Ile de France manterá atendimento normal nos meses de janeiro e fevereiro

Ile de France manterá atendimento normal nos meses de janeiro e fevereiro

Tradicional restaurante de gastronomia francesa em Curitiba não fará recesso

Curitiba tem o restaurante de gastronomia francesa mais tradicional da região Sul. Prestes a completar 70 anos, o Ile de France está em novo endereço desde dezembro de 2021, na Av. Batel, 1550. A mudança trouxe atualização da marca e mais comodidade para os antigos clientes e novos frequentadores que chegam a cada dia.

Diferente do que acontecia há 69 anos, o Ile não fará recesso e vai funcionar normalmente durante os meses de janeiro e fevereiro de 2023 para melhor atender curitibanos e turistas que visitam a cidade nesta época do ano. "A partir do dia 02/01 nosso atendimento será normal, com jantar de segunda a sábado e almoço de sexta a domingo", conta a sócia Márcia Oliveira que também destaca a opção do delivery muito apreciada pelos clientes nesta época, já que algumas pessoas encomendam alguns pratos para levar para casa de praia.

O cardápio do Ile mantém pratos consagrados e algumas novidades, principalmente no capítulo das saladas que podem ser pedidas como entrada, inclusive para compartilhar. Para quem aprecia a boa gastronomia harmonizada com boas bebidas, a dica é chegar mais cedo já que o bar do restaurante é um convite para bons drinks. Outro destaque é a adega que conta com mais de 120 rótulos de vinhos provenientes principalmente da França, além dos champagnes com 18 rótulos, bastante procurados nesta época e que estão à disposição inclusive com opção em taça.

No menu, vale destacar o novo Vol au Vent de Saint Jacques (massa folhada com molho cremoso e vieiras) como uma excelente entrada quente, já o Cocktail de Camarões figura entre as entradas frias mais pedidas nesta época do ano. Para o prato principal o Steak au Poivre (filé com molho de pimenta do reino) é um clássico, assim como o Strogonoff de Filet ou de Crevettes (strogonoff de mignon ou de camarão - também disponíveis na opção sem lactose). E quem não abre mão das sobremesas, uma boa escolha são os levíssimos e saborosos Crepes Suzette (crepes flambados com Cointreau à frente do cliente servido com sorvete), além do Creme Brulée à lÓrange ou Creme de Framboesa, extremamente refrescante para dias mais quentes.

Ile de France

Av. Batel, 1550, Espace 4 - Curitiba/PR

JANTAR - segunda a sábado, 19h às 22h30

ALMOÇO – sexta, sábado e domingo, 12h às 15h

Estacionamento Estapar no local

Reservas e delivery pelo telefone (41) 3223-9962 ou whatsapp (41) 3223-9962

Instagram: @iledefranceoficial

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Viagens com pets requerem cuidados especiais para garantir segurança e conforto ao bichinho

Viagens com pets requerem cuidados especiais para garantir segurança e conforto ao bichinho

Confira dicas da Fórmula Animal sobre como os tutores podem se planejar para incluir os pets nas viagens em família

Para muitos brasileiros, o mês de janeiro é sinônimo de férias. E quando a programação para aproveitar os dias de descanso incluem uma viagem em família é cada vez mais comum que os pets estejam contemplados nestes planos. Para tanto, alguns cuidados essenciais são muito importantes a fim de garantir uma viagem divertida, agradável e, sobretudo, segura para o seu bichinho.

Segundo Gisele Starosky, médica veterinária da Fórmula Animal ― rede de franquias de farmácia de manipulação veterinária, que produz medicamentos e produtos voltados à saúde animal de forma personalizada ― é fundamental fazer um planejamento que dê ênfase para a segurança e conforto do pet, além de trabalhar uma adaptação antes da viagem. “Uma dica que pode ajudar o seu pet a se acostumar é fazer pequenos percursos com ele no carro. Assim, ele pode se habituar com o movimento e diminuir o risco de desconfortos ou até enjoos durante o trajeto da viagem de férias”, afirma.

O conforto do animalzinho deve ser prioridade na hora de planejar uma viagem e, dependendo do meio de transporte escolhido, os cuidados também podem variar. Assim, com o intuito de orientar os tutores, a veterinária da Fórmula Animal elencou algumas práticas essenciais que precisam fazer parte do roteiro de deslocamento. Confira!

