Teatro Regina Vogue apresenta festival infantil "Oba! Hoje tem teatro!"

Teatro Regina Vogue apresenta festival infantil "Oba! Hoje tem teatro!"

Teatro Regina Vogue apresenta festival infantil "Oba! Hoje tem teatro!"

O evento terá 10 espetáculos gratuitos para a criançada

O Teatro Regina Vogue recebe neste fim de semana, entre os dias 29/04 e 01/05, o projeto “Oba! Hoje tem teatro!”. Serão diversas companhias apresentando espetáculos de teatro e circo para as crianças, com o objetivo de proporcionar o contato das crianças com o mundo artístico.

Com entrada gratuita, o evento terá programação completa com espetáculos para todas as idades. No sábado, dia 29/04, a programação começa às 11h com a apresentação do espetáculo "Quando a Criança era uma Criança" e, em seguida, às 16h, será a vez do "Pocket Big Show" de circo. Às 18h, a contação de história "A Serva de Naamã" encerra a programação do primeiro dia.

No domingo, 30/04, o festival continua com apresentações às 14h de "Quando a Criança era uma Criança", seguida de "Janjão: o resgate de Florisbela", teatro de bonecos às 16h, e encerrando com a palhaçaria "Risas Y Sonrisas "às 18h.

Já na segunda-feira, 01/05, o festival conta com o espetáculo de palhaçaria "Circo S/A" às 11h, seguido de "Eu sou Animal" às 14h. Às 16h, a palhaçaria e circo se misturam no espetáculo "Gargalhar para Desestressar". E, para encerrar o festival, às 18h, o público poderá assistir ao espetáculo de circo "Circo Ambiental".

A realização é uma parceria da Messe produções com a Ohz Produções e tem o apoio da Pipoteca e do canal Curitiba Circense.

Serviço:

Link: https://www.diskingressos.com.br/group/1180

Sábado 29/04
11h - Quando a Criança era uma Criança (teatro)
16h - Pocket Big Show (circo)
18h - A Serva de Naamã (contação de história)

Domingo 30/04
14h - Quando a Criança era uma Criança (teatro)
16h - Janjão: o resgate de Florisbela (teatro de bonecos)
18h - Risas Y Sonrisas (palhaçaria)

Segunda 01/05
11h - Circo S/A (palhaçaria)
14h - Eu sou Animal (teatro)
16h - Gargalhar para Desestressar (palhaçaria e circo)
18h - Circo Ambiental (circo)

Ficha Técnica
Produção: Ohz Produções
Direção de Produção: Rodrigo Fowolski
Produção Executiva: Prescila do Amaral
Artes visuais: Rodrigo Fowolski
Redes sociais e assessoria de imprensa: Com Leite Comunicação

Apoio:
Pipoteca
Curitiba et circenses

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Confira 4 dicas de quem empreendeu antes dos 30 anos  

Confira 4 dicas de quem empreendeu antes dos 30 anos 

Se você é jovem e deseja abrir um negócio, essas dicas são para você

Histórias de empreendedorismo são, em sua maioria, fonte de inspiração para quem deseja investir no próprio negócio. Quando esses exemplos são de jovens que começaram do zero e tiveram grandes conquistas, elas ficam ainda mais interessantes. Inquieto e desde jovem com o desejo de ser empreendedor, o engenheiro e ex-modelo Ramon do Valle Pissaia começou a dar vida ao seu projeto aos 25 anos. Foi assim que nasceu a Otto Energy, uma empresa que traz as principais novidades do setor de energia fotovoltaica por meio de projetos completos e inovadores. A empresa deve encerrar 2023 com faturamento de R$ 50 milhões.

O CEO reuniu alguns ensinamentos sobre empreendedorismo para quem deseja iniciar carreira antes dos 30 anos:

A certeza faz toda a diferença

A escolha consciente da área de atuação é o primeiro passo para o sucesso de qualquer negócio. Ao optar por um empreendimento que faça sentido e reflete os valores do dono tende a ser mais humanizada e motivar mais seus colaboradores. Por isso é importante encaixar seu estilo naquilo que resolveu investir; no meu caso, minha formação me norteou para a melhor escolha”, destaca.

