FHE e Ubuntu levam primeiro exame preventivo de câncer de intestino às farmácias

FHE e Ubuntu levam primeiro exame preventivo de câncer de intestino às farmácias

O teste chega às drogarias com tecnologia OC-Sensor que permite exames laboratoriais não invasivos de baixa complexidade e baixo custo

A FHE acaba de fechar mais uma parceria estratégica na área da saúde. A venture builder vai viabilizar a implementação do primeiro exame preventivo de câncer de intestino em farmácias e laboratórios do Brasil. Lançado pela Ubuntu Med, o equipamento analisador automatizado (OC-Sensor) realiza exames laboratoriais não invasivos de baixa complexidade e baixo custo. A plataforma chega para democratizar os exames preventivos e estimular o diagnóstico precoce de doenças com alta incidência.

Em poucos meses de aplicação, a startup já conquistou importantes clientes, como o Hospital das Clínicas de São Paulo, o Grupo NotreDame Intermédica e algumas prefeituras na Região Nordeste. Outro destaque é o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), que promoveu de 2014 a 2018 o piloto de rastreamento ativo organizado na Zona Leste de São Paulo. A ação atendeu 10 mil pessoas do grupo de risco e resultou em aproximadamente 500 diagnósticos. Os pacientes diagnosticados deram segmento no tratamento pelo SUS. Caso a doença não tivesse sido observada, essas pessoas só teriam sintomas em fase avançada ou metastática, com pouquíssimas chances de cura.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que, para cada real gasto com prevenção, outros R$ 4 seriam gastos com tratamento. Ou seja, é muito mais barato prevenir o adoecimento e tratar precocemente. Quanto mais avançada é a doença, maiores as despesas com terapia, exames e internações.

O exame mede a dosagem de hemoglobina nas fezes de forma mais precisa que os testes utilizados no país. O sistema associa metodologias de análise de Big Data e inteligência artificial aos resultados produzidos pelo equipamento, possibilitando uma análise retroativa da linha de cuidado, dos custos e dos desfechos clínicos e produzindo projeções preditivas de fluxo de pacientes na linha de cuidado, permitindo intervenção antecipada de diagnóstico.

O resultado é um desfecho clínico muito mais satisfatório para os pacientes e uma economia significativa de recursos, devido ao melhor direcionamento do paciente no fluxo do cuidado, além de evitar procedimentos invasivos que se fazem necessários quando háum avanço da doença. A solução de triagem precede análises confirmatórias de média e alta complexidade e de custos mais elevados.

1. Para o mercado da saúde, a solução traz revolução na área de gestão e logística. Com distribuição de frascos de coleta otimizada através de parcerias com redes de drogarias, associada à análise de dados retrospectivos através de Big Data e dashboards que auxiliam na formação de estratégias financeiras e processuais, a UbuntuMed oferece a solução mais abrangente para rastreamento ativo organizado, que é um projeto multidisciplinar que depende de gestão de informações e planejamento complexo.

Com a tecnologia, a gestão de recursos pode ser feita a partir da análise macroeconômica, tendo em vista a efetividade orçamentária de toda a linha de cuidado e não somente a comparação de preços entre produtos de um departamento, que é apenas uma fração do processo.

A estratégia impacta também a sociedade como um todo, já que o câncer é uma doença que interfere em toda a família, no ambiente de trabalho e em todo o sistema previdenciário. O indivíduo que faz diagnóstico de lesão pré-cancerosa ou câncer em estadio inicial, interrompe uma avalanche de acontecimentos, como: afastamento das atividades profissionais, acompanhamento de familiares a consultas e tratamentos, utilização temporária ou permanente de bolsa de colostomia, efeitos devastadores de quimio e radioterapia e monitoramento posterior ao tratamento para identificar possível reaparecimento da doença.

“A Ubuntu Med ganhou mais velocidade em seu desenvolvimento, além de estrutura e equipe já desenvolvidas para os setores comercial, jurídico, financeiro e de marketing. Mas o mais relevante é que a parceria com a FHE abriu a mente dos gestores da empresa para outros segmentos de negócios, como a venda do teste em farmácias e a associação da inteligência artificial ao produto. Com essas contribuições, a startup poderá trazer retorno mais rápido para os investidores e salvar mais vidas”, explica Rafael Kenji, CEO da FHE Ventures.