Verifique como está a saúde do seu pet antes de sair

Uma viagem é um evento bastante atípico na vida de um pet. Por isso, é preciso se prevenir e, antes de encarar a estrada, levar o animalzinho ao veterinário, para que ele possa verificar se está tudo bem com a saúde do animal. Além disso, o veterinário pode apontar ações preventivas para que o pet não passe mal durante a viagem, já que, assim como com os humanos, enjoos são sintomas comuns em pets. O profissional poderá prescrever medicações que minimizem os impactos do mal-estar durante o trajeto.

Além disso, Gisele Starosky ressalta que a aplicação da aromaterapia pode ajudar os bichinhos tanto em quadros de enjoo, quanto para acalmá-los em casos de viagens de longa duração. Isso porque, a aromaterapia para pets é indicada em diversos tipos de situação, como enjoo, ansiedade, estresse e fadiga, entre outros. Os óleos podem ser manipulados em forma de gotas, roll-on ou difusor, em farmácias de manipulação veterinária. Dentre as diversas opções de óleos essenciais, cinco ganham destaque no tratamento dos pets: lavanda, laranja doce, hortelã-pimenta, gengibre e capim-limão.

“O óleo de lavanda possui propriedades calmantes e relaxantes, e é ótimo para minimizar a ansiedade e o estresse. Com perfume cítrico e propriedades calmantes, o óleo de laranja doce é uma excelente opção para acalmar a mente e aliviar sentimentos de irritação. Já o óleo essencial de hortelã-pimenta, é indicado para aliviar a tensão mental e a fadiga, além de ser eficaz para enjoos, pois reduz a sensação de náuseas. Outra opção muito boa para tratar enjoo é o óleo essencial de gengibre, principalmente quando é associado ao hortelã-pimenta. Por fim, o capim-limão ― conhecido mundialmente como lemongrass ― destaca-se pelo alto teor de óleo essencial em suas folhas. Entre suas propriedades terapêuticas estão a ação analgésica, anti-inflamatória, antibacteriana, antiviral, sedativa, digestiva, antirreumática, calmante, antitérmica, antiespasmódica, antimicrobiana, além de atuar como repelente de insetos”, explica Gisele.

Atenção com a liberdade dos pets na estrada

É claro que os tutores querem seu pet à vontade durante a viagem, mas é preciso garantir a segurança do animalzinho em primeiro lugar. Por isso, deixar o animal com o rosto ao vento, para fora da janela, não é recomendado, pois o deixa muito exposto aos riscos de uma freada brusca ou uma eventual colisão. O mais adequado é o uso de assentos ou cintos de segurança para cães maiores, enquanto para gatos e cães de menor porte, indica-se caixas e bolsas de transporte.

Outro aspecto valioso é a realização de paradas, a cada 2 horas, para que o animal possa beber água e fazer suas necessidades. No caso de cães energéticos, é importante, também, para gastarem sua energia e se manterem mais tranquilos ao voltar para o trajeto. Além disso, é importante ficar atento à temperatura do carro, pois o calor excessivo pode provocar desidratação no pet.

Uma dica bastante interessante, especialmente para os gatos, é a realização de passeios, anteriores à viagem, na bolsa de transporte que será utilizada na hora de viajar. Isso servirá para que ele se acostume com a ideia e para diminuir os medos que possa desenvolver durante o deslocamento.

Exigências para viajar de ônibus

A escolha do ônibus como meio de transporte requer alguns cuidados especiais. Além da obrigatoriedade em se utilizar caixas ou bolsas de transporte para o pet, é necessária apresentação de documento que ateste a saúde do bichinho. Recomenda-se, ainda, entrar em contato com a empresa que fará o transporte, para verificar se há alguma outra norma específica.

E se a viagem for de avião?

Mesmo de avião, é possível viajar com o seu pet, mas há uma série de fatores que é necessário levar em conta. Primeiro, é preciso estar atento às regras da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e da companhia aérea escolhida, já que cada uma delas pode ter normas específicas. Há, inclusive, companhias que não realizam o transporte de determinadas raças de cães.

Se a viagem é de âmbito nacional, será preciso avisar a companhia aérea com antecedência, bem como ter em mãos atestado veterinário. É necessário, também, atualizar todas as vacinas do animal, e garantir que a caixa de transporte seja resistente, espaçosa e com ventilação, para garantir a segurança e o bem-estar do pet. Já nos casos de animais com peso inferior a 10 quilos, há a possibilidade de viajar na cabine junto ao tutor, com caixinha e placa de identificação.

Para as viagens internacionais, mantém-se todas as recomendações e exigências feitas para viagens nacionais, com a necessidade estudar as regras do país de destino.

