Websérie inédita com Marcelo Laham alerta sobre apneia do sono

Websérie inédita com Marcelo Laham alerta sobre apneia do sono

Criada pela ResMed, lançada em 18 de março, Dia Mundial do Sono, com o objetivo de conscientizar a população sobre riscos e tratamento da apneia do sono

“Mundo Sonolento” é a websérie em 8 episódios, estrelada por Marcelo Laham e Pamella Machado, que retrata a descoberta e a jornada de tratamento de um paciente com apneia do sono (AOS), um problema comum na população adulta e que pode afetar até 25 milhões de brasileiros segundo estudo de prevalência em 2019.1

Todos os episódios foram lançados no dia 18 de março, em celebração ao Dia Mundial do Sono, e transmitidos no canal de YouTube da ResMed - marca pioneira em soluções inovadoras de saúde digital e dispositivos médicos conectados à nuvem, e disponibilizados em seu site institucional https://www.resmed.com.br/.

“A proposta da ResMed com a websérie é levar conscientização sobre a importância do sono e o alerta sobre distúrbios respiratórios do sono como a AOS que podem afetar a saúde do indivíduo e sua qualidade de vida”, explica Claudia Albertini, Gerente Clínica de Marketing da ResMed LATAM e South Asia.2,3

O enredo aponta que um dos indicativos da apneia pode ser o ronco, ignorado por muitos ou até visto erroneamente como sinal de boa qualidade de sono conforme encontrado em 40% dos entrevistados em pesquisa da ResMed realizada com 17.040 pessoas (entre jovens adultos e idosos) pela agência Atomik Research no Brasil, Japão, China, Coreia, Índia e México em 2020.4

A trama conta a história de uma personagem que com a ajuda da família descobre que sofre de apneia do sono e retrata com leveza e humor as dificuldades que o paciente enfrenta, desde a aceitação até a busca por ajuda especializada, apresentando opções disponíveis de diagnóstico e tratamento, e desmistificando o estigma associado à condição.

Ficha técnica:

Título: Mundo Sonolento

Elenco: (Vivi) Pamela Machado / (Fernando) Marcelo Laham / (Luca) Miguel Laham / (Sônia) Silvia Torres / (Participação especial) Lila

Roteiro colaborativo: ResMed / Téssia Mendes / Chelles & Hayashi Design

Direção, produção e edição: Pamella Machado

Arte, vinheta, efeitos visuais e finalização: Chelles & Hayashi Design

Conceito original, pesquisa e social media: Téssia Curadoria Digital

Embasamento clínico: ResMed

Trilha: áudio Jungle

Sobre a ResMed

A ResMed é a marca pioneira em soluções inovadoras que proporcionam qualidade de vida. A empresa apresenta tecnologias de saúde digital e dispositivos médicos conectados à nuvem que transformam a assistência das pessoas com apneia do sono, DPOC e outras doenças crônicas. Possui abrangentes plataformas de software fora do hospital, oferecendo suporte a profissionais e cuidadores que ajudam pacientes em suas casas ou instituição de saúde de preferência. Ao possibilitar uma melhor assistência, aprimoram a qualidade de vida, reduzindo o impacto da doença crônica e dos custos para clientes e serviços de saúde. Saiba mais em: https://www.resmed.com.br/

Referências:

1. Benjafield AV et al. Lancet Resp Med. 2019. 7(8): 687-698. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7007763/#R25

2. Knauert M e cols. World J Otorhinolaryngol Head Neck Surg.2015 Sep; 1(1): 17–27.

3. Lacasse Y e cols. European Respiratory Journal 2002 19: 499-503

4. Atomik Research. 2021. Disponível em: atomikresearch.co.uk

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Atividades produtivas de povos indígenas conservam de 114 milhões de árvores na Amazônia

Atividades produtivas de povos indígenas conservam de 114 milhões de árvores na Amazônia

Iniciativas de manejo sustentável de produtos da sociobiodiversidade fortalecem a proteção de 6 terras indígenas contribuindo para a captura de carbono

