma personalização nas imagens de perfil da marca em redes sociais com a hashtag #wineoutubrorosa.

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