Vacina contra HPV é a principal arma no combate ao câncer do colo de útero

Vacina contra HPV é a principal arma no combate ao câncer do colo de útero

O vírus é considerado uma das IST’s mais comuns, sendo também responsável por quase 70% dos casos de câncer

Segundo o Instituto Nacional do Câncer, cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de vírus HPV em algum momento de suas vidas. Em homens essa porcentagem pode ser ainda maior, o que coloca essa infecção viral como a mais comum do trato reprodutivo e uma das IST's (infecções sexualmente transmissíveis) mais recorrentes no mundo. Além disso, o HPV é responsável por quase todos os casos de câncer de colo do útero, que é o terceiro tipo de câncer mais comum entre as mulheres.

A enfermeira especialista em vacinação da Clínica Vacinne, Katia Oliveira, explica que o vírus do HPV tem várias formas de manifestação, porém as mais graves podem ser combatidas com a vacinação. “Existem centenas de variações do vírus HPV, sendo que a maioria delas não causa grandes problemas ao organismo, porém algumas variantes são muito perigosas e podem causar doenças gravíssimas, sendo que a principal forma de proteção é a vacinação”, explica.

Entre as variações perigosas, o HPV-16 e o HPV-18 são os tipos cancerígenos responsáveis por quase 70% dos casos de câncer de colo do útero e pelo surgimento de inúmeros outros como o peniano, o câncer anal, o da cavidade oral e o da traqueia. Já o HPV-7 e o HPV-11 não causam câncer, mas são responsáveis pelas verrugas genitais. “É importante ressaltar que as pessoas podem ser infectadas com mais de uma variante do vírus HPV ao mesmo tempo, o que reforça ainda mais a necessidade de se tomar a vacina, que na versão quadrivalente imuniza o organismo contra o HPV 16, 18, 6 e 11, reduzindo drasticamente as chances de desenvolver o câncer de colo de útero e o aparecimento das verrugas genitais. Sendo assim, a vacina é uma arma indispensável na prevenção dessa doença”, reforça a especialista.

Outro ponto de atenção, é que após a vacinação a resposta do sistema imunológico contra o HPV é muito mais forte do que após a infecção natural, o que possibilita uma proteção forte e de longo prazo aos vacinados.

Quem pode tomar a Vacina HPV Quadrivalente

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) é recomendado que a vacina seja aplicada o mais precocemente possível em:

Meninas e mulheres de 9 a 45 anos de idade

Meninos e jovens de 9 a 27 anos

Além disso, mulheres acima de 45 anos e homens acima de 27 anos, também podem ser beneficiados com a vacinação, a depender do critério médico.

Como a vacina funciona?

Kátia explica que a vacina contra o HPV é uma vacina inativa, ou seja, que usa agentes mortos, alterados ou apenas algumas partículas do vírus para gerar a resposta do sistema imunológico. Esses componentes têm a função de reduzir ao máximo o risco de infecção e estimular o sistema imune a produzir anticorpos. “Vale reforçar que pessoas de todas as idades, imunodeprimidas por doença, em tratamento ou que já tenham sido diagnosticadas com HPV também devem receber todas as três doses do imunizante. A vacina só é contraindicada em caso de gravidez ou caso tenha alguma alergia a algum componente da vacina”, finaliza.

Vale ressaltar que independentemente da idade, pessoas imunodeprimidas por doença ou tratamento também devem receber três doses do imunizante e, assim como pessoas a partir dos 15 anos, devem tomar a segunda dose dois meses após a primeira dose e a terceira, seis meses após a primeira dose.

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Receptor e Doador de Medula Óssea promovem desafio esportivo para chamar a atenção para a doação de órgãos

Receptor e Doador de Medula Óssea promovem desafio esportivo para chamar a atenção para a doação de órgãos

Ação acontece um dia antes do início dos Jogos Brasileiros para Transplantados, no Paraná

Já imaginou o encontro entre um doador e um receptor de medula óssea? Pois isso irá acontecer e já tem data marcada. O paranaense de Rio Azul Luiz Eduardo Pereira, de 29 anos, e o Professor sul-mato- grossense, Professor Carlão, de 59 anos, são doador e receptor, respectivamente, e protagonistas desta ação, batizada de Desafio 200 Sangue Bom, que será no dia 31 de agosto, no Paraná.

