Pop-up stores: lojas temporárias são tendência para verão

Pop-up stores: lojas temporárias são tendência para verão

Versões temporárias de marcas consolidadas aproveitam a estação para oferecer comodidade

O clima de verão, com dias quentes e muitas pessoas de férias, também vira oportunidade, especialmente para quem está no litoral. Marcas mais restritas, seja pelo menor alcance ou por conceito de exclusividade, não montam espaços fixos em outras cidades, mas podem contar com uma opção mais prática de chegar ao público das praias. As “pop-up stores” são ótimas pedida para essas empresas, com um conceito temporário e mais prático.

O formato pop-up store tem diversas vantagens para quem quer aproveitar um período mais curto de tempo. Grandes marcas seguem essa linha, para apresentar novas linhas ou coleções, o que popularizou o estilo temporário em todo o mundo. A pop-up store da Shein, inaugurada em São Paulo (SP), no fim de 2022, gerou um interesse grande, tanto que a marca já prepara outras lojas temporárias para 2023. Mas empresas menores também se aproveitam, focando em um atendimento por pouco tempo, mais direto e eficaz para trazer facilidade ao cliente.

A Ragú Rotisseria & Co., de Curitiba (PR), é uma das marcas que optou pelo formato. A versão pop-up da empresa já funciona pelo segundo ano consecutivo na praia de Caiobá, em Matinhos, famoso balneário do litoral paranaense. Com parte do público curitibano aproveitando a temporada no litoral, a loja aproveita a oportunidade para abarcar novos clientes e oferecer pedidas selecionadas para quem já conhece a Ragú.

“Oferecemos uma seleção de produtos diferenciados para quem busca gastronomia prática e de excelência”, explica a chef Fernanda Zacarias de Alencar, fundadora da Ragú Rotisseria & Co. A praticidade é um diferencial, com produtos semiprontos para finalizar ou já prontos para degustar. “São desde massas recheadas e molhos até hambúrgueres e petiscos, com ultracongelados prontos de entradas até sobremesas, incluindo uma linha saudável”, completa a chef.

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Pesquisa revela que 81% das empresas com programas de diversidade destinam recursos exclusivos para o tema

Pesquisa revela que 81% das empresas com programas de diversidade destinam recursos exclusivos para o tema

Estudo realizado pela startup Blend Edu junto a 117 companhias mostra um aumento de 14 pontos percentuais comparado ao último estudo aplicado em 2020

A pauta da diversidade e inclusão está cada vez mais presente no universo corporativo. É o que mostra a “2ª Edição da Pesquisa Benchmarking: Panorama das Estratégias de Diversidade no Brasil 2022 e tendências para 2023”, realizada pela Blend Edu, principal HRtech e ESGtech especializada em diversidade e inclusão do Brasil.

Aplicada junto a 117 empresas brasileiras, que possuem programas de diversidade, de todos os portes e regiões do país, o levantamento constatou que 81% das corporações afirmam atualmente destinar recursos específicos para ações de D&I, enquanto 67% relataram o mesmo no ano de 2020. Outro dado importante é o aumento percentual de companhias que dizem possuir uma área específica e dedicada para a gestão da temática, avançando de 64% para 71% no mesmo período.

Para Thalita Gelenske, fundadora e CEO da Blend Edu, o aumento no nível de estrutura interna, governança e recursos alocados para o fortalecimento dos programas de D&I é uma notícia bastante animadora para o mercado corporativo. Ainda segundo ela, o movimento é homogêneo por acontecer em empresas de todos os segmentos. “A pesquisa mapeou corporações de 34 diferentes áreas, como tecnologia, indústrias, saúde, finanças, energia, entre outras. Ou seja, conseguimos uma amostra bem abrangente e significativa de organizações. Isso demonstra uma evolução no entendimento e engajamento dessas organizações em relação à iniciativa, reforçando o seu comprometimento com a valorização da diversidade. Afinal, seria inviável acreditar que uma cultura inclusiva vai se sustentar no longo prazo apenas com um posicionamento e apoio no campo do discurso, sem um investimento prático consistente”, afirma.

O estudo apontou também que, em linhas gerais, quanto maior o tamanho da organização em número de colaboradores, maiores são as chances dela ter um orçamento dedicado à diversidade, apresentando um grau de correlação entre este dado e o porte da empresa.

