Grupo Eco anuncia fusão com Obesogastro Clínica

Grupo Eco anuncia fusão com Obesogastro Clínica

Nova unidade da Eco Endoscopia será inaugurada no primeiro trimestre de 2022, no Eco Medical Center

O Grupo Eco anuncia fusão com a Obesogastro Clínica, referência em Curitiba em doenças do aparelho digestivo e endoscopia desde 2009. A nova unidade irá se chamar Eco Endoscopia e vai funcionar dentro do ECO Medical Center, que tem inauguração prevista para o primeiro trimestre de 2022, na capital paranaense.

A Obesogastro é dirigida pelo Dr. João Schemberk Jr. e dispõe de profissionais especializados, instalações modernas e investe em especializações e equipamentos com tecnologia de ponta para realização de procedimentos endoscópicos. Também fazem parte do corpo clínico o Dr. Alcides Branco, Dr. Thiago Chamma e Dr. Leandro Yoshimi.

Na Eco Endoscopia os pacientes poderão contar com um laboratório da motilidade gastro intestinal para estudos mais específicos da doença do refluxo e da constipação intestinal. A equipe será formada por clínicos como gastroenterologistas, hepatologista, cirurgiões do aparelho digestivo, cirurgia bariátrica, tratamentos da obesidade e diabetes com equipe multidisciplinar com psicologia, endocrinologia e nutricionista.

O CEO do Grupo Eco, Patrick Gil, conta que estão mapeando as melhores oportunidades relacionadas à saúde para levar para o primeiro empreendimento, Eco Medical Center, e garantir um mix com mais de 30 especialidades médicas em um só lugar, com atendimento de ponta. “A Eco Endoscopia vai servir a diversas especialidades existentes no Eco através de exames específicos, assim os pacientes terão à disposição uma medicina integrada e de alto nível de confiabilidade”, comenta Gil.

De acordo com o especialista em cirurgia digestiva, João Schemberk Jr., a Eco Endoscopia poderá atender pacientes em exames preventivos de rotina relacionados ao aparelho digestivo. “A endoscopia digestiva avalia uma série de doenças como refluxo, gastrite, presença de bactéria no estômago que pode causar úlcera ou até mesmo tumores. Já a colonoscopia é o exame do intestino grosso realizado para a prevenção do câncer de cólon. Este é o terceiro tipo de câncer que mais mata no mundo, por isso a prevenção é fundamental. A indicação é que pessoas acima dos 40 anos façam esses exames preventivos com regularidade”, explica.

Sobre o Grupo Eco

Com investimentos voltados 100% à área da saúde, o Grupo Eco atua em diferentes frentes independentes de negócios: gestão dos empreendimentos Eco Medical Center, fusões e aquisições de empresas que atuam em múltiplas especialidades médicas, startups de tecnologia (Healthech) e o Núcleo de Ensino e Pesquisa para difundir ciência e conhecimento. Mais informações: www.ecomedicalcenter.com.br 

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Pesquisa revela que 1/3 dos universitários procura estágio no Brasil

Pesquisa revela que 1/3 dos universitários procura estágio no Brasil

Levantamento da Companhia de Estágios aponta ainda que 20% dos estudantes já conseguiram uma vaga e estão estagiando; 6 em cada 10 estagiários não se sentem prontos para o mercado de trabalho

No Brasil, 33,4% dos universitários estão à procura de uma oportunidade de estágio. É o que revela um levantamento inédito, feito pela Companhia de Estágios, empresa que oferece soluções em seleção de estagiários, trainees e aprendizes para algumas das maiores organizações do país.

Enquanto 1/3 dos estudantes ainda procura estágio, outros 20,6% estão estagiando e 17,3% já estão no trabalho formal. O objetivo do estudo “O perfil de estagiários e candidatos a estágio no Brasil — 2021” foi saber o status da vida profissional dos estudantes brasileiros e também compreender anseios, percepções e expectativas na busca por uma vaga.

