Comportamento de compra do consumidor curitibano mudou. E muito

Comportamento de compra do consumidor curitibano mudou. E muito

Estudo realizado pela Diferencial Pesquisa de Mercado e apresentado pela ADVB-PR e pela SoftCine Produções mostra como o consumidor está reagindo com os diferentes movimentos da economia

Há uma demanda reprimida na utilização de eletrônicos? O jeito de consumir conteúdo mudou? Bancos digitais são exclusivamente para jovens de classe mais alta? Para responder a essas e muitas outras questões, a Diferencial Pesquisa, em parceria com a SoftCine Produções e com a Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil - Seção Paraná (ADVB-PR), ouviu 400 curitibanos das classes A, B e C1, entre 25 e 55 anos durante o mês de agosto, e desenvolveu a Pesquisa “A Nova Economia”.

Apesar de aderir à tecnologia e serviços práticos, os curitibanos ainda são conservadores em alguns hábitos como frequentar supermercados e sair comprar roupas em lojas físicas. O levantamento tem o intuito, também, de mostrar aos empresários onde estão as oportunidades de mudança e de inovações dentro dos respectivos segmentos. Com conteúdo extenso, ela é dividida em nove grandes campos de investigação: internet, leitura, transporte, home office, multitelas, educação à distância, o novo dinheiro, redes sociais e a nova economia, todos relacionados à tecnologia.

Sobre internet, uma das questões feitas aos entrevistados foi com relação ao comportamento do curitibano sobre compras pela internet. Afinal, todo mundo consome de tudo? Durante a pesquisa, foram apresentadas diferentes situações e produtos que podem ser adquiridos de forma digital, como roupas, calçados, passagens aéreas e terrestres, livros, entre outros. Em primeiro lugar, com 35% das respostas, ficaram as compras de passagens aéreas. Em segundo, telefonia e informática, com 29%, e em terceiro, eletrônicos em geral, com 27% das respostas.

Apesar dos números altos, 29% afirmaram que nunca fizeram nenhuma compra totalmente online, ou seja, que começam e terminam o processo na web. Considerando as respostas por classe social, 12% da classe A diz nunca ter realizado compras pelas internet, da classe B 20% e da classe C 41%. Os resultados mostram que os consumidores não compram "de tudo" pela internet - há uma seleção nos itens e nos serviços adquiridos.

Outro tema abordado durante a pesquisa foram as mídias. Com multitelas, diferentes canais e meios de entretenimento, como a Netflix, o jeito de consumir conteúdo tem mudado e passado por uma revolução. A primeira informação registrada com relação ao tema é que, dos 400 entrevistados, aproximadamente 213 afirmam que assistem conteúdos por meio de serviços de streaming. E, diferente do que muitos pensam, não são somente jovens que utilizam esse serviço. Na faixa etária de 45 a 55 anos o consumo tem crescido consideravelmente (41% já utilizou pelo menos uma vez esse serviço). A pesquisa registrou, também, um crescimento na utilização desses serviços por pessoas da classe C (42%).

De acordo com o analista-chefe da Diferencial, Gustavo Bizelli, a tendência é que modelos de negócios que utilizam tecnologia e facilidade no uso cresçam e sejam mais aceitos pelos consumidores. “Notamos que o fato do acesso à esses serviços serem mais em conta também contribui para os resultados”, comenta.

As questões de nova economia, novo dinheiro e bancos digitais também foram abordadas de forma simples aos curitibanos: “Você conhece ou já ouviu falar que existem bancos que só operam de forma digital?”: 33,5% responderam que já conhecem. Dentro do universo jovem, o conhecimento é maior, mas na faixa etária de 45 a 55, quase 30% também já ouviu falar do serviço.

Nota-se que os produtos disponíveis aos consumidores não possuem exclusividade para jovens ou mais velhos. Todas as faixas etárias e classes sócio-econômicas tendem a conhecer e utilizar os novos recursos, ainda que lentamente.

Para o presidente da ADVB-PR, Eduardo Jaime Martins, a pesquisa ajudará muitos profissionais de marketing e vendas a definirem suas estratégias para 2018. "Esse levantamento explica o comportamento do curitibano dentro desses novos serviços e comportamento de compra online, além de apontar tendências e mostrar possíveis oportunidades de mudanças dentro de cada cenário. Assim, estamos ajudando o mercado a se fortalecer cada vez mais", celebra.