No entanto, a grande novidade da pesquisa de 2022 foi observar um avanço no investimento e estruturação do tema de D&I em empresas de pequeno e médio porte. Em 2020, por exemplo, não havia nenhuma empresa de pequeno porte que afirmou ter uma área dedicada à gestão da diversidade. Já na edição 2022, houve um relevante aumento nesse percentual, que chegou a 75%. Adicionalmente, 67% destas empresas de até 99 pessoas colaboradores já afirmam ter um orçamento dedicado ao tema.

"As grandes empresas, especialmente aquelas privadas que possuem capital aberto na bolsa, acabam sendo mais pressionadas por stakeholders do mercado a endereçarem a pauta de ESG e, consequentemente, a de diversidade. Por isso, não surpreende o fato das organizações de grande porte investirem e alocarem mais recursos na gestão de D&I. No entanto, também vemos um movimento muito positivo de empresas de pequeno e médio porte despertando para a necessidade da criação de culturas mais diversas e inclusivas. Essa é uma forma de atrair e reter pessoas em um cenário de competição por talentos, bem como construir produtos e serviços que atendam perfis diferentes de clientes" afirma Thalita Gelenske.

Neste grupo de corporações mapeadas na pesquisa, 77% afirmam que o principal objetivo do seu programa de diversidade é engajar os colaboradores na criação de uma cultura inclusiva, enquanto 12% relatam a potencialização dos resultados do negócio como ponto principal.

A fundadora da Blend Edu lembra que mais do que apoiar a diversidade e inclusão dentro de uma organização, é necessário investir definitivamente na temática. “É importante que a empresa tenha metas, equipes e recursos alocados para conseguir, de fato, sustentar os programas e para que eles evoluam e se tornem consistentes no longo prazo”, conclui.

A pesquisa completa poderá ser baixada gratuitamente dentro do site da startup, em uma seção chamada de Toolkit de Diversidade.

Metodologia da pesquisa

O estudo desenvolvido pela Blend Edu foi realizado a partir dos dados de inscrição das empresas para o Prêmio Diversidade Em Prática, que buscou mapear e reconhecer os cases mais inovadores do ambiente corporativo na área em 2022.

Sobre a Blend Edu

A Blend Edu é a principal HRtech e ESGtech especializada em diversidade e inclusão do Brasil. A startup cria projetos, treinamentos e soluções digitais para ajudar as empresas a colocarem a #DiversidadeEmPrática. Desde 2018, a empresa atua com o propósito de transformar culturas organizacionais, disseminar oportunidades para grupos minorizados, além de melhorar e sustentar estratégias de diversidade e inclusão para seus parceiros. Vencedora de premiações como o SDG Tech Awards e Lead2030, a startup já impactou mais de 30 mil pessoas com suas ações e tem mais de 100 grandes empresas no seu portfólio, como 3M, OLX Brasil, Globo, Movile, TIM, entre outras.

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Incidência de câncer de intestino, o mesmo diagnosticado em Preta Gil, aumenta cerca de 12% em mulheres

Incidência de câncer de intestino, o mesmo diagnosticado em Preta Gil, aumenta cerca de 12% em mulheres

A cantora Preta Gil anunciou diagnóstico de câncer, na última terça-feira. Especialista explica como identificar os sintomas ainda no início da doença e dá dicas de hábitos saudáveis para evitar os casos

Na última terça-feira, a cantora Preta Gil anunciou em suas redes sociais a confirmação de um câncer de intestino, após dias internada para identificar problemas de saúde. O câncer de intestino é o terceiro tipo mais frequente entre homens e mulheres, ficando atrás apenas dos de mama e próstata. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) prevê para os próximos três anos um aumento na taxa de incidência no número casos de câncer de cólon e reto, em 10,19% em homens e 12,64% a mais em mulheres.

O médico oncologista e professor do curso de Medicina da Unic, Marcelo Bumlai, explica que além de detectar a doença ainda em estágio inicial, muitas vezes é possível evitá-la. “Hábitos não saudáveis contribuem para o aumento da incidência. O câncer surge a partir de mutações genéticas, no entanto, pesquisas demonstram que em mais de 70% dos casos de câncer de intestino, essas mutações são ocasionadas por rotinas que não fazem bem a saúde, como no hábito de fumar ou beber, além de dietas desequilibradas com elevados níveis de gordura animal e poucas fibras”, afirma.