Escute a voz da experiência

A empolgação de começar algo novo é enorme, mas é preciso cuidado ao achar que sabe de tudo. Existem pessoas experientes no mercado e que começaram a trilhar o mesmo caminho há muitos anos, por isso é essencial uma escuta e observação constante para que o aprendizado aconteça de forma mútua e a troca de experiências seja algo positivo para ambas as partes. “Procurar cercar-se de conhecimento e sabedoria de quem já está nessa jornada é uma ótima saída quando as coisas parecem confusas. Livros, blogs e cursos são indispensáveis, além, é claro, de outros empreendedores que já estão à frente de seus negócios há mais tempo. Com certeza eles têm conselhos e experiências valiosas para compartilhar”, destaca o CEO reiterando que coworkings e feiras são ótimos lugares para começar essa aproximação.

Networking

O contato com diferentes pessoas da área de atuação também faz toda a diferença no sucesso do empreendimento, principalmente para quem está começando e precisa aprender um pouco mais sobre como funciona o meio empresarial. “Um networking refinado e a participação em feiras agregam demais na evolução de uma empresa. Com esses diferenciais é possível ampliar a visão de gestão, potencializando ainda mais os negócios”, afirma Ramon.

Prepare-se para tudo

Nem tudo são flores e imprevistos acontecem desde as pequenas às grandes companhias. Por isso, preparar-se para os fracassos é algo que não deve ser descartado. “O medo de fracassar pode paralisar muitos sonhos e objetivos. Os verdadeiros empreendedores precisam carregar consigo a certeza de que, mesmo quando algumas dificuldades aparecem, é possível se reinventar, nem que para isso seja preciso retroceder. Muitas vezes, é nesse movimento que é possível dar dois passos à frente. Se você se identificou com o negócio e se preparou, então seguir em frente deve ser a opção”, conclui.

Sobre a Otto Energy

A rede, que nasceu em 2020 com o propósito de ser referência nacional em energia solar fotovoltaica, oferece serviços de sistemas de geração de energia solar fotovoltaica, para autoconsumo ou investimento. Sua missão é empoderar empresas e pessoas por meio da energia limpa, barata e simples, garantindo redução de custos e contribuindo para uma economia de baixo carbono.

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Medalha de ouro: Irônica é premiada em concurso de melhor cerveja do Brasil  

Medalha de ouro: Irônica é premiada em concurso de melhor cerveja do Brasil

Considerado o maior na categoria independente do mundo, o Concurso Brasileiro de Cervejas premia cervejaria paranaense

A Cervejaria Irônica levou medalha de ouro no Concurso Brasileiro de Cervejas. A premiação realizada na noite de 8 de março, na cidade de Blumenau, em Santa Catarina, sagrou a cerveja Grisette como vencedora na categoria Belgian-Style Session Ale.

A Grisette apresenta uma cor dourada clara, com uma espuma branca e cremosa. Além do aroma presente de uva branca trazido pelo lúpulo Nelson Sauvin e notas suaves de malte. É definida como “leve e refrescante, com um sabor suave e equilibrado”, pelo fabricante.

A cervejaria paranaense concorreu com mais de 4 mil amostras inscritas de 25 estados do Brasil. O concurso foi realizado dos dias 06 a 08 de março, sendo o último o dia da premiação. Além dos jurados brasileiros, a avaliação contou com jurados da Alemanha, Estados Unidos e outros 21 países.

Esta foi a 11 º edição do concurso que visa apoiar o crescimento dos produtos brasileiros.

Serviço:

Endereço: R. Campo Largo, 866 - São Pedro, São José dos Pinhais - PR, 83020-040

Instagram: @cervejariaironica

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Biomédicas alertam sobre sintomas e diagnóstico da hemofilia   

Biomédicas alertam sobre sintomas e diagnóstico da hemofilia  

Biomédicas alertam sobre sintomas e diagnóstico da hemofilia

Brasil tem a quarta maior população mundial de pacientes hemofílicos; Enfermidade pode ser tratada de graça no SUS

Cerca de 350 mil pessoas em todo mundo têm hemofilia; uma alteração genética-hereditária e rara no sangue que pode causar distúrbios na coagulação. No Brasil são mais de 13 mil portadores da doença, o que coloca o país na quarta posição global, segundo a Federação Mundial de Hemofilia.

O Ministério da Saúde orienta que o diagnóstico seja realizado precocemente para que os pacientes recebam os cuidados o quanto antes. O tratamento da enfermidade é integral e gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS).

“O assunto ganha relevância em abril - quando o tema é mais abordado para conscientizar as pessoas sobre a doença - mas o alerta vale para o ano todo”, explica Daiane Pereira Camacho, doutora em Microbiologia, diretora da 15ª Regional de Saúde de Maringá e vice-presidente do Conselho Regional de Biomedicina do Paraná 6ª região (CRBM6).