Por meio de iniciativas de manejo sustentável de produtos da sociobiodiversidade, os povos indígenas Apurinã, Paumari, Jamamadi e Deni, que vivem em 6 terras indígenas no sul e sudoeste do Amazonas, contribuíram, em 2021, para a conservação de um estoque de carbono equivalente a 114 milhões de árvores em pé. É o que mostra o relatório de quantificação de carbono das atividades do projeto Raízes do Purus, que apoia o manejo sustentável de pirarucu, castanha, copaíba e açaí, e implementação de Sistemas Agroflorestais nestes territórios, com patrocínio da Petrobras.

O documento, elaborado com o objetivo de avaliar as emissões e remoções de gases de efeito estufa (GEE) promovidas pelo projeto durante o ano passado, comprova a eficácia destas iniciativas para a proteção de terras indígenas, e para a mitigação da mudança climática. Estudos científicos desenvolvidos por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) mostram que, em média, uma floresta madura de terra firme, captura algo em torno de 500 quilos a 1 tonelada de carbono por hectare.

O estudo analisou 246 mil hectares de florestas onde ocorrem as atividades de manejo apoiadas pelo Raízes do Purus. “A ideia foi quantificar as emissões de gases efeito estufa que foram evitadas pelas ações de conservação do projeto, desenvolvidas por meio de vigilância, monitoramento territorial e proteção de ambientes aquáticos que são manejados. Esse conjunto de formação subsidia a avaliação de como está a saúde da região e da floresta e o quanto essas atividades contribuem para o benefício do clima”, afirma o autor do relatório e especialista em clima e ambiente, Rogério Ribeiro Marinho, da Universidade Federal do Amazonas.

O relatório estima, ainda, que durante os quatro anos em que o projeto será executado, entre 2021 e 2024, sejam removidos da atmosfera mais de 1 milhão de toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2e). O projeto contribui de forma direta e indireta na conservação de mais de 2,3 milhões de hectares de floresta amazônica.

Os valores utilizados como referência para o relatório de quantificação de carbono do Raízes do Purus foram baseados em dados georreferenciados (imagens de satélite e mapas temáticos), séries estatísticas e informações de literatura científica, seguindo as recomendações do Guia de Quantificação de Carbono de Projetos Socioambientais e as definições do Padrão VCS/VERRA (verified carbon standard).

Uso sustentável da floresta contribui para o aumento do estoque do carbono

O manejo sustentável de produtos da sociobiodiversidade, uma das principais estratégias do projeto Raízes do Purus, tem se mostrado um excelente aliado da conservação das terras indígenas. Isso porque toda a iniciativa deste tipo depende, em primeiro lugar, da organização coletiva das comunidades para vigiar seus territórios. “O manejo possibilitou que os povos indígenas envolvidos no projeto retomassem o controle sobre suas terras, impedindo atividades predatórias e expulsando invasores, com a vigilância feita pelas próprias comunidades”, explica Leonardo Kurihara, coordenador do Raízes do Purus.

Com sistemas de vigilância comunitários bem estruturados e comunidades engajadas na proteção dos territórios, os povos indígenas apoiados pelo Raízes do Purus estão conseguindo evitar o desmatamento dentro das terras indígenas, que tornam-se grandes reservas de carbono, e contribuem de forma importante para reduzir os impactos da mudança climática. Entre os anos de 2015 e 2020, a taxa de desmatamento na região do entorno destas terras indígenas foi de 502 hectares por ano, resultando em um volume médio de 235 mil toneladas de carbono emitidos para a atmosfera por ano.

O projeto desenvolve, junto com as comunidades, ações para garantir que as populações das terras indígenas tenham condições de manter a floresta em pé. “O desmatamento e as queimadas são as principais formas de agravar o aquecimento global e os efeitos dos gases de efeito estufa na atmosfera. As florestas costumam ser desmatadas com fogo, o que libera grandes quantidades de gás carbônico e reduz o número de árvores disponíveis para absorvê-lo por meio da fotossíntese. Então, quanto maior o número de árvores saudáveis em pé, maior será a quantidade de carbono armazenado na floresta e a sua capacidade de absorver o carbono da atmosfera. A coleta de castanha, o manejo do pirarucu, as atividades produtivas de maneira sustentável, todas elas dependem da floresta viva”, explica Gustavo Silveira, coordenador técnico da OPAN.

