Evento para CFO's discute sobre o metaverso e seus desafios jurídicos e tributários na nova tendência de mercado

Evento para CFO's discute sobre o metaverso e seus desafios jurídicos e tributários na nova tendência de mercado

Encontro do IBEF-PR recebe os especialistas Pedro Kayatt, Leonardo Clark, Caio Fiore e Thammy I. Marcato

Um dos temas que mais percorre o universo de marketing digital é como o metaverso está ganhando espaço em empresas tradicionais e inovadoras. O termo associado a uma ampliação da realidade virtual e aumentada, está proporcionando experiências mais completas de interação social, negociações, assuntos governamentais, atividades de lazer e entretenimento, por exemplo. Para orientar os executivos de finanças do Paraná sobre a nova tendência do mercado, o Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças - IBEF-PR promove nesta quinta-feira (24) o evento do Comitê Tributário e Empresarial trazendo informações tributárias e jurídicas desta nova realidade.

Apesar da sua recente disseminação, o termo metaverso é um conceito antigo, que nasceu em um livro de ficção científica, no ano de 1992. Recentemente tomou grandes proporções na mídia, com a mudança do nome da empresa Facebook para Meta. Em novembro de 2021, quando foi anunciada a mudança de nome, o termo “metaverso” alcançou o índice 100 do Google Trends, o mais alto pico na avaliação de popularidade do termo.

“Cada vez mais o metaverso vai fazer parte dos negócios, seja por meio de eventos virtuais, que possibilitarão experiências reais e únicas, ou ao encontrar-se com clientes, parceiros ou fornecedores em um espaço comum, independente da distância física”, avalia Ricardo Pereira, presidente do IBEF-PR.

Para discutir as novidades dessa ferramenta e como ela impacta o campo jurídico e tributário dos negócios, o IBEF-PR convidou Pedro Kayatt, fundador da VR Monkey, Leonardo Clark, sócio do escritório Gaia, Silva, Gaede e Associados, Caio Fiore, strategic foresight lead da KPMG, e Thammy I. Marcato, sócia-diretora de Innovation e Digital Trasnformation da KPMG, para a troca de ideias com os executivos de finanças. “Nossa nova realidade é cada vez mais digital e as conexões e relações de trabalho cada vez mais híbridas, por isso veremos uma grande evolução nas formas de comunicação, de videochamadas, ligações e áudios que conhecemos hoje, para encontros, eventos e reuniões com presenças virtuais. Isso poderá trazer implicações em diversos âmbitos da empresa. Os CFOs e CEOs terão que estar preparados para dar segurança administrativa, operacional e jurídica para as corporações”, ressalta o presidente do IBEF-PR.

As inscrições para o evento do Comitê Tributário e Empresarial com o tema “Metaverso: Investimento na Nova Tendência de Mercado – Desafios Jurídicos e Tributários” já estão abertas para associados e não associados. O encontro será em formato hibrido, com transmissão online, ao vivo e vagas presenciais, no dia 24 de março, das 18h30 às 20h45. As inscrições são limitadas e gratuitas para associados do IBEF-PR, para os demais interessados R$100 presencial e R$50 na modalidade online. A iniciativa recebe o patrocínio de Gaia, Silva e Gaede Advogados, PwC Brasil, Valore Elbrus e Laclaw.

SOBRE O IBEF PR

O Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças – IBEF Paraná é uma instituição sem fins lucrativos, que congrega executivos de finanças dos vários segmentos da atividade econômica do Paraná: executivos das áreas de indústria, comércio, consultorias, empresas de serviços, auditorias, instituições financeiras (bancárias e não-bancárias) e instituições governamentais.
Através de seus comitês de Finanças, Compliance e Riscos, Tributário e Empresarial, Inovação e Desenvolvimento de Lideranças, o IBEF-PR realiza vários eventos, discussões e compartilha conhecimento para contribuir com o desenvolvimento dos profissionais de finanças do Paraná.
Acompanhe o IBEF-PR através do site e de suas redes sociais, participe dos eventos e encontros e saiba como fazer parte dessa comunidade.

