Janeiro branco: Saúde mental e Medicina Integrativa
O mês de Janeiro é considerado “Janeiro Branco” devido às discussões sobre Saúde Mental e também ao Dia Internacional da Medicina Integrativa, que ressalta a importância da relação entre o paciente e o profissional de saúde. Esse tipo de Medicina acredita que a integração e o trabalho conjunto com outros profissionais fazem toda a diferença no tratamento de algumas doenças, sejam elas graves, crônicas ou não, com objetivo de obter o melhor da saúde para a cura.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 11,5 milhões de brasileiros sofrem de depressão, o equivalente a 5,8% da população. Os transtornos mentais acometem 22 milhões de brasileiros, 12% da população e, ainda, quase 19 milhões de pessoas possuem algum tipo de transtorno de ansiedade, ou seja, 9,3% da população brasileira.
De acordo com a Dra Natalia Chaves Pessoa, psiquiatra e membro da Doctoralia, maior plataforma de agendamentos de consultas do mundo, o janeiro branco é o momento de fazer uma pausa e voltar para si, com intenção de refletir sobre como podemos cuidar melhor da nossa saúde mental. “Podemos dizer que há alguns alicerces que não podemos abrir mão: hábitos de vida, equilíbrio emocional e relações reconfortantes”, completa.
A psiquiatra ainda afirma que o primeiro passo é o estilo de vida, precisamos dormir bem, entre 07 a 09 h por noite; praticar atividade física regularmente; alimentar-se de forma saudável e reservar um tempo para lazer, descanso e estar mais próximo à natureza. “Quanto às recomendações para uma alimentação balanceada, a OMS apresenta recomendações clara e universais para adultos: limitar o consumo de sódio e garantir que o sal seja iodado, limitar a ingestão de açúcares livres, deslocar o consumo de gorduras saturadas por insaturadas; eliminar as gorduras trans produzidas industrialmente, aumentar o consumo de grãos inteiros, vegetais, frutas, nozes e leguminosas”, afirma.
Outras informações da pesquisa da OMS apontam que, anualmente, 800 mil casos de suicídio são registrados no mundo, geralmente decorrentes de casos graves de depressão não diagnosticados ou tratados. As mulheres são mais suscetíveis à depressão, que também é considerado um tipo de transtorno mental. Já um levantamento feito pela Doctoralia, mostra que somente em 2022, mais de 1 milhão de agendamentos foram feitos a psicólogos e cerca de 870 com psiquiatras presencialmente.
Para a Dra Helena Sottomaior, clínica geral e membro da Doctoralia, na medicina integrativa o paciente é analisado como o todo, não apenas um conjunto de órgãos ou sistemas isolados. “Isso exige do médico um olhar amplo, humano e individualizado para a necessidade de cada paciente. Nessa ótica, o objetivo é fazer uma análise profunda do indivíduo, pois problemas de saúde de diferentes naturezas podem estar interligados. Outro pilar importante da medicina integrativa é a prevenção. Aqui, prevenir doenças é tão importante quanto tratá-las, pois só assim é possível atingir a saúde plena."
A Dra Natália traz ainda mais um ponto para ser lembrado, recursos emocionais para lidar com desafios e dificuldades, de maneiras mais adaptativas. “Neste sentido, é muito importante que a pessoa desenvolva capacidade de reconhecimento e compreensão das próprias emoções. Além de buscar construir um repertório comportamental adequado para expressão emocional, tais como: ouvir música, escrever sobre os próprios sentimentos, falar sobre suas emoções, buscar apoio de amigos, fazer relaxamento, praticar esportes ou meditar”, afirma.
Considerado o estudo científico mais longo sobre esse tema que durou nada menos que 78 anos. O Desenvolvimento Adulto (Study of Adult Development, no original em inglês) começou em 1938, analisando 700 rapazes, entre estudantes da universidade e moradores de bairros pobres de Boston. A pesquisa acompanhou esses jovens durante toda a vida, monitorando seu estado mental, físico e emocional. Sua apresentação no TED (Tecnologia, Entretenimento, Design) com o tema “O que torna a vida boa? Lições do mais longo estudo sobre a felicidade”, já foi acessada cerca de 11 milhões e 500 mil vezes.
A psiquiatra ainda lembra sobre o quanto não é sua culpa se a sua saúde emocional não está como gostaria, mas é sua responsabilidade o que você vai fazer com isso daqui para frente. “Janeiro branco nos aponta um caminho das mudanças que devemos implementar no resto do ano. Então, faça um compromisso com você e cuide de sua saúde física e emocional”, finaliza Pessoa.