Entre os dados que chamam atenção está o percentual de alunos que participaram da pesquisa e que são de universidades públicas, 45%, versus 55% que são de instituições privadas. Na edição do ano passado desta mesma pesquisa, somente 27% eram de escolas públicas. Além disso, a maioria dos entrevistados está em cursos de humanas e sociais (43%) e exatas (41%). Apenas 15% fazem graduações relacionadas às áreas biológicas.

Segundo Tiago Mavichian, CEO e fundador da Companhia de Estágios, o estudo também buscou saber dos estudantes quais são as suas motivações para fazer faculdade e 52% disse ser a vocação. “Entre os estudantes que ouvimos na pesquisa, 39% afirmaram ser a oportunidade (remuneração e chance de crescimento) seu maior incentivo. Ao compararmos os dados da pesquisa deste ano com os indicadores de 2020, vocação perdeu relevância como principal motivação dos estudantes na hora de escolher a graduação. Já oportunidade no mercado de trabalho ganha importância e pode ser um indicativo de que os jovens estão mais pragmáticos ao analisar o futuro da sua carreira”, analisa Mavichian.

Outro dado que a pesquisa traz é que 41,5% dos estudantes conseguiram a oportunidade de estágio em que estão através de sites de recrutamento, enquanto 23% conquistaram a vaga por meio de indicação.

Remuneração e renda familiar

Em relação à bolsa-auxílio dos universitários que estão estagiando, a maioria (45%) recebe até R$1.100 (salário-mínimo); 9% ganham acima de R$ 2.000,00 e 7,7% não são remunerados.

Quando o assunto é a renda da família, 45% dos entrevistados da pesquisa disseram ser de 1 a 3 salários mínimos e 18% fazem parte de lares cuja renda é de até um salário mínimo. Apenas 3% são de famílias com renda superior a 12 salários mínimos.

Antes pouquíssimo praticado entre os estagiários, o home office virou realidade durante a pandemia de Covid-19 como modelo de trabalho. Hoje, mais da metade desses estudantes já está trabalhando de casa ao menos alguns dias da semana, sendo que 38% estão no modelo 100% remoto e 16,5% no formato híbrido. “Com a pandemia, muitas empresas tiraram o foco do controle do horário de entrada e saída e passaram a olhar mais para o resultado, ou seja, o valor que aquele colaborador agrega ao negócio. As companhias perceberam que com o home office é possível ter boa performance, entrega e engajamento do estagiário, que por sua vez pode ter mais tempo com a família e qualidade de vida”, afirma o especialista.

Quando questionados sobre o porquê buscaram um estágio, 56,9% manifestaram a vontade de adquirir experiência profissional. A facilidade em ingressar no mercado de trabalho foi apontada por 18% dos jovens, bem como cumprir o currículo obrigatório para a formação (13%) e ajudar na renda familiar ou no custeio dos estudos (12%). “Pelo segundo ano consecutivo, cresce o número de estudantes buscando estágio com o objetivo de ajudar na renda da família ou custear os estudos. Em 2019, esse número era de 7,5%. Em 2020, 10%”, ressalta o CEO da Companhia de Estágios.

Além disso, 6 em cada 10 estagiários não se sentem prontos para o mercado de trabalho. Segundo a pesquisa, 40% dizem precisar adquirir mais experiência profissional e 20% responderam que precisam melhorar o currículo e se tornar mais competitivos. Por outro lado, 25% acreditam que estão preparados e a formação é o suficiente para conquistar uma vaga.

Entre os atrativos para uma oportunidade de estágio, a assistência médica foi considerada o benefício mais relevante para 73% dos universitários. O horário flexível foi a resposta de 41% dos entrevistados.

Participaram da pesquisa 3.357 estudantes, sendo a maioria mulheres (67,5%) com idade entre 17 e 26 anos (67,6%) e que vivem na região Sudeste (71%). A maior parte vive em São Paulo, 50,7%. São do Rio de Janeiro 12%; 7,9% de Minas Gerais e 4,5% da Bahia. O Rio Grande do Sul concentra 4% do público. Da amostra, 51% são brancos e 45% negros (pretos e pardos).

