Em busca de novas formas de prazer: 85% dos assinantes de plataforma de áudios eróticos são mulheres  

Em busca de novas formas de prazer: 85% dos assinantes de plataforma de áudios eróticos são mulheres

A Tela Preta foi criada em abril de 2020, e já possui mais de 150 contos disponíveis na plataforma com temas variados e que exploram todo tipo de situação e fantasia, desde uma transa com o entregador de aplicativo ou até mesmo masturbação guiada

Se antes ainda era um tabu para elas afirmarem publicamente que utilizam produtos eróticos, hoje as mulheres falam sobre o assunto abertamente nas mídias sociais e até mostram quais são os produtos que elas mais gostam. Com a pandemia, o assunto ficou ainda mais em evidência, já que elas decidiram explorar novas formas de prazer através de sex toys. De acordo com uma pesquisa feita pela plataforma de informações Mercado Erótico, na pandemia, 66% dos atendimentos que foram feitos em lojas virtuais e físicas foram direcionados ao público feminino.

“Antes existia aquela preocupação com o que as pessoas iriam achar se vissem uma mulher entrando em uma sex shop ou então se descobrissem que ela tem um vibrador ao lado da cama”, afirma Laís Conter, uma das criadoras da primeira plataforma de áudios eróticos do Brasil, a Tela Preta. Antes mesmo da criação da plataforma, Laís já andava pelas ruas de Porto Alegre em 2018 e colava adesivos provocativos. O projeto batizado de Me Lambe começou com a ideia de ser um perfil nas redes sociais que falasse sobre sexo de forma natural.

O projeto deu tão certo que o perfil se tornou um espaço para explorar o universo da sexualidade e uma forma de incentivar a participação das mulheres em debates sobre o assunto. Por conta da grande repercussão, o perfil que já possui mais de 300 mil seguidores ainda conta com uma loja online e até mesmo fez com que Laís escrevesse um livro sobre memórias afetivas e sexuais. “O prazer sexual é capaz de melhorar a saúde e a qualidade de vida das mulheres, então não faz sentido evitar falar sobre o assunto nos dias de hoje”, explica Laís.

Em abril de 2020, Laís e os empreendedores Fábio Chap, Guilherme Nakata e Samuel Aguiar decidiram criar a Tela Preta. A ideia da plataforma de áudios eróticos surgiu após Chap escrever e narrar contos eróticos nas redes sociais. Por conta da repercussão positiva, ele se juntou com os três sócios e deu início ao projeto no ano passado. “Muitas mulheres se sentem mais excitadas ouvindo um conto erótico do que um vídeo adulto, pois o conto é algo que instiga a imaginação, cria um clima mais intimista, já o vídeo atrai mais os homens, que são mais visuais”, ressalta Laís.

Tanto que, 85% dos assinantes da Tela Preta são mulheres, e 15% homens. A maioria dos contos são voltados para mulheres. E para atender essa demanda, 90% dos funcionários da startup são mulheres (contando ilustradoras, narradoras e outras funções). A faixa etária das ouvintes ficam entre 20 e 50 anos. O conto que mais fez sucesso entre elas até o momento é o “Pra Ela”, narrado pelo Fábio Chap. “Nós também criamos contos personalizados de acordo com as fantasias dos clientes por R$597”, diz Laís.

Já são mais de 150 contos disponíveis na plataforma com temas variados e que exploram todo tipo de situação e fantasia, desde uma transa com o entregador de aplicativo ou até mesmo masturbação guiada. Outro ponto importante é que a Tela Preta prioriza a diversidade, então é possível ouvir diferentes sotaques de diversas regiões do país, além dos áudios não terem descrição física, ou seja, qualquer um pode se imaginar dentro das histórias. “Nosso objetivo é proporcionar orgasmos inesquecíveis através de uma nova maneira de sentir prazer”, finaliza Laís.

Sobre a Tela Preta

Iniciada em abril de 2020, a startup Tela Preta é a primeira plataforma de áudios eróticos do Brasil. A ideia surgiu após Fábio Chap publicar em grupos de redes sociais contos eróticos narrados por ele. Enxergando uma grande oportunidade de empreendimento, o programador Samuel Aguiar propôs a Fábio criar uma plataforma digital para rentabilizar os áudios. Fábio chamou o produtor de áudio Guilherme Nakata e a designer e criadora de conteúdo Laís Conter para reforçar o time que viria a formar a Tela Preta. A plataforma foi batizada com esse nome pois no momento das gravações dos contos, Fábio colocava uma fita isolante na câmera do celular.