O que é a hemofilia

A hemofilia é uma doença que provoca sangramentos prolongados em virtude da dificuldade na coagulação sanguínea, ocasionada pela deficiência de proteínas.

As pessoas devem suspeitar quando houver sangramentos sem causa aparente. A hemofilia é uma enfermidade ligada ao cromossomo X, acomete mais homens - uma vez que eles têm apenas um cromossomo X – é rara no sexo feminino e não é contagiosa.

Sintomas

Geralmente a hemofilia é identificada ainda na infância. Ela é percebida devido ao surgimento de hematomas, sangramentos demorados diante de pequenos traumas logo que a criança começa a engatinhar, andar e cair.

Os sangramentos podem ser internos, nas articulações, na região subcutânea [pele e músculos] e provocar o surgimento de manchas roxas que demoram a sumir. Em geral, são hemorragias intramusculares e intra-articulares que desgastam primeiro as cartilagens e depois provocam lesões ósseas. Os principais sintomas são dor forte, aumento da temperatura e restrição de movimento. As articulações mais comprometidas costumam ser joelho, tornozelo e cotovelo.

Em casos graves, as hemorragias podem acontecer sem causa aparente, sendo desencadeadas até mesmo por atividades do dia a dia como caminhar, correr e realizar atividades domésticas.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito observando o quadro clínico do paciente e realizando exames de sangue específicos como a dosagem de atividade coagulante, testes que permitem avaliar o tempo de coagulação e a identificação do que está em falta no organismo.

“Para que a identificação seja precisa, a recomendação é fazer exames clínicos em laboratórios reconhecidos, certificados, que tenham profissionais devidamente habilitados para ter segurança nos procedimentos e nos resultados das análises”, esclarece Gislaine Cavicchioli, biomédica, conselheira suplente do CRBM6 e responsável técnica do Laboratório-Escola do Centro Universitário Uningá.

Tratamento

Após o diagnóstico, é fundamental iniciar o tratamento para fazer a reposição dos fatores de coagulação deficientes no organismo, que podem vir do sangue humano ou ainda por meio de técnicas de engenharia genética.

Também existem tratamentos adicionais que envolvem fisioterapia para fortalecer músculos e articulações e medicação para controlar a dor e prevenir infecções. “Em todos os casos, é fundamental ter orientação e supervisão de um médico. Nada de se automedicar ou ignorar a doença”, enfatiza Daiane.

Tipos de Hemofilia

A hemofilia é classificada nos tipos A e B. Pessoas com o tipo A são deficientes de fator VIII (oito). Já as pessoas com o tipo B são deficientes de fator IX (nove); componentes importantes que ajudam na coagulação do sangue. A ausência desses fatores ocorre devido a uma mutação nos genes responsáveis pela produção deles, que estão no DNA.

Em ambos os casos, os sangramentos são iguais. Porém, a gravidade depende da quantidade de fator presente no plasma (líquido que representa 55% do volume total do sangue), que geralmente se mantém o mesmo durante toda a vida.

Cuidados básicos

Os pacientes hemofílicos precisam tomar alguns cuidados básicos para evitar ou minimizar os riscos de hemorragias e complicações.

Daiane Pereira Camacho, vice-presidente do CRBM6, e Francine Maery Dias Ferreira Romanichen - doutora em Ciências da Saúde, professora dos cursos de Biomedicina e Farmácia do Centro Universitário Uningá e farmacêutica-bioquímica do Laboratório Central da Prefeitura de Maringá - listam algumas precauções:

1. Siga o plano de tratamento prescrito pelo médico, incluindo o uso de concentrados de fatores de coagulação e outras medicações, conforme necessário;

2. Evite atividades físicas ou esportes que possam aumentar o risco de lesões, especialmente em áreas vulneráveis como as articulações. É importante encontrar atividades que possam ser feitas com segurança e evitar aquelas que envolvam contato físico;

3. Seja prudente e evite lesões acidentais. Utilize equipamentos de proteção adequados como capacetes, joelheiras, cotoveleiras, etc;

4. Evite tomar medicamentos sem orientação médica, pois alguns deles podem aumentar o risco de hemorragias;

5. Evite procedimentos invasivos como extrações dentárias. Caso necessário, o paciente deve ser pré-tratado com concentrados de fatores de coagulação para minimizar o risco de sangramento;

6. Mantenha boa higiene bucal e visite o dentista regularmente para prevenir problemas dentários e reduzir a necessidade de procedimentos invasivos;

7. Tenha uma alimentação saudável e equilibrada para manter uma boa saúde. Evite alimentos que possam interferir na coagulação sanguínea como aqueles ricos em vitamina K;

8. Faça check-ups regulares com um hematologista para monitorar a saúde e ajustar o tratamento conforme necessário.

“Lembre-se de que os cuidados básicos podem variar, dependendo do tipo e da gravidade da hemofilia de cada paciente. Portanto, é fundamental conversar com um médico especialista e obter orientações específicas sobre o tratamento e os cuidados necessários”, finaliza a vice-presidente do CRBM6, Daiane Pereira Camacho.