Eles tiveram suas vidas conectadas em novembro de 2016. Carlão, diagnosticado com uma doença sanguínea passou pelo transplante de medula, doada por Luiz Eduardo, o Dudu. Desde então, os irmãos de sangue, como eles costumam se chamar, criaram um vínculo especial. Eles se conheceram pessoalmente em novembro de 2019, na 1ª Edição dos Jogos Brasileiros dos Transplantados, realizada em Curitiba - PR. O esporte, inclusive, é um dos principais elos entre os dois para levar informações sobre a doação de sangue, medula e órgãos.

“O esporte é parte da minha história e ao lado do Dudu, estamos utilizando como ferramenta para levar esta consciência e a importância que vai além de salvar uma vida, mas também impacta em todos os familiares, amigos e sociedade em geral. O esporte reinsere os indivíduos transplantados na sociedade, com saúde e bem-estar, e cria elos entre famílias e todos os envolvidos”, considera Carlão.

A próxima iniciativa da dupla foi batizada de “Desafio 200 Sangue Bom”. Eles irão percorrer 200 km pedalando entre as cidades de Rio Azul-PR até a capital do Estado, Curitiba. O desafio inicia no dia 31 de agosto e a chegada será no dia 01 de setembro, exatamente na Abertura dos Jogos Brasileiros para Transplantados (JBTx) na Praça Oswaldo Cruz, no centro de Curitiba.

Após o desafio ambos participam dos Jogos Brasileiros para Transplantados, organizado pela Associação Brasileira dos Transplantados (ABTx) em parceria com a Prefeitura de Curitiba. O evento, que acontecerá entre os dias 01 e 04 de setembro em Curitiba, irá contar com a presença dos dois atletas na corrida de 5km. Além disso, o Prof. Carlão vai competir representando Campo Grande e Mato Grosso do Sul nas modalidades de atletismo e ciclismo.

O Desafio 200 Sangue Bom é uma ação do Instituto Sangue Bom, entidade fundada pelo Prof. Carlão que já realizou 1.700 ações solidárias em seus quase seis anos de história. Apenas em 2022 já foram mais de 300.

Mais desafios dos Irmãos de Sangue

A primeira empreitada esportiva dos Irmãos de Sangue aconteceu em 2021, quando o professor Carlão realizou o Desafio 800 Sangue Bom: um Duatlo (corrida e pedalada) de Campo Grande/ MS até o Hospital Amaral Carvalho em Jaú/SP (onde ele foi diagnosticado com a doença que o levou a precisar do transplante). Neste desafio os últimos 5km foram percorridos pelos irmãos de Sangue e pela namorada do professor Carlão, a Tatiana.

Ainda em 2021, Carlão e Dudu participaram da 96° edição da corrida de São Silvestre (15 km). E esse ano, no dia 10 de Julho, fizeram a primeira meia maratona (21 km) juntos, na Maratona de Campo Grande.

Sobre o JBTx

A segunda edição dos Jogos Brasileiros para Transplantados acontece em Curitiba de 01 a 04 de setembro, e irá reunir atletas transplantados de todo o País e da América Latina para competir em sete modalidades: atletismo, corrida de rua ou caminhada, ciclismo, natação, tênis, tênis de mesa e triatlo virtual. Os Jogos são realizados pela Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude (Smelj), com acordo de cooperação técnica com a Associação Brasileira de Transplantados (ABTx), entidade que dá apoio e orienta as pessoas que passaram por um transplante em todo o Brasil.

A competição, como o próprio nome já diz, reúne atletas que passaram por um transplante e assim ganharam novo significado para sua vida. O principal objetivo, além de reunir essas pessoas e ressaltar a importância da atividade física, é aumentar a percepção do público geral sobre a importância da doação de órgãos. Sabe-se que no Brasil 43% das famílias ainda não permitem a doação.

A primeira edição dos Jogos aconteceu em 2019 e reuniu cerca de 60 atletas transplantados, de 7 a 73 anos de todas as regiões do País. A competição também tem uma edição latino-americana e outra mundial e Curitiba foi a pioneira em um campeonato nacional. Em razão da pandemia os Jogos ficaram dois anos suspensos e agora, em 2022, voltam a acontecer na capital paranaense.