Saiba mais em https://prazer.telapreta.app/

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Defensoria pública: como fazer carreira na área?

Defensoria pública: como fazer carreira na área?

Futuros profissionais precisam de preparo jurídico específico e de sensibilidade para temas complexos da sociedade

É direito de todo cidadão brasileiro o acesso à Defensoria Pública, instituição de Estado cujo objetivo é prestar atendimento jurídico integral e gratuito às pessoas necessitadas. Quem tem interesse em seguir essa área deve prestar concurso público, mas a prova é apenas uma das etapas para ingressar e ser bem sucedido na carreira.

"Os cargos para a Defensoria Pública, seja na União ou nos Estados, são preenchidos por meio de concursos públicos e o candidato precisa comprovar seus títulos, além de fazer várias provas. Há a exigência de um mínimo de atuação jurídica, geralmente de três anos, e curso superior em Direito, além de ter sido aprovado no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)", explica Helcio Kronberg, presidente do Instituto Pan-Americano de Ensino e Treinamento Telepresencial (IPETT), mantenedora da Faculdade Pan-Americana de Administração e Direito, que fornece os cursos nas duas áreas com ênfase em carreiras públicas.

Kronberg lembra que em geral os concursos são compostos por três fases: prova escrita objetiva, prova escrita subjetiva e prova oral, sobre os mais variados temas do Direito. Os candidatos ainda devem construir defesas em júri simulado, de acordo com o proposto pela banca. A primeira e a segunda fase são realizadas nas capitais dos estados e a última no Distrito Federal.

"São processos bastante complexos que exigem um nível de preparo intenso e especializado. Quem deseja entrar nessa área precisa se dedicar ao máximo para garantir não apenas uma boa pontuação, mas uma clareza acerca da importância desse trabalho na sociedade brasileira”, diz.

A carreira depois da aprovação

Na visão de Kronberg, para ser um defensor público o profissional precisa ser sensível ao que ocorre na sociedade. "No dia a dia ele irá lidar com casos complexos e variados, que exigem sociabilidade. Um defensor público é um agente de melhorias para o Brasil por representar pessoas com menos condições e em situações de vulnerabilidade”, esclarece.

O defensor público tem sua carreira dividida em três categorias de cargos efetivos: a inicial (segunda categoria), a intermediária (primeira categoria) e a especial, para quem já atua na classe final da carreira.

"A segunda categoria tem atuação junto aos Juízos Federais, às Juntas de Conciliação e Julgamento, às Juntas e aos Juízes Eleitorais, aos Juízes Militares, nas Auditorias Militares, ao Tribunal Marítimo e às instâncias administrativas. Já a primeira categoria atua junto aos Tribunais Regionais Federais, aos Tribunais Regionais do Trabalho e aos Tribunais Regionais Eleitorais", explica Kronberg.

A categoria especial são os componentes da classe final da carreira e atuam junto aos tribunais superiores, instância final do judiciário, sendo Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao Superior Tribunal Militar (STM) e nas Turmas Nacionais de Uniformização dos Juizados Especiais Federais (JEFs).

O salário de um defensor público varia de acordo com cada estado. Este valor pode estar entre R$ 16 mil e R$ 25 mil, dependendo das atribuições.

Sobre Helcio Kronberg

Helcio Kronberg, 22 anos de experiência na área educacional, notadamente no ensino à distância, com formação nas áreas de Direito e Administração. Possui graduação, especializações e mestrado em Administração e Direito, além de Doutorando em Direito. Dirigente de instituição de Ensino Superior e docente da Faculdade Pan-Americana de Administração e Direito. É autor de vários livros, além de jurisconsulto com várias titulações acadêmicas. Acesso em https://www.fapad.edu.br/

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Instituto Ronald McDonald já apoiou mais de 3 milhões de crianças e adolescentes com câncer no país

Instituto Ronald McDonald já apoiou mais de 3 milhões de crianças e adolescentes com câncer no país

Iniciativas contam com recursos gerados pelo McDia Feliz, promovido pelo McDonald's

No Brasil, o câncer é a doença que mais mata na faixa etária de 1 a 19 anos, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A cada hora, no país, surge um novo caso de câncer em crianças e adolescentes. No atual cenário da pandemia da Covid-19, o dado se torna ainda mais alarmante visto que pacientes oncológicos costumam apresentar imunossupressão, seja pela própria doença, seja pelo tratamento, o que os tornam mais suscetíveis a infecções, e não podem interromper o tratamento oncológico.