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Vozes das Mulheres na Política: evento abordou desafios e a participação feminina nas esferas públicas  

Vozes das Mulheres na Política: evento abordou desafios e a participação feminina nas esferas públicas

Com 100% das palestrantes mulheres, o evento reuniu mais de 200 pessoas, que conheceram um pouco mais da realidade feminina na política brasileira

Nos dias 17, 18 e 19 de abril, o Campus Juvevê da Universidade Federal do Paraná (UFPR) foi palco do evento Vozes das Mulheres na Política: Desafios da democracia em nível local e no Brasil, promovido pelo Instituto Sivis, em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) e Programa de Pós-Graduação em Ciência Política (PPGCP), ambos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), RAPS e o Consulado dos Estados Unidos. Foram três dias de eventos, que reuniram mais de 200 pessoas, entre estudantes, pesquisadores e interessados pelo tema.

Cada um dos dias contou com mesas de debates, onde estiveram presentes palestrantes mulheres que abordaram temas relacionados à política, à democracia, aos direitos das mulheres e a sua participação na política. A coordenadora e professora do PPGCOM, Prof.Dra. Michele Goulart Massuchin, falou sobre a importância de realizar um evento com esse tema nos dias atuais. “Em outros momentos, talvez não seria necessário falar sobre as mulheres na política, mas hoje, no momento em que vivemos, é necessário porque ainda há poucas mulheres inseridas na esfera política, especialmente em cargos eletivos, e também porque muitas discussões não abrangem as questões de gênero".

A Prof. Dra. Amy Erica Smith, da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos abriu o ciclo de palestras e abordou a democracia e as eleições fazendo um comparativo entre Estados Unidos e Brasil. Amy mostrou, por meio de pesquisas e gráficos, as tendências de votação, a crise da democracia nos países e opinou, de maneira otimista, sobre o futuro da democracia brasileira. Amy comentou sobre a pesquisa “Winners’ Consent? Citizen Commitment to Democracy when Illiberal Candidates Win Elections” em que os resultados reforçam que, para compreender o papel das eleições na manutenção da legitimidade das democracias, é importante considerar os compromissos democráticos tanto dos candidatos quanto dos eleitores. Para saber mais sobre essa pesquisa, acesse aqui.

Ao final de sua fala, que aconteceu virtualmente, a professora respondeu algumas perguntas referentes às eleições de 2018 no Brasil, e especificou algumas características citadas em sua análise, que trazem a faixa de renda, gênero, cor e escolarização como um fator que dividem os votos, não só na eleição analisada, mas em geral. Sua palestra pode ser conferida na íntegra pelo Youtube.

Identitarismo e violência de gênero

No segundo dia de evento (18), a primeira mesa abordou o tema "Ativismo, democracia e mulheres na esfera política", com três doutoras no assunto e todas da UFPR. A Dra. Kelly Prudencio discutiu conceitos importantes para uma compreensão mais alargada das mulheres na política. Entre os temas debatidos pela professora, mencionam-se, entre outros, os conceitos de lugar de fala e de identitarismo no mundo contemporâneo e as dinâmicas existentes entre a pesquisa científica e os movimentos sociais.

A composição da mesa ainda se deu com a Dra. Carla Rizotto, que trouxe um panorama do ativismo feminista contemporâneo na internet. “O digital não é mais um espaço de militância ou um lugar onde os feminismos acontecem, mas passou a ser uma dimensão constitutiva desse movimento. As agendas e as pautas não foram alteradas, porque elas permanecem muito semelhantes, mas mudando profundamente o alcance dos movimentos feministas, as estratégias de comunicação e a forma de agência política, ou seja, a forma que a gente endereça as demandas de política pública para resolver esses problemas que são elencados”.