Bumlai diz que a população deve ficar atenta aos sinais do corpo, com o intuito de realizar a investigação adequada, conforme orientação médica. Porém ressalta que todas as pessoas, mesmo que não tenham qualquer queixa relacionada ao aparelho digestivo, devem realizar colonoscopia preventiva a partir dos 45 anos de idade. “Esse exame possibilita a identificação de pólipos que geram a maior parte dos casos de câncer colorretal; que devem ser retiradas para evitar o desenvolvimento de um câncer no futuro”, complementa.

Sintomas que parecem simples também merecem atenção, como alterações intestinais (diarreia ou prisão de ventre), dores ou desconforto abdominal, perda de peso sem causa aparente, fraqueza ou anemia e alteração no formato das fezes.

No câncer de intestino o diagnóstico é feito geralmente através do exame histopatológico realizado no material retirado através da biópsia do tumor via exame de colonoscopia. “Após confirmado o diagnóstico procedesse ao chamado estadiamento, quando outros exames serão realizados (tomografias, exames de sangue), e que de acordo com os achados o tratamento será determinado. O tratamento varia de cirurgia a quimioterapia, ou uma associação de ambos”, menciona o médico e destaca ainda que, normalmente, o processo é definido por uma equipe médica composta por vários especialistas, dentre cirurgiões, oncologistas clínicos, patologistas (entre outros). Ele destaca que cada caso é de uma complexidade diferente e caberá ao time de especialistas escolhido definir a melhor programação terapêutica.

Conforme destaca o professor de Medicina da Unic, a prevenção é a peça fundamental. Para que isso aconteça, ele dá algumas dicas de hábitos saudáveis que devem ser adotados no dia a dia. Os dados do Inca indicam que a adoção das práticas pode evitar até 37% dos casos. Confira:

- Evite bebidas alcóolicas;

- Tenha uma alimentação rica em vegetais;

- Diminua o consumo de carnes vermelhas;

- Busque por um peso corporal saudável;

- Mantenha uma via ativa, executando atividades físicas;

- Evite carnes processadas.

Sobre a UNIC    

Fundada em 1988, a Unic foi a primeira instituição privada de ensino superior no Mato Grosso e é uma das universidades mais conhecidas e tradicionais da região, tendo formado milhares de alunos nos cursos presencias e a distância. Com unidades em várias cidades do estado e representatividade em diversos campos de atuação, a instituição oferece cursos de extensão, graduação, pós-graduação lato sensu, além de programas de mestrado e doutorado.  De portas abertas para a comunidade, a instituição presta inúmeros serviços à população por meio das Clínicas-Escola na área de Saúde e Núcleos de Práticas Jurídicas, locais em que os acadêmicos desenvolvem os estudos práticos. Focada na excelência da integração entre ensino, pesquisa e extensão, a Unic oferece formação de qualidade e tem em seu DNA a preocupação em compartilhar o conhecimento com a sociedade também por meio de projetos e ações sociais. Em 2010, a Unic passou a integrar a Kroton.

Sobre a KrotonMed

A KrotonMed é a unidade de negócio da Kroton voltada para a Medicina. Criada em 2021, a KrotonMed possui mais de 3 mil alunos matriculados no curso de Medicina em 6 instituições de ensino superior: Unic, no Mato Grosso; Uniderp, no Mato Grosso do Sul; Unime Lauro de Freitas e Pitágoras Eunápolis, na Bahia; e Pitágoras Codó e Bacabal, no Maranhão. A KrotonMed possui mais de 7 mil alunos em cursos de Saúde Presencial, mais de 18 mil alunos em outros cursos presenciais de alto valor agregado. Os cursos recebem investimentos constantes para aprimoramento da infraestrutura, que inclui laboratórios e ferramentas que utilizam as mais avançadas tecnologias voltadas ao ensino da Medicina. As instituições possuem parceria com clínicas e hospitais que atendem a população, possibilitando ao aluno acesso a um alto nível de educação que reúne teoria e prática e uma preparação eficiente para sua inserção no mercado de trabalho.