Ao longo de mais de 22 anos de atuação, o Instituto Ronald McDonald já beneficiou 1.624 projetos de 108 instituições em todo o Brasil, impactando mais de 3 milhões de crianças e adolescentes com câncer diretamente e mais 10 milhões indiretamente, além de 27 mil profissionais e estudantes de saúde capacitados em diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil.

Para isso, o Instituto atua em quatro frentes:

• Programa Casas Ronald McDonald, com o conceito de ser “uma casa longe de casa” para crianças e adolescentes com câncer e seus familiares que estão em tratamento fora de suas cidades de origem, oferecendo gratuitamente hospedagem, alimentação, transporte e suporte psicossocial. Atualmente, no país, existem sete casas em operação;

• Programa Diagnóstico Precoce, que visa a capacitação de profissionais da Atenção Básica de Saúde, pediatras da rede SUS e privada, além de estudantes de medicina e de enfermagem, sobre conhecimentos a respeito do câncer infantojuvenil para a suspeita precoce da doença em crianças e adolescentes no Brasil. Em 12 anos de programa, mais de 27 mil profissionais de saúde e cerca de 800 estudantes de medicina e enfermagem já foram capacitados por meio do programa, impactando mais de 10 milhões de crianças e adolescentes em todo o Brasil;

• Programa Espaços da Família Ronald McDonald, que oferece um ambiente humanizado, reduzindo o desgaste dos pacientes e suas famílias durante o tratamento e, consequentemente, diminuindo o abandono da terapia. Hoje, estão em operação espaços em seis hospitais do Brasil;

• Programa Atenção Integral, que tem como objetivo destinar recursos a ações prioritárias no combate ao câncer infantojuvenil no Brasil, antes, durante e após o tratamento oncológico, promovendo a estruturação, compra de equipamentos e humanização de hospitais pelo país para o tratamento de qualidade, além de iniciativas de suporte psicossocial para os pacientes e suas famílias.

“É extremamente gratificante olhar os resultados que alcançamos durante esses anos de trabalho e o impacto que promovemos a essas famílias. Graças ao apoio de tantas pessoas, empresas e instituições, conseguimos mudar a vida e levar esperança para milhares de crianças, adolescentes em todo o Brasil.”, afirma Bianca Provedel, Diretora Executiva do Instituto Ronald McDonald.

Todos os programas realizados pelo Instituto Ronald McDonald recebem recursos do McDia Feliz, considerada uma das principais campanhas do país em arrecadação de fundos para causas infantojuvenis, que desde 1988 já arrecadou mais de R$ 300 milhões. Na última edição, a verba beneficiou 68 projetos de 59 instituições que atuam com oncologia pediátrica que fazem parte da rede liderada pelo Instituto em 21 estados brasileiros e mais o Distrito Federal, impactando mais de 154 mil crianças e jovens em todo o país. A edição deste ano está confirmada para 23 de outubro, quando toda a renda gerada com as vendas de sanduíches Big Mac nos restaurantes participantes McDonald’s de todo Brasil será revertida para a campanha. Já é possível adquirir tíquetes antecipados, para serem trocados no dia do evento, no site www.mcdonalds.com.br/mcdia-feliz ou www.mcdiafeliz.org.br.

O McDia Feliz é promovido pelo McDonald’s, que é operado na América Latina e Caribe pela Arcos Dorados. A iniciativa faz parte da estratégia de atuação ESG da companhia, chamada Receita do Futuro. “A oncologia infantojuvenil é um tema extremamente importante, que merece uma atenção ainda maior nesse momento delicado de pandemia. Contamos com o envolvimento de toda a sociedade para continuar fazendo a diferença no tratamento de milhares de crianças e jovens anualmente”, comenta Paulo Camargo, Presidente da Divisão Brasil da Arcos Dorados.

Membro da Comissão Médica do Instituto Ronald McDonald, a oncologista pediátrica Dra. Teresa Fonseca destaca que o trabalho do Instituto modificou a realidade da criança com câncer no Brasil, atuando com instituições de todas as regiões do país por meio de ações de estruturação de serviços de tratamento e as casas de apoio, além de campanhas de diagnóstico precoce e apoio aos protocolos nacionais de tratamento através da Central Informatizada da Sociedade Brasileira de oncologia Pediátrica.