Para conferir a pesquisa completa acesse http://companhia-de-estagios.rds.land/e-book-estagiarios-e-candidatos-externos e faça o download.

SOBRE A COMPANHIA DE ESTÁGIOS

A Companhia de Estágios é uma HR Tech que oferece soluções em recrutamento e seleção de estagiários, trainees e aprendizes, gestão de contratos e programas de aprendizagem para as maiores organizações do país. Com mais de 1.5 milhão de jovens talentos cadastrados em sua base, a Companhia de Estágios usa inteligência artificial e gamificação para proporcionar a melhor experiência aos candidatos das mais de 4 mil vagas que gerenciam anualmente. A empresa é responsável pela construção de programas de atração de talentos para mais de 300 clientes, no Brasil e América Latina, entre eles Amazon, Twitter, Scania, Clariant, Klabin e Alcoa. A Companhia de Estágios é hoje a consultoria de recrutamento e seleção melhor avaliada pelos candidatos no Google e Facebook (4,7/5) e pioneira na certificação do GPTW entre as 100 melhores da América Latina. Mais informações em www.ciadeestagios.com.br.

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A nova onda

A nova onda

Marcelo Abreu Ducroquet*

Desde que autoridades sanitárias da África do Sul anunciaram a identificação de uma nova variante de interesse do SARS-CoV-2, vírus causador da Covid-19, ao menos 16 países já registraram casos da variante batizada de Ômicron. A descoberta ocorreu em uma amostra de secreção respiratória colhida de um paciente do país africano no dia 9 de novembro de 2021. O anúncio da descoberta foi feito no dia 24 de novembro, ou seja, o vírus teve 15 dias para se propagar incógnito por todo o mundo. Já são mais de 150 casos identificados na África do Sul e pelo menos 50 em outros países. Os casos sobem minuto a minuto, então, esses números são imprecisos e subestimados. Essa dispersão é prova do potencial de transmissão dessa nova variante. Ainda assim, até agora, a gravidade permanece baixa, mas já se sabe que é a variante com mais potencial de superar a Delta.

Logo após a divulgação da descoberta, o governo brasileiro anunciou a interrupção de voos vindos da África do Sul e orientou profissionais de saúde a reportarem os casos suspeitos. Essas duas medidas, que parecem racionais, devem impactar muito pouco na disseminação do vírus em nosso país. O vírus já foi encontrado em outras regiões fora da África e basta alguns poucos casos atravessarem as fronteiras para iniciar a transmissão em território nacional. Já há o registro de alguns casos. A única medida realmente eficaz seria o fechamento de todas as fronteiras, inclusive as terrestres. Não me parece ser uma medida factível no Brasil, embora a Austrália, Nova Zelândia e Taiwan tenham tido algum grau de sucesso com essa estratégia. Em relação à identificação, à notificação e ao isolamento de casos suspeitos, a dificuldade é separar a Ômicron de outros coronavírus. Até onde se sabe, os sintomas são similares aos de outras variantes e o exame que pode identificá-las com precisão, chamado sequenciamento genético, é pouco disponível no Brasil. Por aqui, sequenciamos menos de 1% das amostras, contra 30% na Inglaterra.

Algumas medidas preventivas como uso de máscaras e isolamento social, certamente continuam eficazes contra as novas variantes. A extensão do isolamento social, que pode variar desde cancelamento de eventos de massa até lockdown, vai depender da letalidade do vírus. A análise dos poucos casos conhecidos até agora não nos permite tirar conclusões a esse respeito. Os dados que vão surgir dos pacientes sul-africanos nas próximas semanas vão ser cruciais para determinar se é seguro passar o Natal em família e se aglomerações serão permitidas no Ano Novo e Carnaval.