Sobre a FHE Ventures

A FHE Ventures é uma corporate venture builder cujo principal objetivo é desenvolver soluções inovadoras voltadas ou adaptadas para as áreas de saúde e educação. Nosso foco é a ampliação e a criação de novas atividades, ferramentas ou processos diferenciados que possam resolver as dores do mercado de saúde e serem incorporadas às Instituições de toda a rede FHE , transformando a educação na área da saúde e, consequentemente, o bem-estar das pessoas. Pertencente ao grupo FCJ Venture Builder, multinacional que leva a inovação como base de ação, com sede em Belo Horizonte (MG), é pioneira no ramo de Venture Building na América Latina e está presente também nos Estados Unidos, na Europa e no México. Para mais informações, acesse: https://fheventures.com.br/ ou @fheventures

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Os caminhos para pet techs com soluções B2C: veja 5 dicas para começar

Os caminhos para pet techs com soluções B2C: veja 5 dicas para começar

* Por Alaíde Barboosa, CEO da Capri Venture

Em uma sociedade pós-pandêmica, que valoriza a experiência dentro dos lares, os animais de estimação ganham ainda mais importância. Com 149,6 milhões de pets, o Brasil é o terceiro país em número de animais domésticos no mundo, segundo o censo do Instituto Pet Brasil (IPB) de 2021. Considerando os 215 milhões de brasileiros, pelo menos 70% da população tem um amigo de patas em casa ou conhece alguém que tenha.

Nesse cenário, novas soluções para facilitar a vida de empresários do trade e de tutores estão a todo o vapor. Processos que são comuns para os humanos, como delivery de produtos, seguro de vida, agendamento de serviços e outras opções modernas, estão surgindo com soluções exclusivas para pets. Tais funções envolvem produtores, distribuidores, atacadistas, varejistas e prestadores de serviços em nichos que vão desde a saúde animal até o setor de alimentos, higiene e cuidados gerais com os animais de estimação. Além da mais nova telemedicina animal, regularizada recentemente no país.

Com a variedade de produtos, aumentou em paralelo o faturamento do segmento. Hoje, os animais domésticos movimentam um mercado que chegou a faturar R$ 51,7 bilhões no ano passado, apontando um crescimento de 27%. Com base no desempenho do primeiro semestre deste ano, o IPB estima que em 2022 o crescimento do setor será de 14,7%, saltando para R$ 59,2 bilhões. Com mais “pais de pets”, o mercado se aqueceu e viu a entrada de novos negócios. O setor de pet shops, por exemplo, aumentou 33% nos últimos dois anos com a abertura de 18.278 novas lojas, segundo o Sebrae.

Números tão altos despertam interesse em empresários, investidores e startups. Mas como dar os primeiros passos para implementar seu negócio no mercado? Veja aqui cinco dicas de caminhos para pet techs com soluções B2C iniciarem sua trajetória neste universo cheio de perspectivas – e amor!

1. Conheça seu o seu público antes do seu produto/serviço

Saia do escritório, vá falar com seu mercado-alvo e construa sua startup com base no que eles querem e não no que você imagina que querem. Uma dica de ouro é viver essa experiência com seu target na rua e não apenas via emails.

2. Crie um plano de negócios sólido

Metas de negócios, estratégias e como você planeja alcançá-las, projeções financeiras e um plano de marketing são fundamentais para dar start a um novo projeto. Depois de analisar seu público e afinar as ofertas, é hora de colocar tudo no papel e mensurar as possibilidades de forma objetiva. Aqui a tecnologia pode ser uma aliada importante para organizar dados.

3. Invista em sua equipe

O quadro de trabalhadores é o coração de uma empresa e investir no conhecimento e no bem-estar de sua equipe gera resultados sólidos. Construa um grupo de apoio melhor que você! Uma das coisas mais importantes para qualquer startup é reunir pessoas com habilidades e experiência que compartilhem sua visão para o negócio.

4. Marketing é fundamental

O marketing de conteúdo é, hoje, uma das principais ferramentas, não apenas de divulgação, mas também para fidelizar o cliente. Em uma sociedade digitalizada, as pessoas têm buscado o maior número de informações possível antes de adquirir qualquer produto ou serviço. E, se um cliente em potencial encontra uma marca que diz apenas “compre esse produto” e não explica mais nada, na maioria das vezes essa mensagem vai ser ignorada, levando-a procurar marcas que disponibilizam mais informações, ou seja, seu concorrente.

5. Parcerias

Contar com o apoio de quem está inserido no seu ecossistema é tendência sem volta. A colaboração entre os diversos elos do segmento é fundamental e uma boa opção para se inserir nessa prática são as venture builders. Hoje, as empresas do setor estão de olho no mercado pet e podem apoiar as startups em seu momento mais crítico, que são os primeiros anos, quando irão passar pelo conhecido vale da morte. O projeto visa estruturar o negócio e ajudar no breakeven.