"Todas estas ações impactaram na melhoria do atendimento da criança com câncer, contribuindo com as taxas de cura e na qualidade de vida destas crianças e seus familiares. Tenho orgulho de ter o Instituto Ronald McDonald como instituição parceira em diversos projetos sociais, conhecendo o quanto a organização foi e continuará sendo importante para um número expressivo de crianças e adolescentes oriundos de todas as regiões do Brasil", reforça a médica.

Superação através do esporte

O garoto Juan Yure Carneiro das Chagas, hoje com 12 anos, já enfrentou obstáculos que poderiam desestruturar qualquer pessoa adulta. Depois de uma inocente brincadeira entre amigos, na época com apenas seis anos, Juan descobriu uma alteração no osso femoral. A partir dessa constatação, ele foi diagnosticado com Osteosarcoma, um tipo de câncer ósseo que começa nas células formadoras dos ossos e, com isso, foi preciso passar por uma amputação como parte do tratamento, para evitar que o tumor se espalhasse para outras regiões do corpo.
Juan encontrou no esporte a chance de um recomeço e foi no surfe que o pequeno manobrou a doença. “A cura foi a melhor alegria da minha vida. Hoje eu sou um vencedor. Com a perda da minha perna direita, eu precisei procurar algum esporte que me mantivesse na ativa e exercitasse os meus membros superiores. E foi no surfe que eu vi a chance de um recomeço”, conta o menino.

Natural de Fortaleza, no Ceará, Juan deu suas primeiras braçadas no mar desde muito cedo, porém o amor pelo esporte só veio após o câncer. O que era para ser um passatempo, hoje se tornou uma possibilidade de futuro para o garoto. “O surfe me ajudou muito. E meu sonho hoje é ser um profissional da área”, anima-se.

Para passar por todo esse processo, Juan contou com o apoio da Associação Peter Pan, uma das instituições parceiras do Instituto Ronald McDonald que conta com o Programa Atenção Integral, que atende Juan Yure até hoje.

Além de apoiar a saúde infantojuvenil por meio das ações do Instituto Ronald McDonald, o McDia Feliz também destina verba para o Instituto Ayrton Senna, que contribui para ampliar as oportunidades de crianças e jovens do país por meio de uma educação pública de qualidade.

Sobre o Instituto Ronald McDonald

Organização sem fins lucrativos, o Instituto Ronald McDonald (IRM) há mais de 22 anos atua para aproximar famílias da cura do câncer infantojuvenil e aumentar as chances de cura da doença. Para atingir esse objetivo, o Instituto Ronald McDonald trabalha promovendo a estruturação de hospitais especializados, a hospedagem para famílias que residem longe dos hospitais, a capacitação de estudantes e profissionais de saúde para realizarem o diagnóstico precoce, incentiva a adesão a protocolos clínicos e promove disseminação de conhecimento sobre a causa. A ONG faz parte do sistema beneficente global Ronald McDonald House Charities (RMHC), presente em mais de 60 países, coordenando os programas globais: Casa Ronald McDonald, voltado para a hospedagem, transporte e alimentação dos pacientes; e o Programa Espaço da Família Ronald McDonald, que torna menos desgastante o dia a dia das famílias durante o tratamento. No Brasil, há ainda outros dois programas locais: Atenção Integral e Diagnóstico Precoce, com ações específicas de combate ao câncer infantojuvenil. O Instituto conta com o apoio de diversas empresas e pessoas físicas para desenvolver e manter seus programas. Saiba mais sobre os programas e as instituições beneficiadas em www.institutoronald.org.br.

Sobre o McDia Feliz

O McDia Feliz é o principal evento beneficente do McDonald's e, atualmente, é uma das maiores mobilizações em prol de crianças e adolescentes no Brasil. A campanha é realizada no país desde 1988, gerando recursos para as instituições apoiadas pelo Instituto Ronald McDonald, que atuam para proporcionar mais saúde e qualidade de vida a crianças e adolescentes com câncer. Em 2018, o projeto ampliou seu impacto para beneficiar outra causa de grande importância para o país, a Educação, contribuindo para as ações do Instituto Ayrton Senna. Desde sua primeira edição, mais de R$ 300 milhões já foram arrecadados pelo McDia Feliz.