Sobre a Fórmula Animal

A Fórmula Animal é uma rede de franquias de farmácia de manipulação veterinária que produz medicamentos voltados à saúde animal de forma personalizada. Na Fórmula Animal as formulações são feitas no formato e sabor que o animal mais gosta, facilitando a vida dos tutores que escolhem como desejam oferecer a medicação ao seu animal - que pode ser em biscoitos, pastas, sachês saborizados, cápsulas, torrões de açúcar, entre outras. A marca conta com mais de 80 franqueados distribuídos pelo Brasil e continua expandindo seguindo a premissa de proporcionar bem-estar aos animais e às famílias, desde 2010. Em 2022, a Fórmula Animal recebeu o Selo de Excelência em Franchising da ABF.

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Tech recruiter e os desafios para atuar em um mercado escasso e disputado

Tech recruiter e os desafios para atuar em um mercado escasso e disputado

Por Guilherme Junqueira*

Com a grande demanda por profissionais de tecnologia e perspectivas de que a oferta de trabalho deve seguir aumentando pelos próximos anos no setor, um profissional ganhou destaque no mercado, o tech recruiter . Uma pesquisa recente do LinkedIn, intitulada LinkedIn Economic Graphic, realizada na própria plataforma, elencou os 10 empregos em alta em 2022 e, dentre as profissões, essa foi um dos destaques.

Em um cenário de intensa busca por talentos na área de tecnologia, é natural o aumento desse tipo de profissional. Para auxiliar na busca das empresas por bons desenvolvedores, com os requisitos técnicos necessários para as oportunidades, muitas empresas perceberam que não basta apenas um recrutador comum, é necessário um profissional especializado, que entenda em algum grau de profundidade o universo tech para selecionar bons talentos.

Com isso, os tech recruiter têm à frente o desafio de aprimorar os processos de recrutamento e selecionar talentos levando em conta hard skills, mas também soft skills. Apesar dos bons salários ofertados a esses profissionais, é necessário estudos e desenvolvimento contínuo para atuar em um mercado que está sempre em constante mudança.

Preparação é o primeiro passo

O tech recruiter tem um desafio que o difere da maior parte dos recrutadores comuns que é o de selecionar profissionais qualificados em meio a uma grande escassez de mão de obra. Em suma, diferentemente da maioria das outras profissões, no caso dos talentos da área de tecnologia, em razão da falta de mão de obra, a margem para erros na escolha de alguém é mínima. É necessário muita preparação e estudo.

Por isso, estar atualizado sobre o universo das tecnologias para ter um panorama mais completo sobre o seu funcionamento, bem como as principais necessidades, habilidades e técnicas é imprescindível. Mas não apenas isso, devido às características da área, é necessário aprimorar seus conhecimentos constantemente para não ficar desatualizado.

Contar com Tech recruiter pode trazer mais eficiência para a empresa

Como dito antes, selecionar profissionais de TI tem sido um grande desafio para muitas empresas em razão da escassez. Por isso é tão necessário alguém especializado para cuidar do processo. Além dos ganhos operacionais, como uma eficiência maior na contratação dos talentos necessários para as demandas das empresas, isso se reflete também em um posicionamento que expressa maior cuidado por parte da companhia com os talentos.

Neste sentido, empresas que contam com um profissional tech recruiter podem ser mais eficientes e também mais visadas pelos candidatos pelo cuidado maior no processo, na abordagem e filtro das oportunidades.

Para concluir, as perspectivas para quem almeja atuar como tech recruiter são ótimas. Até o mercado alcançar um equilíbrio entre demanda de oferta, ainda levará alguns anos, o que pode favorecer a categoria, que deve ter ofertas de trabalho mais atraentes e desenvolvimento profissional.

Guilherme Junqueira é CEO da Gama Academy

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Carreira: dicas para quem quer mudar de área em 2023

Carreira: dicas para quem quer mudar de área em 2023

Segundo escritor Uranio Bonoldi, é importante reconhecer incertezas do futuro e agir de forma calculada para reduzir riscos de frustrações

A cada fim de ano é comum que as pessoas reavaliem sua trajetória e projetem melhorias para o ano seguinte. Nesse sentido, 2023 pode estimular ainda mais o desejo de mudança - com a pandemia controlada e as iminentes transformações no cenário político. O que fazer, contudo, quando o desejo não é meramente mudar de emprego, mas mudar de área, passando a atuar em um setor ainda pouco conhecido ou explorado? Para Uranio Bonoldi, especialista em negócios, carreira e tomada de decisão, é preciso ter cautela e reconhecer os riscos que as mudanças podem causar - dessa forma, é possível que o processo de transição seja mais fácil e proveitoso.