O apoio de ventures com conhecimento técnico da área viabiliza acesso às melhores práticas do mercado e a redes de mentores, modelagem e design de projetos, validação de MVP (produtos mínimos viáveis), serviços contábeis e jurídicos, suporte de marketing e vendas, relacionamento com clientes, entre outros. Além de apoiar a startup na estruturação, a parceria fomenta a conexão com fundos de investimento e investidores.

No ecossistema pet, relativamente novo e em expansão, a convergência colaborativa ainda contribui para a digitalização do mercado. Abrir espaço para a participação de mais pessoas, com experiências e visões diferentes, agrega e torna a inovação heterogênea, obtendo-se resultados que nunca seriam vistos em um esforço individual.

Sobre a Capri Venture

A Capri Venture Builder é uma corporate venture builder que nasceu com o propósito de transformar o ecossistema pet. Tem como idealizadores a conceituada empresa Anilhas Capri, líder na identificação de animais silvestres, que firmou parceria com a FCJ Venture Builder, multinacional pioneira e líder no segmento de venture builder na América Latina. Como a primeira Pet Corporate Venture Brasil, atua em todo segmento com alta expertise em pássaros e genética de animais.

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O mel como aliado no rendimento esportivo

O mel como aliado no rendimento esportivo

O tradicional mel de abelha, amplamente utilizado para acalmar a tosse, combater resfriados e adoçar suco de bebê, pode ser também um forte aliado no rendimento esportivo. Além de nutritivo, o mel é sobretudo uma fonte rápida de energia, já que é facilmente absorvido pelo organismo.

“A glicose é o açúcar que está circulando no sangue. Quando ela se torna disponível, participa de processos metabólicos que fornecem energia para o funcionamento do nosso organismo. Desta maneira, o mel mantém o nível de glicose alta para obter um bom rendimento, sem contar que é rico de vitaminas valiosas para a recuperação muscular e física como a BI, B2,B5,B3 e C”, explica a nutricionista da Flormel, Amanda Matos.

De acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Oxford, o uso do mel no tratamento de infecções do trato respiratório superior pode ser mais eficaz do que o uso de medicamentos. Por essa razão, todo cuidado é pouco. Segundo a nutricionista, o ideal é dar preferência ao mel 100% orgânico, livre de componentes químicos.

“O mel puro é produzido segundo normas específicas que o qualificam como um produto isento de contaminações químicas e biológicas indesejáveis. Para produzir um mel que possa receber o título de orgânico, o apicultor deve passar por um processo de certificação. Isso é feito por algumas empresas que enviam inspetores que analisam tecnicamente as condições do apiário e sugerem adequações para a conversão do apiário convencional em orgânico. Atendidas as exigências e depois de um período de carência, a empresa certifica o apiário”, revela a nutricionista.

Mel no pré-treino

“O pré-treino é importante para fornecer a energia que será gasta durante a execução dos exercícios. Incluir o mel em iogurtes, frutas, panquecas e até mesmo na tapioca irá gerar uma energia extra para o seu treino. Outra dica é associar o mel com alimentos ricos em proteínas ou abastecidos de fibras, pois desta maneira há uma redução da carga glicêmica, evitando picos de insulina e glicose. O ideal é que a refeição seja feita de 30 a 60 minutos antes do início dos exercícios”, ressalta.

Alerta para a quantidade

“Costumo dizer que o mal está no excesso, então cuidado! O consumo de mel pode ser cerca de uma a duas colheres (de sopa) por dia, porém respeite a prescrição do seu médico ou nutricionista”, alerta Amanda. Vale ressaltar que a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para adultos e crianças em geral é reduzir a ingestão de açúcares livres a menos de 10% da ingestão calórica total.

Mel x diabetes

“Pessoas diabéticas devem tomar cuidado, principalmente sem prescrição profissional, pelo fato do mel ser rico em açúcares simples, que chegam diretamente na corrente sanguínea, elevando rapidamente a glicemia do sangue”, finaliza a especialista.

Sobre a Flormel

Fundada em 1987, na cidade de Franca em São Paulo, a Flormel traz a proposta de uma alimentação mais prazerosa e consciente. Comercializada em todo o Brasil, o propósito da marca é reconectar as pessoas com a vida natural, sendo natural uma vida real e sem filtros, com menos artificialismos. É um modo de viver simples, leve e com prazer.