Sobre o Raízes do Purus

O projeto Raízes do Purus é uma iniciativa da OPAN, com patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, que visa a contribuir para a conservação da biodiversidade no sudoeste e sul do Amazonas, fortalecendo iniciativas de gestão e o uso sustentável dos recursos naturais das terras indígenas Jarawara/Jamamadi/Kanamanti, Caititu, Paumari do Lago Manissuã, Paumari do Lago Paricá, Paumari do Cuniuá e Banawa, na bacia do rio Purus, e Deni e Kanamari, no rio Juruá. www.raizesdopurus.com.br 

Sobre a OPAN

A OPAN foi a primeira organização indigenista fundada no Brasil, em 1969. Nos últimos anos, suas equipes vêm trabalhando em parceria com povos indígenas no Amazonas e em Mato Grosso, desenvolvendo ações voltadas para a garantia dos direitos dos povos, gestão territorial e busca de alternativas de geração de renda baseadas na conservação ambiental e no fortalecimento das culturas indígenas.

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Imposto de Renda 2022: FAE Centro Universitário oferece atendimento gratuito a contribuintes de Curitiba e São José dos Pinhais

Imposto de Renda 2022: FAE Centro Universitário oferece atendimento gratuito a contribuintes de Curitiba e São José dos Pinhais

Por meio do programa "Amansando o Leão", uma iniciativa do curso de Ciências Contábeis da FAE, em parceria com a Receita Federal através do Núcleo de Apoio Contábil e Fiscal (NAF) e do Núcleo de Extensão Universitária, a instituição esclarece dúvidas e oferece orientações sobre a declaração do IRPF para a comunidade

A fim de promover a inclusão social e fiscal dos contribuintes de Curitiba e São José dos Pinhais, a FAE Centro Universitário realiza, nos dias 1º, 2, 8 e 9 de abril, mais uma edição do programa Amansando o Leão, que oferece atendimentos gratuitos à comunidade sobre a Declaração de Imposto de Renda – Pessoa Física. As vagas, no entanto, são limitadas. O prazo para enviar a Declaração do Imposto de Renda 2022 à Receita Federal se encerra no dia 29 de abril.

O programa Amansando o Leão é uma iniciativa do curso de Ciências Contábeis da FAE Centro Universitário, em parceria com a Receita Federal por meio do Núcleo de Apoio Contábil e Fiscal (NAF) e do Núcleo de Extensão Universitária. Quem procura o programa pode solicitar orientação sobre assuntos fiscais em geral, mas nesta época as informações são exclusivamente referentes ao Imposto de Renda – Pessoa Física.

Diferentemente de 2021, quando o programa foi realizado no formato on-line, nesta edição os atendimentos voltam a ser presenciais em duas unidades: campus Curitiba e campus São José dos Pinhais. De acordo com a professora e coordenadora do curso de Ciências Contábeis e do Amansando o Leão, Alessandra Fernandes Bichof, a expectativa é realizar em torno de 300 atendimentos neste ano.

Para participar desta que é a 19ª edição do programa, é preciso atender a alguns critérios preestabelecidos (confira a relação completa abaixo), fazer a doação de 2kg de alimentos não perecíveis e agendar o atendimento pelo telefone 0800 727-4001. Lembrando que esta é uma ação acadêmica e de cunho social, realizada pelos alunos de Ciências Contábeis da FAE Centro Universitário, sob a supervisão de seus professores - uma forma também de inserir os estudantes no dia a dia da profissão.

Amansando o Leão 2022: critérios para participar

• Renda de até R$ 60.000,00/ano.

• Não vendeu bens no ano de 2021.

• Não operou na Bolsa de Valores.