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Vida em risco: quase metade dos anfíbios estão fora das áreas de conservação

Vida em risco: quase metade dos anfíbios estão fora das áreas de conservação

*Rafael Magalhães e Reuber Brandão

Unidades de conservação, quando bem planejadas e geridas, são a forma mais eficiente de preservar a biodiversidade em seu ambiente natural. Entretanto, de uma maneira geral, a rede global de áreas protegidas é bastante ineficaz. Um exemplo disso é que 42% de todas as espécies de anfíbios estão pobremente representadas ou completamente fora das unidades de conservação, de acordo com estudo publicado em 2015 sobre a situação de conservação desses animais. Esta estatística é ainda mais grave se considerarmos que os anfíbios estão entre os vertebrados mais ameaçados de extinção do planeta.

Para piorar a situação, a maioria das espécies de anfíbios possui baixa capacidade de locomoção. Isso leva a um processo evolutivo chamado de diversificação críptica: quando populações isoladas se tornam diferentes geneticamente, mas são muito parecidas quanto a aparência externa.

Muitas vezes, nem mesmo os pesquisadores são capazes de perceber diferenças evolutivas importantes avaliando apenas as características externas dos animais. Como consequência, essas diferentes populações acabam não sendo contempladas em políticas de conservação, como nos estudos para a criação de unidades de conservação. Mas é importante ressaltar que a manutenção da diversidade genética é essencial para a preservar o potencial de adaptação das espécies frente às mudanças climáticas ou outras mudanças ambientais importantes. A importância desta manutenção funciona da seguinte forma: imagine que a espécie possui duas populações, uma com o conjunto de genes X e outra com o conjunto de genes Y. Se a população com o conjunto X se extinguir, a espécie continua existindo, através da população com genes Y. Entretanto, o conjunto de genes X poderia fornecer à espécie melhores capacidades de enfrentar as mudanças ambientais em curso. A perda deste conjunto de genes, através da extinção, torna a espécie ameaçada no futuro.

Pensando nisso, um grupo de pesquisadores sul-americanos investigou a eficiência das unidades de conservação na proteção de linhagens crípticas de uma espécie de perereca que só existe no Brasil. Esta eficiência foi investigada tanto no presente como em um cenário de mudanças climáticas futuras. A espécie em questão, Pithecopus ayeaye, possui uma inconsistência entre listas nacionais e globais (Lista Vermelha da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, ICMBio, IUCN) que pode ser resultado da forma como os grupos de avaliação interpretam os critérios de classificação das espécies ameaçadas de extinção. Enquanto o grupo de avaliação global adota uma postura precaucionaria na classificação das espécies, o grupo nacional opta por uma postura evidenciaria. Mas, apesar de ainda ser considerada globalmente ameaçada, a espécie não se encontra na lista de prioridades em políticas nacionais de conservação.

Essa perereca pode ser encontrada em campos rupestres, que estão distribuídos em menos de 1% do território brasileiro. Apesar de serem ricos em espécies restritas, os campos rupestres têm sofrido impactos de atividades mineradoras, queimadas induzidas, silvicultura de eucalipto, pecuária, “ecoturismo” não-sustentável e urbanização. Uma das linhagens da Pithecopus ayeaye, que ocorre no planalto de Poços de Caldas (MG), está em declínio e não está protegida por nenhuma unidade de conservação, podendo se extinguir em um curto período de tempo. Outra, que ocorre no Quadrilátero Ferrífero e nos Campos das Vertentes (ambos em Minas Gerais), apesar de estar protegida por três unidades de conservação de proteção integral, possui níveis de diversidade genética tão baixos quanto a linhagem de Poços de Caldas, estando tão vulnerável a impactos humanos quanto ela. A terceira, do Planalto da Canastra (MG) e em áreas altas no noroeste do estado de São Paulo, possui maior diversidade genética do que a das outras duas linhagens e está protegida por duas unidades de conservação de proteção integral. Contudo, mesmo estas unidades de conservação são insuficientes para a proteção da espécie, conservando menos de 4% da área de distribuição geográfica da espécie, tanto no presente como em projeções futuras. Vale ressaltar que a espécie em questão produz substâncias na pele com potencial farmacológico, podendo ser utilizadas para a produção de medicamentos no futuro.