O especialista, autor de “Decisões de alto impacto: como decidir com mais consciência e segurança na carreira e nos negócios”, pondera que diferentes variáveis devem ser levadas em conta ao fazer a mudança de área. “Por exemplo: se você quer mudar para uma área que promete ter muitas vagas disponíveis, é preciso pensar se suas qualificações atendem às demandas da nova profissão ou se, de repente, essas vagas dependem mais de indicação, e menos de qualificação”. Por outro lado, se você deseja mudar para uma área que tenha menos vagas, mas maior remuneração, é preciso pensar se está disponível para enfrentar um processo seletivo árduo, correndo o risco de ficar sem emprego. “Todas as possibilidades devem ser avaliadas”, diz.

Um caminho possível é a elaboração de planos alternativos que possam ser acionados caso algo fuja do planejado. “Obviamente, assumir riscos é importante para o nosso crescimento profissional, e certa dose de imprevisibilidade é benéfica, já que nos instiga a usar a criatividade para agir. Porém, é preciso cuidado para que uma decisão equivocada não gere um ciclo de erros que tornem ainda mais difícil a recuperação da sua carreira. Ainda mais quando o sustento das famílias pode ser comprometido por uma escolha mal feita”, pondera.

O escritor também alerta para o risco de se tomar decisões passionais. “É perigoso ser excessivamente otimista com o futuro ou mesmo muito pessimista. A empolgação e o medo desmedidos podem conduzir a pessoa ao erro, como largar um emprego estável para se lançar à busca de uma outra oportunidade sem ter segurança financeira para isso”, diz. Segundo o escritor, é importante manter a racionalidade quando se faz escolhas de grande impacto como mudança de área. E, por racionalidade, entenda-se refletir mais, procurar falar com pessoas da área que planeja mudar, se imaginar trabalhando naquele novo campo e/ou nova empresa. Significa avaliar riscos e benefícios da mudança, sem se paralisar, sem procrastinar a decisão. “Analise os cenários, estude e busque conhecer ao máximo o ramo que deseja atuar, planeje alternativas e não tenha pressa, já que as grandes melhorias vêm com o tempo. Ouça sua intuição sem se deixar levar pelo impulso imediatista. Isso trará mais segurança e aumentará as chances de sucesso”, finaliza.

Sobre o autor

Uranio Bonoldi é palestrante e especialista em negócios e tomada de decisão, é professor do Executive MBA da Fundação Dom Cabral, onde leciona sobre "Poder e Tomada de Decisão". Educado pelo método Waldorf, sua graduação e em seguida a pós-graduação em administração de empresas foi feita na FGV-SP. Atuou em grandes empresas como diretor e CEO.

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E a privacidade? Os limites no uso de aplicativos de gestão

E a privacidade? Os limites no uso de aplicativos de gestão

Maioria das pessoas prefere usar um só dispositivo para assuntos pessoais e de trabalho. Quais os riscos para o empregador e o empregado?

Felipo Corvalan

Smartphones e sistemas de gerenciamento ocupam grande espaço em nossas vidas. Só na Apple Store são 2,2 milhões de aplicativos disponíveis. A Play Store, loja do Google, conta com 2,8 milhões de apps. Com tanta tecnologia disponível, não há binômio mais contemporâneo: privacidade e qualidade de vida.

Para a gestão empresarial, contexto deste artigo, a importante vantagem do mundo tecnológico é, justamente, a mobilidade. Aplicativos de manuseio de cartão de ponto, gerenciamento de painel de atividades e de produtividade, chamadas de vídeo, geolocalização, mensagens instantâneas e, claro, o bom e velho e-mail tornam tudo muito mais prático e ágil.

A informação disponível a qualquer momento acelera as respostas a demandas. Sem isso, a burocracia domina os processos, todo retorno leva um tempo maior. Em plena era da informação, um software de gestão empresarial é ferramenta essencial para gestores conhecerem a realidade da empresa, assim como vislumbrarem tendências e disporem de suporte para as estratégias da organização.

Um sistema de gestão torna viável a automação de tarefas e a otimização dos processos empresariais. Assegura maior controle sobre as operações da empresa, reduz custos e riscos da atividade empresarial e disponibiliza informações seguras sobre os resultados alcançados, de forma imediata.