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Pizza napolitana: Comida mais vendida do mundo vive glória em Curitiba

Pizza napolitana: Comida mais vendida do mundo vive glória em Curitiba

Feita ao estilo de Nápoles, terra natal da pizza, a receita da moda tem massa mais leve, bordas altas e crocantes, discos abertos a mão e tamanho individual

Símbolo da gastronomia italiana, o estilo napolitano de fazer pizza surgiu no século XVIII, em Nápoles, e hoje está presente na mesa dos maiores restaurantes do mundo, ganhando destaque inclusive na Netflix, com uma temporada inteira da série ‘Chef’s Table’ dedicada a famosa receita.

Em Curitiba (PR), a pizza napolitana virou marca registrada do Madá – um restaurante escondido no Centro da capital paranaense, que oferece ambiente intimista e aconchegante. Bem diferente das tradicionais pizzas consumidas no Brasil, a receita utilizada pelo empreendimento é idêntica às encontradas na Itália, feita para consumo individual e caracterizada pela massa fina, recheio leve e bordas estufadas.

“Todas as nossas pizzas são produzidas artesanalmente. Elas passam 48h fermentando de forma natural, em seguida são abertas manualmente e delicadamente recheadas, para então serem levadas ao forno, também importado da Itália, à uma temperatura de 400ºC. Quando a borda começa a chamuscar, significa que está pronta”, comenta o chef Beto Madalosso, que comanda o Madá ao lado do sócio Renan Vargas.

Entre os destaques do cardápio da casa está a Margherita DOP. A sigla, que significa Denominação de Origem Protegida, refere-se a uma certificação da União Europeia que garante a origem e a tradição dos ingredientes. Cada ingrediente vem de uma região específica, escolhida a dedo por conta de seu terroir. “O tomate, por exemplo, é importado da região de San Marzano, na Itália”, explica o chef. Produzido em solo vulcânico, o resultado é uma variedade menos aquosa, mais doce e suculenta. “Eles são safrados, chegam em latas numeradas e, na pizza, viram um molho crudívoro saboroso, batido apenas com sal”, complementa.

A muçarela é do tipo fior di latte, produzida pela mão de queijeiros legítimos italianos. “Seu trunfo está na cremosidade, no forte sabor de leite e no frescor do produto artesanal”, diz Madalosso. Já no lugar do grana padano, a DOP recebe um parmigiano-reggiano, que é um parmesão tradicionalíssimo, importado com 24 meses de cura. Para finalizar, azeite de oliva da Úmbria, que é uma das principais regiões produtoras de azeite da Itália. De sabor potente e levemente picante, ele é acrescentado apenas depois que a pizza sai do forno, para que não sofra com as altas temperaturas.

Além de apostar na tradição napolitana, o Madá segue a tendência de lugares com experiência mais aconchegante, serviço em mesa e ambiente confortável. “O Madá nasceu como uma trattoria no estilo economia colaborativa, focado 100% na experiência e na gastronomia de qualidade”, aponta. “E quando o tempo permite, o ambiente externo oferece uma opção extra para curtir a noite, com lareira, muros com plantas e parreiras, além da música de estilo alternativa e dos aviões que ficam na rota”, comenta.

Para o chef, o segredo para o sucesso é estar sempre atento às novidades, além de, claro, primar por bons ingredientes. “Buscamos manter o que dá certo e inovar em pequenas, mas importantes mudanças. Por exemplo, ter no cardápio opções diferentes das clássicas, mas que mantém a mesma qualidade dos ingredientes importados”, finaliza Beto Madalosso.

O Madá Pizza & Vinho funciona na Rua Saldanha Marinho, 1230, no Centro de Curitiba (PR), de segunda a segunda, das 18h30 às 23h. Para mais informações, acesse o perfil oficial da pizzaria no Instagram (@madapizzavinho).