Esses resultados sugerem que outros organismos endêmicos dos campos rupestres, incluindo outras espécies ameaçadas, também podem apresentar diversificação críptica semelhante à de Pithecopus ayeaye. Portanto, pode-se concluir que a conservação de diversas espécies dos campos rupestres (e de outros tipos de ecossistemas naturalmente fragmentados) deve ser planejada com atenção, considerando a distribuição discreta deste ecossistema. A prática de conservação no Brasil deve ser repensada, e novas evidências taxonômicas, moleculares, evolutivas e ecológicas devem ser combinadas ao melhor entendimento da distribuição dos organismos para que possamos ser mais eficientes nas políticas de conservação nacionais. 

*Rafael Magalhães é biólogo e pesquisador do Laboratório de Biodiversidade e Evolução Molecular da Universidade Federal de Minas Gerais

*Reuber Brandão é membro da Rede de Especialistas de Conservação da Natureza, biólogo e professor da Universidade de Brasília.

Este estudo foi apoiado pela Fundação Grupo O Boticário de Proteção à Natureza em 2006 no contexto do projeto “Conservação, ecologia e taxonomia das espécies de Phyllomedusa do grupo hypochondrialis” e pelo Programa de Capacitação em Taxonomia do CNPq/CAPES.

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Paraná ganha dois prêmios em desafio nacional de projetos integradores

Paraná ganha dois prêmios em desafio nacional de projetos integradores

Desenvolvidos por alunos do Senai no Paraná, propostas solucionam cases reais de empresas

Projetos de alunos dos cursos do Senai em Londrina e Maringá foram reconhecidos nacionalmente em Brasília essa semana. As soluções criadas pelos estudantes foram apresentadas no Desafio Senai de Projetos Integradores, que reúne cases reais de empresas brasileiras em busca de projetos que resolvam, por meio da integração entre cursos distintos, desafios que melhorem suas atividades. O Senai de Londrina ganhou o primeiro lugar na categoria Cursos Técnicos e o Senai Maringá ficou em segundo lugar na categoria Aprendizagem. No total, 1.488 projetos estavam inscritos em 400 desafios.

Como o Desafio Nacional tem o objetivo de integrar alunos de diferentes cursos, o Senai de Londrina reuniu alunos dos cursos técnicos de Biotecnologia e Eletromecânica. O projeto deles buscou resolver o desafio de utilizar a impressão 3D para melhorar alguns processos da indústria de cosméticos. Como solução, eles desenvolveram o EcoBoti, projeto de uma embalagem biodegradável criada a partir de uma impressora 3D que, no momento do descarte, o recipiente gere menos impacto ambiental, e que no processo de decomposição ele se torne biomassa e água. O projeto paranaense ficou em primeiro lugar, seguido por iniciativas de Minas Gerais e Pernambuco.

“Para nós, a premiação significa um reconhecimento de que a metodologia de ensino está dando resultado. Os alunos são estimulados em sala de aula a resolver constantemente problemas que a indústria enfrenta apostando na inovação e apontando caminhos que preservem os recursos naturais”, explicou a analista de Educação do Sistema Fiep, Elaine Cristina de Andrade.

O projeto dos alunos do Senai de Maringá, que ficou sem segundo lugar na categoria Aprendizagem, juntou alunos dos cursos de Aprendizagem Automotiva e Biotecnologia. Eles propuseram como solução para o desafio que buscava alternativas para o reaproveitamento de água do sistema de climatização dos veículos, o armazenamento da água do ar-condicionado em um compartimento instalado no porta-malas dos veículos. O compartimento tem a capacidade de armazenar até 10 litros de água que poderia ser utilizada para umidificar o ar dentro do veículo, abastecer os reservatórios de água e até ser usado nos banheiros nos ônibus de viagem.

Para chegar até a etapa nacional, o Senai no Paraná promoveu uma seleção estadual de projetos. Cinco paranaenses foram inscritos no Desafio Nacional e o estado foi o único a ser premiado em duas categorias.

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Cidades Inteligentes: quais os principais desafios da inovação?

Cidades Inteligentes: quais os principais desafios da inovação?

*Por Dyonata Laitener Ramos

Desde 1950, o mundo vem apresentando um crescimento constante da população que reside em áreas urbanas, o que, segundo a ONU, tem levado à urbanização das sociedades em uma velocidade tão grande que teremos cerca de 70% da população em centros urbanos em 2050, frente a 70% da população em áreas rurais em 1950.

