Alerta: 70% dos hipertensos não aderem ao tratamento
Falta de controle da pressão alta sobrecarrega o coração, os rins e o cérebro e pode ser fatal; mais de 36 milhões de brasileiros convivem com a doença
Conhecida como o “inimigo silencioso”, a hipertensão provoca danos ao organismo sem, no início, apresentar sinais ou sintomas. No entanto, esses estragos não cessam após o diagnóstico. Segundo um artigo publicado pela Revista Brasileira de Hipertensão, 70% dos pacientes possui a pressão arterial fora das metas de controle devido à falta de adesão ao tratamento. Esse descuido é um grande fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, podendo ser fatal.
A hipertensão arterial atinge, principalmente, o coração, os rins e o cérebro causando danos estruturais que culminam em doenças isquêmicas, insuficiência cardíaca e/ou renal e acidente vascular cerebral. “As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil e no mundo. Entre os fatores que contribuem para essa alta incidência está a hipertensão arterial descontrolada, responsável por 80% dos óbitos por AVC e 60% dos óbitos por infarto agudo do miocárdio”, revela Dr. Celso Amodeo, cardiologista e nefrologista especializado em hipertensão arterial do Hcor.
Com os devidos cuidados, esse cenário pode ser modificado. “Ao aferir a pressão arterial no consultório, o esperado é que o resultado seja em torno de 120 por 80 mmHg. Quando o número registrado é igual ou maior do que 140 por 90 mmHg, temos um caso de hipertensão. Para fechar o diagnóstico, podem ser solicitados exames complementares”, explica o médico. Entre eles, está o exame MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial), em que um aparelho é conectado ao braço do paciente para aferir a pressão arterial ao longo de 24 horas. “Desta forma, é possível verificar o comportamento pressórico ao longo de 24h e não somente na presença do médico”, completa.
Com a confirmação do diagnóstico, é iniciada uma abordagem comportamental, a fim de reduzir a quantidade de sal ingerida pelo paciente. “É difícil pedir para retirar completamente o ingrediente da alimentação. Por isso, recomendamos evitar alimentos industrializados e processados e ler os rótulos desses produtos para optar por aqueles que contêm uma menor quantidade de sódio. No preparo da comida em casa, a orientação é que utilize sal apenas o suficiente para dar gosto na comida”, esclarece.
Concluída a primeira fase, a segunda etapa é entrar com medidas medicamentosas. “Apenas um médico poderá indicar o tratamento mais adequado para o paciente. Atualmente, há uma grande variedade de fármacos que podem ajudar a controlar a pressão arterial e permitir que as pessoas tenham vidas mais longas e mais saudáveis. No entanto, isso só é possível com o comprometimento do paciente ao tratamento”, reforça.
Para que não tenha que aderir à medicação, é preciso investir na prevenção. “Caso a pessoa seja membro de uma família de hipertensos, é necessário também investigar outros parentes de primeiro grau para tentar descobrir outros portadores de hipertensão arterial. No mais, a receita já é conhecida: atividades físicas regulares, alimentação saudável, evitar o estresse, consultas regulares com o cardiologista e exames anuais”, finaliza o médico.
Sobre o Hcor
O Hcor atua em mais de 50 especialidades médicas, entre elas Cardiologia, Oncologia, Neurologia e Ortopedia, além de oferecer um centro próprio de Medicina Diagnóstica. Possui Acreditação pela Joint Commission International (JCI) e diversas certificações nacionais e internacionais. Desde 2008, é parceiro do Ministério da Saúde no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS).
Instituição filantrópica, o Hcor iniciou suas atividades em 1976, tendo como mantenedora a centenária Associação Beneficente Síria. Além do escopo assistencial, o hospital conta com um Instituto de Pesquisa, reconhecido internacionalmente, que coordena estudos clínicos multicêntricos com publicações nos mais conceituados periódicos científicos. Também está à frente de um Instituto de Ensino, que capacita e atualiza milhares de profissionais anualmente e é certificado pela American Heart Association.
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