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Homenagem a Fábio Campana marca aniversário do escritor e debate a sua obra

Homenagem a Fábio Campana marca aniversário do escritor e debate a sua obra

Na próxima quarta-feira, dia 10 de agosto, às 18h30, será realizada na Biblioteca Pública do Paraná uma homenagem ao jornalista, escritor, poeta e editor paranaense Fábio Campana (1942-2021). “O evento acontece no hall da Biblioteca, pois os livros eram o assunto favorito de Campana”, explica a jornalista Isabela França que, com o escritor e jornalista Marcio Renato dos Santos, organiza o evento aberto ao público.

Autor de dez livros publicados, incluindo romances (O guardador de fantasmas, O último dia de Cabeza de Vaca e Ai), contos (Todo sangue), crônica (A árvore de Isaías) e poemas (Paraíso em chamas, As coisas simples e outros títulos), Campana fundou e dirigiu a Travessa dos Editores.

Criou e coordenou as revistas Etcetera e Ideias – esta criculou de 2003 a 2021 com espaço para jornalismo, ensaios, fotografia, poesia e ficção. Ao todo, editou 120 títulos, entre livros e periódicos. A sua atuação na Travessa, como a editora era carinhosamente chamada e conhecida, teve grande importância na cena literária do Paraná e do Brasil, uma vez que o selo editorial colocou em circulação obras de Décio Pignatari, Joel Silveira, Jamil Snege, Paulo Leminski, Douglas Diegues e Nelson de Oliveira, entre outros nomes consagrados, além de traduções, como Marina, da poeta russa Marina Tsvietáieva. Como editor, Campana ainda proporcionou a estreia e o posterior desenvolvimento de percursos na literatura e na poesia para dezenas de jovens autoras e autores.

A data, 10 de agosto, coincide com o aniversário de Campana, nascido em 1947, em Foz do Iguaçu. Muito cedo, fixou residência em Curitiba, onde filiou-se ao Partido Comunista, a partir de 1960, e mais tarde ao PC do B, até 1981.

Embora parte de sua obra perpasse o universo da política – especialmente no tocante às duas ocasiões em que foi preso, em 1966 e 1970 – a sua escrita em prosa e a sua poesia tratam de assuntos diversos e universais, e são caracterizadas por uma linguagem burilada, fruto de uma extrema sensibilidade que traduz o seu profundo interesse pela alma humana, por filosofia, história teatro, cinema e música.

Jornalista e publicitário, atuou como secretário da Comunicação Social da Prefeitura de Curitiba e do Estado do Paraná, trabalhou em agências e no marketing político e foi colunista político em diversos jornais, além de publicar um blog com seu nome.

Fábio Campana morreu em 29 de maio de 2021 por complicações da Covid-19.

Serviço:

HOMENAGEM – Bate-papo sobre a obra literária e poética de Fábio Campana

Data: 10 de agosto de 2022

Horário: 18h30 às 20h30

Local: Hall da Biblioteca Pública do Paraná - Rua Cândido Lopes, 133, Centro de Curitiba

Entrada franca

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Hospital SUS busca captar R$ 8,7 milhões para projeto que moderniza diagnósticos e tratamentos cardiovasculares

Hospital SUS busca captar R$ 8,7 milhões para projeto que moderniza diagnósticos e tratamentos cardiovasculares

Investimentos em exames mais modernos de hemodinâmica devem beneficiar mais de 1.200 pacientes idosos com procedimentos minimamente invasivos

Mais de mil pessoas morrem por dia por doenças cardiovasculares, problemas do coração e de circulação no Brasil. Isso faz com que as doenças cardíacas sejam as causas mais comuns de mortes no país. Segundo dados do Portal de Transparência dos Cartórios de Registro Civil, nos primeiros seis meses de 2022, mais de 56 mil pessoas morreram por derrame e outras 52,4 mil por infarto. E as doenças do coração podem ser ainda mais suscetíveis em idosos, já que a cada duas pessoas com mais de 80 anos, ao menos uma é hipertensa - de acordo com a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. Diante de uma população cada vez mais velha, são necessários procedimentos modernos, rápidos e seguros.

No caso de um infarto, a identificação da localização exata da obstrução e a realização rápida do procedimento mais adequado podem salvar muitas vidas. O serviço de hemodinâmica é uma estrutura fundamental nesse processo de tratamento de doenças cardiovasculares e neurológicas. "Com o avanço da tecnologia e novas técnicas de tratamento é possível realizar intervenções minimamente invasivas em doenças antes apenas tratadas com cirurgias abertas de grande porte", explica o cardiologista Rômulo Francisco de Almeida Torres, do Hospital Universitário Cajuru, de Curitiba (PR).