Serviço:

Metaverso: Investimento na Nova Tendência de Mercado – Desafios Jurídicos e Tributários

Data: 24 de março de 2022

Programação

Presencial

18h30 | Welcome Coffee e Networking

19h00 | Abertura

20h45 | Encerramento

Online

19h00 | Abertura

20h45 | Encerramento

Inscrições: https://www.ibefpr.com.br/

Valores: Gratuito para associados / Não associados R$ 100,00 presencial e R$ 50,00 online

Vagas limitadas

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O controle das finanças não é igual para todos e deve ser analisado individualmente

O controle das finanças não é igual para todos e deve ser analisado individualmente

Thiago Martello, fundador da Martello Educação Financeira, revela as principais dúvidas de grande parte da população endividada, além de apontar possíveis soluções financeiras

A crise estabelecida pela pandemia abalou não só a economia, mas também o mercado de trabalho. Com o desemprego e informalidade crescentes, famílias passaram a conviver com uma renda mensal de até dois salários-mínimos, considerada baixa diante do cenário econômico atual, de inflação e juros altos. Isso faz com que muitas pessoas enfrentem um desafio diário: o controle das finanças.

Dados levantados pelo IBGE revelam que o Brasil, atualmente, possui mais de 30,2 milhões de trabalhadores remunerados com um salário-mínimo por mês. Este é o percentual mais alto já apurado desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), em 2012.

De acordo com Thiago Martello, fundador da Martello Educação Financeira, mesmo que seja difícil não contrair dívidas nesse momento, é possível manter as finanças em dia a partir de uma boa administração dos recursos. “Estabelecer percentuais para cada conta, como se fosse uma receita de bolo que serve para qualquer realidade, não é uma prática financeira saudável, principalmente porque não leva em conta a realidade da família, seus hábitos e motivadores. O resultado obtido com o dinheiro que você tem é uma consequência do seu próprio comportamento, portanto, o melhor caminho para começar esse processo é esquecer as planilhas e buscar conhecimento sobre si mesmo”, revela.

Para o especialista, realidades diferentes pedem um planejamento financeiro personalizado. “Um jovem solteiro que mora com os pais, não tem contas para pagar e recebe um salário de R$ 1.500,00, pode viver tranquilamente com uma divisão de 30% manutenção do custo de vida e contas do dia a dia, 40% para estudos, 20% para lazer e 10% para investimentos, por exemplo. No entanto, quando falamos da mesma quantia para um pai de família, que paga aluguel e tem outras prioridades, esse cenário muda radicalmente”, pondera.

Ao identificar essas características, é possível criar um controle de finanças eficaz e que faça sentido para cada indivíduo. “Não é adequado dizer para uma pessoa o quanto ela deve gastar com a moradia e alimentação de sua família. O que deve ser feito, de forma saudável, é entender o potencial de cada um, trazer consciência e autoconhecimento para que ele tenha um padrão de vida de acordo com a sua realidade e, assim, extrair o melhor resultado disso”, relata Martello.

Parcelar compras grandes pode parecer uma solução momentânea, mas de acordo com o educador financeiro, é necessário ter cautela para não acumular dívidas no futuro. “Dados revelam que 82% da população brasileira tem o hábito de fazer compras parceladas, com boa parte desse público acreditando que comprar parcelado ou à vista é a mesma coisa, tendo diferença apenas na data da fatura, o que não é verdade. Comprar e parcelar o pagamento é um passo para grandes problemas futuros, principalmente pela imprevisibilidade da vida”, alerta.

Embora seja uma prática cada vez menos usada, pedir descontos na hora de realizar uma compra ou solicitar um serviço pode aliviar as contas no fim do mês. “Dependendo da forma de pagamento, o desconto pode se tornar viável para ambas as partes. Quando o pagamento é à vista, seja em dinheiro ou via PIX, o poder de barganha nesse sentido aumenta. Também é válido pedir descontos nos serviços de uso recorrente, como telefone, internet, TV a cabo e até mesmo aluguel, pois na maioria dos casos o prestador de serviços quer continuar com um bom relacionamento”, finaliza.

Sobre a Martello Educação Financeira

Criada em 2015, a Martello Educação Financeira é uma fintech e edtech que oferece planejamento financeiro com uma metodologia própria e inovadora, por meio de cursos, mentorias e diagnósticos para melhorar o relacionamento do cliente com seu dinheiro. Já realizou mais de mil atendimentos e possui mais de 500 alunos. Saiba mais em: martelloef.com.br/ 

Sobre Thiago Martello

Apaixonado por finanças, Thiago é administrador de formação, pós-graduado pela FGV, especialista e agente autônomo de investimentos, além de atuar como educador e planejador financeiro desde 2015. Ele começou a trajetória aos nove anos, vendendo balas no farol perto de casa e hoje já mudou a vida de mais de mil pessoas através de uma metodologia exclusiva, simples e divertida e que transformou a vida de muitas famílias. Com bom humor, ele mostra que é possível organizar as contas de forma prática e dar uma "martellada" definitiva na desordem financeira. Para sabe mais, acesse https://martelloef.com.br/