Sobre a Arcos Dorados

A Arcos Dorados é a franquia responsável pela operação do McDonald’s em 20 mercados da América Latina e do Caribe, com direitos exclusivos de possuir, operar e conceder franquias locais de restaurantes da marca nessas regiões. Atualmente, a rede possui mais de 2.250 restaurantes, entre unidades próprias e de seus subfranqueados, que juntos empregam mais de 100.000 funcionários (dados de 30/06/2021). No Brasil, são mais de 1.040 unidades, empregando mais de 50.000 pessoas. A empresa também mantém um sólido compromisso com o desenvolvimento das comunidades nas quais está presente e com a geração de primeiro emprego formal para jovens, além de utilizar sua escala para impactar de maneira positiva o meio-ambiente. A Arcos Dorados está listada na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE: ARCO). Para saber mais sobre a Companhia por favor visite o nosso site: www.arcosdorados.com.

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Arquipélago da Madeira e suas fascinantes atrações naturais

Arquipélago da Madeira e suas fascinantes atrações naturais

Diversidade e exuberância das paisagens impressionam os visitantes e são os maiores atrativos turísticos do destino

Famosa por suas paisagens naturais, muito diferentes daquelas encontradas no restante de Portugal, a região da Madeira é um destino espetacular. O arquipélago está localizado em meio ao Oceano Atlântico, distante cerca de 1h30 de voo a partir de Lisboa.

Com uma infraestrutura turística excelente, continua sendo um dos destinos mais seguros para se visitar na Europa, com baixo número de casos de covid-19 e boa taxa de vacinação da população. No desembarque, é necessário apresentar um exame PCR negativo, feito até 72 horas antes da viagem, ou optar por fazer o teste na chegada, gratuitamente, e aguardar o resultado no hotel. Viajantes vacinados podem apenas apresentar a comprovação do ciclo completo de vacinação.

Este paraíso ainda tem atrações que permitem um maior contato com a natureza, uma tendência para as viagens da retomada. São florestas, falésias, praias, cidades, montanhas, jardins e reservas naturais, que demonstram toda a diversidade de ambientes inacreditáveis do destino. Confira a lista do que não pode faltar no roteiro em sua próxima viagem ao arquipélago.

Floresta Laurissilva

Com cerca de 20 milhões de anos, é um dos mais belos tesouros naturais do mundo e considerada Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO. A Floresta Laurissilva ocupa cerca de 20% do território da ilha e, como o seu ecossistema é úmido, todo o lugar é coberto de musgos, enquanto orquídeas da serra, gerânios cor-de-rosa e os massarocos colorem o cenário de violeta. Além da vegetação verdinha e suas árvores frondosas e imponentes, o local tem a trilha do Caldeirão Verde, situada no Parque Florestal das Queimadas, e um lago formado por uma queda d’água de cerca de 100 metros.

Piscinas Naturais

As piscinas naturais de Porto Moniz e Seixal são compostas por rochas de origem vulcânica, onde o mar entra naturalmente. Estas piscinas são ótimas opções para passar o dia na praia e curtir as belas paisagens verdejantes que se debruçam sobre o mar azul. Em Porto Moniz estão as piscinas mais famosas, com água salgada que circula livremente por elas. Algumas são mais rasas, enquanto outras permitem até mergulhos. Já no Seixal estão as piscinas mais lindas do Norte. As praias de areia preta e seu cenário idílico de rochas vulcânicas e montanhas verdejantes completam o ambiente e são o cenário ideal para um dia relaxante com a família.

Maciço Montanhoso Central

A cordilheira central da Ilha da Madeira, localizada a 1.400 metros de altitude, engloba altos picos e vales profundos. O local é de uma beleza exuberante e proporciona vistas de tirar o fôlego. Fazem parte deste complexo de montanhas os picos Ruivo (1.862 metros de altitude) e Areeiro (1.818 metros), assim como o planalto do Paúl da Serra. O local é uma Reserva Geológica e de Vegetação de Altitude, com várias espécies de flora endêmica, além de ser o único local identificado para a nidificação de uma das mais raras aves marinhas, a Freira da Madeira.