"A agilidade do procedimento e da recuperação impacta diretamente no melhor resultado para a saúde do paciente", afirma o médico. Dedicados em diagnosticar e tratar doenças de forma certeira, os profissionais da saúde que trabalham na hemodinâmica do hospital paranaense com atendimento 100% SUS reconhecem que o setor é importante, principalmente para o tratamento de pessoas com a idade mais avançada. "Quanto mais idosa a população, mais patologias associadas ao envelhecimento são observadas", analisa Rômulo.

Investimento em tecnologia

Para oferecer mais segurança aos pacientes idosos com doenças cardíacas, neurológicas e vasculares, um projeto do Hospital Universitário Cajuru deve promover justamente a modernização do setor de hemodinâmica. Com a aquisição de novos equipamentos, a intenção é que 1,2 mil idosos passem a ser beneficiados a cada ano – mas o volume de atendimentos será ainda maior considerando as demais faixas etárias. Para o investimento se tornar realidade, a instituição lança mão de campanhas para captação de R$ 8,7 milhões, a partir do Fundo Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa. ”A destinação de valores via percentual de Imposto de Renda devido, seja de pessoa física ou jurídica, é fundamental para darmos sequência ao nosso atendimento humanizado e de qualidade. Dessa forma, o contribuinte consegue escolher onde seu dinheiro será aplicado e tem certeza de que foi em um projeto que realmente beneficia a população", afirma o diretor-geral do hospital, Juliano Gasparetto.

Além de uma significativa melhoria na assistência, Juliano Gasparetto explica que o novo equipamento e as novas instalações da hemodinâmica irão gerar oportunidades de aprendizado para residentes, estudantes e, também, profissionais que atuam no setor. “Somos uma instituição filantrópica e 100% SUS, atuando com um déficit de cerca de R$ 1,5 milhão ao mês. Por isso, a contribuição da população e de empresas é fundamental para que nosso hospital-escola continue a salvar vidas", complementa o diretor-geral.

Para mais informações sobre como ajudar o Hospital Universitário Cajuru, o contato pode ser feito pelo telefone (41) 99685-9405 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

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Exame ajuda a identificar artrose e lesões crônicas nas articulações

Exame ajuda a identificar artrose e lesões crônicas nas articulações

O diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento são fundamentais para o controle da atividade da doença, prevenção da incapacidade funcional e lesão articular e o retorno ao estilo de vida normal

Dor, inchaço, calor e vermelhidão nas articulações. Os membros mais comumente atingidos são as das mãos, pés, punhos, cotovelos, ombros, joelhos e tornozelos. Esses são sinais de artrose, uma doença que afeta mais de 15 milhões de brasileiros, com mais de 6 anos. Segundo o médico Dr. Adilson Girotto Narciso de Oliveira, diretor técnico do CEDIP – Medicina Diagnóstica, uma das instituições mais tradicionais da capital paranaense, que atua de forma integrada com o Pilar Hospital em Curitiba (PR).

Segundo o médico, as articulações inflamadas provocam rigidez matinal, fadiga e com a progressão da doença, há destruição da cartilagem articular e os pacientes podem desenvolver deformidades e incapacidade para a realização de suas atividades tanto de vida diária como profissional.

O diagnóstico precoce e o início do tratamento são fundamentais para o controle da atividade da doença, prevenção da incapacidade funcional e lesão articular e o retorno ao estilo de vida normal o mais rapidamente possível. Diante disso, um exame é importante para ajudar no entendimento completo do estágio da doença e o estabelecimento de um tratamento caso a caso. “O exame é a Ressonância Magnética para estudar as articulações como ombro, punho, quadril e joelho. É utilizado principalmente para identificar lesões de cartilagem, tendões e ligamentos”, explica.

Lesões de esforço repetitivo e crônicas

Muitos trabalhadores e esportistas também sofrem com as lesões por esforços e movimentos repetitivos. Quadril, ombro, joelhos, punhos são alguns dos membros que mais sofrem o impacto. “Para fazer o diagnóstico o médico deve realizar um exame físico detalhado com algumas manobras específicas nos membros, que podem alertar para a patologia, porém, esse exame de imagem ressonância magnética é importante para se estudar o tipo de lesão e programar o tratamento”, completa.

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