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Websérie inédita com Marcelo Laham alerta sobre apneia do sono

Websérie inédita com Marcelo Laham alerta sobre apneia do sono

Criada pela ResMed, lançada em 18 de março, Dia Mundial do Sono, com o objetivo de conscientizar a população sobre riscos e tratamento da apneia do sono

“Mundo Sonolento” é a websérie em 8 episódios, estrelada por Marcelo Laham e Pamella Machado, que retrata a descoberta e a jornada de tratamento de um paciente com apneia do sono (AOS), um problema comum na população adulta e que pode afetar até 25 milhões de brasileiros segundo estudo de prevalência em 2019.1

Todos os episódios foram lançados no dia 18 de março, em celebração ao Dia Mundial do Sono, e transmitidos no canal de YouTube da ResMed - marca pioneira em soluções inovadoras de saúde digital e dispositivos médicos conectados à nuvem, e disponibilizados em seu site institucional https://www.resmed.com.br/.

“A proposta da ResMed com a websérie é levar conscientização sobre a importância do sono e o alerta sobre distúrbios respiratórios do sono como a AOS que podem afetar a saúde do indivíduo e sua qualidade de vida”, explica Claudia Albertini, Gerente Clínica de Marketing da ResMed LATAM e South Asia.2,3

O enredo aponta que um dos indicativos da apneia pode ser o ronco, ignorado por muitos ou até visto erroneamente como sinal de boa qualidade de sono conforme encontrado em 40% dos entrevistados em pesquisa da ResMed realizada com 17.040 pessoas (entre jovens adultos e idosos) pela agência Atomik Research no Brasil, Japão, China, Coreia, Índia e México em 2020.4

A trama conta a história de uma personagem que com a ajuda da família descobre que sofre de apneia do sono e retrata com leveza e humor as dificuldades que o paciente enfrenta, desde a aceitação até a busca por ajuda especializada, apresentando opções disponíveis de diagnóstico e tratamento, e desmistificando o estigma associado à condição.

Ficha técnica:

Título: Mundo Sonolento

Elenco: (Vivi) Pamela Machado / (Fernando) Marcelo Laham / (Luca) Miguel Laham / (Sônia) Silvia Torres / (Participação especial) Lila

Roteiro colaborativo: ResMed / Téssia Mendes / Chelles & Hayashi Design

Direção, produção e edição: Pamella Machado

Arte, vinheta, efeitos visuais e finalização: Chelles & Hayashi Design

Conceito original, pesquisa e social media: Téssia Curadoria Digital

Embasamento clínico: ResMed

Trilha: áudio Jungle

Sobre a ResMed

A ResMed é a marca pioneira em soluções inovadoras que proporcionam qualidade de vida. A empresa apresenta tecnologias de saúde digital e dispositivos médicos conectados à nuvem que transformam a assistência das pessoas com apneia do sono, DPOC e outras doenças crônicas. Possui abrangentes plataformas de software fora do hospital, oferecendo suporte a profissionais e cuidadores que ajudam pacientes em suas casas ou instituição de saúde de preferência. Ao possibilitar uma melhor assistência, aprimoram a qualidade de vida, reduzindo o impacto da doença crônica e dos custos para clientes e serviços de saúde. Saiba mais em: https://www.resmed.com.br/

Referências:

1. Benjafield AV et al. Lancet Resp Med. 2019. 7(8): 687-698. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7007763/#R25

2. Knauert M e cols. World J Otorhinolaryngol Head Neck Surg.2015 Sep; 1(1): 17–27.

3. Lacasse Y e cols. European Respiratory Journal 2002 19: 499-503

4. Atomik Research. 2021. Disponível em: atomikresearch.co.uk

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Afinal de contas, o que NÃO é o Metaverso?

Afinal de contas, o que NÃO é o Metaverso?

Sim, você leu certo. Segundo o mundo da tecnologia, ainda é difícil dizer exatamente o que é o Metaverso, mas já é totalmente possível explicá-lo por meio do que ele NÃO é

Graças às novas tecnologias e, vamos ser justos, ao Facebook, o Metaverso deixou de ser algo reservado ao mundo restrito e especializado da tecnologia agora virou conversa de elevador. “Estamos nos habituando cada vez mais ao termo Metaverso, mas poucos de nós têm a exata noção do que ele é”, explica Guilherme Stella, fundador da TrackFY, empresa especializada em soluções de mapeamento digital.