Outra incógnita é a eficácia das vacinas: de todas as variantes identificadas até agora, a Ômicron tem o maior número de mutações no gene que codifica a proteína spike. A maioria das vacinas foi desenvolvida para neutralizar a forma original da proteína, e é possível que essas mudanças na estrutura da molécula diminuam a eficácia vacinal. De qualquer maneira, nesse momento está bastante claro que a efetividade da vacina cai com o tempo e que a erradicação do vírus por meio de imunização em massa não é um objetivo atingível. De uma maneira ou outra, o SARS-CoV-2 veio para ficar.

O que a descoberta da variante Ômicron trouxe de certeza é que o SARS-CoV-2 está longe de ter esgotado o repertório de mutações e que ainda não vimos todo o potencial desse vírus. Nesse momento, tudo ainda está em aberto, inclusive um comportamento mais brando e com menor mortalidade, como apontavam alguns relatórios iniciais de autoridades sul-africanas.

*Marcelo Abreu Ducroquet, é infectologista e professor do curso de Medicina da Universidade Positivo

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Tendências de carreira para 2022: Como alinhar tendências e propósito

Tendências de carreira para 2022: Como alinhar tendências e propósito

A pandemia de COVID 19 trouxe muitos desafios e mudanças, com isso, tanto as empresas como os profissionais foram submetidos a acelerar processos como a grande adesão às tecnologias, o trabalho híbrido e até algumas habilidades do futuro. Rebeca Toyama, especialista em carreira, comenta sobre as tendências de carreira para o próximo ano e traz 5 dicas para os profissionais trabalharem alinhados ao seu propósito compreendendo as demandas sobre as habilidades e competências do futuro, segundo estudo divulgado pelo Fórum Econômico Mundial.

Muito se fala sobre a importância de acompanhar o ritmo da mudança a fim de expandir e desenvolver as habilidades neste novo movimento que chegou antes do que previam os analistas, e que veio para ficar!

Segundo o último Relatório Futuro do Trabalho, do Fórum Econômico Mundial (WEF), estima-se que em 2025, cerca de 85 milhões de empregos podem ser substituídos por uma mudança na divisão de trabalho entre humanos e máquinas, enquanto 97 milhões de novos papéis podem surgir, que são mais adaptados à nova divisão de trabalho entre humanos, máquinas e algoritmos.

E por isso, a especialista em carreira, explica que para atuar neste cenário é de extrema relevância que os profissionais desenvolvam as competências adequadas para atender às novas demandas. “Podemos observar que esse saldo é positivo, mas para isso precisaremos transformar desafios em oportunidades e trocar a postura de vítima pela postura de protagonista. Essa recomendação é válida para empresas e profissionais ”, comenta Rebeca Toyama, especialista em carreira.

O relatório ainda projeta, que em médio prazo, haverá um crescimento nos ‘Empregos do Amanhã’, onde será uma demanda crescente para profissionais que desenvolverem as habilidades que os diferenciem de robôs.

“Nós já sabemos que a tecnologia ocupou um espaço de destaque no mercado de trabalho, vale lembrar que isso já vinha ocorrendo antes da pandemia e o processo acelerou bastante ao longo desses dois anos. Por isso o foco não é competir com as máquinas, mas sim encontrar formas de tê-las como aliadas”, comenta.

E as tendências de carreira, quais serão?

O mercado de trabalho passou por uma grande revolução nos últimos anos que acelerou os processos de automatização e de implantação de novas soluções e tecnologias como tendências de mercado. E entre as profissões emergentes estão aquelas que trabalham com soluções de big data, cloud, internet das coisas, e-commerce, inteligência artificial e diversos softwares e aplicativos. Esse processo exigiu a contratação de muitos profissionais de tecnologia e que estão em falta no mercado.