• Não possui bens com valores superiores a R$ 300.000,00.

• Não teve ganhos com ações judiciais.

• Fazer a doação de 2kg de alimentos não perecíveis no campus Curitiba ou São José dos Pinhais, entre 1º de abril e a data do atendimento.

IR 2022: quem deve declarar?

O prazo para entregar a declaração do Imposto de Renda 2022 começou no dia 7 de março e se encerra no dia 29 de abril. Vale lembrar que a multa para quem não declarar o IR é de, no mínimo, R$165,74, mas pode variar até 20% do imposto devido, mais juros de mora. Quanto antes entregar, mais cedo a restituição (se houver) é paga.

A declaração é obrigatória nos seguintes casos:

• Todos os contribuintes que receberam rendimentos tributáveis superiores a R$ 28.559,70 no ano.

• Quem recebeu rendimentos isentos ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40.000,00.

• Quem obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores.

• Quem teve propriedade, em 31 de dezembro de 2021, de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300.000,00.

• Quem passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nessa condição se encontrava em 31 de dezembro de 2021.

• Relativamente à atividade rural: quem obteve receita bruta anual com valor superior a R$ 142.798,50.

• Quem tem renda superior a R$ 22.847,76 e recebeu auxílio emergencial no ano de 2021.

Serviço:

Amansando o Leão

Campus Curitiba:

01/04: das 14h às 18h

02/04: das 10h às 17h

08/04: das 14h às 18h

Campus São José dos Pinhais:

09/04: das 9h às 17h

Inscrições devem ser feitas pelo telefone 0800 727-4001.

Confira a relação completa de documentos necessários para declarar o Imposto de Renda 2022 em: https://fae.edu/noticias-e-eventos/evento/161376492/amansando-o-leao-.htm.

Lembrando que os atendimentos são gratuitos e estão sujeitos aos critérios do programa.

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O que mudou no consumidor pós-pandemia?

O que mudou no consumidor pós-pandemia?

Digitalização, experiência do cliente e diversificação de canais de vendas são os desafios das empresas para 2022

A pandemia da COVID-19 completa dois anos no Brasil. Em 2020, na segunda quinzena de março, o lockdown se instalou no país e mudou drasticamente o relacionamento do consumidor e as marcas. Hoje, com o avanço da vacinação e a vida voltando à normalidade, as empresas sabem que o modelo de negócio precisa se atualizar.

Segundo o especialista em marketing e negócios, Frederico Burlamaqui, o consumidor mudou, a revolução digital prevista para os próximos 10 anos aconteceu nos últimos dois anos e as empresas que não se adaptarem a esse novo perfil estão certamente fadadas ao fracasso. “Na compra online, o cliente não tem interação humana, mas precisa ser atraído e convencido da sua compra da mesma forma que uma loja física. A experiência do consumidor precisa ser completa, independente do canal que a compra for realizada”, afirma.

Burlamaqui aponta as principais tendências para atrair o novo consumidor e oferecer uma experiência de compras completa:

- Varejo Omnichannel: unifica os diferentes canais, físicos e digitais, buscando uma melhor experiência de compra. Aqui, é importante unificar todos os canais de vendas e setores da empresa, fazer análises constantes do trajeto do cliente dentro dos diferentes canais, e oferecer uma experiência completa, facilitada e ágil. O cliente pode comprar na loja e devolver o produto online, comprar online e trocar na loja, o importante é que esse processo seja facilitado, proporcionando uma experiência de compra satisfatória para o consumidor;

- Pagamento facilitado: oferecer diversos meios de pagamento faz com que a finalização da compra seja facilitada. É possível oferecer um desconto para pagamento por PIX, por exemplo, por meio de QRCode, fazendo com que a decisão do cliente seja rápida, e feche a compra antes mesmo de pensar em pegar os números do cartão;

- Lojas físicas: a compra presencial ainda apresenta inúmeras vantagens para o consumidor. O cliente sai com o produto em mãos, além de resolver problemas e sanar dúvidas sobre o produto ou serviço na hora. Aqui, é importante investir na qualidade e agilidade de atendimento, na curadoria de produtos e também na apresentação dos produtos e treinamento dos vendedores;