A Flormel leva sabor com saúde em forma de chocolates, sobremesas e snacks da forma mais natural possível e tudo sem adição de açúcares para atender às mais diferentes necessidades alimentares e estilos de vida. É só coisa boa!

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Novo governo: expectativas e previsões em relação ao cenário financeiro

Novo governo: expectativas e previsões em relação ao cenário financeiro

Diante de um cenário econômico instável, como o mercado reage às novas diretrizes do governo; último evento realizado pelo IBEF-PR discute principais pontos em relação ao tema

No final do ano passado, o Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças - IBEF Paraná realizou o evento "O que esperar para os próximos 4 anos após as eleições de 2022?". O encontro discutiu as expectativas e previsões do novo governo em relação ao cenário econômico e teve como palestrantes os economistas Felipe Sichel e André Matcin.

Os profissionais avaliaram o panorama em três grandes vias: macroeconômica, internacional e dentro das empresas. Dentro da primeira via, a questão levantada foi em relação ao teto de gastos. A PEC da Transição previu a retirada de R$ 200 bi do orçamento para ser destinado a medidas sociais. No final de dezembro, a PEC foi aprovada com o valor de R$ 145 bi do orçamento de 2023, que poderá ficar fora do teto. Felipe Sichel, que é economista Chefe do Banco Modal, explica que não há país que consiga bancar medidas de apoio social sem ter um orçamento saudável. "No contexto do Brasil, os caminhos para esse equilíbrio são desafiadores. Boa parte das mudanças de despesas dependem de leis e emendas", diz.

Outro ponto importante em relação ao tema é se o orçamento cabe no PIB (Produto Interno Bruto) e qual a prioridade. "Fazer um orçamento é colocar prioridades e, no Brasil, temos orçamento razoavelmente grande, teria como encaixar, mas seria preciso avaliar como seria financiado. Ou será via tributário ou via inflação e isso acaba caindo em contradição com o programa de auxílio social, já que a inflação afeta desproporcionalmente as camadas de menor renda da sociedade. Em suma, não há como fazer uma boa política social sem ter uma boa política fiscal", declara Felipe.

Já em relação à tributação de fundos de investimentos, o profissional avalia que qualquer movimento vem com um marco mais amplo da reforma tributária. "Todo governo vem com projeto de simplificação. É razoável supor que haverá discussões que irão afetar a tributação de dividendos. Provavelmente, estamos caminhando para uma reforma tributária mais taxativa e arrecadatória", afirma.

Do ponto de vista internacional, o resultado das eleições brasileiras foi relevante, mas o cenário global já era desafiador. Tendo em vista que a inflação se fazia presente antes mesmo da pandemia da Covid-19. Sendo assim, as condições externas serão predominantes durante o ano de 2023 e a economia mundial possivelmente passará por um processo de desaceleração.

Diante disso, é válido destacar, segundo o economista Sênior do Itaú BBA, André Matcin, que o Brasil não apresenta dificuldades geopolíticas e problemas territoriais. “Pelo contrário, o país tem reservas cambiais, dívida em moeda nacional, Banco Central independente e suporte para aguentar a flutuação global. Portanto, é um ambiente propício para o Brasil. Nas empresas, os profissionais de finanças devem acompanhar de perto toda e qualquer movimentação, seja nacional ou internacional. É imprescindível que esse executivo financeiro esteja preparado para reagir às adversidades, já que o período ainda é de incerteza”, finaliza.

Sobre o IBEF-PR

Há 37 anos, o Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Paraná – IBEF Paraná é uma instituição sem fins lucrativos, que congrega executivos de finanças dos vários segmentos da atividade econômica do Paraná. Dentre eles: executivos das áreas de indústria, comércio, consultorias, empresas de serviços, auditorias, instituições financeiras (bancárias e não-bancárias) e instituições governamentais.

Através de seus comitês de Finanças, Compliance e Riscos, Tributário e Empresarial, Inovação e Desenvolvimento de Lideranças, o IBEF-PR realiza vários eventos, discussões e compartilha conhecimento para contribuir com o desenvolvimento dos profissionais de finanças do Paraná.
Acompanhe o IBEF através do site e de suas redes sociais, participe dos eventos e encontros e saiba como fazer parte dessa comunidade.

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Efeito Pix: O impacto de novas tecnologias no mercado de plataformas de gestão

Efeito Pix: O impacto de novas tecnologias no mercado de plataformas de gestão

Por Anderson Cichon*

Com novas tecnologias surgindo a todo instante, o mercado precisa estar mais preparado do que nunca. Muitas delas vieram para facilitar o dia a dia, e é necessário se adaptar o quanto antes a essas mudanças.