Reservas Naturais

A Madeira tem vários locais sinalizados como reservas naturais, graças aos seus atributos geológicos, ecológicos e de interesse científico. São cinco importantes reservas localizadas na ilha. Entre elas estão as Ilhas Desertas, as Ilhas Selvagens, a Reserva Natural da Rocha do Navio, a Reserva Natural do Garajau e a Rede de Áreas Marinhas Protegidas do Porto Santo. Esta última é composta por seis ilhéus que fazem parte de uma área protegida devido à sua relevância do ponto de vista da biodiversidade. Possui uma fauna marinha abundante e diversificada, além do naufrágio do navio Madeirense, perfeito para a prática de mergulho.

Ponta de São Lourenço

Lugar que presenteia os turistas com umas das vistas mais belas da Madeira, a Ponta de São Lourenço está localizada no extremo leste da ilha. Esta longa península conta com falésias, ilhéus e colinas verdejantes, sem árvores, que impressionam pela vista do Oceano Atlântico. É possível explorar o local em uma trilha com duração de 2h30, de média dificuldade e, se tiver sorte, observar alguns lobos-marinhos pelos mirantes. No final do percurso, há um pequeno restaurante para aproveitar, além do vento forte, boa comida e os panoramas deste lugar, incluindo um mergulho no Cais da Sardinha.

Porto Santo

A outra ilha habitada do arquipélago tem paisagens bem diferentes de sua vizinha: possui extensos areais dourados que lhe renderam o apelido de Ilha Dourada, já que percorrem praticamente toda sua costa sul e se unem ao mar azul turquesa. O clima é ideal para passar o dia todo na praia relaxando e curtindo a vista e a areia, que tem propriedades terapêuticas comprovadas. A água do mar do Porto Santo também é usada em tratamentos de talassoterapia, devido às quantidades elevadas de estrôncio, crômio e iodo, elementos benéficos para a saúde.

Sobre o Arquipélago da Madeira

Considerado o melhor destino insular do mundo, a Madeira é um pequeno paraíso português situado em meio à imensidão do Oceano Atlântico. De origem vulcânica, sua localização privilegiada proporciona clima ameno e mar com temperatura agradável o ano inteiro, além de impressionantes cenários de montanhas, vales e penhascos, todos cobertos pela exuberante vegetação Laurissilva, nomeada Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco. O arquipélago é formado por um conjunto de ilhas, sendo as principais e únicas habitadas Madeira e Porto Santo. Há excelentes opções em balneários, monumentos históricos e ótimos hotéis e restaurantes, onde se pode provar a deliciosa gastronomia e os premiados vinhos madeirenses. Para mais informações, acesse www.madeiraallyear.com.

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Verga mas não quebra

Verga mas não quebra

Por Luis Otavio Leal*


Após as manifestações do Dia da Independência, a frase que sintetiza a situação política brasileira no curto prazo vem de um provérbio africano: “Árvore que verga o vento não quebra”. Portanto, vamos fazer uma incursão no terreno pantanoso da análise política, tentando entender quais as implicações das manifestações de 7 de setembro sobre o cenário econômico brasileiro.

Se estivéssemos assistindo a uma luta de boxe, poderíamos dizer que o saldo das manifestações foi um “empate técnico”. Ou seja, se por um lado Jair Bolsonaro conseguiu a foto desejada – milhares de pessoas na rua apoiando seu Governo –, por outro, o número de manifestantes não pode ser considerado suficiente para dar respaldo a qualquer movimento “fora das quatro linhas da Constituição”. Acrescente-se a isso o fato de não ter ocorrido nenhum dos cenários mais adversos, como invasões de prédios públicos e/ou conflitos entre manifestantes pró e contra Bolsonaro, e chegamos ao nosso veredito final: por enquanto, a democracia por aqui “vergou, mas não quebrou”. Mas quais as consequências disso daqui para frente?

Apesar de não ter havido nenhuma ruptura da ordem institucional, não dá para deixar de admitir que a situação política está mais tensionada neste momento. As declarações de Bolsonaro, tanto em Brasília quanto, principalmente, em São Paulo, aumentaram o clima beligerante entre o presidente e o STF. Sem dúvida, frases do tipo “Ou o chefe desse Poder enquadra o seu ou esse Poder vai sofrer aquilo que não queremos”, ou “Qualquer decisão do senhor Alexandre de Moraes, esse presidente não mais cumprirá”, foram mais um passo no movimento de esticar a corda, que parece ser o nome do jogo dos dois lados da Praça dos Três Poderes.