A propósito, você conhece o BYOD?

É uma sigla para Bring Your Own Device, traga seu próprio dispositivo, em português. Conceito de infraestrutura tecnológica que consiste no uso de aparelhos dos próprios funcionários para desempenhar atividades empresariais.

O BYOD vem ganhando força, principalmente, porque a maioria das pessoas prefere a liberdade de usar apenas um dispositivo tanto para assuntos pessoais como para aqueles relativos à vida corporativa.

Existem algumas formas de implementar o BYOD. Uma delas é estabelecer que a organização tem o direito de controlar o dispositivo, uma vez que os dados de trabalho acessados são da empresa. Isso é importante para que informações sensíveis não fiquem desprotegidas. Outra opção é a empresa arcar com os custos da tecnologia; porém, se o funcionário não se sentir confortável com o aparelho, tem o direito de utilizar o seu próprio. E ainda há a possibilidade de fazer a transferência legal do aparelho para o colaborador.

As três formas oferecem vantagens, mas precisam ser bem avaliadas. Quais aparelhos poderão acessar dados? Quais serão as restrições? Mais importante, quanto essa facilidade afetará, direta ou indiretamente, a vida particular dos colaboradores.

O desafio é encontrar o equilíbrio entre um ambiente seguro e a capacidade de permitir ao funcionário acessar os dados em diversas e simplificadas formas. A mistura entre as escolhas pessoais e a segurança empresarial é essencial.

Empresas que encontram esse equilíbrio contam com funcionários mais satisfeitos e com índice de produção acima da média, além de aumentarem a velocidade de resposta para situações críticas.

E no direito, como estamos?

Ainda não há consenso no uso da tecnologia como instrumento de operação do direito. Um exemplo é o uso da geolocalização como meio hábil de prova para comprovar horas extras. A grande maioria dos aplicativos nos smartphones possui sistema de rastreamento por geolocalização. Com esses dados ativados, é possível que empresas como a Google saibam, com boa precisão, os locais onde o usuário do smartphone estava no dia “x” e na hora “y”. É uma boa ferramenta jurídica para averiguar se, de fato, uma alegação de horas extras em uma reclamatória trabalhista é procedente. Por outro lado, há quem defenda se tratar de medida invasiva à vida particular e que tal prova de rastreamento pode violar direitos constitucionais.

Sobre o tema, aspas ao parecer do Ministério Público do Trabalho de Porto Alegre, de relatoria do ilustríssimo Procurador do Trabalho Cristiano Bocorny Corrêa:

"A publicação feita por uma pessoa em rede social, como é o caso do "facebook" versando no requerimento formulado na petição inicial, não é propriamente uma informação "privada" ou "sigilosa", e vem sendo, sim, largamente utilizada tanto no processo penal e civil, quanto, inclusive, nessa Justiça do Trabalho, tendo esse Procurador do Trabalho presenciado já, por diversas vezes, o uso de textos extraídos de redes sociais nos processos, utilizados tanto por empregado quanto por empregador, na condição de parte adversa àquela de quem originada a publicação, sem que dali prevalecesse qualquer discussão acerca de uma suposta "violação de privacidade" (mesmo porque, repita-se, são publicações feitas e dadas a conhecer por seus autores em redes sociais, onde qualquer um de seus seguidores pode dar a elas o encaminhamento e a publicidade que quiser, sem que disso o autor da publicação tenha qualquer controle superveniente".

Portanto, não temos como evitar a relação “siamesa” entre nossa vida particular e as benesses da tecnologia. O direito, inclusive, terá que se adequar a estes novos tempos.

Voltando ao tema deste artigo, o sistema de gestão empresarial baseado na tecnologia favorece uma visão de 360 graus do desempenho de cada processo do negócio. Isso permite aprimorar controles internos e gerenciar a empresa com plena consciência de limitações e potencialidades, de modo que possam ser tomadas ações para superar obstáculos e aproveitar oportunidades.

Em contrapartida, ao empregador cabe o desafio de orientar seus gestores e colaboradores para a utilização adequada dos meios tecnológicos, a fim de saberem quais são os limites da privacidade digital.

A tecnologia veio para ajudar e facilitar. Enquanto os limites legais sobre o tema ainda estão em construção, é fundamental que empregado e empregador sejam cuidadosos para manter o equilíbrio no binómio privacidade e qualidade de vida.

*Felipo Corvalan é advogado no Rücker Curi Advocacia e Consultoria Jurídica

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