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Os mitos do uso indiscriminado do Ozempic para a perda de peso no Brasil

Os mitos do uso indiscriminado do Ozempic para a perda de peso no Brasil

No país, o remédio, que contém o princípio ativo semaglutida, era liberado apenas para o tratamento de diabetes, mas recentemente teve aprovação da Anvisa para tratamento de obesidade, mas com o nome de Wegovy. A obesidade é uma doença crônica que requer tratamento médico

Eduardo Rauen*

As “dietas milagrosas”, a exemplo da lua, e o uso de medicações, sem prescrição médica, com a finalidade de emagrecer exigem atenção redobrada para não provocar danos ao organismo e a saúde de forma geral. Recentemente, uma onda tomou conta das redes sociais e parte da internet, usuários elegeram o remédio Ozempic como fármaco eficaz para a perda de peso rápida. Alguns mitos em relação a esse tema precisam ser desconstruídos.

No Brasil, o remédio, que contém o princípio ativo semaglutida, era liberado apenas para o tratamento de diabetes, agora, como nos EUA e em outros países, também é usado para o tratamento da obesidade. Provavelmente, os usuários das redes sociais por aqui foram “inspirados” pelo que já ocorre nesses locais e incluíram o Ozempic como uma das “fórmulas mágicas” para a perda de peso sem esforço, mas essa informação deve ser revista.

O Ozempic é indicado, em conjunto com dieta e exercícios, para tratar pacientes adultos com diabetes tipo 2, não controlada, ou seja, em que o nível de açúcar no sangue permanece muito alto e pode desencadear outros efeitos colaterais, como Acidente Vascular Cerebral (AVC), cegueira, problemas cardíacos, doenças renais crônicas, perda de audição e amputação de parte dos membros.

O tratamento da diabetes com o Ozempic requer uma avaliação médica e a realização de exames para garantir sua eficácia no tratamento da doença e se não há contraindicação. Entre os efeitos adversos do uso do remédio estão: náusea, vômito, diarreia, entre outros problemas gastrointestinais. Poderá ocorrer o risco do aumento da incidência de pancreatite, mas com menos frequência. Em contrapartida, quando é indicado para um paciente com diabetes terá o apelo do uso para cardioproteção e controles da obesidade e glicêmico.

Um paciente com diabetes que tem um estilo de vida saudável, com a adoção de uma dieta regular e que faz atividades físicas, consequentemente, perderá peso, mas o Ozempic sozinho não impulsionará essa mudança. À parte a diabetes, a obesidade é uma doença crônica que requer tratamento médico. A pessoa, que sofre desse mal, precisa de ajuda médica para construir um plano alimentar e se esforçar para sair do sedentarismo.

Sobre o uso de remédios para tratar a obesidade, eles são indicados para o paciente que mudou o estilo de vida, ou seja, alimenta-se de forma adequada e pratica atividade física, mas não perde peso. Nesse caso, é preciso avaliar a prescrição do medicamento que atua em diferentes áreas do organismo, tanto na absorção de gorduras, quanto no sistema nervoso central para inibir a fome e a sensação de saciedade. Caso o tratamento medicamentoso e a mudança do estilo de vida não surtam efeito pode ser indicado a cirurgia bariátrica, mas o médico avaliará cada paciente e indicará a melhor técnica.

No Brasil existem muitas farmácias, aquele atendimento de balcão em que é possível comprar remédios sem receitas, não só do princípio ativo semaglutida, mas de todas as outras classes. Alguns estudos apontam que 50% de todas as medicações compradas são utilizadas de forma irregular, ou seja, diferente do que é recomendado pelo fabricante, simplesmente pelo fato das pessoas terem acesso sem receita, prescrição ou orientação profissional, o que aumenta o uso inadequado em pacientes com contraindicações. Médicos e autoridades de saúde no país estão preocupados com esse uso de forma não segura. Novamente, a perda de peso é um processo complexo que deve ter como foco a mudança do estilo de vida, acompanhada por um profissional de saúde. “Dietas e fórmulas milagrosas” não são caminhos seguros para a melhoria da saúde e do bem-estar.

* Eduardo Rauen é cofundador da healthtech Liti, que trabalha para resolver a dor do sobrepeso e da obesidade no Brasil. É médico formado pela Universidade do Oeste Paulista (Unoeste). Integra o corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein. É médico nutrólogo (com título de especialista pela ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia) e do Exercício e do Esporte (com título de especialista pela SBMEE – Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte). Também atua como diretor técnico do Instituto Rauen – Medicina, Saúde e Bem-Estar

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