E segundo o relatório da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), a área de Tecnologia da Informação (TI) deve contratar cerca de 420 mil profissionais até 2024. Além da tecnologia, outras áreas também devem aparecer entre as carreiras em alta para 2022 como:

• Recursos humanos

• Vendas & Marketing

• Engenharia

• Saúde

• Sustentabilidade

Para Rebeca Toyama, para se ter uma carreira sustentável, o propósito pessoal deve estar integrado com as inúmeras necessidades reais existentes no mercado, pois serão delas que surgirão as oportunidades para empresas e profissionais. “Virou moda falar de propósito, mas enquanto não encontramos sua funcionalidade para a sociedade, o propósito acaba atuando como fonte de frustração, pois não prospera” finaliza, Toyama.

Diante das tendências de carreira e das habilidades e competências que precisaremos desenvolver, Rebeca Toyama, especialista em carreira, deixa 5 dicas para alinhar as tendências de carreira com seu propósito.

1. Pergunte-se: “Qual problema ou necessidade real seu propósito é capaz de resolver?”;

2. Encontre formas para transformar seu propósito em algo útil para a sociedade, observe se para você é mais importante ser visto ou servir;

3. Faça da tecnologia uma grande aliada para colocar seu propósito no mundo, refutar, brigar ou reclamar não é uma boa opção;

4. Quanto mais você entender sobre pessoas, melhor será para seu negócio ou carreira: afinal elas serão nossos clientes, gestores, concorrentes e parceiros;

5. Invista em seu autoconhecimento, peça fundamental no desenvolvimento de qualquer tipo de habilidade e promoção de bem-estar.

Sobre Rebeca Toyama

Rebeca Toyama é fundadora da ACI que tem como missão desenvolver competências dentro e fora das organizações para um futuro sustentável. Especialista em educação corporativa, carreira e bem-estar financeiro. Possui formações em administração, marketing e tecnologia. Especialista e mestranda em psicologia. Atua há 20 anos como coach, mentora, palestrante, empreendedora e professora. Colaboradora do livro Tratado de psicologia transpessoal: perspectivas atuais em psicologia: Volume 2; Coaching Aceleração de Resultados e Coaching para Executivos. Integra o corpo docente da pós-graduação da ALUBRAT (Associação Luso-Brasileira de Transpessoal), da Universidade Fenabrave e do Instituto Filantropia.

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Protocolos de saúde continuam indispensáveis para as festas de fim de ano, mesmo com alta taxa de vacinação

Protocolos de saúde continuam indispensáveis para as festas de fim de ano, mesmo com alta taxa de vacinação

Não é um "déjà vu" de 2021, mas também não é flexibilização total ainda. Especialista orienta que cuidados devem ser mantidos para proteger a família e a si mesmo porque as variantes continuam surgindo, a vacinação não é total e a pandemia ainda não acabou

O marco deste Natal e da virada de ano para 2022 será, certamente, a possibilidade de poder encontrar presencialmente familiares e amigos, algo que só é possível devido à vacina contra a COVID-19. Porém, mesmo com o avanço da imunização em Curitiba e no Paraná, a prevenção, o cuidado e a cautela não devem ser deixados de lado. O médico cooperado Moacir Pires Ramos, especialista em infectologia e epidemiologista integrante do Centro de Pesquisa e Inovação da Unimed Curitiba, defende que a manutenção das medidas sanitárias neste período de festas é essencial para a contenção do vírus. “Nós precisamos continuar com o uso de máscara, principalmente em ambientes fechados, bem como manter a higienização das mãos com álcool gel, sempre que possível, e evitar aglomerações. E se o ambiente externo tiver com muitas pessoas presentes, por exemplo, mesmo ao ar livre também coloque a máscara”.

Em Curitiba, segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde, a cobertura vacinal já ultrapassou 70% da população, ou seja, esse é o total de pessoas imunizadas com as duas doses ou com a dose única. Não chega ao ideal de 80% defendido pela maioria dos especialistas e pelas sociedades de infectologistas, mas sem dúvida vivemos um quadro favorável. Justamente para mantermos a situação dessa maneira outro especialista faz coro, o médico infectologista Jaime Rocha que é diretor de Prevenção e Promoção à Saúde da Unimed Curitiba e responsável pela Unimed Laboratório. “É bom lembrar que a prevenção contra a COVID-19 também vale para a gripe e todos os outros vírus de transmissão respiratória. Ou seja, as medidas preventivas não são exclusivas da pandemia e ajudam a baixar a circulação de outros vírus também. Ter boa cobertura vacinal para um, mas não ter para outro faz com que volte o comportamento de antes, daqueles vírus não cobertos que voltam a aparecer”, explica.