Para fechar o ciclo da primeira mesa, a Dra. Giulia Fontes falou sobre a percepção de mulheres jornalistas sobre questões de gênero, de que forma isso constitui riscos para sua atividade profissional e como elas enxergam esses riscos. Também levantou as estratégias de resiliência que essas mulheres desenvolveram para, de alguma forma, enfrentar e lidar com os riscos da atividade profissional.

Giulia ainda apresentou dados referentes à deterioração da liberdade de imprensa e o aumento de ataques contra jornalistas, reunidos e divulgados pela Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas). De acordo com o relatório, que é publicado desde 1989, o ano de 2021 foi o ano mais violento contra jornalistas, com base em dados anexados pelos sindicatos de jornalistas e notícias de ataques.

Ainda no dia 18 de abril, a segunda mesa teve como tema “Democracia e plataformas digitais: da gestão à comunicação no setor público”, com a Dra. Maria Alejandra Nicolás (UNILA). A doutora e mestre em sociologia abordou a digitalização dos órgãos públicos e trouxe uma pesquisa, que mostra que o Brasil é o país com mais acessibilidade na América Latina e o Uruguai é o segundo, seguido de Colômbia, Chile e Paraguai.

Participação e desafios femininos na política

O terceiro e último dia de evento começou com a Profª Dra. Carla Almeida (UEM) discutindo o tema “Participação política, democracia e políticas públicas para mulheres". Carla fez um levantamento histórico do papel do movimento feminista na criação de políticas públicas para mulheres e a importância de órgãos como a Secretaria Especial de Políticas Públicas para Mulheres, fundamental para o combate à violência de gênero e a construção de políticas transversais. “Ainda que você tenha uma crítica, que permanece sobre o que o feminismo que apostou na institucionalidade foi capaz de produzir, eu acho que a ascensão das forças conservadoras renovou a energia da ocupação, sobretudo do parlamento. Foi lá que as demandas para o feminismo se acentuaram”, ressalta Carla.

A última mesa do evento foi sobre “Legislação Eleitoral e desafios para candidaturas femininas”, com a Profª Dra. Eneida Desiree Salgado e Profª Dra. Luciana Panke, ambas da UFPR. Desiree abriu a mesa falando sobre os desafios das mulheres na vida política. Ela destacou os preconceitos que a mulher sofre em uma sociedade que ainda a vê como figura responsável pelo cuidado e pelo ambiente doméstico, enquanto aos homens a vida pública não é discutida.

No âmbito político, Desiree afirmou que os partidos ainda não são espaços democratizados internamente e que as mulheres não têm espaço de fala igualitário. “Alguns gastos eleitorais não são previstos, e as candidaturas não podem pagar suas próprias despesas com hospedagem e alimentação, o que faz muita diferença caso você tenha recursos próprios. A gente não tem previsão ou possibilidade de gastos com cuidado infantil, com o dinheiro da campanha, ou seja, não pode pagar babá. Podemos pagar uma pessoa para balançar uma bandeira com nossa cara, mas não para cuidar das nossas crianças. Temos uma forma de gastos eleitorais que não é pensada para mulheres”.

Para fechar o ciclo, Luciana Panke apresentou dados de uma pesquisa sobre motivação de pessoas para não votarem em mulheres. De acordo com o que foi exposto, as respostas ficaram divididas em seis categorias: acreditar que há ausência de mulheres candidatas; acreditar que mulheres não têm preparo emocional; acreditar que lugar de mulher não é na política; considerar que mulheres são suas próprias inimigas, considerando que “nem mulher vota em mulher“; acreditar que mulheres não têm bons currículos - usam o discurso “voto pelo currículo, não é porque é mulher” -; e, por fim, considerar que política só é lugar para “algumas” mulheres. A Dra. também trouxe números comparativos sobre mulheres na política no Brasil e em outros países da América Latina, e expôs a importância de naturalizar o protagonismo feminino, e que ele seja trabalhado em todas as esferas.

Um relatório sobre o evento será divulgado nas redes sociais do Instituto Sivis nos próximos dias (@InstitutoSivis). Por enquanto, já pode-se acessar a palestra da prof. Dra. Amy Erica Smith pelo Youtube.

Sobre o Instituto Sivis

O Instituto Sivis, criado em 2011, é um think tank (laboratório de ideias e soluções) apartidário e sem fins lucrativos que trabalha pelo propósito de enraizar valores democráticos no coração dos brasileiros. O Sivis produz conhecimento e cria soluções junto a organizações, gestores públicos e lideranças sociais para fortalecer a cultura democrática brasileira. Acesse www.sivis.org.br.  

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