CEO aos 28 anos: uma trajetória de sucesso no ramo de joias
À frente da Céu de Prata, Yara Machado triplicou o faturamento da empresa quando viu uma oportunidade na pandemia e, em 2023, espera chegar a R$ 15 milhões em receita
O empreendedorismo feminino no Brasil é promissor. Quase metade dos pequenos negócios no país são hoje liderados por mulheres, segundo dados do Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME). O contingente ultrapassa 30 milhões, em um universo de 52 milhões de empreendedores, conforme os dados do Global Entrepreneurship Monitor 2020 (GEM), principal pesquisa sobre empreendedorismo do mundo, feita em parceria com o Sebrae.
Atualmente, mais de 40% das empreendedoras sustentam suas famílias com o dinheiro do negócio e, quando elas estão à frente da empresa, as coisas são diferentes. Essas mulheres priorizam contratações femininas e, se os negócios dão certo, investem em melhorar a educação dos filhos, o bem-estar da família e o entorno onde vivem – impactos que atingem toda a sociedade.
À frente de uma das principais empresas de vendas de joias do Brasil, Yara Machado é um exemplo desses impactos. A CEO e sócia da Céu de Prata lidera uma equipe formada 90% por mulheres, com trabalho também focado no universo feminino. Além das diversas coleções criadas em homenagem às mulheres, todas as embalagens da marca são desenvolvidas especialmente para elas. Para 2023, a expectativa da marca é chegar a R$ 15 milhões em receita, cerca de 15% a mais do que em 2022, quando o ganho foi de R$ 13 milhões.
Com atuação nas principais cidades do Brasil, a Céu de Prata trabalha com foco em mulheres de 18 anos a 45 anos com o poder aquisitivo B, C e D e já chega a 300 mil clientes. Além do próprio site, a empresa também está no Mercado Livre e na Amazon. Em 2023, começa o ano com parcerias com grandes players, como Shein, C&A e Giuliana Flores.
A empreendedora explica ainda que o sucesso crescente da empresa está ligado à natividade digital do projeto, ao investimento em campanhas orgânicas nas redes sociais e às Black Fridays, que a cada ano quintuplicam o faturamento do mês de novembro e atraem novo público.
Casada e mãe de dois filhos, Yara teve o primeiro contato com joias aos 8 anos, quando acompanhava a mãe no chão de fábrica do ramo. Aos 28 anos, já triplicou o faturamento anual da Céu de Prata desde que chegou à chefia.
“Sempre estudei em escola pública e não fiz uma faculdade de renome. Eu sentia que ninguém queria apostar em mim por ser mulher e mãe, mas agora que eu lidero um grande negócio faço tudo que não tive por minha equipe”, conta a empreendedora.
O pulo do gato
A pandemia foi uma fase estratégica para a administradora de empresas. Em um momento delicado e marcado pelo isolamento social, Yara viu uma oportunidade em meio ao caos do coronavírus, com uma visão empreendedora e antenada no mercado.
A situação fez muitas lojas físicas fecharem às portas e a venda on-line se tornou uma alternativa segura e eficaz para o consumidor. Nesse cenário, a marca passou a investir mais na plataforma digital, nos sistemas de entregas e no posicionamento com o público. Ela idealizou o sistema “clique e retire”, no qual o cliente pode comprar on-line e retirar os produtos quando quiser, presencialmente na loja.
Assim como Yara, outras empreendedoras se encontraram em meio às dificuldades da pandemia. Dados da RME mostram que o número de empresárias aumentou 40% no último ano. De todas as donas de pequenos e médios negócios do país, cerca de 26% abriram suas empresas durante esse período.
Apesar das grandes dificuldades que as mulheres ainda enfrentam para uma justa equiparação em relação aos homens no mercado de trabalho, histórias como essa inspiram e demonstram o potencial do empreendedorismo feminino para os negócios, para as famílias e para a sociedade.
Segundo o Fórum Econômico Mundial (FMI), ainda são necessários 136 anos para que a igualdade entre homens e mulheres seja alcançada globalmente, mas Yara segue confiante no caminho. “As mulheres têm mais flexibilidade para tomar decisões e levam em conta fatores diversos, não apenas os impactos financeiros. Esse cenário permite gestões mais integradas e holísticas, que trazem resultados nos negócios, mas também qualidade de vida e engajamento para equipes e clientes. Quando uma mulher dá certo, a sociedade dá certo”, analisa ela.
Sobre a Céu de Prata
Criada em 2016, a Céu de Prata é uma empresa paulistana com foco em vendas de joias on-line. A marca trabalha com 18 categorias de produtos e mais de 7 mil itens, que já conquistaram 300 mil clientes em todo o território nacional. Com parcerias de peso junto a grandes revendedoras pela internet e presente em marketplaces como Amazon e Mercado Livre, a empresa foca em sua estratégia de ampliação geográfica, sem deixar o atendimento humanizado de lado. e espera um crescimento de 15% na receita em 2023 Mais informações no site: https://www.ceudeprata.com.br/.
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