Esse crescimento resulta em novas necessidades da população, que não têm sido acompanhadas pela gestão pública de forma eficaz, pois são agravadas com o avanço tecnológico da nova era que apresenta cada vez melhores alternativas para evitar o desperdício ou o esforço desnecessário para a execução de atividades rotineiras.

Embora a tecnologia evolua em uma velocidade que excede as expectativas, não é na mesma velocidade que as cidades as absorvem em benefício dos cidadãos, proporcionando maior qualidade de vida.

A ineficiência da gestão de recursos nas áreas urbanas ocasiona evidentes desigualdades, baixa qualidade de vida e preocupação com o futuro dos ecossistemas urbanos que não param de crescer. Atualmente, é evidente que a geração de soluções é menor que o surgimento de novos problemas e o aumento de situações críticas em nossos principais centros urbanos, principalmente relacionadas à mobilidade, governança, economia, meio ambiente, pessoas e qualidade de vida.

Ao analisar os principais problemas dos centros urbanos, e fazendo um contraponto, podemos chegar aos seis pilares de uma Cidade Inteligente, que representa um ecossistema inovador, caracterizado pelo uso generalizado de tecnologia na gestão de seus recursos e infraestrutura.

Então, quais são as principais dificuldades que a administração pública possui em alinhar as necessidades da população com as diversas novas tecnologias que surgem a cada novo dia? Analisando o cenário brasileiro, boa parte dos impedimentos se deve à alta burocracia envolvida em um processo licitatório, que além do tempo excessivo, não está preparado para acompanhar as novas formas de negócio do século XXI, as quais estão baseadas em crowdsourcing – compartilhamento e colaboração, e impedem que a tecnologia e a inovação possam transformar a realidade da população propiciando melhor qualidade de vida.

Outra parte se deve à falta de expertise da gestão pública em integrar as diversas tecnologias, de forma a criar um ambiente focado em resolver os problemas e necessidades da população, pois uma cidade inovadora é feita principalmente de colaboração e de parcerias que tenham paixão em resolver problemas. Trabalhar esse cenário caótico e desafiador, de forma solitária, é uma tarefa muito árdua e penosa.

Além de uma revisão criteriosa na Lei 8.666/93, que institui normas para licitações e contratos para a Administração Pública, é preciso ceder mais espaço para a iniciativa privada colaborar com soluções focadas em resolver problemas da população de forma colaborativa, ou seja, por meio de parcerias público-privadas que propiciem a evolução de todos os pilares de nossas cidades, resultando em maior qualidade de vida para a população. 

*Dyonata Laitener Ramos é coordenador de projetos no Instituto das Cidades Inteligentes (ICI)

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Swadisht Indian Cuisine recebe confraternizações de final de ano

Swadisht Indian Cuisine recebe confraternizações de final de ano

Grupos a partir de 25 pessoas terão descontos especiais; a casa entra em recesso a partir do dia 23 de dezembro 

No final de ano o espírito de união e celebração toma conta. Pensando nisso, o restaurante Swadisht Indian Cuisine oferece valores especiais para grupos de 25 ou mais pessoas até o dia 22 de dezembro. Na sequência, a casa entra em recesso de festas. Quem quiser aproveitar a oportunidade pode reservar uma noite no restaurante pelo telefone: (41) 3015-1056. 

Sobre o Swadisht Indian Cusine

Em hindi, ‘swadisht‘ significa saboroso, delicioso. Porém, além de ser uma celebração à exótica e milenar culinária indiana - rica em especiarias com cores, aromas e sabores marcantes -, o espaço foi pensado para aguçar e acalentar todos os sentidos. Assim, o foco do restaurante é oferecer novas experiências, alimentar não somente o corpo, mas também a alma, enriquecendo o paladar e a vivência de quem se aventura em desbravá-lo. A aplaudida culinária, somada ao mix perfeito entre tradição e estilo de vida contemporâneo, traduz estes 14 anos de sucesso. 

Serviço:

Swadisht Indian Cusine

Av. Vicente Machado, 2036, Batel – Curitiba (PR)

Horário de funcionamento: De segunda a quinta, das 19h às 23h30. Sextas e sábados das 19h à meia-noite

www.swadisht.com.br

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