- Trabalhe seus canais de comunicação: o cliente pós-pandemia sabe, mais do que nunca, como pesquisar sobre a empresa. Esteja presente nas redes sociais, tenha um site bem estruturado, mantenha uma comunicação frequente com o cliente e ofereça a ele acesso a empresa: as avaliações são um termômetro importante na decisão de compra do consumidor;

- Invista no relacionamento com o cliente: muitos clientes de lojas físicas utilizam os canais digitais em outros momentos, especialmente no pós-vendas. Não deixe clientes sem respostas, e se preocupe com a solidez da marca e a reputação da empresa em todos os meios. Tenha canais de comunicação abertos e acessíveis, seja através de um email, redes sociais ou um telefone, sempre busque soluções para possíveis problemas e tenha certeza de que o problema do cliente foi resolvido.

O especialista lembra que conquistar o consumidor exige pesquisa, análise, investimento em treinamentos e tecnologia constantes. “O cliente precisa se sentir seguro, confiante e satisfeito com sua decisão de compra, independente do canal de venda escolhido. É preciso um planejamento estratégico e inteligente, dispondo de toda a tecnologia disponível hoje, para conquistar e fidelizar clientes”, finaliza.
Um levantamento da Neotrust, empresa responsável pelo monitoramento do e-commerce brasileiro, aponta um crescimento de 9% na receita do e-commerce, com faturamento recorde de R$ 174 bilhões em 2022. No ano passado, o e-commerce brasileiro apresentou crescimento de 26,9% em relação ao ano anterior.

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Entenda o que é o aneurisma de aorta e os riscos da doença  

Entenda o que é o aneurisma de aorta e os riscos da doença

Tabagismo, hipertensão e doenças congênitas são os principais fatores de risco

A aorta é a maior artéria do corpo humano, ela garante que o sangue bombeado pelo coração seja direcionado para o resto do corpo. Pense que para que o fluxo sanguíneo ocorra normalmente pelo corpo, é necessário que haja uma resistência das veias e artérias, senão, ele acumularia em determinadas regiões. Um exemplo seria a forma como a água que corre pelo encanamento das casas.

Conhecida como aneurisma de aorta, essa doença é caracterizada justamente pelo enfraquecimento e alargamento das paredes das artérias, permitindo que aconteçam acúmulos na região. Além disso, o evento mais complexo dessa condição é a ruptura da artéria afetada, causando uma hemorragia interna. Nesses casos, a taxa de mortalidade pode chegar a 97%.

Abaixo, o médico especializado em cirurgia vascular do Hospital Nove de Julho, Dr. Carlos André Vieira, responde cinco perguntas sobre o aneurisma de aorta. Confira:

1. Qual é a idade mais comum para o aneurisma de aorta aparecer?

R: Essa enfermidade atinge, principalmente, homens acima de 65 anos que fumam. A condição é relativamente frequente em adultos com idade superior a 50 anos, sendo uma estimativa de 4 a 7% no sexo masculino, e 1 no feminino.

Vale ressaltar que o aneurisma de aorta é a 10ª causa de mortalidade em homens acima de 55 anos.

2. Em quais regiões do corpo é possível encontrar essa doença?

R: O aneurisma de aorta é definido de acordo com a localização dele no corpo, se dividindo entre a região abdominal e torácica. Os casos da condição afeta mais a área abdominal, do que o tórax, embora as chances de ruptura do segundo tipo sejam maiores.

As duas categorias apresentam diferentes formações. Desta forma, elas mostram distinções estruturais em sua parede, no qual acredita-se que seja uma das causas da maior incidência de aneurismas abdominais. Já os aneurismas de aorta torácica são menos comuns, porém, costumam ser identificados acidentalmente na realização de exames, como: radiografia ou tomografia de tórax.