O discurso de Bolsonaro em 7 de setembro lançou um claro desafio ao STF, que provavelmente deve reagir intensificando as prisões e as diligências contra pessoas próximas do presidente, sob pena de perder autoridade. A fala do presidente da corte, Luiz Fux, no dia seguinte, deu o tom ao afirmar que, “se desprezo a decisões judiciais é iniciativa de chefe de poder, configura crime de responsabilidade”, ou que “ninguém, ninguém, fechará esta corte”. Portanto, a sensação é de que a única forma de não haver um choque entre os “dois carros” seria a intervenção de um terceiro ator, podendo ser a classe política, caracterizada, ou não, na figura do Congresso.

Mas como se daria esse apaziguamento? A resposta pode ter vindo de onde menos se esperava. Uma reunião entre o ex-presidente Michel Temer e Bolsonaro resultou em uma nota oficial que parece ser o primeiro passo para a redução da temperatura entre os poderes. Por enquanto, um dos carros aparenta ter desviado. Como a probabilidade de ruptura ainda não é a predominante em qualquer análise e, esse apaziguamento ainda deverá se provar duradouro ou não, temos que pensar qual o impacto de um cenário de estresse permanente sobre as perspectivas para a economia brasileira.

O ponto de contato mais importante entre a crise política e a economia se dá, tanto através das pesquisas de opinião a respeito do governo de Jair Bolsonaro, quanto das que medem as chances de reeleição do incumbente. Quanto pior for o desempenho do presidente em ambas, maior será a tendência de tomar medidas populistas para reverter o seu desempenho ruim. Isso nos leva à questão fiscal e à discussão do Orçamento de 2022.

A inflação mais alta esperada para o final de 2021, por vários fatores, entre eles a Crise Hídrica, está reduzindo o espaço adicional que havia no Teto dos Gastos para acomodar, entre outras demandas, um Bolsa Família “turbinado”. A essa questão se soma o problema dos precatórios, que agrava ainda mais a situação. Enquanto isso, o orçamento enviado pelo Governo ao Congresso na semana passada não direciona a solução de nenhum desses problemas, até por limitações legais, fazendo com que a PEC dos precatórios seja o ponto-chave para desarmar esse “nó górdio” fiscal. O problema é que o texto pautado na Câmara não foi bem aceito pelo mercado, e, a solução via acordo na justiça, conhecida como “Fux-Dantas”, pelos seus idealizadores serem os ministros do STF, Luiz Fux, e do TCU, Bruno Dantas, perdeu força após a escalada da tensão entre Bolsonaro e o Supremo.

Portanto, a conjunção de um Governo enfraquecido pelo embate com o judiciário e a necessidade de aumentar os gastos em um ano eleitoral, pode abrir espaço para soluções criativas para desatar o tal “nó górdio” fiscal, o que também não deve ser bem aceito pelo mercado, ampliando o prêmio de risco embutido nos ativos brasileiros. Uma nova PEC protocolada na quinta-feira (09/09) pelo vice-presidente da Câmara, Deputado Marcelo Ramos (PL/AM), acendeu uma luz no fim do túnel ao propor a retirada dos precatórios da conta do Teto em 2016, recalculando-o desde então. Essa proposta, além de eliminar a discussão sobre o calote do pagamento, abriria espaço ao redor de R$ 20 bilhões no Teto para acomodar as demandas de novos gastos, como a do Auxílio Brasil.

Como as incertezas fiscais se refletem tanto em um câmbio mais desvalorizado quanto em taxas de juros de mercado mais elevadas, mantendo a política monetária pressionada e a contratação de crédito mais cara, reduzindo as perspectivas de crescimento da economia brasileira, o círculo vicioso se fecha com a piora na sensação de bem-estar econômico. Como esta considerada uma variável-chave para a chance de qualquer presidente candidato à reeleição, voltamos às medidas populistas para alavancar a chances de Bolsonaro no pleito de 2022.

Se colocarmos no meio dessa confusão a questão da Crise Hídrica podemos dizer que estamos em meio a uma “tempestade perfeita”, em que os problemas políticos, institucionais e econômicos se retroalimentam. As próximas semanas, portanto, podem ser decisivas para vermos se a “nossa” árvore vai continuar vergando à força do vento ou acabará sucumbindo às forças da natureza.

*Luis Otavio Leal é economista-chefe do Banco Alfa

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