Recém-chegado da Geoweek Denver, uma das maiores feiras do mundo de mapeamento digital e tecnologia tridimencional, onde se deparou com vários debates sobre o Metaverso, Stella enfatiza: “é difícil, ainda, definir o que o Metaverso é. Mais fácil, nesse sentido, seria dizer o que ele NÃO é. E aí, sim, podemos começar a desenhar um universo mais próximo do que efetivamente já existe”.

Já existem vários próprios conceitos formados e, para complicar, também existem milhares de definições e descrições muito distintas, umas das outras, na internet. “O Facebook deu um passo à frente ao jogar luz sobre tema e popularizar o assunto, mas “por ser uma ferramenta ainda em estágio embrionário de desenvolvimento, seu conceito e sua usabilidade estão longe de uma definição conclusiva”, lembra Stella.

Para Guilherme, falar sobre o que o Metaverso NÃO é, pode ser um caminho mais assertivo para compreendê-lo. Nesse sentido, o que não é Metaverso?

• Games e conteúdos tridimensionais (Second Life, Minecraft, CS ou qualquer MMO);

• Experiências virtuais (realidade virtual, aumentada e mista;

• Streaming virtual (IOT – internet das coisas e streaming de eventos virtuais).

O que os três têm em comum? São aleatórios, têm começo e fim, e uma atuação limitada do usuário. Todos são experiências virtuais, isso não podemos negar. Mas não são o Metaverso. “O Metaverso é uma realidade paralela e contínua na qual as experiências acontecem”, explica Guilherme. Ele lembra também que a autonomia e a amplitude de ação do usuário dentro do Metaverso podem ser infinitas, assim como no mundo real e não limitada a um universo com começo e fim como acontece em games e experiências virtuais pontuais.

Porém, ele complementa: “apesar desses elementos e experiências não representarem por completo o Metaverso, não significa que não estarão presentes no mesmo, pelo contrário. O Metaverso é um streaming continuo, de ambientes virtuais cheios de conteúdos tridimensionais”.

Apesar de Mark Zuckerberg ter sido pioneiro ao apresentar massivamente esse novo universo ao mundo, o Metaverso não será uma propriedade privada, mas, sim, um novo sistema de protocolo global, de computadores interconectados que criam uma infinita rede de informação. “O Metaverso é a evolução da internet”, finaliza Guilherme.

Sobre a TrackFY

A TrackFY é uma empresa brasileira especializada em soluções de mapeamento e rastreamento tridimensional para os segmentos de saúde, construção, engenharia reversa, mineração e topografia, além de automação automotiva. Com mais de 300 clientes, entre eles empresas como Andrade Gutierrez, Loft, Votorantin, , AACD e Tecfit, a empresa é uma das líderes nacionais em vendas de sensores 3D de pequeno porte e representa com exclusividade na América Latina alguns dos maiores fabricantes mundiais no desenvolvimento de tecnologia para digitalização 3D, como Occipital Inc., Gexcel e Cepton.

Saiba mais em: www.trackfy.tech 

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Atividades produtivas de povos indígenas conservam de 114 milhões de árvores na Amazônia

Atividades produtivas de povos indígenas conservam de 114 milhões de árvores na Amazônia

Iniciativas de manejo sustentável de produtos da sociobiodiversidade fortalecem a proteção de 6 terras indígenas contribuindo para a captura de carbono

Por meio de iniciativas de manejo sustentável de produtos da sociobiodiversidade, os povos indígenas Apurinã, Paumari, Jamamadi e Deni, que vivem em 6 terras indígenas no sul e sudoeste do Amazonas, contribuíram, em 2021, para a conservação de um estoque de carbono equivalente a 114 milhões de árvores em pé. É o que mostra o relatório de quantificação de carbono das atividades do projeto Raízes do Purus, que apoia o manejo sustentável de pirarucu, castanha, copaíba e açaí, e implementação de Sistemas Agroflorestais nestes territórios, com patrocínio da Petrobras.

O documento, elaborado com o objetivo de avaliar as emissões e remoções de gases de efeito estufa (GEE) promovidas pelo projeto durante o ano passado, comprova a eficácia destas iniciativas para a proteção de terras indígenas, e para a mitigação da mudança climática. Estudos científicos desenvolvidos por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) mostram que, em média, uma floresta madura de terra firme, captura algo em torno de 500 quilos a 1 tonelada de carbono por hectare.