3. Como é o tratamento dessa enfermidade?

R: Na maioria das vezes, como se trata de uma condição assintomática, é essencial que o diagnóstico seja facilitado para que haja uma forma prática de identificar a doença. Porém, nos dias de hoje, em que a medicina baseada em evidência entrou em destaque, ainda não se tem uma resposta precisa de como rastrear essa doença de forma prática na população.

Um estudo publicado pelo The Journal Of Vascular Surgery, diz que existe uma recomendação para diminuir a taxa de mortalidade da doença. Trata-se da realização de uma ultrassonografia abdominal, ao menos uma vez na vida, por homens acima de 65 anos. Com esse exame é possível checar se ocorreu alguma alteração nas paredes da artéria.

4. Quais são os principais riscos do aneurisma de aorta?

R: Um dos riscos mais comuns do aneurisma de aorta é o tabagismo, somado a hipertensão, insuficiência renal, aterosclerose, doenças congênitas do tecido conjuntivo como Síndrome de Marfan, alguns tipos de infeção (aneurismas micóticos) e enfermidades inflamatórias nas paredes dos vasos sanguíneos. É preciso alertar que homens acima de 80 anos são os mais vulneráveis.

O tabagismo é o principal fator de risco associado à formação do aneurisma da aorta abdominal. Embora as pessoas fiquem anos sem fumar, existem efeitos que permanecem no corpo por muitos anos e continuam fazendo com que a artéria enfraqueça. Vários estudos inferem que alguma infecção viral ou bacteriana possa ser o gatilho para o início da doença.

Nesta condição, o maior risco é a ruptura, porém, existem outras preocupações também. Como se trata de uma dilatação na artéria, acontece uma mudança na velocidade e direcionamento do fluxo sanguíneo, fazendo com que, frequentemente, tenha trombos nas paredes arteriais, que podem obstruir a passagem do sangue. Estes são conhecidos como tromboses arteriais, causando dor aguda na região e até casos de amputação.

Por último, outro ponto importante, é como definir a probabilidade de acontecer uma ruptura na artéria. Ela está diretamente relacionada com o seu tamanho, aqueles com menos de 5 cm têm chance menor que 1%, enquanto aqueles com seis centímetros apresentam chance de cerca de 10% de romper o vaso sanguíneo a cada ano. Diâmetros maiores aumentam muito mais essa probabilidade.

5. Quanto aos tratamentos, quais são eles e como podem ser realizados?

R: O tratamento é realizado principalmente por meio de cirurgias que desviam o fluxo sanguíneo das artérias dilatadas , sem a necessidade de cortes e de forma indolor. Hoje, com a tecnologia e a presença de dispositivos cada vez mais adaptados à anatomia de cada paciente, é possível observar que a taxa de mortalidade operatória não ultrapassa 0,5%. Assim, os riscos de não fazer a cirurgia são muito maiores.
Nem todos os aneurismas devem ser operados, porque não são todos que apresentam risco de romper. É importante considerar o tamanho e a presença ou não de sintomas. Os pacientes com a doença devem ficar atentos para corrigir fatores de risco e acompanhar o crescimento com exames de imagem como ultrassonografia ou tomografia.

A operação não deve ser considerada cura da doença, mas sim de controle, pois pode haver casos de progressão, principalmente para aqueles que não mudaram o estilo de vida. O tratamento reduz drasticamente o risco de ruptura, mas, não necessariamente, o elimina.

Sobre o Dr. Carlos André Pereira Vieira

É médico com 15 anos de experiência (2007). Graduação em medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo (2002-2007), fez residência médica em Cirurgia Geral pela Irmandade Santa Casa de São Paulo (2008-2010) e residência em Cirurgia Vascular no Hospital do Servidor Público Estadual (IAMSPE) 2010-2012. Possui Título de Especialista pela SBACV em 2013. Foi médico titular em cirurgia vascular no Hospital Paulistano de 2012 a 2019. Atualmente, é médico titular no principal hospital do Grupo DASA em São Paulo (Hospital Nove de Julho). Atua em consultório próprio na realização de exames e consultas na Av. Paulista, 91, conj. 307.

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