O PIX é uma delas. O sistema de pagamento, projetado inicialmente no governo de Michel Temer, foi oficialmente lançado em 5 de outubro de 2020, com funcionamento integral a partir de 16 de novembro do mesmo ano. O pix é um modelo de transferência monetária instantânea que, com sucesso, passou a ser adotado por boa parte dos estabelecimentos e cidadãos brasileiros. A vantagem da ferramenta, entre as outras opções de transferências tradicionais, é além da instantaneidade, o funcionamento 24 horas e sem cobrança (até o momento) de taxas entre pessoas físicas.

Para compreender o alcance do PIX no mercado fitness, nós da Tecnofit fizemos um levantamento com uma amostragem de 4.163 empresas do ramo em todo o Brasil, entre janeiro e outubro deste ano. A ideia é compreender a taxa de aceitação nesse público específico (frequentadores/clientes de academias e espaços fitness), o que não necessariamente representa as demais categorias de prestação de serviços.

Para tal estudo, consideramos três critérios de avaliação:

• volume total de transações por meio de pagamento;

• volume total de transações por meio de pagamento e mês;

• volume de vendas por meio de pagamento e mês.

Os dados constatam que o PIX é a terceira forma de pagamento mais usada, atrás do cartão de crédito e dinheiro em espécie, entretanto, o volume de transações no débito diminuiu em 10%, ao passo que o PIX cresce 10% a cada mês. Além disso, a nova modalidade substituiu 59% dos TED/DOC.

Ainda que o PIX não seja uma hegemonia na comunidade brasileira, e talvez isso nem aconteça 100%, acredito que ele tenha se estabelecido como preferência por boa parte do público. A Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) apontou em 2021, uma aprovação de 99% entre os jovens de 18 a 24 anos, enquanto que o público de mais de 60 anos tem uma aprovação de apenas 65%. Como se trata de uma tecnologia recente é normal que haja essa diferença entre um grupo que já está naturalmente mais conectado que o outro.

Mesmo com essa questão, acredito que a modalidade já se posicionou com uma das principais do mercado e há uma tendência para que assuma a primeira colocação no futuro, ainda que enfrente um pouco de resistência em algumas parcelas da população. O PIX é um produto brasileiro e atualmente só funciona nacionalmente, entretanto, com o Bank Of International Settlements tem estudado uma tecnologia capaz de replicar o sistema PIX entre cerca de 60 países, é muito provável que a confiança nesse tipo de transação se estabeleça, substituindo o TED/DOC, por exemplo, de vez.

O próximo passo é compreender o impacto dessa modalidade na nossa fatia do mercado. Identificar se o PIX é um fator importante para o aumento no número de clientes, já que em um estudo realizado pela Tecnofit, entre os anos de 2019 e 2022, foi constatado que em 794 estabelecimentos fitness, o número de alunos cresceu em média 18%, sendo que entre 2021 e 2022, houve um aumento de 28,18%.

Analisar o efeito do PIX nos estabelecimentos é importante não só para mensurar o impacto da tecnologia na operação, como também entender o comportamento do consumidor moderno, que está cada vez mais receptivo às novas tecnologias. Além disso, oferecer o pix como forma de pagamento pode ser benéfico também para a saúde financeira da empresa, uma vez que não há taxas envolvidas e o dinheiro cai na conta no momento da transação. Trata-se, a meu ver, de uma ótima oportunidade de assimilar o atual momento e se preparar para o futuro do mercado. 

*Anderson Cichon é cofundador e CTO da Tecnofit, plataforma de gestão focada no segmento fitness e bem-estar. Em 2006, o desenvolvedor de software Anderson Cichon vislumbrou o projeto que, após mais de uma década, se tornaria a Tecnofit. Na época, o programador recebeu o desafio de criar um sistema digital para auxiliar administradores de academias na gestão de alunos e professores. No início, Anderson acumulou a função de liderar a Tecnofit e o trabalho como desenvolvedor na empresa curitibana Polvo Digital, agência de marketing digital e desenvolvedora de softwares. Lá, conheceu seu futuro sócio e atual CEO da Tecnofit, Antonio Maganhotte Junior. Em 2016, os executivos deram início à Tecnofit. Hoje a companhia detém cerca de 17% do mercado, sendo assim, considerada líder no Brasil em plataforma de gestão para o segmento fitness e bem-estar. Com sede em Curitiba, Paraná, a Tecnofit conta com mais de 160 colaboradores

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