O estudo analisou 246 mil hectares de florestas onde ocorrem as atividades de manejo apoiadas pelo Raízes do Purus. “A ideia foi quantificar as emissões de gases efeito estufa que foram evitadas pelas ações de conservação do projeto, desenvolvidas por meio de vigilância, monitoramento territorial e proteção de ambientes aquáticos que são manejados. Esse conjunto de formação subsidia a avaliação de como está a saúde da região e da floresta e o quanto essas atividades contribuem para o benefício do clima”, afirma o autor do relatório e especialista em clima e ambiente, Rogério Ribeiro Marinho, da Universidade Federal do Amazonas.

O relatório estima, ainda, que durante os quatro anos em que o projeto será executado, entre 2021 e 2024, sejam removidos da atmosfera mais de 1 milhão de toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2e). O projeto contribui de forma direta e indireta na conservação de mais de 2,3 milhões de hectares de floresta amazônica.

Os valores utilizados como referência para o relatório de quantificação de carbono do Raízes do Purus foram baseados em dados georreferenciados (imagens de satélite e mapas temáticos), séries estatísticas e informações de literatura científica, seguindo as recomendações do Guia de Quantificação de Carbono de Projetos Socioambientais e as definições do Padrão VCS/VERRA (verified carbon standard).

Uso sustentável da floresta contribui para o aumento do estoque do carbono

O manejo sustentável de produtos da sociobiodiversidade, uma das principais estratégias do projeto Raízes do Purus, tem se mostrado um excelente aliado da conservação das terras indígenas. Isso porque toda a iniciativa deste tipo depende, em primeiro lugar, da organização coletiva das comunidades para vigiar seus territórios. “O manejo possibilitou que os povos indígenas envolvidos no projeto retomassem o controle sobre suas terras, impedindo atividades predatórias e expulsando invasores, com a vigilância feita pelas próprias comunidades”, explica Leonardo Kurihara, coordenador do Raízes do Purus.

Com sistemas de vigilância comunitários bem estruturados e comunidades engajadas na proteção dos territórios, os povos indígenas apoiados pelo Raízes do Purus estão conseguindo evitar o desmatamento dentro das terras indígenas, que tornam-se grandes reservas de carbono, e contribuem de forma importante para reduzir os impactos da mudança climática. Entre os anos de 2015 e 2020, a taxa de desmatamento na região do entorno destas terras indígenas foi de 502 hectares por ano, resultando em um volume médio de 235 mil toneladas de carbono emitidos para a atmosfera por ano.

O projeto desenvolve, junto com as comunidades, ações para garantir que as populações das terras indígenas tenham condições de manter a floresta em pé. “O desmatamento e as queimadas são as principais formas de agravar o aquecimento global e os efeitos dos gases de efeito estufa na atmosfera. As florestas costumam ser desmatadas com fogo, o que libera grandes quantidades de gás carbônico e reduz o número de árvores disponíveis para absorvê-lo por meio da fotossíntese. Então, quanto maior o número de árvores saudáveis em pé, maior será a quantidade de carbono armazenado na floresta e a sua capacidade de absorver o carbono da atmosfera. A coleta de castanha, o manejo do pirarucu, as atividades produtivas de maneira sustentável, todas elas dependem da floresta viva”, explica Gustavo Silveira, coordenador técnico da OPAN.

Sobre o Raízes do Purus

O projeto Raízes do Purus é uma iniciativa da OPAN, com patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, que visa a contribuir para a conservação da biodiversidade no sudoeste e sul do Amazonas, fortalecendo iniciativas de gestão e o uso sustentável dos recursos naturais das terras indígenas Jarawara/Jamamadi/Kanamanti, Caititu, Paumari do Lago Manissuã, Paumari do Lago Paricá, Paumari do Cuniuá e Banawa, na bacia do rio Purus, e Deni e Kanamari, no rio Juruá. www.raizesdopurus.com.br 

Sobre a OPAN

A OPAN foi a primeira organização indigenista fundada no Brasil, em 1969. Nos últimos anos, suas equipes vêm trabalhando em parceria com povos indígenas no Amazonas e em Mato Grosso, desenvolvendo ações voltadas para a garantia dos direitos dos povos, gestão territorial e busca de alternativas de geração de renda baseadas na conservação ambiental e no fortalecimento das culturas indígenas.

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