Isso significa que aquela conversa de um ano atrás, quando falávamos de uma suposta “etiqueta” ao encontrar poucos familiares, continua válida para 2021. Para Rocha, o ideal ainda é manter reuniões em grupos pequenos. “Vemos mais festas e circulações de pessoas esse ano, possíveis aglomerações – apesar das recomendações – com mais encontros de amigos e familiares. Então, em relação às festas, a sugestão é estar com as vacinas em dia. Estar imunizado com todas as opções disponíveis – de acordo com o calendário vacinal adequado para cada idade”, aconselha. Ele reforça a importância do entendimento de que as vacinas são uma ferramenta preciosa, elas ajudaram a extinguir doenças do planeta, e é preciso parar com informações falsas absurdas e teorias da conspiração.

“Outra coisa é ter em mente que não é porque tem uma festa que você deve ir a todo custo. Se estiver com sintomas respiratórios não vá! Melhor investigar, testar e se isolar para depois tomar uma decisão. Ir pode significar colocar as outras pessoas em risco”, orienta o infectologista. E estando junto com outras pessoas, segundo ele, tente manter a melhor postura possível, aquelas mesmas do ano passado. “Todos queremos nos encontrar, nos abraçar, temos que verificar se é possível fazer isso com a segurança adequada. Estamos flexibilizando sim, queremos retomar o convívio sim, mas há grandes dúvidas científicas que não vão ser respondidas tão rapidamente para podermos dizer que é 100% seguro. Estamos vendo que ainda não é, infelizmente, e nossos exemplos são a pandemia que ainda persiste e esse surto de influenza agora”, ressalta. O discurso parece até repetido, mas ambos os especialistas trazem essa etiqueta à tona para prevenirmos e consolidarmos a caminhada a fim de tentar chegar no fim disso tudo. A maior arma contra a pandemia, já se sabe faz tempo, é a vacina. Por isso, não dá para deixar de tomar as duas doses do imunizante.

Entrada e saída do Brasil – Esse é outro ponto que os dois infectologistas destacam. A queda dos números de incidência somada a este momento de flexibilização tem feito com que os cuidados sejam deixados de lado no dia a dia e na entrada ou saída de pessoas do país. E isso facilita, segundo Moacir Pires Ramos, a circulação do coronavírus e a entrada de novas variantes. “Se o país não impor medidas de controle sanitário como a exigência de carteira de vacina, ou teste negativo para entrar no país, por exemplo, vamos ter a reintrodução de casos e também uma circulação maior de mutações”, afirma.

Jaime Rocha concorda que o “passaporte sanitário é uma necessidade, temos que ter uma regulamentação internacional. Porém, independentemente de regulamentação, essa é a única forma de assegurar um fluxo de pessoas que trazem menos risco para população. Ter pessoas circulando sem proteção aumenta muito a chance de disseminação de vários vírus respiratórios. A variante Ômicron não vai ser a última, já tivemos a Delta, a P1, porque é da natureza desses vírus fazerem variações com frequência. Provavelmente outras podem vir a surgir, só que surgirão menos variações se tivermos um número maior de pessoas vacinadas, pois mais pessoas imunes fazem ser menor a circulação viral. Isso é da comunidade global e não só da nossa casa, bairro ou prédio. Por isso que, nesse momento, o Brasil está de parabéns por ter uma cobertura vacinal maior do que muitos países considerados de primeiro mundo”, conclui ele, defendendo ainda que, paralelamente, é preciso trabalhar para que a cobertura global traga proteção a todos.

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